terça-feira, fevereiro 28, 2006

Previsões: Melhor filme de animação



"Wallace and Gromitt: The curse of the were-rabbitt"
"Tim Burton's The corpse bride"
"Howl's moving castle"

Os Óscares são já este fim de semana e tendo já acompanhado a fase de nomeações, este blog irá tentar informar os seus leitores que se possm interessar por estas coisas (que não são mais que isso, coisas) douradas. Começamos então por tentar prever o vencedor da categoria de Melhor filme de animação.
Já teci algumas considerações relativamente à tradição que os filmes de animação têm na Academia: é curta e contrariamente à maior parte das categorias dos Óscares, o melhor filem acaba sempre por premiado, como aqui exemplificámos. O grande problema deste ano é que os filmes são todos igualmente bons e vindos de realizadores extremamenmte prestigiados e, incrivelmente, nenhum deles foi um gigantesco blockbuster. Ainda para mais, nem um único pertence directamente a um grande estúdio com tradição na animação, embora "Howl's moving castle" seja distribuído pela Disney, pese a produção pertencer aos estúdios Ghibli.
Apartir destes dados, temos de nos guiar pelos prémios do cinema de animação norte-americano, os "Annies", e estes são claros: "Wallace and Gromitt", o filme dos estúdios Aardman, realizado por Nick Park recebeu 15, contra 0 dos restantes. Se bem que isto parecesse deixar já tudo decidido, é reciso não esquecer o enorme respeito que há pelo mestre nipónico Hayao Myiazaki, provavelmente um dos melhores realizadores do mundo, dentro e fora do cinema de animação; e quem sabe se esta não será a oportunidade para, finalmente, Tim Burton subir ao palanque e receber um Óscar, com um filme excelente, desmiolado e com uma precisão técnica incrível.

Vai ganhar: "Wallace and Gromitt: The curse of the were-rabbitt"
Devia ganhar:

domingo, fevereiro 26, 2006

15 minutos

Os exércitos sabem o objectivo; os soldados prepararam as armas; a moral está em alta: sabemos que matámos um vermelho na quarta, segue-se agora um azul: está prestes a começar a cruzada anti-tripeira. Espera-se que o dragão seja espadeirado sem piedade!

The man in black



Se fosse vivo, faria 74 anos hoje. Mais recentemente, ressuscistou, de certa maneira, através de Joaquin Phoenix e do filme "Walk the line". Achei que o deveria recordar neste blog, de uma maneira muito singela: "Till kingdom come", última faixa do mais recente Coldplay, "X & Y", foi escrita para a Cash, e teria sido cantada por ele, não tem o músico norte-americano morrido. Fica portanto a letra da canção e uma sugestão para quem lê estas linhas: relacionem-na com a vida do próprio Cash.

Steal my heart and hold my tongue
I feel my time, my time has come
Let me in, unlock the door
I never felt this way before

And the wheels just keep on turning
The drummer begins to drum
I don’t know which way i’m going
I don’t know which way i’ve come

Hold my head inside your hands
I need someone who understands
I need someone, someone who hears
For you i’ve waited all these years

For you i’d wait til kingdom come
Until my day, my day is done
And say you’ll come and set me free
Just say you’ll wait, you’ll wait for me

In your tears and in your blood
In your fire and in your flood
I hear you laugh, I heard you sing
I wouldn’t change a single thing

And the wheels just keep on turning
The drummers begin to drum
I don’t know which way i’m going
I don’t know what i’ve become

For you i’d wait til kingdom come
Until my days, my days are done
Say you’ll come and set me free
Just say you’ll wait, you’ll wait for me
Just say you’ll wait, you’ll wait for me
Just say you’ll wait, you’ll wait for me

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Bate certo...

In a Past Life...

You Were: A Charming Assassin.

Where You Lived: West Africa.

How You Died: The Plague.

Já é um princípio de entendimento...

Your Musical Tastes Match: Jennifer Garner


See her whole playlist here (iTunes required)



Your Superhero Profile



Your Superhero Name is The Astro Paladin

Your Superpower is Technology

Your Weakness is Peanut Butter Sticking to the Roof of Your Mouth

Your Weapon is Your Magnetic Gun

Your Mode of Transportation is Cycle

The Movie Of Your Life Is Film Noir

So what if you're a little nihilistic at times?
Life with meaning is highly over-rated.

Your best movie matches: Sin City, L. A. Confidential, Blade Runner

Quando for grande, se for chulo, este sou eu

Your Pimp Name Is...

Dr. Money

Se euf osse um Simpson, seria...

You Are Marge Simpson

You're a devoted family member who loves unconditionally.

Sometimes, though, you dream about living a wild secret life!

You will be remembered for: your good cooking and evading the police

Your life philosophy: "You should listen to your heart, and not the voices in your head."

Fechado em mim

Soube hoje de algo que me deixa feliz e assustado ao mesmo tempo. Tive, como é habitual, a pulsão de vir escrever aqui, contar tudo, partilhar. No entanto, e felizmente, parei para pensar. Reflecti sobre como funciona esta coisa de contar coisas pessoais Medi a justiça. Repensei e apertei o segredo contra mim. Decidi não dizer. Há coisas que nos dão tanto lume que mais vale fecharmo-las para nelas nos enroscarmos suavemente e sermos felizes assim, sem mais ninguém a atrapalhar ou a faezr perguntas.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Está quase a começar...

Para hoje à noite, neste Benfica-Liverpool, apetece-me dizer: que ganhe o pior, a ver se a vitória é nossa!

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Procura-se, de preferência bem vivo

(Descansai que hei-de arranjar foto para aqui meter)


Ontem, enquanto revia o meu álbum de fotografias da minha infância, perguntava-me onde estava aquela bela criança, de olhos grandes, ar dócil e a quem apetecia abraçar e cobrir de mimos. Não sei se essa criança sonhava que iria crescer e se iria tornar em mim. Acho que não. No funo, há um potno em comum entre essa criança e este jovem: ambos partilham de uma certa ingenuidade perante o mundo e os outros. Nesse sentido, somos ambos crianças. Como ela, também eu quero fazer outras pessoas felizes e também eu sonho ser feliz. A infância é uma altura da vida que toda a gente recorda como incrível e à qual se sonha sempre voltar. defende-se que a infância tem um limite de idade, ou de crescimento. Eu cá acho que a infância acaba quanod chegam as desilusões a sério. Pelo menos, foi a partir desse momento que nasceram o cinismo e a acidez dentro de mim: quando me apercebi de que teria de marrar contra muitas paredes e muitos murros ao longo da vida e que nunca se alcança tudo aquilo que se quer. Deixa-se de ser criança quando se percebe que nem tudo é possível. Continuamos a sonhar, mas a concretização dos sonhos ganha contronos bem definidos.
Aquele Bruno de olhos verdes e expressão doce não desapareceu. Ainda por aqui anda, cá dentro, e eu sinto-o. Ele é boa pessoa e por enquanto, quando há quem duvide, permite-me acreditar que sim, que sou humano e até sou boa pessoa, embora sarcástico e ácido. Mas acaso existe alguma criança que não seja travessa?

Road to the Oscars: "Crash"



Um erro comum quandos se lêem algumas críticas a este "Crash" é a comparação que se estabelece com "Magnolia", o filme de 1999 de Paul Thomas Anderson. A única semelhança entre ambos é o facto de quererm ambos serem filmes que cruzam histórias de variadas personagens, naquilo que é usual chamar-se de "filme coral". De resto, é inútil e talvez falso no que toca à crítica imparcial deste falso continuar por esse caminho. Têm temáticas, personagens, objectivos e perspectivas diferentes.
O tema principal de "Crash" é o do rascismo; e é já aqui que o filme mostra ao que realmente vai, demarcando-se dos habituais lugares comuns do racista branco opressor do ngero. Desenrolando-se em Los Angeles, esse melting pot de nacionalidades e culturas na costa Oeste dos Estados Unidos, parte de um acidente de automóvel, onde intervêm um negro, uma latina e uma chinesa para fazer desfilar ao longo de toda a fita gente de todas as cores, profissões, estratos sociais e posições política. Portanto, fala de rascismo sem nunca ser maniqueísta: brancos criticam negros; chineses chamam nomes a mexicanos; árabes insultam hispânicos. É só escolher e temos um choque de culturas habitualmente retratadas como minorias a comportarem-se, no fundo, como aquilo que são, e que somos: seres humanos, e nesse condição, temerosos do que desconhecem e do que existe à sua volta. Nunca moralizando esta questão, Paul Haggis, realizador e co-argumentista do filme, nunca nos diz que não há motivos para temer os outros: afinal, há assaltos, há homicídios e tentativas de homicídio, há hipocrisias, há assédio sexual. Tudo isto em 24 horas, em Los Angeles.
É esse esforço de esticar a sua manta a vários estratos e várias comunidades étenicas que estrangula um pouco o filme e lhe faz perder alguma da sua coesão. Embora os quadros estejam ligados através dos encontros de personagens que aparentemente estriam distantes umas das outras (e nalguns casos, esses encontros acabam por ser bastante egenhosos, mérito dos argumentistas), o filme soou-me mais a uma colecção de retalhos de vidas normais (retalhos bem escritos e bem pensados) que a uma fita com uma coesão interna evidente. Nesse sentido, "Crash" perde uma certa força, nunca deixando que as histórias se apoiem umas sobre as outras, preferindo fazê-las desfilar como curtas-metragens mais ou menos independentes. Devido a isto, há personagens mais fortes que outros, com mais espessura e tempo de desenvolvimento. Ora, quando se quer fazer um "filme coral", este é um pormenor a ter em conta: outros filmes corais como "Short cuts", de Robert Altman ou o já referido "Magnolia", de Paul Thomas Anderson" conseguem realmente faezr as histórias em círculo, onde tudo bate certo, sem nunca haver sensação de alguém ter ficado para trá,s ou de nunca estarmos assistir a um filme homogéneo.
A realização é muito boa, sem no entanto nunca ser brilhante, e o argumento, apesar das falhas já referidas, é uma reflexão hábil, sem nunca ser pretensiosa, das temáticas sobre as quais se debruça, construindo personagens credíveis e contraditórias, pese embora, como se disse, nem todas serem cassim tão complexas. A personagem de Sandra Bullock, por exemplo, é das mais subaproveitadas no filmes, parecenod surgir para brandir uma certa lição. No entanto, destacam-se naturalmente o polícia racista de Matt Dillon, o detective negro com problemas familiares de Don Cheadle e o casal formado por Terrence Dashon Howard e Thandie Newton.

O espectador comum poderá sentir dificuldades inicialmente ao ver "Crash": não há um herói por quem torcer. Quando julgamos que o enocntrámos, este faz qualquer coisa de sujo ou imoral; e mesmo aqueles que parecem maus, são capazes de, quando o momento exige, um acto heróico. Esta é a realidade, estas são as pessoas normais como todos nós, capazes do melhor e do pior. existe esta duplicidade em todos nós; e no que toca ao racismo, todos nós somos capazes disso, mesmo inconscientemente, ou descobrindo-o da maneira mais dura, como o faz o personagem de Ryan Philippe no filme. Às vezes, as pessoas evitam tocar uma nas outras, esntrar em contacto com os outros. É por isso desarmante e acertada a frase com que Don Cheadle inicia o filme: It's the sense of touch. In any real city, you walk, you know? You brush past people, people bump into you. In L.A., nobody touches you. We're always behind this metal and glass. I think we miss that touch so much, that we crash into each other, just so we can feel something.

A sabedoria popular



Não sei porque é que se dá tanto valor a alguns ditados populares. Por exemplo, estar "antes só que mal acompanhado" não tem nada de correcto. Se estivermos mal acompanhados, sempre podemos discutir e andar à porrada com alguém, que até são aquele tipod e coisas que dão boas histórias para contar aos netos ou que pelo menos entretém e permitem o contacto humano. Estar só é bem pior e aí recorro a um escritor que um dia afirmou estar "tão só que a morte é apetecida".
Literatura: 1 - Sabedoria popular: 0

sábado, fevereiro 18, 2006

Uma balela

Uma mulher muito sábia disse um dia que os homens são todos iguais. Se assim é, porque raio demoram elas tanto a escolher um?

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

"Olá, o meu nome é Bruno e sou viciado em..."



1 - Gomas ácidas. Sei que faz mal como o caraças a tudo quanto é órgão, mas ajudam-me a pensar; e o mais estranho é que nem devem ter tantas vitaminas quanto isso.

2 - "Lost": não é a série de televisão que mais me marca (hail to "The X-files"), mas é penoso esperar todas as semanas para ver um episódio. Dirão que me preocupo com pouco, mas eu sou por natureza uma pessoa nervosa.

3 - Comentários ácidos e auto-depreciativos: não acho justo gozar os outros sem me gozar a mim próprio. Para além, eu sou uma fonte de piadas infindável! Ah, e a isto se junta o facto de ser palerma.

4 - Viver com a cabeça na lua: o único mundo em que me sinto bem...

5 - Ela. É capaz de me fazer mal, mas as gomas ácidas também fazem. Oh, I love it when a post comes full circle...


E vocês, Rita (AKA Mafalda), J.P (AKA days-in-november), Longuinho (AKA lupinlongo), Mariana (AKA aterradamaria), João Filipe (AKA soldados-da-fortuna), quais são os vossos vícios anónimos?

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Paradoxo

Ao escrever o meu nick no MSN, uso a palavra "encalhado" para descrever aqueles que não têm namorados/as. Ora, não podia estar mais errado: como chamar encalhados àqueles que andam à deriva?

Pergunta estúpida

Vou eu a andar na rua e uma menina de uma daquelas bancas de cartão que costumam estar espalhadas pela Baixa aborda-me a sorrir e pergunta-me: "Já pensou no que vai oferecer à sua namorada neste dia dos Namorados?" Quase automaticamente, eu tenho resposta: "Uma caixa com foguetes de sinalização, para que nela me avise onde raio é que ela anda."

domingo, fevereiro 12, 2006

Relembrar



Umas das 3 coisas mais importantes que já me disseram devo-o a pessoa que é muito importante na minha vida, mesmo que não a veja muito e que não fale muito com ela. Disseram-me hoje que, pela minha mão, tenho alguém que é extremamente importante para mim. Ela será talvez uma das candidatas, juntamente com mais duas e três pessoas, pois de cada vez que me lembroa dela, recordo-me imdeiatamente que tenho a capacidade para me exceder e de alcançar a beleza que está dentro de mim, estja ela na alma, no coração ou na vesícula biliar. Ela escreveu-me um dia num pequeno caderno, a seguinte frase.

"You have to believe that there's always someone there who loves you, and that takes care of you. Even if you don't see it sometimes."

De cada vez que a leio, interpreto-a de maneiras diferentes: que posso não estar a ver aquilo que os meus amigos fazem por mim; que ache que não, a Kati vai estar sempre lá que eu precisar dela; que eu, agnóstico, posso um dia voltar a crer num Deus que ajuda que nele acredite; que a Kati ainda gosta de mim, embora eu não o veja e não queria acreditar; que simplesmente de cada vez que leio aquela frase, antes de ir dormir (e isto é quase todos os dias), é quase como se ela saltasse da folha e me desse um beijo de boas noites para me embalar. A frase tem um destes significados; ou talvez tenha todos eles nela encerrados. De qualquer forma, é tão doce que me arrisco a ficar diabéitoc de tantas vezes que a leio.
Ah, e ela também é doce, embora com gotas de vinagre. Não são assim as raparigas por quem nutrimos afectos?

Sugestão literária

Para aqueles que querem escrever histórias românticas, deixo aqui uma excelente metáfora comparativa, quando querem que um personagem não consiga descrever a extraodrinária beleza de uma mulher: "Não consigo descrever o teu rosto, de tão maometano que é".

(Por maometano, entenda-se algo que é tão belo que está apenas ao alcance de ser entendido pela imaginação divina.)

Pergunta pertinente 5

Será que os crentes muçulmanos queimarão todos os espelhos onde Maomé alguma vez se viu reflectido?

Pergunta pertinente 4

Se a montanha vier, como é que saber que encontrou o Maomé, se nunca viu a cara dele?

Pergunta pertinente 3

Como será o retrato de família do Maomé?

Se Maomé mandasse alguma coisa...

... mandava matar os papparazzi; e o Bin Laden: dois arautos de Alá são demais para um só mundo muçulmano. Para além disso, cheira-me que o Maomé não quer deixar este tipo de coisas entregue aos "miúdos", como ele lhes chama.

Pergunta pertinente 2

Seguindo a linha de pensamento de anterior, que caras é que os jogadores árabes que sejam profundamente crentes numa entidade superior colocarão nas camisolas para mostrarem aos espectadores quando marcam um golo?

Pergunta pertinente

Se os muçulmanos não podem reproduzir imagens icónicas do seu profeta maior, de que forma aldrabarão os peregrinos árabes em Meca e Medina?

sábado, fevereiro 11, 2006

5 hábitos estranhos

A convite da Mafalda,vou-me entreter a pensar e a enumerar cinco hábitos estranhos que tenho:


1 - Tomo banho a ouvir música e antes de entrar na banheira, imito os artistas que estou a ouvir enquanto me estou a despir e falo caretas ao espelho

2 - Quando vou ao cinema, descalço-me na sala de cinema e vejo assim os filmes

3 - Antes de me levantar da cama, conto até 40, para prolongar o prazer dos lençõis quentes.

4 - Quando estou a explicar alguma coisa às pessoas, não evito demonstrar por meio de acções o que estou a fazer. Por exemplo, se estou a dizer "e o rapaz faz flexões", vou imediatamente ao chão e ponho-me a fazer flexões.

5 - Segundo uma amiga minha húngara, tenho um hábito que lhe é estranho: canto dentro de autocarros, e enquanto vou a andar na rua.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

A lista continua

E aqui ficam mais nomes de terras que acho engraçados:


Terras de Bouro

Penedouno

Sver do Vouga

Nisa

Panasqueira

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Niepce deve estar contente



Ah pois deve, porque é para coisas destas que ele inventou a fotografia.

Estas são Scarlett Johansson e Keira Knightley. Nham, nham...

Ah, e o tipo mal encarado é um tal de Tom Ford.

A piada de hoje



A maior parte das críticas portuguesas que tenho lido ao filme "Munich" podiam ser resumidas no seguinte parágrafo:

"Spielberg com mais do mesmo: de facto, o realizador norte-americano continua a fazer o mesmo tipo de filmes com este "Munich", uma pseudo-intelectualidade sem grande coisa a dizer e puxando a brasa para o seu judaísmo fiel e primário. Lamechice a rodos e personagens com a espessura de uma folha de papel."´

Sempre tive a teoria de que há um certo ódio anti-Spielberguiano, e aí podem contrapôr que se calhar gosto demasiado da obra do homem. É possível. mas a partir do momento em que supostos especialistas em cinema enfima no mesmo saco filmes como "E.T", "Os salteadores da arca perdida", "Tubarão" ou "A lista de Schindler", não acham que há alguma irracionalidade por aqui?

Humano



Uma coisas que toda a gente já teve a roer por dentro foi aquela sensação de que fazemos algo para alguém, com toda a nossa dedicação, porque nos importamos com a essa pessoa. Pode não ser a nossa maior obra de arte, mas investimos tempo, imaginação, trabalho e uma certa dose do nosso lado afectivo no que estamos a fazer. O pior é quando a reacção da outra pessoa é ténue, quase inexistente ou mesmo nula. Já alguma vez sentiram isso? Pois bem, é assim que me estou a sentir agora. bem, é assim que normalmente me sinto. Como código moral pessoal, e os nossos códiogos morais podem ser taõ diferentes às vezes, acho que é minha obrigação dar uma certa palavra de apreço se uma pessoa me oferece algo feito por ela, ou me ecsreve qualquer coisa, ou simplesmente tem um gesto para comigo. Gosto de retribuir, porque me sinto bem assim e porque quero que a outra pessoa saiba que eu reparo e que me preocupo. Faz parte de mim. bem, do mue verdadeiro eu, claro, não do outro.
Claro que eu já devia saber que esta coisa dos bons sentimentos, pelo menos no que a mim me diz respeito, é normalmente um caminho de ida, sem volta. Há ainda alguém que tenha dúvidas sobre porque é que eu pareço tão ácido e sarcástico às vezes?

E não, não voltei a estar deprimido, o que não me impede de me questionar acerca de alguns porquês.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Road to the Oscars: "Munich"



Imaginem um filme que vos agarra pelos colarinhos e que durante duas horas e meia anda convosco de um lado para o outro com violência, aos socos e pontapés, abanões e repelões, sem parar um momento para que tenham hipótese de respirar. É mais ou menos essa a sensação com que saí do filme "Munich", a nova obra (-prima?) de Steven Spielberg, um objecto que parece por vezes sair totalmente da esfera Spielberguiana, daquele território que críticos pouco informados e gente cheia de preconceitos relaciona com o realizador norte-americano: um mundo mágico, cheio de sonhos e luz, onde tudo corre bem e o mundo é perfeito. Em "Munich", Spielberg torna-se sombrio, pessimista, cínico. Vira-se para o lado negro.

Toda a gente conhece a premissa: após os atentados de 1972, nos Jogos Olímpicos de Munique, perpetrados pela organização terrorista palestiniana "Setembro Negro", onde morreram 11 atletas israelitas, o governo de Israel decide ripostar à altura: organiza uma equipa de especialistas que partirão em busca dos cérebros dos atentados, 11 homens, com um único objectivo, matá-los. É a lei do talião levada à última das significâncias. Mas esta missão de vingança começa a ficar comprometida à medida que vão avançando de alvo para alvo: para além de serem perseguidos por outros serviços secretos, são perseguidos por eles mesmos e pelo sangue que vão derramando pelo caminho.

O género onde se insere é o do thriller político e de espionagem, com a equipa a viajar pelo Mundo em busca dos seus alvos (de Paris a Londres, passando por Roma, Beirute e Chipre), mas à medida que o filme se desenrola, e os operacionais se começam a questionar sobre o porquê da missão e a validade desta, a consciência começa a pesar. Avner, o líder (interpretado por um colossal Eric Bana, roubado da nomeação ao Óscar), um homem que parte em missão deixando a mulher grávida de oito meses, parece disposto a tudo pelo estado de Israel, mas a sua humanidade começa a perder-se até um ponto onde ele próprio mais parece um zombie que um ser humano; Steve, um sul-africano (Daniel Craig, o próximo Bond) é um homem cheio de raiva pelos Árabes e sem grande questões morais, cujo único valor é o do sangue judeu, a que não será alheia a sua nacionalidade; Robert (Mathieu Kassovitz) é o homem das bombas que acabam por dar problemas; Carl (o excelente Ciáran Hinds) trata de limpar as cenas do crime e é o único que questiona a legalidade da missão desde o início; Hans (Hans Zischler) trata dos documentos forjados e várias vezes se mostra disponível para dar a própria vida em prol da missão; todos eles se vão perdendo à medida que o filme decorre. Quem procura mensagens morais em cliché e apelos ao lado palestiniano ou ao lado israealita, desengane-se: não saí do filme contra uns ou contra outros, apenas a pensar na situação. O que o filme faz é, acima de tudo, questionar e humanizar, e talvez por isso apanhe tanta tareia: a tendência humana de maniqueísmo faz com que se tenham os bons como heróis indefectíveis e os maus como diabos. Os Árabes que aparecem no filme são homens normais: um é um poeta; o outro um homem de família; alguns apenas homens com ideias. Mesmo os palestinianos dos atentados de Munique são mostrados como jovens inseguros, mais controlados pelo medo e pela adrenalina que pela maldade. Além dos terroristas, humaniza os agentes da Mossad: retira-os do papel de anjos exterminadores (e a metáfora é utilizada pelo argumentista Tony Kushner numa das cenas do filme), prontos a cumprir ordens sem questionar e coloca-lhes dúvidas na alturas de premir o gatilho. Talvez seja isso que mais chateia Israel.

Tecnicamente, Spielberg mostra, à saciedade, porque é um dos melhores realizadores do mundo, desde a montagem à fotografia, passando pela estética dos anos 70 e por um domínio da narrativa e do suspense como ninguém: a cena em que um telefone toca e uma mmiudinha, filha de um dos alvos, o vai atender, é de deixar qualquer um stressado. No entanto, o maior elogio que se pode dar a Spielberg é que ele não tem medo de apresentar um filme assim ambíguo e explosivo nos tempos que correm, sendo que ele deve ser dos únicos que corre mais riscos vindos do lado israelita que do lado árabe: sendo, provavelmente, o mais influente judeu do mundo, e grande símbolo para as comunidades judaicas, o facto de alegar que as acções por vezes vingativas de Israel não são justas são um insulto para a cua prórpia comunidade. O tratamento que dá à figura de Golda Meir, colocando-a como principal responsável pela acção de vingança, é de um arrojo impressionante: trata-se simplesmente da "mãe" de Israel.

A crítica que escrevo, apesar de um bocadinho longa, é ainda assim pequena para descrver tudo o que retiro deste filme que vai bem para além desde estatuto: é um objecto de reflexão actualíssimo, uma obra-prima e provavelmente o melhor filme de Spielbeg, arrisco dizê-lo, desde "Saving private Ryan". Vai ser precisa uma década mais para se reconhecer o real valor deste filme. A mim, quer-me parecer que temos um clássico entre mãos, uma obra cuja importância é incontornável. Há dúvidas? Então vejam o plano final do filme e reparem num par de edifícios que aparece na linha do horizonte. Vejam lá se os conhecem.

The pen is mightier than the sword



Após alguma reflexão, e de ler coisas desde jornais a ocidentais a jornais do mundo muçulmano e passando por arengadas de comentadores dos dois lados, a minha primeira hipótese que avanço para este problema só pode ser uma: os Árabes sofrem do síndrome "O sexto sentido". Passo a explicar: para mim, eles estiveram tantos séculos a não saberem como era a cara do Maomé, sem ser por uma descriçãozinha no Corão, que se sentem revoltados pelo facto de o cartoonista dinamarquês o ter revelado antes que Maomé descesse à Terra. Sentiram-se frustrados, e eu compreendo o que sentem: também a mim me contaram, sem eu o pretender, o final do clássico de M. Night Shyamalan antes que o pudesse ver. No entanto, da dieferença entre mim e eles, para além do tom da pele, está que no meu caso, eu apenas dei um calduço no meu colega. Eles incendeiam embaixadas.

Numa outra perspectiva, menos parva incrivelmente, aventa-se que o cartoonista não teraá pensado em quem iria incomodar. Percebe-se porquê: primeiro, vive neste canto belo das democracias ocidentais;e e depois, habita num país nórdico e não está habituado às reacções absurdas que alguns fanáticos religiosos podem ter perante o que eles consideram blasfémias. Nisso, os Cristãos não andam muito longe dos Muçulmanos. Claro que já passou o tempo em que se acendiam fogueiras devido a isso, mas ainda hoje, quem pisar o risco sujeita-se: Scorsese que o diga, quando fez "A última tentação de Cristo". A reacção, no caso cristão, é normalmente subtil, embora não se despreze um assassinato ou outro de vez em quando: pressiona-se, critica-se, age-se subterraneamente. O protesto é normalmente mais verbal.
Claro que os europeus foram otários: bastava lembrarmo-nos do caso de Theo Van Gogh, realizador holandês assassinado em 2003, para saber que um fundamentalista árabe é alguém para quem matar em suposto nome de Alá é algo que moralmente o afecta tanto como calçar uma meia. Brincar com as crenças de outra pessoa é sempre perigoso. Embora a Europa conheça a beleza (e a teoria) que é a liberdade de expressão, muitos países árabes não a contemplam e mesmo que existisse, era certo, houvesse algum desenhador árabe que fizesse esta brincadeira, e não estaria agora vivo para contar a história: desenhar o rosto de Maomé é, segundo a religião árabe, entrar na esfera da imaginação divina, e isso, aparentemente, não é nada bom.

Acredito, porém, que a recção árabe é completamente desproporcionada e exagerada, e por uma razão: seja qual for o motivo, nunca o exercício de opinião de alguém deve ser condicionado. Para além disso, parece-me que a Dinamraca fica um bocadinho fora da jurisidição da grande nação árabe no que toca a leis. Os cartoons não são gratuitos, têm uma mensagem e o facto é que toda a gente tem o direito de discordar, mas o queimar de bandeiras e de embiaxadas parece-me, a mim que não sou especialista nestas coisas, um certo forçar do conceito de liberdade de expressão. Numa altura de instabilidade naquela região (e sejamos realistas, quando é que aquela região não anda instável), um cartoon que já teria, à partida, reacções fortes, superlativou o seu poder: a situação iraniana, com o seu afirmar de poder em relação ao Ocidente, o novo governo do Hamas na Palestina e o problema iraquiano, que já de si pisca ao olho ao choque entre Ocidente e Oriente, fazem com que uma charge que é habitual nos nossos meios de comunicação seja vista como mais um insulto do ocidente, eterno dominador, ao mundo árabe, antes dominado. Era inevitável: no fundo, o probelma nem são as caricaturas: é tudo o resto! Eu detesto ser um arauto de desgraça, mas todas as grandes barafundas históricas começaram com pequenas tricas destas. Embora não esteja a dizer que vai ser daqui algo de revolucionário, é só um aviso.
O jornal dinamarquês recusou-se a tirar os desenhos; e fez bem. Agora, uma coisa é certa: a tinta é uma coisa que se pode esfregar e sair, mas não se pode apagar o sangue.

domingo, fevereiro 05, 2006

Ensinamentos

Um colega meu que está no curso de Filosofia exibia-me o seu saber em filósofos vários, pois tinha exame amanhã. A certa altura, ele pergunta-me se a História também pode oferecer respostas para o sentido da vida. Defender a História é sempre difícil. A maior parte das pessoas que conheço ou a vê como algo chato, inútil ou simplesmente digno de fait-divers. Pensei em dissertar sobre personalidades históricas, sobre as morais das suas bigrafias; acontecimentos importantes do passado e ideologias. Foi então que lhe respondi que a nossa discussão era inútil. Para mim, a vida não tinha grande sentido. Ele pergunta-me porquê, quando parece que estamos sempre destinados a algo. Eu respondi que se a vida tivesse realmente um sentido, não teríamos sido jogados directamente para ela sem qualquer manula de instruções para a perceber e não chegaríamos a ir para a cova com a sensção de confusão perante a nossa vivência pessoal.
Não me parece que Sócrates tenha qualquer tipo de resposta para este problema.

sábado, fevereiro 04, 2006

Séries que não passam por cá



Já aqui referida no meu top Tv deste ano, "The wire" tem temática criminal, mas distancia-se dos maniqueísmos relativos de uma "Balada de Nova Iorque" e de qualquer série detectivesca centrada em mistérios. "The wire" é ocmbate ao crime puro e duro, a vida policial como ela é, e não como devia ser ou como nós pensamos que é, e leva-nos de igual maneira a penetrar no mundo dos criminosos, neste caso traficantes de droga, fazendo-nos conhecer os personagens que estão desse lado da barricada. Ao abordar o género policial com este ponto de vista, permite que, por vezes, sintamos empatia com os alvos das investigações.
"The wire" é incrivelmente bem escrito, será talvez uma das séries mais bem escritas que já vi, tanto a o nível de construção e desenvolvimento da trama, como na criação de diálogos e situações incrivelmente realistas. A sua descrição da vida urbana nos bairros sociais é impressionante, nunca moralista, sempre apoiada na plataforma humana. Mostra que os homens e mulheres que estão de um lado e do outro da lei são sere shumanos muito semelhantes até, mais do que eles próprios pensam.
A primeira temporada introduz-nos neste mundo: devido a um caso que parece girar em torno de um grupo de dealers de droga e cujos raios tocam em diversos departamentos da polícia de Baltimore, e também por causa da pressão de um juiz, é constituída uma equipa com elementos de diversos departamentos policias. Esse departamento é constituído por Jimmy McNulty, dos Homicídios, um rebeldedentro do departamento, que tena fazer as coisas à sua maneira, sem grande respeito pelos seus superiores, e com uma vida pessoal pouco mais que miserável, entre um quase divórcio e o quase alcoolismo; a detective Shakima Greggs, dos Narcóticos, é uma polícia durona, eficiente e que vive com uma mulher; o tenente Daniels é um oficial da polícia, que tem de gerir a sua própria ambição com a sua consciência, sendo que muitas vezes a sgeunda ganha e a primeira paga por isso; o detective Lester Freamon, dos Penhores, um anterior detective dos Homicídios e cuja proveniência esconde um método e talentos talhados para os grandes casos; Hauc e Carver, agentes dos Narcóticos que procuram ganhar respeitabilidade entre os colegas e que são a força bruta da brigada; Roland Pryzbylewski, genro de um comandante da Polícia, que vem parar ao destacamento por cunha; e Leander Sydnor, da Brigada de Trânsito, agente competente que parece ir ali parar por acaso.
Do outro lado, existe a família negra Barksdale: Avon, o chefe da quadrilha; D'Angelo Barksdale, seu sobrinho recentemente libertado da prisão e que não gosta da vida criminal da família; Stringer Bell, o cérebro da operação; Wee-Bey, Stinkum e Bird, os homens de mão; Bodie e Wallace, passadores do nível mais baixo; e Omar, um criminoso homossexual que rouba os traficantes.
A primeira temporada gira à volta destes dois núcleos, entrecruzando histórias, explorando personagens, fazendo-nos interessar lentamente por elas e pelas suas vidas. A sua temática é, portanbto, o negócio de droga e o seu combate,. Já a segunda série desenrola-se principalmente na docas de Baltimore, entre contrabando e tráfico de drogas e de mulheres, com a família Barksdale ao barulho, mas dando o papel principal a nível criminal a uma Máfia russa.
A série passa na Tv Cabo, no canal Fox, e é aconselhável para quem gosta não de boa televisão, mas de boa ficção a nível geral e para quem quer ver as coisas tais como elas são, sem medo da realidade.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Os dez minutos antes de dormir...

...são para mim de refelxão sobre tudo e mais alguma coisa. Nesta última noite, este foi o menu, por ordem e em catadupa.

"Amanhã tenho de acordar às 9, senão não acabo o trabalho até 6ª

E se pudéssemos estar um com o outro todos os dias, seria diferente?
There's a traitor beneath my chest
Tenho de ver se arranjo tempo para ver "The wire". O McNulty vai tramá-los bem

Será que a Rita tem razão?
Ok, passo do Kossuth para Trianon e depois 1956
Que horas serão? Esqueci-me de tomar o Cê Gripe! Outra vez!
Agora o que vou escrever para o "Purgatório"?
Bem, eis uma coisa que ela nunca poderá saber.
Eu sou uma má pessoa. Só pode! tem de ser por isso
O que vou apostar no Superbola amanhã?
Não, eu sou uma boa pessoa
Porque é que sinto que a minha vida é um fracasso?
"Munich": YES!
Isso nunca vai acontecer!
Mas quando é que durmo? Estou a fcar com sono!

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

I can see the grand plan...



É impressão minha ou atribuir a Ordem do Infante D. Henrique a José Mourinho, afinal o maior conquistador da nossa História desde D. Afonso III, é uma indirecta à INglaterra para que tenha cuidado com a vingança por séculos de gozação, humilhações e de sernos enganados e burlados com base naa velha ideia de que somos aliados?

Duas formas de ver as coisas

Uma boa amiga minha dá-me uma boa sugestão, que às vezes tento seguir: quando pensar que a minha vida é má, tentar lembrar-me daqueles que passam fome, que T~em doneças incuráveis, que vivem na miséria. Por um lado, o conselho é positivo, visto que me ajuda, e a qualquer um de nós, a manter as coisas em perspectiva; mas por outro lado, transforma a vida no acto redutor de respirar.

Uma equipa de fé



A notícia que saiu há algumas semanas atrás de que vai passar a haver uma espécie de Liga dos Campeões europeia para jogos de futebol com padres pode vir a criar um novo clube em Portugal. É que há jogadores da Superliga com nomes que fazem lembrar o saudoso tempo dos Atletas da Cruz de Cristo, liderados por Marco Aurélio, defesa brasileiro que passou pelo Belenenses e pelo Sporting, e Milton Mendes, atleta com um sorriso que parecia nunca mais acabar. Aqui fica a consituição da equipa inicial num esquema tipo Koeman dos bons tempos:

Pedro Roma (Académica)


Bispo(P.Ferreira) Hélder Rosário(Boavista) João Paulo(U. Leiria) Dos Santos(Benfica)


Paulo Assunção(Porto) Santamaria(E.Amadora)


Binho(Naval) Elias(Gil Vicente) Ricardo Quaresma(Porto)


Saulo (U. Leiria)


Equipa técnica

Treinador: Paulo Bento (Sporting)
Treinador-adjunto: Jorge Jesus