quinta-feira, junho 29, 2006

Veritas



"Well, I'm here to tell you that "So Lonesome, You Could Die" is not a mere phrase."

Jose Chung, "Jose Chung's Doomsday Defense" - Millennium

E ele tem toda a razão! Uma amiga minha citou Sartre no seu blog, dizendo que "O inferno são as outras pessoas." Para alé de não gostar de Sartre, pois acho-o demagogo, é óbvio que não concordo: para os outros serem o Inferno, necessitavam pelo menos de serem calorosos... Revejo-me mais nesta observação que Jose Chung, personagem de "The X-Files" e "Millennium" profere no referido episódio. De facto, não é uma frase: é um estado de espírito;e não está errado sentirmo-nos tristes por estarmos sós, é um motivo mais que suficiente para deixar qualquer um abalado. Errado é desvalorizar e fingir que não é nada.

quarta-feira, junho 28, 2006

Lista útil para o Mundial

Certamente o leitor terá visto os vários jogos da nossa selecção (ou a selecção de Scolari, se quisemros de outra maneira. De qualquer forma, eles estão a ganhar, por isso, abana essa bunda, Felipão!) acompanhado por amigos ou familiares, porque ver jogos de Portugal é como, vamos lá a ver, ver a nossa série preferida sozinho (e eu sei bem o triste que isto é, ou pelo menos não ter ninguém com quem falar qunado estamos a ver que o Locke descobriu um mapa no raio do alçapão, ou a Scully descobre que tem cancro... Bolas). OK, demasiados parêntesis num só parágrafo.
Continuando, o que venho deixar neste blog, que sempre afirmei ter uma missão próxima do serviço público, quando não é o espelho dos umbiguismos deliro-existenciais da minha pessoa, é uma lista útil para usar com os seus amigos no café, ou em casa, ou defronte de um ecrã gigante. São os clichés que até agora ouvi, ou criei, dos adversários da selecção no Mundial. Dirão: "Já falavas menos de futebol, disso estamos fartos." Ok. Mas se quiserem ler sobre coisas sérias e interessantes, vão a www.o-mundo-de-mafalda.blogspotg.com e pronto, têm aí política internacional, interessantes análises da vida e arte a sério. Por aqui, já sabem do que a casa gosta; e para além disso, sou homem. Nâo está cientificamente provado que os homens só pensam em mulheres, bebida, carros e futebol?
Portanto, cá ficam: a maior parte deles não têm piada, mas se Portugal estiver a ganhar o jogo, niguém se chateia e voc~es só ficam bem na fotografia. Se Portugal estiver a perder... o meu conselho é manterem a boca fechada.

ANGOLA

"Vimo-nos negros para ganhar a Angola"
"Os defesas de Angola são autênticos pedreiros"

IRÃO

"É uma equipa explosiva"
"Tem jogadores bombásticos:"
"Karimi é um jogador nuclear da equipa"
"A defesa de Portugal tem de ter cuidado, o Carvalho e o Meira são duas autênticas torres"
"A estrategia utilizada pelo Irão é verdadeiramente suicida"

MÉXICO

"A Inês Sainz é podre de boa. Adoro jornalismo mexicano"
"Eis um golo de se lhe tirar o sombrero"

HOLANDA

(Uma lista de 20 envolvendo laranjas secas, podres, espremidas ou em sumo)

Podem completar. A secção de comments serve para isso.

terça-feira, junho 27, 2006



Numa entrevista dada, se não me engano, à "New Yorker", Woody Allen revelou o que teria Deus a falar sobre Scarlett Johansson e exprimiu-se da seguinte forma:

"Deus diria "Eu criei um horrível e assustador universo, mas também fiz uma dessas, portanto parem lá de reclamar."

Perante duas coisas boas, cada uma à sua maneira, nem sei bem como concluir o post. Façam o vosso final na secção de comments...

segunda-feira, junho 26, 2006

Prazeres Amélie

Um prazer Amélie, e isto para quem não viu o filme, é por definição o desfrutar de uma pequena coisa que nos paree insignificante e ridícula, mas que contribui para o nosso bem estar e para a nossa alegria. É um pequeno pedaço delicioso da nossa vida.

O meu prazer Amélie de hoje é um par de sapatilhas mesmo, mesmo confortáveis. Normalmente, as sapatilhas parecem-nos confortáveis quando as calçamos. Estas não: quando as calço, são perfeitamente normais. O bom é quando as descalço, principalmente depois de ter andado muito, ou de ter subido alguma ladeira, o que acontece comigo todos os dias. Sento-me numa cadeira, descalço-as e elas saem de imediato e suavemente. Não ficam a lutar para ficar: saem. E isso sabe-me muito bem, embora seja uma coisa perfeitamente ridícula.

E este é o meu prazer Amélie d ehoje.

Misturada

Os jornais passaram os últimos dias a revistar clichés sobre a equipa holandesa e todos eles envolviam laranjas, sendo fruta ou cor. Aliás, a título de curiosidade, a cor laranja do equipamento holandês não vem de qualquer fruta, mas sim da casa real holandesa, que é a Casa de Orange, tendo-se tornado desta forma a cor nacional. No entanto, a melhor contribuição para a onda alaranjada foi dada no jogo desta noite: com tanto amarelo e vermelho à mistura, e a distribuir entre as duas equipas, a cor só podia ser mesmo uma.
O jornalismo desportivo nunca foi tão clarividente.

quinta-feira, junho 22, 2006

Más notícias para Scolari

Gostava aqui de anunciar que não sou patriota; e por várias razões. Primeiro, não gosto de Scolari e penso, pasmem-se, que ele não é um Deus, é um ser humano normal. Depois, vejo a selecção nacional como um conjunto de seres humanos e não de semi-deuses, reservando-me o direito de, ocasionalmente, exasperar-me com as suas asneiras e mesmo insultá-los, crime pelo qual posso mesmo vir a ser executado publicamente. Terceiro, nunca irei chamar-me de tuga e tenho para mim que um povo que se auto-designa por esta expressão, tuga, merece estar na cauda da Europa. Este é, perante o cenário atrás desenhado, o lugar que lhe pertence por direito.
Gosto do meu país. Mas aparentemente, isso não é o suficiente para o patriotismo de cada um hoje em dia.

Economia

Leio um blog de uma pessoa que eu conheço e pergunto-me quantas palavras são precisas para se criar uma banalidade. Olhando para as coisas que ele escreve, aparentemente, um grande saco delas.

Noção de perspectiva

A minha vizinha da frente, em menos de 5 anos, perdeu a mãe, devido a cancro, divorciou-se do marido, que lhe deixou uma filha menor para criar, e tem agora o pai no hospital, com uma hemorragia cerebral, preparando-se para a sua provável morte. A lição desta semana é que eu devo começar a relativizar os meus pessoais e meio patéticos problemas existenciais.

terça-feira, junho 20, 2006

Talentos



Saber escrever é daqueles talentos que pouca gente tem. Para começar, eu não o tenho. Há gente que me diz que tenho jeito para escrever, mas eu nunca fui muito dessa opinião. Quanto muito, tenho sorte quando me ponho a juntar palavras. Tinha de ter sorte nalguma coisa na vida, porra... :)
Saber escrever não é como saber fotografar, ou pintar, ou ter jeito para trabalhos manuais. Normalmente, diz-se que alguém escreve bem quando escreve uma banalidade qualquer que nos soa bem ao ouvido. Foi assim que o Paulo Coelho construiu carreira. Quase todos os grandes escritores que me lembro não foram considerados bons na época e só tiveram sucesso com trabalhos menores, ou depois de ganharem o Nobel, o que é outra coisas que contribui para chamar um escritor de bom.
As banalidades também acontecem nas outras artes que mencionei, mas safam-se muito facilmente hoje em dia, em que tudo o que nos pareça razoavelmente exótico ou esquisito é chamaod de arte. Quem escreve não tem essa sorte. Pontilhar a realidade com as palavras certas ou faezr corresponder cada letra a cada centelha das nossas emoções nunca é muito fácil. É mais simples traduzir algo triste dentro de nós através de uma cor ou de uma imagem do que com uma frase, ou um parágrafo. As palavras, por exemplo, não podem amar. As pinturas podem, as fotos também e mesmo o David de Miguel Ângelo tem pénis.
A sorte que tenho com palavras têm-me sido muito útil ao longo da minha vida estudantil, mas não me tem servido de nada nas restantes áreas. É muito difícil alguém te elogiar por algo que escreveste e que veio do fundo do teu coração e não consigo resolver os meus problemas com a escrita. É uma daquelas coisas que temos e que é razoavlente inútil. Por vezes, penso isso. Escrever fere as pessoas, e eu faço muito isso. Mas por outro lado, quando tenho um caderno à frente e uma caneta na mão e estou para aí virado... É uma sensação de libertação poder descarregar tudo em texto corrido. É uma experiência tão individualmente libertadora que me sinto feliz por estar vivo e poder fazê-la. Escrever pode ser um talento meio inútil, mas há tantas coisas ditas inúteis que fazem com que a nossa vida ganhe tanot sentido...

Irrita-me...

...ouvir alguém a virar-se para mim e a dizer "Eu já sei como tu és"; e não, não sabem. Não se dão ao trabalho. Não que me tenha acontecido há muito temnpo, mas de cada vez que penso nessa expressão, arrepio-me. Acho que tira toda a surpresa a uma pessoa. Se alguém realmente nos conhece, acabou-se o jogo. Acho que devemos ter sempre cartas no baralho que só nós conhecemos. Coisas nossas que somos e que mais ninguém deve saber. Porque ninguém sabe exactamente como nós somos. Podem ter uma ideia, mas saber... Isso acho que não.
Nunca ninguém vos disse "Eu já sei como tu és" para passado uns dias se senitr surpreendido com uma atitude vossa ou algo que disseram?

segunda-feira, junho 19, 2006

Deserto


A minha mente criativa anda assim há uma série de semanas... Não tenho grandes ideias, ando mole e sem iniciativa. Eu já sou perguiçoso por Natureza, mas ultimamente tenho-me sentido despojado de ideias e o blog tem-se ressentido disso: não fossem o spam e o habitual "hate mail" (João F., és a segunda alma deste blog), isto andaria pelas ruas da amargura. No entanto, e como irrompendo sei lá de onde, eis que uma nova torrente de pensamentos me invade e me sinto de novo pronto a escrever qualquer coisa. Portanto, vamos a isso.

Problema


Declaro-me cleptomaníaco. É que roubo os abraços que não me dão, e não consigo parar de o fazer.

sábado, junho 17, 2006

Como chegar aos outros

Acho que se valoriza muito a acção para chegar aos outros e para lehes mostrar que gostamos deles. Muitas vezes, uma inacção, ou seja, o acto de estarmos quietos e sobretudo calados, mostra muito mais respeito e afecto do que algo que possamos fazer ou dizer. Isso é muito útil quando não sabemos chegar às pessoas, ou mostrar-lhes o quanto gostamos delas e o lugarzinho que elas t~em cá dentro de nós.

quarta-feira, junho 14, 2006

La revancha


Desta vez, os papéis invertem-se: são eles que invadem.

Minimal


A Rita está cá uma semana. E isso é muito bom.

segunda-feira, junho 12, 2006

5 razões para se gostar de...


NATALIE PORTMAN

1 - O seu talento: De longe uma das melhores jovens actrizes de Hollywood, Natalie Portman tem trabalhado com alguns dos melhores nomes do ramo, desde consagrados (Woody Allen, Mike Nichols), passando por novos talentos (Ted Demme, Zach Braff) ou pelos eternos mavericks rebeldes (Tim Burton, Wayne Wang) e vai desde grandes produções ("a trilogia "Star Wars", "V - for Vendetta") até aos pequenos filmes estrangeiros (a filme múltiplo "Paris, je t'aime", o israelita "Free zone"). Tem uma nomeação para o Óscar por Closer e duas nomeações para o globo de ouro, também por "Closer" e "Anywhere but here". Para além disto, tem sabido crescer como acrtiz nos papéis que interpreta e surpreenderá o mundo, parece-me, no novo "Goya's ghosts", de Milos Forman, onde contracena com o supra-intenso Javier Bardem.

2 - A sua beleza intemporal: Podia dourar a pílula e ser poético, mas abram os olhos e vejam as fotos, ok?

3 - A sua inteligência: Licenciada em Psicologia por Harvard, Natalie é das únicas estrelas de Hollywood que parece saber do que fala quanod abre a boca. Nada do que diz parece cliché, nada do que fala parece baboseira; e normalmente não é. Por isso parece credível a interpretar personagens mais velhas do que ela: porque aparenta essa maturidade e inteligência que Jessicas Albas e Lindsay Lohans sonham aparentar. Quando se preparar para pronunciar algo de sério e profundo, então essa coisa será mesmo séria e profunda.

4 - O seu ar goofy e normal: Mesmo sendo incrivelmente bonita e apesar da sua fama, Natalie mantém na entrevistas um certo ar apatetado, que lhe fica muito bem, e aparenta ser uma pessoa acessível. Claro que ela é actriz e pode fingir isso com uma perna às costas, mas deixem-me ser ingénuo, ok? Assume sem completos um lado geek bastante pronunciado e confessa ter sido uma miúda marrona e mimada. O seu riso (que é mais giggles que riso) é uma arma mortífera.

5 - O seu intervencionismo polítco: Sem medo, assume as suas convicções e apoiou John Kerry nas últimas eleições, entrou em "V - for Vendetta", que alegremente apresenta um terrorista como herói e fala publicamente da sua própria faceta pró-israelita, algo incrivelmente polémico, mas que abraça sem se deter. 1,60 de pura fibra.

sábado, junho 10, 2006

Apetece


Dirão "É gratuito". Pois é. Eu sei.

sexta-feira, junho 09, 2006

Faz anos hoje...


... ela. Já me aqui atiraram muito calhau neste blog, mas o maior foi alegar que tinha mudado de obsesão. Que crime! A minha obsessão nuca mudou, e está-me a parecer que nunca mudará. É única, imutável e inimitável; e comemora hoje 25 anos. Está de parabéns, portanto! E os céus cantam o seu nome...

terça-feira, junho 06, 2006

Curiosidades sobre o número maldito



Num dia visto por muitos como o dia do Diabo, interessa conhecer algumas trvialidades sobre o 666:

- Se adicionarmos todos os números de uma roleta de casino, o resultado será 666

- Se atribuirmos a uma letra do alfabeto um número no modo A=101, B=102, o somatório das letras que compõem o nome de HItler será 666

- Na realidade, muitos historiadores bíblicos e numerologistas afirmam que o número citado na Bíblia como número da Besta não é o famigerado 666, mas sim 616, o que faria mais sentido seguindo a numerologia cabalística judaica. 616, curiosamente, era segundo este sistema, o número de de Nero, o famoso e tresloucado imperador romano.

- Curiosamente, se escrevermos 666 em números romanos, temos as letras em ordem decrescente a partir do 500 (DCLXVI)

- O primeiro computador vendido pela Apple tinha o preço de 666,66 dólares

- O nome completo do antigo presidente Ronald Reagan contém 6 letras em cada palavra: Ronald Wilson Reagan.

domingo, junho 04, 2006

Audições

O filme de que se fala é, obviamente, "Snakes on a plane", uma fita com uma premissa tão incrivelmente básica que só num mundo dominado pela Internet e pela geekness se percebe ter o impacto que tem tido, levando a uma corrente de hype que terá extravasado as expectativas do seu realizador. Um dos grandes atractivos do filme é ver o seu actor principal, Samuel L. Jackson, também conhecido por o homem mais cool do mundo, dizer a expressão "motherfucking snakes on the motherfucking plane", mas e se outros actores, como por exemplo, Christopher Walken, Jack Nicholson, Joe Pesci e Robert de Niro ocupassem este papel? Um comediante norte-americano desconhecido responde a essa pergunta, com interpretações bastante próximas do real.

Super-poder



No seguimento do penúltimo post, sobre pessoas complexas, gostava de falar de uma coisa que me faz confusão. Não me chateio ou fico zangado por isso, mas dentro da minha cabeça que funciona numa lógica encadeada, acaba por fazer espécie.
Quando se pede às pessoas para falar de mim, dois adjectivos acabam sempre por calhar: inteligente e criativo. Se por um lado me depriva de possuir qualquer qualidade humana minimamente ligada aos afectos, por outro lado lança-me uma dúvida que está ligada a umn super-poder que tenho. Se chego a um sítio onde se fala, de repente a conversa ou cessa ou continua como se eu não estivesse lá e também falasse; ou então se já estou nesse sítio, quase que tenha de se esperar que não esteja para se voltar a falar; ou que se eu não falo, também nin guém me dirija a palavra. Ora, começo a chegar à conclusão que ser inteligente ou criativo não basta para se ser conversadro. Ou então, e é hipótese a não descartar, não sou nem uma coisa nem outra, e estes adjectivos são usados, porque, pronto, é fácil aplicar-me isso.
Provavelmente, até nem sou bom conversador. Sempre disse que tenho mais ar de eremita e não tenho aquele ar fofinho e misterioso que faz as pesoas delirarem com a companhia de alguém. No entanto, considero-me próximo das pessoas. Aparentemente, esta é uma afirmação que faz sentido na primeira pessoa do singular, mas nunca na terceira no plural. Porque surge a questão: pdoemos ser íntimos de alguém se essa pessoa não o é connosco? Há quem acredite que sim; eu cá acho que não, embora me contradiga a mim próprio e o faça. Là está, a complexidade do humano; e como este post meio existencial já vai meio extenso, quem quiser bater, porque os haverá, poderá continuar tão paixonante tema na secção de comments. :)

sábado, junho 03, 2006

A lei de Chuck Norris




"A principal exportação de Chuck Norris é a dor"

O simples e o complicado

A frase que mais vão ouvir de um homem quando fala do sexo oposto é: "Não há mesmo quem as percebea"; haver até há, mas são apenas um restrito número de catedráticos... No entanto, este desabafo pode ser aplicado ás pessoas nogeral: às vezes, não se entendem as suas reacções, os seus sentimentos, os seus medos, as suas pequenas coisas. Eu sou daqueles que não engraça muito com nóias mal explicadas: gosto de falar com as pessoas e perceber o que as faz agir de determinada maneira. Gosto de saber.
No entanto, acho que essa complexidade e mesmo contradiução humana é aquilo que dá tanta piada às pessoas. Fossem elas simples e não haveria filmes, livros, música, arte. Seo ser humano fosse tão simples e plano como o tampo de uma mesa, nunca se discutiria e nunca se andaria para a frente. Não conseguiríamos evoluir individualmente, nem aprendermos como o mundo é variado e como há pontos de vista por vezes tão diferentes dos nossos, mas igualmente justificáveis. Gosto de pessoas transparentes, mas as opacas, aquelas que não se descortinam, dão muito melhores personagens de ficção.