quarta-feira, janeiro 31, 2007

Reverso da medalha


Mas no campo das coisas boas, já só falta uma semana.

Lições dos últimos dias

1 - Não te esforces a trabalhar que não vale sequer a pena

2 - Já devia ter aprendido que, regra geral, nem vale a pena mostrar preocupação pelas pessoas

3 - Ser aquilo que se espera de mim: é tão mais confortável para todos os outros...

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Heróis

Embora ainda não seja público, sabe-se que, depois da versão portuguesa de "Lost" e da possível produção de uma série chamada "NLDR", a RTP se prepara para adaptar um outro programa estrangeiro para a realidade portuguesa. Falo de "Heroes", onde um grupo de pessoas descobre que tem super-poderes. Na verdade, há duas hipóteses de isto se concretizar, mas a que tem mais probabilidades é, sem dúvida, a que seguirá o resultado do concurso "Grandes portugueses". Assim, a versão portuguesa de "Heroes" chamar-se-á "Grandes portugueses" e trará uma nova visão das figuras da História Portuguesa, que dão por si, estranhamente, no século XXI português, com incríveis poderes, sem fazerem ideia de que há outras pessoas com idêntico potencial. Os espectadores seguirão os personagens enquanto se encontram uns aos outros e formam uma equipa. O blog "I'm a complex guy, sweetheart" teve acesso à lista dos dez personagens principais e respectiva descrição de personagens. Deixamos hoje aqui os primeiros 4.


Nome: Toli Salazas
Identidade secreta: António de Oliveira Salazar
Poder: Convencer largas dúzias de pessoas de que é um tipo porreiro; mais do que super-poder, é a sua esfera de influência e o seu grupo de capangas que o tornam um herói poderoso
Primeira aparição: Surge na série na festa do Avante, espancando Lagarto da Viola (AKA Sérgio Godinho) perante dezenas de espectadores e dois ou três comunistas.
Ponto fraco: Mobiliário de escritório
Principal inimigo: Carpinteiros. Por isso retira sempre especial prazer quando o Paços de Ferreira perde para o campeonato


Nome: José Felisberto Mafamude
Identidade secreta: Fernado Pessoa
Poder: Consegue multiplicar-se no máximo até 46 entidades
Primeira aparição: À bulha consigo próprio, enquanto Alberto Caeiro tenta apaziguar uma zanga entre Álvaro de Campos e um dealer de ópio
Ponto fraco: Incompatibilidade entre heterónimos
Principal inimigo: Ele próprio


Nome: Super-carimbo
Identidade secreta: Aristides Sousa Mendes
Poder: O Carimbo mais rápido desta lado do Reno
Primeira aparição: Tentando ajudar uma família ucraniana e conseguir um barraco na Damaia.
Ponto fraco: O facto de ser natural de uma terra com o nome parvo de Cabanas de Viriato. Para além disso, desde cedo mostra ter atritos com Toli Salazas, por terem feitios incompatíveis.
Principal inimigo: Oskar Schindler


Nome: Rei de espadas
Identidade secreta: D. Afonso I (vulgo D. Afonso Henriques)
Poder: Super-força, voz grossa, espadalhão
Primeira aparição: Regressando á vida em Guimarães e passando dois minutos a chorar copiosamente quando se apercebe de que o Vitória está na Segunda Liga
Ponto fraco: Arranquem-lhe a barba, arrancam-lhe a força; problemas com a mãe
Principal inimigo: José Sócrates, mas também os restantes líderes partidários, mais o paleio da tanga de Odete Santos e o Cardeal Patriarca, que lhe querem estragar a obra. Para além disso, outros 9.999.990 de portugueses não o curtem muito por ter fundado o país.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Bate certo

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Road to Oscars 2007: "Little mis sunshine"


Como já fiz, há algum tempo, a review de "The departed", "Little miss sunshine" não abre a minha oscar season de análise dos nomeados. No entanto, a saga oscariana continua.
Tentando ser conciso, "Little miss sunshine" (LMS) é um, vá lá, melodrama bizarro sobre uma família disfuncional aind amais bizarra. Vindo do mundo da criação independente, e distribuído pela divisão indie dos estúdios Fox, a Fox Searchlight, tem assim uma temática particular ao sugénero independente do cinema dos EUA, com personagens estranhas, ligadas familiarmemte entre si e que mostram no ecrã uma atmosfera familiar fora do comum. Embora não parecendo, o ponto de partida é um cliché. A pedra de toque do filme é um concurso de beleza infantil, em que participa a mais nova do clã, Olive (Abigail Breslin), sendo que a restante família se decide, a bem ou a mal, a acompanhá-la. Por isso, um pai demasiado obcecado com o sucesso e com a dicotomia vencedor/perdedor (Greg Kinnear), uma mãe que tenta segurar a família, como quase todas a mães tentam (Toni Collette), um filho mais velho que se recusa a falar e lê Nietzsche (Paul Dano), um avó cocainómano e com um boca suja (Alan Arkin) e um tio gay e suicida (Steve Carell) embarcam numa carrinha Volkswagen amarela, e a cair aos bocados,e decidem encetar a viagem de Albuquerque até à Califórnia.
Realizado por Jonathan Dayton e Valerie Faris, é aquilo a que se pode chamar um filmaço. Primeiro, porque o argumento de Michael Arndt é em si uma pequena pérola. Não nos atira com moralismos à cara, apresenta-nos personagens que nunca nos soam a arquétipos, por isso são-nos reais, e com uma análise dos conceitos de família e normalidade incrivelmente directa, mas nunca com ar de quem quer dar uma lição. Enche tudo de pequenos pormenores (desde os problemas da carrinha até aos pequenos problemas que cada personagem enfrenta). Além disso, executa a escalpelização definitiva da obsessão americana com concursos de beleza. O casal de realizador, vindos do videoclip ("Tonight, tonight", dos Smashing Pumpkins", é deles, tentam não se meter no meio do argumento, e conseguem-no, o que já é muito. Há pormenores particularmente deliciosos, embora no geral a realização seja apenas boa.
LMS tem a sorte de contar com excelentes intérpretes, onde se destacam, naturalmente, Abigail Breslin, como uma menina de que é impossível nao gostar, e Steve Carelll, um dos grandes esquecidos dos Óscares deste ano. A sua interpretação é superior à de Alan Arkin, que foi nomeado, em tudo: a sua performance, por vezes de levar às lágrimas do riso, é assombrada pelos seus olhos, melancólicos, por onde passa uma tristeza imensa, fazendo lembrar Bill Murray nos seus tempos recentes.
Gostei mesmo deste filme. Aliás, um filme que inclui Sufjan Stevens na sua banda sonora é à partida uma coisa com gosto. E quantas fitas viram nos últimos anos que vos fazem querer, na sequência final do filme, aplaudir de gozo completo perante uma das redenções mais estranhas de personagens jamais vistas? Vale a pena descobrir o nosso inner freak.

Typecasting 1

Descubro um site, com montagens particularmente engraçadas, em que os frequnetadores são convidados a pegarem num actor e a fazer um poster de um filme fic´ticio com ele, baseado no tipo de personagens que qle einterpreta normalmente, o chamado typecasting. É como chmar o Morgan Freeman para fazer de velho negro com conselhos sábios para dar. Esse tipo de coisas. Aqui fica um exemplo, por hoje. Mais tarde, trarei mais.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Pontos a destacar nas nomeações

- "Dreamgirls", durante muito tempo dado como o principal candidato à vitória em "Melhor filme, não foi sequer nomeado. isto quer dizer que, e há muito que isto não acontecia, temos uma corrida para melhor filme completamente a erta e pode dar para qualquer um dos lados.

- "Volver", de Pedro Almodovar, também visto como o favorito desta categoria, não foi nomeado para Melhor filme estrangeiro. O mistério rodeia esta ausência. Claramente, e tendo em conta as suas outras 3 nomeações, isto abre caminho à vitória de "Pan's labyrinth", de Guillermo del Toro, o que confirma a crescente popularidade da fita nas últimas semanas.

- Jack Nicholson não foi nomeado. Penso que é o fim do factor Jack na Academia. No entanto, "The departed" manteve a sua posição, com Mark Whalberg. estranho, estranho, foi a não nomeação de di Caprio por este filme, mas sim com "Blood diamond"

- Maior número de actores negros nomeados de que há memória: 5 (Jennifer Hudson, Eddie Murphy, Forest Whitaker, Will Smith e Djimon Honsou)

- Destaque também para os latinos: Adriana Barraza para Secundária, Penelope Cruz para principal, Iñarritu para realizador e Alfonso Cuáron e Del Toro para Argumento. Salma Hayek, quando anunciou as nomeações esta manhã, já ciciava de choro quando chegou aos nomeados para Melhor filme.

- Dois filmes não falados completamente em inglês nomeados para Melhor filme: "Letters form Iwo Jima" e "Babel"

- Scorsese volta a encontrar a sua nemesis: Clint Eastwood, o factor que veio desequilibrar tudo

- Mesmo com tudo isto, "Dreamgirls" é o filme mais nomeado (8 nomeações), seguido de Babel (7)

O início de tudo


Rever a primeira temporada de "The X-Files" é como regressar ao meu mito fundacional: se Portugal o tem em Guimarães, eu tenho-o nos idos de 95, nas sextas-feira à noite na 4 (hoje TVI). Era aí que me deliciava, à razão de dois por noite, com episódis dessa série que constriuiu certamente parte daquilo que eu sou hoje, criativamente e intelectualmente falando. Se eu tivesse que escolher uma lista das pessoas que mais me marcarm na vida, acho que os meus pais ficavam de fora, mas Mulder, Scully e Chris Carter estavam lá de certeza.
Vejo bastantes séries de televisão com muita qualidade, mas igual à imensa energia criativa que circulou nas primeiras 5 temporadas de "The X-Files", jamais. A dupla Mulder-Scully é parte desse encanto, não devido à tensão sexual existente entre ambos 8que a há), ma sporque são dois personagens incrivelmente complexos e simultaneamente interessantes de um ponto de vista de pop-culture. São umas das melhores parelhas jamais criadas em qualquer médium artístico. Parte deste sucesso desemboca em Chris Carter, que soube ser diferente. Para aqueles que dizem que "The X-Files" é filha directa de "Twin Peaks", aconselho visionarem as primeiras temporadas das respectivas séries e a traçarem conclusões. A criação de Chris Carter deve mais aos filmes de terro da Hammer e aos serials fantásticos da década de 70.
É por isso que, ainda hoje, a minha paixão não morre, está claro. Daqui a 30 anos, esta série será ainda lembrada como a grande criação que é, enquantou outras se desvancerão. Enfrentando o tradicional preconceito contra a ficção científica e o horror, digo que vi poucas séries tão intelectualmente estimulantes como "The X-Files". tenho pena que tivesse deixado, a certa altura, de fazer parte de um culto de poucos. Quando a coisa rebentou e se tornou fenómejno, senti como se me tivesem roubado qualquer coisa. E ainda me sinto: estou sempre à espera de ver Mulder e Scully a reaparecer em qualquer momento, seja numa qualquer escotilha ou mesmo num hospital, passando por um médico de bengala.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Melhor filme

Depois de tudo analisado previamente, penso que poso saltar desde já para a lista que penso constituir a mais provábel enomeração dos nomeados ao óscar de Melhor filme deste ano:

"Babel"
"The departed"
"Dreamgirls"
"Little miss shunshine"
"The queen"

Atenção a ultrapassagens na última curva por: "Letters from Iwo Jima"; "United 93"
Vindos do nada: "Pan's labyrinth"; "Children of men"

domingo, janeiro 21, 2007

Melhor realizador


Este é mais um ano de incerteza, tudo porque o princípio desta está instalado com a nomeação de Martin Scorsese: será que é desta que o homem, após 5 nomeações e 0 vitória,sa vai levar o Óscar para casa? É uma pergunta que ainda é cedo para responder, e obviamente que não é indiferente a nenhum apreciador de cinema este facto. Mesmo que mestres como Hitchcock, Altman ou Welles nunca tenham ganho o Óscar de melhor realizador e continuaem ainda assim a serem referências, com Scorsese é um caso àparte: parece uma birra pessoal.
Tendo em conta que Scorsese está certinho, o que nos sobra? bem, acho que por esta altura, Alejandro González Iñarritu é também um dado adquirido: "Babel" é o filme sério que dá jeito ter na montra dos Óscares, para mostrar que nem tudo são épicos e melodramas. Tendo estes dois, o resto é especulação e wishful thinking. Clint Eastwood tem hipótese dupla, com "Flags of our fathers" e "Letters from Iwo Jima", mas irão os votos dividir-se? Há uns anos, Steven Socerbergh conseguiu a proeza de ter nomeação dupla, mas este ano, Clint não tem aquele "show me the love" que carcateriza a sua relação com os membros da Academia. Há também Bill Condon, por "Dreamgirls", que será previsivelmente; mas se o filme não tiver nomeações em catadupa, Condon pode esquecer; Jonathan Daytone Valerie Fanris são uma dupla de realizadores responsáveis pelo sleeper do ano, "Little miss shunshine", mas jamais, em toda a história da Academia, uma dupla de realizadores foi nomeada. Um exemplo? Fernando Meirelles, para poder ser nomeado para melhor realizador em 2003, teve de assumir a responsabilidade total por "Cidade de Deus", que co-realizou com Katia Lund. Stephen Frears, por "The queen", é uma hipótese fortíssima: uma realização de tipo clássico, sóbria, discreta. A Academia gosta disso. Depois, temos as surpresas: conseguirá Paul Greengrass, por "United 93", surpreender tudo e todos, com um trabalho a todos os níveis notáveis? Haverá lugar para os estrangeiros Pedro Almodovar ("Volver") e Guillermo del Toro ("Pan's Labyrinth")? Logo se verá.

O mais previsível é as coisas se darem desta maneira:

Martin Scorsese - "The departed"
Alejandro González Iñarritu - "Babel"
Stephen Frears - "The queen"
Bill Condon - "Dreamgirls"
Clint Eastwood - "Letters form Iwo Jima"

Atenção a ultrapassagens na última curva por: Pedro Almodovar - "Volver"
Guillermo del Toro - "Pan's labyrinth"

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Dude, you are so gonna burn in hell!

É que é mil vezes pior que votar não neste referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez (a palavra aborto, estive a pensar, leva uma pessoa a fazer um juízo de valor imediato)!

Um homem de 33 anos foi detido ao início da madrugada de hoje, em Fátima, quando tentava furtar o dinheiro dos cofres para a venda de velas no santuário, anunciou o Comando Distrital da PSP de Santarém.

Segundo informação da polícia, o homem foi interceptado pelos guardas do santuário, que se aperceberam de barulho feito na tentativa de assalto, durante a qual estava a ser utilizada uma chave de fendas e uma maçaneta.

Questionado sobre a sua identidade e como se deslocara para Fátima, o suspeito disse que fora a pé e à boleia.

No entanto, o agente que o interrogava já vira o suspeito no interior de uma viatura, o que levou o homem a negar a primeira versão.

A polícia veio então a constatar que a viatura em que o suspeito se deslocara havia sido furtada, conforme queixa apresentada na GNR de Fânzeres, no concelho de Matosinhos.

Numa revista efectuada ao veículo foi encontrado um machado pequeno, um bastão improvisado, dois auto-rádios, uma faca, um punhal e quatro cartões de crédito, três dos quais roubados, por esticão, em Lisboa.

Segundo a PSP, o homem "é autor de diversos furtos de viaturas já recuperadas e em residências".

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Lamentável?


De cada vez que há uma descarga poluente num curso de água e que esta, por milagre, consegue chegar à imprensa nacional, o Governo é obrigado a fazer um comunicado. esse comunicado diz sempre o mesmo: "É um acontecimento lamentável." Correcto. Mas quando é que passar a ser punível?

Memórias

No meu post 400, sem celebração (como sugeriu alguém há uns tempos, o 500 é uma data mais simbólica), decidi escrever sobre aquilo que me levou a começar esta besta, vulgo blog. Acho que, pensando, já nem sei. Não posso dizer que sempre gostei de escrever. Acho que só adquiri essa mania por volta dos 15, 16 anos. Sempre tive visões escabrosas na minha cabeça e a única maneira, a mais simples, que tinha de a transmitir para o papel foi escrevendo. De facto, se há coisas que estão sempre comigo quando viajo são uma caneta e um caderno. Não é que tenha fraca memória, mas eu próprio já não consigo controlar a minha ânsia de escrever. Acho que o meu cérebro envia uma descarga que passa pelos terminais nervosos e chega à minha mão direita. É mais ou menos assim.
Já escrevi sobre escrever. Não é nada de extraordinário.

Há quem fale de falar, quem cante o cantar e que dance sobre aquilo que á da dança; mas se no caso destas 3 últimas actividades essa seja a forma mais correcta de o fazer, a melhor maneira de saber o que é escrever não é escrevendo: é sim lendo. Acho que só quando começamos a percorrer o labirinto de letras que compõe o texto é que nos podemos sentir atingidos pelo que ele encerra. Por vezes, encontramos lá um Minotauro, que nos sobressalta e assusta, faz-nos pensar em coisas que nos podem comer a sério; noutras, um tosão de ouro, uma espécie de alívio por sabermos que algu´me nos entende, e pensa como nós, ou pelo menos qualquer coisa que nos faça ter um sorriso na cara ou uma luz no nosso coração, quando as trevas o cobrem. Ler e escrever são duas actividades indistintas, porque toda a gente que escreve fá-lo para alguém. Mesmo quando dizemos "Isto é só meu", temos um bicho a pular cá dentro, desejoso de encontrar alguém de confiança para mostrar. Seja para conquistar um momento de comunhão, ou para ouvir um elogio pelo que escrevemos.

Nunca publiquei neste blog nada que fosse arrepiantemente meu. Nunca houve nenhum critério editorial explícito. Comecei-o como brincadeira e dou por mim assustado quando pessoas me dizem que o visitam todos os dias. Como se fose algo d eimportante; e acho que não é. Este blog é apenas uma bússola para alguém que se sente perdido, neste caso euque o escrevo. Sente-se perdido na vida, no mundo, nas pessoas. Às vezes, olho em volta e não percebo nada. E a minha confusão quer logo ser estampada. Tenho este blog para isso. essa confusão vem ácida, vem com arestas, vem bruta. Aleija. Porque é uma confusão perdida. A morada é lost in the island, porque todos nós nos sentimos ilhas de vez em quando. Ilhas sem pontes para lado algum.

Por isso, acho que temos todos a dizer "I'm a complex guy, sweetheart", de quando em vez. Porque somos complexos, em cada gesto, e o mais curioso é que nos tentamos descomplexar, a desconstruir-nos, no que fazemos e no que falamos. Este blog tem-se enchido de conversas da treta, temas importantes, sobre mim, sobre cinema, sobre futebol, sobre palermices invariáveis. Este blog é uma súmula daquilo que é a minha vida e daquilo que eu sou. E a maneira como eu escrevo, e aquilo que eu escrevo, são isso: pessoais, mas sempre transmissíveis. E mesm que não vos possa tocar, de qualquer maneira, sei que vos entro pelos olhos. Sem trocadilhos intencionais. :)

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Azar

Há quem diga que o cúmulo do azar é cair de costas e partir a pila. Pois bem, aqui deixo outro.

Pedro volta a ser operado

O infortúnio voltou a bater à porta de Pedro. O guarda-redes do Paços de Ferreira, ausente da competição desde Agosto com repetidas lesões no joelho esquerdo, voltou a lesionar-se esta terça-feira... escorregando em pleno departamento médico do clube pacense. Amanhã é operado.

Pedro vê assim o joelho ceder pela terceira vez em cinco meses, prolongando-se um calvário que teve início em finais de Agosto, quando rebentou os ligamentos num lance casual com um colega de equipa. Em Dezembro voltou a lesionar-se enquanto treinava sozinho e agora, um mês volvido e já com a fractura consolidada, preparava-se para fazer os primeiros exercícios de recuperação quando, esta manhã, escorregou no posto médico, fracturando a mesma rótula.

Resultado: Pedro será operado amanhã no Hospital de Santa Maria, no Porto.

Fonte: www.abola.pt

terça-feira, janeiro 16, 2007

Melhor actor


Não chegando à categoria do ano passado, a corrida para melhor actor deste ano está também recheada de interpretações bastante potentes. Uma delas, que será certamente nomeada, é a de Forest Whitaker, como o carniceiro ugandês Idi Amin, em "The last king of Scotland", um tour de force que tem ganho prémios a rodos. Embora, em teoria, seja uma interpretação secundária, o estúdio optou por colocá-lo nesta categoria, até agora com excelentes resultados. Perto de Whitaker, temos Leonardo Di Caprio, a concorrer com dois papéis, em "The departed" e "Blood diamond". Partindo do princípio que só será nomeado por um deles, parece-nos que em "The departed", Di Caprio faz lembrar um pouco o Brando de "Há lodo no cais" e dizer isto não é pouco.
Com estas duas certezas, podemos avançar com outras hipóteses: o star power de Will Smith pode arranjar-lhe a sua segunda nomeação, em "The pursuit of happynes", onde faz de pai lutador, tentando subir a pulso na vida; Peter O'Toole, que há anos, quando recebeu o Óscar honorário, prometeu que voltaria à acção, cumpre com "Venus", onde faz daqueles papéis que os actores adoram: o de actor em fim de carreira; Ryan Gosling, em "Half Nelson" para estar fulgurante, como professor viciado em cocaína; e muita atenção a Sacha Baron Cohen, por "Borat". Há muito amor por este homem! As nomeações devem ficar assim alinhadas:

Forest Whitaker - "The last king of Scotland"
Leonardo di Caprio - "The departed"
Will Smith - "The pursuit of happyness"
Peter O'Toole - "Venus"
Ryan Gosling - "Half Nelson"

Atenção a ultrapsassagens na última curva por: Sacha Baron Cohen, por "Borat"

Melhor actriz


Como em quase todos os anos, há pouco a dizer sobre esta categoria, sendo que há praticamente cinco nomes definidos, e que, convenhamos, 4 deles são para encher. Desde há alguns meses que se sabe que a vencedora será Helen Mirren, por "The queen", onde interpreta a rainha Isabel II e o sue comportamente nos dias após a morte da princesa Diana. Com isto, pouco mais fica por decidir, mesmo quem é nomeado. Por esta altura, é claro que Judi Dench, em "Notes on a Scandal", e Mery Streep, em "The devil wears Prada", são garantias (Streep é, previsivelmente, a única com poder de fogo suficiente para ter o 0,1% de hiótese de roubar a vitória a Mirren). Os restantes dois nomes são Kate Winslet, a eterna nomeada, por "Little children", e Penelpe Cruz, no mui amado Almodovar "Volver". Para quem sabe ler, as nomeadas são:

Helen Mirren - "The queen"
Meryl Streep - "The devil wears Prada"
Judi Dench - "Notes on a scandal"
Kate Winslet - "Little children"
Penelope Cruz - "Volver"

Melhor actor secundário


Contrariamente ao seu correspondente feminino, a categoria de Melhor actor secundário está bastante imprevisível este ano, quer no que diz aos nomeados, como ao próprio vencedor. Isto porque temos actores de diferentes estatutos e para todos os gostos a concorrer.
Dois nomes que, a meu ver, me parecem bastante garantidos são os de Eddie Murphy, por "Dreamgirls", e Jack Nicholson, em "The departed". Eddie Murphy tem a seu favor aquela impressão de que passou pelo tormento do lixo (e é só relembrar a fikmografia de Eddie Murphy pós "Bowfinger", para entrar nessa missão imposível que é enocntrar-lhe um filme de jeito em 7 anos), e isto aplica-se a outro candidato, que é Ben Affleck, pela sua interpretação em "Hollywoodland". Sobre a secura de Ben Affleck, nao são precisos comentários, parece-me. O facto de este ter ganho a Coa Volpi, o prémio de melhor actor no Festival de Veneza, é um garante de que estamos perante the real deal.
No entanto, no caso de Affleck, poderá não ser suficiente. Nicholson, apesar de veterano, está acima, por exemplo, de outro veterano candidato, Alan Arkin, em "Little miss sunshine", porque é simplesmente Jack Nicholson e todos votam nele. Para mais, outros nomes em disputa baralham as contas: Brad Pitt, em "Babel", parece ir bem e ao nível interpretativo, este parece ser um filme a ser privilegiado nos Óscares; Djimon Honsou, em "The blood diamond", tem sido falado insistentemente e é um daqueles actores intensos num papel ainda mais sofrido; ainda em "The Departed", Mark Wahlberg caiu no goto dos críticos e de quem faz previsões; Jackie Eral Harley, um actor desconhecido, mas já com alguma carreia, é outra daquela comeback stories de que se fazem as noites dos Óscares e em "Little children", parece estar imponente como pedófilo; e se "The queen" começar mesmo a arrancar nomeações, Michael Sheen, como Tony Blair, é também hipótese.
Com toda esta salada, a coisa pode ficar assim alinhavada:

Eddie Murphy - "Dreamgirls"
Jack Nicholson - "The departed"
Djimon Honsou - "The blood diamond"
Alan Arkin - "Little miss sunshine"
Ben Affleck - "Hollywoodland"

Atenção a ultrapassagens na última curva por: Brad Pitt, em "Babel"
Vindo do nada: Steve Carell, em "Little miss sunshine"

Declaro aberta a Oscar season


A partir de hoje, falta uma semana para o anúncio das nomeações para os Óscares. Seguindo o exemplo do ano transacto, este blog dará dicas acerca dos possíveis nomeados e amigos, para que limpem algum dinheiro dos vossos amigos que forem suficientemente burros para vos desafiar em apostas deste tipo.
Na últimas semanas, têm saído os prémios das associações de críticos, dos sindicatos de profissionais de cinema e ainda ontem foram os Globos de Ouro. Portanto, mesmo para os mais desatentos, o qquadro acerca dos nomeados a ser anunciados na próxima terça, e mesmo de possíveis vencedores antecipados, começa a formar-se. Da forma mais breve e sucinta possível, vou tentar abordar a situação nas principais categorias, e avanaçr com hipotéticos quintetos de lutadores. Começamos com Melhor actriz secundária.

MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA

As categorias secundárias de interpretação são normalmente um terreno complicado para se fazerem previsões. Este ano, no entanto, o raio de escolha não é assim tão alargado no que toca ao lado feminino desta contenda. Um nome que parece virtualmente certo, e a provável vencedora final, é o de Jennifer Hudson, por "Dreamgirls", que alia o facto de estar num filme por todos amado a uma história de sucesso súbito, tão do gosto da Academia (Hudson participou, e foi derrotada, na primeira edição do "American Idol", edição ganha, um pedaço de trivia, por Kelly Clarkson). Com esta certeza, há fortes possibilidades: "Babel", filme de A.G. Iñarritu, tem duas possibilidades, com Adriana Barraza e Rinko Kikuchi; Toni Collette, pelo critical darling "Little Miss shunshine", tem uma fanbase fixa na Academia, e Abigail Breslin, a criança que faz de sua filha no filme, preenche aquele cliché de criança prodígio que fica sempre bem nomear e Cate Blanchett, em "Notes of a scandal" já venceu este prémio. Portanto, tendo tudo isto em conta, as minhas previsões são:

Jennifer Hudson - "Dreamgirls"
Cate Blanchett - "Notes on a sacndal"
Rinko Kikuchi - "Babel"
Toni Collette - "Little miss sunshine"
Abigail Breslin - "Little miss sunshine"

Shipping up to Boston

Todos os anos, há um filme que eu apoio nas cerimónia dos Óscares. É mais ou menos como escolher uma equipa num jogo de futebol. O jogo em si até poder ter piada, mas sem puxarmos por um dos lados, falta paixão. Acontece-me isso. Este ano, a minha dama é "The departed"; por isso, em noite de Globos, não há melhor publicidade que o vídeo da principal música do filme, da autoria de uma irreverente banda de rock irlandês, os Dropkick murphys.

sábado, janeiro 13, 2007

Esperança

Voltei a ver a minha fé abalada em pessoas que conheço; mas desta vez, felizmente, nem sequer vou fazer um esforço para a recuperar.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Sorte


Entre so 300 talentos que gostava de desenvolver e que, por preguiça naturaloestúpida não desenvolvo, está a fotografia. Para alguém que quer ser realizador de cinema, seria algo de bastante importante ter na sua formação. Mas de cadsa vez que pego na máquina, inevitavelmente, não tento fazer fotos cool ou verdadeiros achados visuais. Inevitavelmente, vejo-me colado a rostos, a reacções de pessoas e especialmente quando não estão a olhar para a máquina. Acho que para compensar a minha falta de fotogenia, tento procurá-la nos outros.
No entanto, de vez em quando, o acaso junta-se e produz uma foto tirada por mim de que gosto mesmo. Não sei a razão, mas gosto. É a foto de cima. Há qualquer coisa na pose de cagão do meu irmão e no belíssimo cenário natural que lhe serve de fundo (made in Switzerland) que se torna numa combinação bizarra, no entanto lógica. Como se ele estivesse realmente convencido de que é bom por osmose do cenário em volta. De qualquer forma, acho que está uma boa foto.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Coçamos as costas um ao outro

O mais interessante no processo Apito Dourado, a meu ver, não é todo o rol de corrupção que faz parecer meninos de coro os mafiosos da série "O polvo, mas sim o facto de eu crer, piamente de que há arguidos que acreditavam, piamente, que não estavam a cometer qualquer crime. Falo daqueles pessoas que simplesmente pediram, por amizade, um favorzinho ou uma cunha para o seu clube ou um árbitro amigo. Porque Portugal funciona assim: por favores e cunhas. Eu faço-te um, cobro-te para a semana; e a cunha é a forma mais indicada para arranjar emprego em Portugal. Aqui há tempos, um tio meu emprestado disse-me que conhecia alguém na DREC e podia interceder por mim junto dessa pessoa, a ver se ela dava um jeitinho nas colocações dos professores. Eu disse-lhe que não e ele ficou muito ofendido. Eu pensei para mim que ele nem se apercebeu do que estava a fazer. É natural, faz parte do modo de viver português: o pequeno feudo de ligações, acima de tudo o mais que há de geral e legal em Portugal. No fundo, no fundo, nós gostamos de viver em Portugais separados uns dos outros, cada um com as suas leis e regras.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Duetos improváveis I

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Aborto II

Ainda a propósito do assunto aborto, o lado de não espalha cartazes interligando finamente o aumento de impostos ao sim ao aborto. Espantado com a civilidade desta vertente da campanha, acusando os que estão do lado do sim de despesistas e apelando para o primário instinto de sobrevivência de cada um de nós, noto que este chico-espertismo é afinal o reflexo do que referi no post anterior: a educação é, d efacto, tudo.

Ok, esse é um

Recebo, pela enésima vez, o clássico e-mail contra o aborto que descreve como génios e malta importante da categoria de Beethoven e F.D. Roosevelt nasceram com deficiências e um bébé perfeitamente saudável acabou por se chamar Adolf Hitler, divertindo-se à grande na Europa das décadas de 30 e 40. Beethoven conseguiu ser um grande músico, apesar da surdez; Roosevelt um grande presidente, apesar da poliomielite; e apesar da malvadez, Hitler até era um orador talentoso, por isso reconheçamos talento ás crianças saudáveis também. Agora... Gahdi também nasceu saudável, certo? E se quisermos escolher alguém do coração dos moralistas e católicos, também Joao Paulo II.
E porque é que no e-mail não falam das outras crianças surdas ou que nascem com poliomielite que levam vidas miseráveis. Porque é que não referem que Beethoven e Roosvelt nasceram no sieo de duas das mais poderosas famílias dos respectivos países? Se calhar, porque aí começaríamos a discutir a interrupção voluntária da gravidez sem moralismos ou falta deles. Na minha opinião, o ponto principal de toda esta discussão é o da educação, algo com que a sociedade em geral não está muito preocupada. Liberalizar não significa obrigar, mas tendo em conta a forma como se vê uma gravidez indesejada hoje em dia, quer seja pelo homem ou pela mulher, é quase como se fosse. Por isso, esqueçam lá os delírios feministas e as fantasias ulta-moralistas: já que se tem de discutir este tema (e quem tem dois dedos de testa que este até é daqueles assuntos sem grande urgência para discutir no estado actual do país), ao menos que se faça a sério e fora dos manicómios. Fica a sugestão

domingo, janeiro 07, 2007

Creeps

Eis o videoclip mais assustador que vi nos últimos tempos. Não consigo explicar porquê. A música chama-se "Dirge" e é dos Death in Vegas.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Mau presságio


Este ano de 2007 começou com duas grandes desilusões no que ao cinema diz respeito, por razões diferentes. Eram duas fitas, uma vista no cinema e outra em casa, que aguardava com ansiosamente pelo seu visionamento. Não sei se isto se deve às minhas próprias expectativas, mas o certo é que ambos os filmes me deixarm um sabor amargo.
A primeira foi "The prestige". Este tinha um pedigree do camandro, com Christopher Nolan (o sr. "Memento" e "Batman begins" ao leme) e um elenco com gente do calibre de Huck Jackman, Christian Bale, Scarlett Johansson e Michael Caine, numa história passada no mundo da magia e da ciência dos finais do século XIX. Nolan quer construir o sue projecto como se de um truque de magia se tratasse, com 3 actos, em gradação de surpresa, sendo que o último, chamado precisamente Prestige, era o que nos devia deixar pregados à cadeira. Ora, não é o que acontece. Ou sou eu que já vi muitos filmes, ou então ele fracassou no seu intento, pois os dois pormenores necessários para haver surpresa no final descobri-os a meio do filme. Não os vou aqui revelar, mas basta ter dois dedos de testa e ter os olhos bem abertos. O que é pena, pois o filme tem duas excelentes interpretações (Bale e Jackman) e é um conto moral sobre o que acontece quando nos deixamos levar pela obsessão e pelo desjeo de vingança. Acaba por ser uma semi-desilusão, pois se o filme é bom, porque o é, poderia ser uma fitaça daquelas, se Nolan não se tivesse deixado levar pela tentação de ser Luís de Matos por uma vez. Nem todos os cineastas podem ser mágicos...



Ainda mais desiludido fiquei eu com "Hard candy", um filme do qual esperava bastante. Gosto bastante de filmes baseados em diálogo e confrontos de personagens, e este parecia ser mesmo uma peça de teatro filmada, centrada em dois actores (Patrick Wilson e a espantosa Ellen Page), com um tema polémico a apimentar a coisa: a pedofilia. No final, devo dizer que foi hora e meia desperdiçada: o argumento é muito menos ambíguo do que se anunciava (para quem não sabe, a personagem de Page prendia e de Wilson e tentava obrigá-lo a confessar ser pedófilo) e 90% do filme têm um sentido de vilã/vítima que torna o filme imensamente chato. Os personagens não são bem desenvolvidos, as suas motivações raramente explicadas e o duelo verbal entre duas excelentes interpretações (que foi o que me levou a ver o filme mesmo após me sentir defraudado à primeira meia hora) acaba por sair fraco devido à falta de consistência dramática. este filme acabou por ter mais louvores do que devia, porque a) é um filme independente, b) não acaba bem, c)parece visualmente muito modernaço e d)subverte temas estabeleciso, neste caso a pedofilia. Não só o filme não tem grande interesse, como tenta ser cool à força. Isso nunca é bom.
E tudo isto me deixa apreensivo em relação a "Babel", filme que espero ansiosamente há muito. Medo...

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Aqui há umas semanas, coloquei neste blog, em rigoroso exclusivo, a abertura do primeiro epiódio de uma série de televisão que vou tentar impingir a alguém, a ver se a ficção nacional deste país não é só novelas, séries históricas do Moita Flores e cães polícias. Hoje, com o episódio +raticamente terminado, deixou uma peça de diálogo para os interessados. Enjoy!

ANDREIA
- Gosta de escrever?

DAVID
- Distrai-me.

ANDREIA
- Escreve sobre o quê?

DAVID
- Coisas que não existem.

ANDREIA
- Fenómenos paranormais?

DAVID
- Não, raparigas decentes, empregos de sonho e um ponta-de-lança matador no Benfica.

MARGARIDA
- Se não acredita em raparigas decentes, porque é que escolheu vir connosco, em vez de com o Luís e o João?


DAVID
- Porque ao contrário do que o meu caderno possa dar a entender, ainda gosto de raparigas.

ANDREIA
- O sentido de humor não é uma das qualidades mais evidentes da Margarida. Olá, eu sou a Andreia. E tu?

DAVID
- David Mendes. Prazer em conhecer-te.

ANDREIA
- Vês, Margarida? É assim que as pessoas simpáticas se comportam.

(David sorri)

ANDREIA
- Qual a piada?

DAVID
- Não é normal dizerem que sou simpático.

ANDREIA
- Isso é porque as pessoas gostam mais de apontar o pior que o melhor.

DAVID
- É uma tendência… Também chegou ontem à Oroboros?

ANDREIA
- Não, estou cá há dois meses, mas noutro departamento. Só há uma semana é que fui integrada no NLDR.

DAVID
- Qual é a sua especialidade?

ANDREIA
- Informática. Já trabalhei na Dependable Systems.

DAVID
- Bem, para lá estar, deve ser mesmo boa.

ANDREIA
- Desenrasco-me, obrigado. E você?

DAVID
- Bem, vai parecer ridículo, mas aparentemente eu sou o historiador do departamento.


ANDREIA
- História? É interessante.

DAVID
- Sim, mas aparentemente inútil, comparado com informática e as vossas outras especialidades.

ANDREIA
- Esta era a tua deixa para falar, Margarida…

(Ela olha pelo espelho interior para David)

MARGARIDA
- Bio-Medicina. É a minha área

ANDREIA
- E também trabalhou dois anos na Interpol. Isso ela não diz, mas não é por modéstia…

MARGARIDA (interrompendo)
- Li os seus trabalhos, David.

DAVID
- Leu?

MARGARIDA
- Sim, pedi-os ao Cris, quando soube que haveria a hipótese de surgir um novo membro no NLDR. São bastante interessantes.

DAVID
- Obrigado. Acho eu.

MARGARIDA
- A Andreia tem um espírito aberto, como você. Acho que ela ia gostar deles.

ANDREIA
- A Margarida é algo céptica, caso não tenha reparado…

DAVID
- Deu para notar… Os meus professores também são e gostaram.

MARGARIDA
- Eu também adoro literatura de ficção… Isso não quer dizer que acredite nela.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Viva a música!

Faço zapping e passo pela MTV, onde um dístico no canto esquerdo do ecrã anuncia que esta é a semana da música no canal. É sempre bom ter uma pausa das outras semanas de programas de culinária.