domingo, novembro 30, 2008

Decisão


Não sei de imagem que o tempo não destrua
não sei de ti se atravessas a rua
vem ter comigo sempre que for preciso
fala com a voz
fala com o choro
fala com o riso
diz o que é preciso

Viva quem vive com a cabeça aperrada
e dispara bala contra o medo apontado
viva quem luta com a cabeça ao contrário
p´ra ver também
um pouco do lado do adversário
do lado contrário

E viva o dia em que já não precisas
de reis nem gurus nem frases-chave
nem divisas
o dia em que já não precisas
de reis nem papás
nem profetas nem profetisas

Ei,ei que é do rei
o rei foi-se, o rei vai nu
ei, ei, viva eu, viva tu

Não sei de imagem que o amor não persiga
não sei de ti se não fores minha amiga
faz o que queres que se queres é preciso
faz o melhor
fá-lo com loucura
e com juízo
faz o que é preciso

Viva quem muda sem ter medo do escuro
o desconhecido é o irmão do futuro
viva quem ama com o coração aos saltos
e mesmo assim vence
os seus altos e baixos
e os altos dos seus sobressaltos

E viva o dia em que já não precisas
de reis nem gurus nem frases-chave
nem divisas
o dia em que já não precisas
de reis nem papás
nem profetas nem profetisas

Ei, ei que é do rei
o rei foi-se, o rei vai nu
ei, ei, viva eu, viva tu

quarta-feira, novembro 26, 2008

Guisadinho de cérebro

Depois da minha noite passada sem dormir (e com um violento ataque de constipação), eis como me sinto.

O narrador


Confesso que ainda não me habituei à realidade de ser possível que David Fincher, homem cujo celulóide beijo languidamente, seja nomeado para o óscar de melhor realizador este ano, culpa de "The curious case of Benjmain Button". Não me iinterpretem mal: o homem é um génio, e este filme vai possivelmente deixar-me num estado próximo de destroço humano, quando o vir, e assomar à saída completamente salgado da minha torrente de lágrimas. No entanto, ver o "enfant terrible" a ser aceite pela máquina é uma experiência ainda desagradável. Mas hei, este ano, a corrida ao careca dourado está tão bizarra que nada me espanta. Mas esse é um assunto para outro post.
Fincher é um homem do cinema, da realização, de contar histórias. Por mais bizarros que sejam os eues filmes, epor mais variados os temas, o interesse dele é a pulsão narrativa de encadear acontecimentos, pondo ao serviço deste supremo dever de um realizador de cinema o seu arsenal inquestionável de habilidades técnicas. Como disse na minha crítica ao mesmo, "Zodiac" era um objecto dos anos 70 preso no século XXI, e isto deve-se a esse factor. Ele é um clássico iconoclasta, um tipo destinado a fazer avançar o cinema como arte narrativa. O homem é isso tudo, mas não é uma coisa: um relações públicas. estamos a falar do tipo que, quando instado a comentar a sua experiência em "Alien 3", respondeu elegantemente que preferia ter cancro do cólon a realizar outro filme.
A sua habilidade (ou inabilidade) no tratamento da imprensa irá certamente estar mais em foco agora que "Benjamin Button" se começa a assumir como o filme que vai dominar os Óscares deste ano, pelo menos no que toca às nomeações. A habitual ronda de imprensa que os possíveis nomeados têm de fazer todos os anos colocará um deus pessoal meu contra hordas de jornalistas. No primeiro round, aquando da apresentação à imprensa do filme, no sábado, o cenário começou-se a montar. Perante várias perguntas acerca das suas motivações para fazer este filme em específico (que, à partida, parece tão longe das suas áreas de interesse), Fincher encolhia os ombros e respondia que gostara da história. Só isso.AO invés de se lançar em grandes discursos destinados a arrastar os media, Fincher foi simples, honesto e ele mesmo. Que mal há em querermos pôr o que sabemos ao serviço de uma boa história? Jornalistas criticaram-no por este simplismo, mas talvez seja por isso que eu gosto cada vez menos de njornalistas e cada vez mais de Fincher.

A ciência masculina, parte 2: porn buddies

Pucker up, me maties!


Não dão descanso a Obama. O homem ainda nem começou a trabalhar e já querem envolvê-lo na luta contra a pirataria ao largo da costa oriental de África. O Messias do século XXi a ter de resolver problema dignos do século XVIII... É dose.

sábado, novembro 22, 2008

Hoje estou em modo...


...tempestade palpável: ela está a chegar...

quinta-feira, novembro 20, 2008

Uma vez Queiroz...


Queiroz para sempre!

quarta-feira, novembro 19, 2008

Agora percebo


Depois das últimas declaraçãoes públicas de Manuela Ferreira Leite, onde esta sugere, com ironia ou sem ela, que talvez o país precise de meio ano sem democracia para ir ao sítio (sequela da também deliciosa "As notícias não deviam ser escolhidas pela comunicação social", assim sem particularizar, no geral), percebo quando ela diz que quer transformar o PSD numa alternativa a este governo. Acho que vão mudar o nome para PSN, como Nacional.
Piada nazi à parte, é lamentável que a belíssima das finanças faça cair mais uma esperança que cidadãos como eu, os ingénuos, têm na política: que com mulheres, isto até ia. Afinal, é a mesma coisa, como a actual ministra da educação faz questão de provar de cada vez que decide desencantar uma medida política. Acho que ambas precisam de uma avaliação urgente.

Eu vou endoidar!

terça-feira, novembro 18, 2008

Música ambiente



Marlango, "Walkin' in Soho"

Lenço verde


Este fim de semana, tornei-me dirigente da grande família do CNE.
Pelo menos,era o que dizia o papel que li na Promessa; e se eles dizem, pronto, deve ser.
Ouvi falar muito de responsabilidade, mas o facto é que sinto a mesma. Acredito que ser "promovido" indicie que se espera mais de nós, mas isso não quer dizer que antes esperasse menos de mim mesmo. É mudança não em mim, mas na percepção que os outros têm de mim agora.
Ok, menos filosofia. Foi um belo fim de semana, um agradecimento a quem preparou e quem veio de fora para ver o menino a ficar nervoso, e a quem me fez sentir surpreendido por reparar que cresci. Às vezes, penso que passa despercebido, até a mim mesmo. Preciso que mo lembrem, e felizmente, cada vez mais gente não se importa de fazê-lo.
E uma coisa boa nestas coisas é que volta-se sempre com muitas prendas para casa. É o meu lado de criança a manifestar-se.:)

Bond... with a vengeance


Lerão várias críticas ao novo Bond, e embora seja difícil encontrar uma que seja má, descobrirão bastantes que são, no máximo, tépidas. Baseiam-se num motivo: é um filme com muita acção e pouca história. Eu cá acho que este filme é um dos poucos filmes que vi sem cenas de encher chouriços. Assume-se como complemento do anterior "Casino Royale" (começando exactamente onde o outro acabou) e prescinde de pinderiquices que atrasem uma história de vingança que todos queremos violenta e brutal. Por uma vez na nossa vida de mortais, entramos num sítio onde esperams justiça célere, embora a saibamos desumana. Acho que é por isso que gosto de filmes de vingança. Estes jogam com um instinto humano primordial, o da retribuição; e quando se mata a mulher amada de um agente secreto que tem uma natural renitência em abrir sequer o seu coração, os problemas sucedem-se.
James Bond, nessa espiral, arrasta tudo, desde os maus da fita (a organização QUANTUM), o próprio MI6, a CIA, as pessoas que encontra, assumindo-se sempre como um bruto de primeira. Daniel Craig (cada vez mais um Bond à altura, e nalguns momentos superior, de Sean Connery). Ele eleva o personagem de Bond ao seu devido lugar: o de supremo badass. Connery abordou ao de leve esta faceta, Moore nem falemos dele e Pierce Brosnan era suave demais. Timothy Dalton, no muito subvalorizado "The living daylights" andou muito perto, mas Craig assume-o com uma naturalidade desconfortável. Um tipo insulta-o, ele pontapeia-o e rouba-lhe a mota. Mais tarde, atira um segurança de um prédio apenas porque sim; e pelo meio, vai matando quem lhe apareça da Quantum, ao invés de as capturar para fazer perguntas. Isto é Bond duro, frio, implacável. Por isso o filme não tem muita história palavrosa: a acção é a história, o turbilhão e a violência são o estado de espírito de Bond. Há uma intriga ecológica sólida e interessante, que serve como m´boil vilanesco, mas o que interessa aqui é descobrir se Bond sai do seu próprio poço negro.
Craig é, obviamente,o centro do filme e o seu grande trunfo. Quando aparece no ecrã, em gloriosa masculinidade, os testículos dos espectadores masculinos desintegram-se ao nível do átomo. Está tudo na sua pose, no seu olhar, e ele fica tão bem aos murros e a destruir-se contra paredes como num smoking, numa das mais belas sequências do filme, a envolver a ópera "Tosca", cuja intriga de vingança tem paralelos com este filme, e que entra directamente para a antologia da saga. Neste aspecto, Marc Foster revela-se uma escolha correcta. Não que seja novidade colocar realizadores habituais de filmes independentes a controlar blockbusters, mas Foster traz como grande trunfo uma precisão maníaca ao nível da montagem (a merecer nomeação para Óscar) e uma sensibilidade própria, que possibilita essa magnífica cena na ópera e o facto de Camille, a Bond girl (eficientemente interpretada pela ucraniana Olga Kurilenko, que vou deixará verdadeiramente shaken and stirred se assistirem ao filme "Le serpent") ser a única em toda a história das aventuras de 007 que este não leva para cama. Porque não há motivo, porque tudo tem de fazer um sentido, porque eles são almas gémeas de almas torturadas e procuram acima de tudo o seu lugar de felicidade. O seu Quantum of solace. Foster faz as opções certas e confia no diabólico Dan Bradley para dirigir a segunda unidade e fazer com a acção de Bond aquilo que fez com a acção de Bourne: delirante, visceral, tão real que dói ao espectador. Isto nas paisagens exóticas a que Bond já nos habituou.
O único defeito que se pode apontar é alguma falta de divertimento do próprio personagem, talvez. Mas nem semprea a vingança pode ser divertida. Espera-se que no próximo, Bond tenha uma selva mais colorida para poder caçar mais livremente. Longe da vingança, longe do negrume; mas nunca fora do turbilhão.

Cover up

Dr. Dre é um dos grandes moguls do hip-hop moderno. Este homem produziu álbuns de quem é alguém no mundo dos beats: Jay-Z, Eminem, Snoop Dog, Nas, 2Pac, 50 Cent, Busta Rhymes... Enfim, uma galáxia negra de rimas. No entanto, antes de produtor, Dre era rapper, e em 1991, publicou o seu álbum de charneira "The cronic", onde por entre provocações a gangs rivais (que fazem parte da história dos conflitos entre rappers de Los Angeles), podemos encontrar uma faixa que diz bastantes verdades acerca da relação entre homens e mulheres. Chama-se "Bitches ain't shit" e na altura, apesar da colaboração de outros 4 mânfios, entre os quais Snoop Dogg, passou despercebida. Conta as desventuras habituais de rappers de sucesso, com idas à prisão, discos de platina, festas e mulheres que felaciam por dá cá aquela nota de 100 dólares.

No entanto, claramente, uma lírica do calibre da de Dre merecia um tratamento mais épico. Ben Folds foi um visionário e no seu álbum de covers Supersunnyspeedgraphic, the Lp, fez serviço público e deu-lho. Folds transforma "Bitches ain't shit" naquilo que, para mim, e em alturas específicas da minha vida recente, se tornou num hino, numa atitude e numa filosofia de vida, partilhada por alguns outros discípulos destas sábias palavras. O melhor é que Folds não altera uma palavra à letra original e apresenta uma música de tom delicodoce, com um letra absoluta imunda, e no entanto tão verdadeira acerca de alguns factos da vida. O prodígio foi tanto que a música ganhou uma vida e culto próprios e muita gente acredita actualmente que foi Folds quem escreveu o original, tanto que o músico já anunciou que vai deixar de tocar a música em público, pois quando se passeia com os filhos, os fãs dirigem-se-lhe como "that Bitch guy". Que um caixa de óculos da pop consiga ofuscar um rapper bling-bling de alta roda, eis a prova da maravilha desta cover.

segunda-feira, novembro 17, 2008

É a realidade

Porque de quando em vez, estes gajos ainda conseguem ser acutilantes...

sábado, novembro 15, 2008

Em pulgas

quinta-feira, novembro 13, 2008

Adenda e reflexão actual


Buffy: Does it ever get easy?
Giles: You mean life?
Buffy: Yeah. Does it get easy?
Giles: What do you want me to say?
Buffy: Lie to me.
Giles: Yes, it's terribly simple. The good guys are always stalwart and true, the bad guys are easily distinguished by their pointy horns or black hats, and, uh, we always defeat them and save the day. No one ever dies, and everybody lives happily ever after.
Buffy: Liar.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Diga em sua defesa


Um site que vistio regularmente lança a pergunta: qual o filme que mais vezes vos faz discutir com os vossos amigos? Seja por gostarmos demasiado dele ou odiarmo-lo quando toda a gente o adora. Vou responder à questão, alargando-a para séries de televisão.

Acho que, cinematicamente falando, o assunto que me leva a lançar em apaixonadas e dementes defesas é não um filme, mas toda uma corrente cinematográfica: o cinema de acção brutalista da década de 80. Sempre rebaixado à condução chunga e alimentícia, acredito que há exemplares que merecem uma revisão crítica urgente por olhos atentos. O filme "Predador", de JOhn McTiernan (já aqui classificado como o filme mais másculo de sempre) é um clássico do híbrido ficção científica/acção, com tudo no sítio,inclusivé Scwarzenegger, cuja falta de talento dá toda uma outra dimensão de inferioridade humana perante a natureza. É fácil defender o existencialismo sob a forma de arte e ensaio, mas com frases como "If it bleeds, we can kill it", sublinhando a fragilidade da vida biológica, obra maior é defender filosofia e poesia no meio da acção grunha. É por isso que "Die hard", que é indubitavelmente um dos filmes maiores dadécada de 80 e a melhor fita do género de todo o smepre, será sempre olhada de lado, embora injustamente.

No que toca à televisão, é fácil e por alguns conhecido que defendo até à morte a genialidade de Joss Whedon, o criador de "Buffy,a caçadora de vampiros" e "Angel. O homem criou um consistente universo criativo, onde qualquer um dos personagens principais dava uma série em si. A prova é "Angel", que segue o personagem homónimo, saído do Buffyverse, e que embora menor, é ainda assim interessante e aborda todo um lado dark que raramente se vê na TV. Para além disso, Buffy é uma das mais complexas personagens femininas criadasem qualquer médium, arrumando em espessura psicológica qualquer uma das senhoras de "o sexo e a cidade", individualmente ou em colectivo. Quem quer ganhar a vida a escrever coisas saber reconhecer nas palavras de Whedon o tipo de mensagem que envolve termos filosóficos e linguagem popular. Um homem que faz isso, e se entretém a usar o género fantástico como metáfora para os dramas humano, merece o meu e o vosso respeito.

E vocês? Quais os vossos assuntos de discussão cinéfila/tvéfila entre amigos?

domingo, novembro 09, 2008

9/11/1982


Eu anseio e temo por este dia. Anseio porque é o meu dia de anos, e eu gosto de sentir a passagem do tempo, pelo menos enquanto não me sentir velho; temo, porque o eterno medo de ser ignorado e posto de lado assume o dobro das proporções neste dia. Ser esquecido num dia onde esperamos ser lembrados dói mais. A coisa não começou mal, tenho de admitir ese não tivesse bom senso, poderia ter um dia de aniversário como já não tinha há muito...
Ainda assim, não se está a perder nada. Amanhã são mais umas horas oficiais como aniversariante e se alguma miúda gira que conheço me quiser oferecer um strip, está à vontade. Olhem que sou amigo e até estou a dar indicações de prenda!

Mais a sério: parabéns a vocês por suportarem estes 26. Lamento informar-vos, mas esperam-vos alguns mais...

sábado, novembro 08, 2008

quinta-feira, novembro 06, 2008

Adenda a Obama...


Não é para ser desmancha-prazeres, mas no fundo, eleger Obama como Presidente em 2008 nada tem de revolucionário. Afinal, ele é um negro contratado para limpar a merda que alguns ricaços brancos fizeram. Been there, done that, civilization.

Fantasmas


Do nada, eles saltam das covas onde juramos tê-los enfiado para não mais lhes pôr a vista em cima. Enganámo-nos quando nos enganámos que eles jamais nos voltariam a enganar. Mas, trapaça das trapaças, aí estão eles de novo. Fantasmas do passado, fantamas com formas bem definidias, daquelas que poderiam fazer publicidade a algumas marcas de lingerie.
Eu tenho um bom sistema de remoer paixões não concretizadas, afinal o meu modo de viver o amor, aquele no qual sou um consumado profissional e dou uma cadeira, explicações e consultas online. Mas parece que algo falhou desta vez, porque ela está de volta, pelo menos por uns dias, só para me assombrar, só para ectoplasmar a minha cabeça quando eu não preciso nada disso.

Vou ali consultar um exorcista, já volto...

quarta-feira, novembro 05, 2008

E sim, ele pôde!


Algumas considerações sobre a eleição de Obama:

1 - O homem tem vindo a dizer, durante os últimos dois anos, que a esperança estava caminho. Pensei que ela chegasse quando o elegessem, mas até agora, a doida ainda não me bateu à porta. Ainda não és presidente e já começas a quebrar promessas? Vê lá, meu!

2 - Isto vai fazer esquerdistas embandeirar em arco, apregoando que a América foi liberta de governantes tiranos e de uma espécie de fascismo encapotado, mas o facto é que o que separou Obama de McCain foi exactamente o mesmo factor que separou Bush de Kerry: o factor humano. Mais do que ideias, eles representam alguém com quem o eleitor estabelece empatia. Tentar vender Obama como um elitista foi um erro crasso por parte dos Republicanos, uma estupidez asinina que é mais uma numa enorme pilha fumegante que se amontou nos últimos dez anos. Ah, e Sarah Palin. Escuso-me a comentar esta senhora, já aqui o fiz...

3- Agora que o negro lá está, alguma comunicação social quer pintá-lo de branco. "Ele é um como nós!" Yeah right...

4 - A esperança ainda não chegou, as estradas ainda não estão alcatroadas a ouro, não há caviar em todas as casas... Afinal, Obama é humano!

segunda-feira, novembro 03, 2008

Cover up

O Cover up desta semana traz-nos uma lenda por direito próprio, um homem que marcou uma geração e que ainda hoje é o símbolo de algo de indefinível, algures entre o burlesco e o ridículo. Falo do eterno capitão Kirk, William Shatner, artista polivalente, pois já provou ser um péssimo actor e também um péssimo cantor.
O homem tem covers absolutamente péssimas e um dia, talvez ponha aqui a versão de "Rocket man" para comprová-lo. No entanto, tudo o que é horrível tem um momento de brilhantismo e Shatner encontrou o genial Ben Folds, que lhe produziu em 2007 "Has been", um álbum de covers com participações interessantes de bons músicos. Um delesé Joe Jackson, que entra em dueto com the Shat no imortal tema dos Pulp "Common people", trocando o tom Eurodisco da banda inglesa de Jarvis Cocker por um lado operático dramático que é absolutamente épico. Ficam as duas para comparação:



Respira um bocadinho, pá!


Na passada semana, andei a compôr a minha tese de mestrado, qual perdigueiro em busca de uma presa, farejando, esgadanhando e no final de tudo, preso numa caixa com espaço apenas para se deitar sem poder coçar pulgas. Esta última parte é metafórica, atenção.
Nunca fiz nada de semelhante. Os trabalhos académicos que fiz foram mínimos e o mais extenso que fiz nem sequer foi na área de História, mas sim de cinema. Não era difícl, convenhamos. Ponham-me a falar sobre cinema e é provável que, tudo transcrito, faça o Guerra e Paz parecer o Almanaque das Missões.
O meu maior medo era o de que a tese fosse um animal demasiado complexo. Não é, mas que dá um trabalho do caraças, dá, principalmente quando trabalhamos contra o relógio e temos uma orientadora que é uma das sumidades nacionais na matéria que estamos a tratar e os dois melhores alunos do nosso grupo do Mestrado estão a trabalhar com ela. Se tudo o resto quebra, uma coisa resiste em mim, e essa coisa é um ego intelectual do tamanho do mar dos Supersargaços. Estes dois pequenos pormenores abalam essa fundação do meu ser e fazem-me ter dúvidas, aquelas coisas bonitas que me assaltam com a mesmo frequência com quem penso acerca de mulheres. Logo, é pressão a dobrar. Eu não cedo sob pressão, mas não posso dizer o mesmo da minha cabeça, e por isso, andei como que zombie cerebral durante cinco dias, nem sequer saíd e casa para não me humilhar perante os outros. Já me acontece em demasia quando estou plenamente funcioonal, quanto mais nestas condições.
Mas o trabalho resultou: dois capítulos feitos e um prazo alargado para terminar o que falta. Não estamos nada mal para o que eu pensava. Mas eu presumo sempre o pior.
Respirei no fim de semana, nem sequer pensei na tese. Descomprim com escuteiros, metade da primeira temporada da série "Angel" e uma ida ao cinema, felizmente acompanhado, para ir ver "W.", um filme inesperadamente tépido de Oliver Stone. É bom de ver, mas não esperem um grande filme. Josh Brolin como o nosso Geogre W., no entanto, está fenomenal.
Hoje, volto à carga. Durante mais uma semana.Perdoem-me outro silêncio prolongado, mas aperentemente, vou doar o meu corpo à ciência mais cedo do que esperava.

Alerta


Queria aqui deixar um alerta à Liga Portuguesa de Futebol: façam uma nova verificação dos estádios, porque alguns não estão em condições. Ontem vi um pouco do Guimarães-Benfica, e pareceu-me que o campo do Dn Afonso Henriques estava inclinado como o camandro, e sempre para o mesmo lado. O futebol é para ser jogadoe m superfícies planas. Fica a nota.

domingo, novembro 02, 2008

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