sexta-feira, maio 29, 2009

10 coisas que me fazem feliz... ou qualquer coisa lá perto


Uma determinada pessoa lançou, assim à papo seco, um desafio: nomear dez coisas que dêem assim felicidade instantânea. Visto que essa pessoa respondeu, há uns tempos, ao meu desafio das mentiras, parece-me de elementar justiça que sigo o apelo e coloque aqui essa dezena. O que se segue vai do mais prosaico ao mais estúpido, passando até por um punhaod de momento que podem ser classificados de inclassificáveis. Fica ao vosso julgamento.

1 - Ver um episódio de "Lost" novinho em folha (escutar aquela voz a dizer "Previous, on "Lost"..." é algo que se paroxima perigosamente da ejaculação precoce

2 - Passe de Aimar, Cardozo com a bola no pé esquerdo e golo do Benfica! Sim, sou homem, e então? Labrego com orgulho. Fico contente com vitórias do Benfica, esteja onde estiver. Já derrotas de outros clubes... Não necessariamente, mas a prisão de alguns dirigentes dos mesmos dar-me-ia a sensação e justiça no mundo. Isso pode equiparar-se à felicidade.

3 - Planear uma coisa qualquer nos escuteiros, aplicá-la e os putos ficam contentes. Há muito poucas coisas mais recompensadoras para mim.

4 - Ler qualquer coisa de uma determinada rapariga de cabelo claro de nacionalidade não portuguesa e que até sabe tocar flauta transversal e umas coisas de arquitectura

5 - Um encontro de amigos que de repente evolui para uma conversa inesperada, longa e interessante

6 - Qualquer tipo de toque carinhoso que me seja feito. Sou puto desta maneira.

7 - Encontrar pessoas com quem tenha empatia imediata

8 - Escrever em plena inspiração.

9 - Aconselhar coisas a amigos e eles gostarem mesmo. Faz-me sentir útil no meio da minha improdutividade.

10 - Haver arroz doce quente para comer, feito pela minha mãe

Hum, e acho que é isto. Deve haver mais, inclusivé as clássicas "Paz no mundo", "Os outros estarem a dar-se bem na vida", "Ganhar a lotaria" e afins. Mas estas são as minhas 10, e sou-lhes fiel.

quinta-feira, maio 28, 2009

O eu verdadeiro


Há, realmente, pequenos acontecimentos que me relembram do porquê de a minha vocação interior ser o pessimismo. Não sei porque é tenho por vezes a ousadia de duvidar disso.

Dois apontamentos sobre as Europeias


Escola Básica em Bragança. Vital Moreira passeia-se pelos corredores e a criançada rejubila, salta e pula, vem dizer-lhe olá. Vital diz que é aprova do apoio ao PS. Eu acho mas é que o confundiram com o Avô Cantigas.
E querem saber o quão surreal e interessante está a ser a campanha para as Europeias? O PP quer-se assumir como força de protesto contra o grande capital, os monopólios económicos e os conglomerados empresariais, defendendo os direitos dos trabalhadores. O que se segue, Pinto da Costa a dizer que é do Benfica desde pequeno?

quarta-feira, maio 27, 2009

Cover up

No Cover up de hoje, apresenta-se uma banda que trabalha dentro do sistema, ou seja dos estúdios. Eles são os Vitamin String Quartet, fundado por quatro membros do conjunto de músicos de violinos, violoncelos e afins a trabalhar para a Vitamin Records. Tudo começou em 1999, quando decidiram começar, e logo com uma das bandas mais importantes da história do rock: os Led Zeppelin. Desde aí, têm afiambrado os catálogos de algumas das bandas mais conhecidas da actualidade, como os Aersmith, Smashing Pumpkins, U2, Nirvana e Foo Fighters, ou cantores como Bjork, Fiona Apple e Bob Dylan.
A versão que vos trago hoje, e porque tenho ouvido esta banda em alta rotação nos últimos dias, é dos Green Day, e saúda o regresso da banda do Oakland aos arranjos instrumentais de cordas no novo "21st century breakdown". Depois de experiências bem sucedidas (em temas como "Misery" e "Last ride in"), que o público conhece em "Time of your life", eles voltam a convocar o poder de um arranjo orquestral, embora menor, para amplificar uma música, num álbum que deve muito ao rock sinfónico. Fia então a versão dos Vitamin String Quartet de "American Idiot", primeiro single do álbum homónimo.

terça-feira, maio 26, 2009

Tenho pena que não exista...


... uma impressora de imagens mentais.

Heresias!


Aparentemente, hoje é o "Towell day", nome inspirado por aquele que é, segundo Douglas Adams em "The hitchiker's guide to the galaxy", o objecto mais importante que podemos possuir se por acaso viajarmos pelo universo à boleia. Ora, neste dia, nerds e geeks de todo o mundo rejubilam, pois este é seu. Logo, porque me identifico com essa imensa nerdland que povoa o nosso mundo, tenho razões para festejar e declarar amor prfesso por "The X-Files", "Lost" e todas essas paixões que me consumem e rivalizam com a energia que a minha libido pede.
Num apontamento relacionado com este dia, há notícias pouco animadores: os detentores dos direitos das personagens de "Buffy, a caçadora de vampiros" decidiram que querem ir para a frente com mais um filme acerca da personagem. As más notícias é que Joss Whedon, senhor do universo, homem genial e um dos meus mestres eternos, não teria nada a ver com o assunto. Ora, isto é um ultraje! O primeiro filme sobre esta personagem foi uma tragédia de uma ponta à outra e só quando Whedon meteu mão a este universo é que a coisa encarreirou e deu ao mundo duas excelentes séries, "Buffy, a caçadora de vampiros" e "Angel". Tirar Whedon da equação é como o assumir de que se quer ser estúpido. Parem a asneira antes do tempo, meus amigos! Mostrem algum respeito ou então, para todos os efeitos, esse potencial filme não existe, na minha existência. Nunca subestimem op grau de paixão de um nerd.
Ou levam com uma toalha molhada no lombo.

domingo, maio 17, 2009

Problemas no mundo religioso


Bento XVI está preocupado com a possibilidade de Jorge Jesus vir a treinar o Benfica na próxima época. Aparentemente, desviando-se do Porto, pode causar gravoso cisma com o Papa do Norte.
No entretanto, Nossa Senhora de Fátima deu um salto a Lisboa, onde não há azinheiras, mas conseguiu, em poucas horas, desiludir os seus muitos fãs. Desmarcou-se de uma aparição nocturna pois tinha um jantar-convívio com o Cristo-Rei, a propósito do centenário.
No Brasil, milhões de brasileiros, que sabem que Deus é brasileiro, riem-se à grande quando pensam que há quem festeje 50 anos de uma miniatura que eles mandaram para cá durante o Estado Novo. Mas pelo meio, 100 morrem de dengue, e no fim, quem se ir somos nós.

sexta-feira, maio 15, 2009

Land of the lost


Dois gigantescos murros no estômago e a dúvida pendente até à próxima temporada, para além de duas horas passadas a incrivelmente torcer pela explosão de uma bomba de hidrogénio. Foi o último episódio da 5ª temporada de "Lost", concerteza, razão pela qual o meu irmão esteve prestes a chamar uma ambulância do manicómio. Quem chegou até aqui, entrou no barco e tem de embarcar até ao final; quem ficou pelo caminho e nem sequer entrou, um violento "Shame on you!!".

quinta-feira, maio 14, 2009

Daqui a uns minutos...

The man who wasn't there


O tipo que assina "luminary" no final das coisas ainda vive. Ele quer crer que sim, e se não deixa de falar de si próprio na 3ª pessoa, como os jogadores de futebol, ainda é capaz de dar um tiro nos miolos.
Ora, na semana passada, andei por Málaga, uma cidade espanhola à beira-mar, que me fez lembrar porque é que odeio estar abobrado na praia e porque é que o mar é uma daquelas coisas naturais que nos faz escrever lamechices dignas de um Paulo Coelho. Apesar de estar organizada em declive, nunca nos cansamos quando a subimos ou descemos, o que é admirável, tendo em conta experiências pedestres de pesadelo que tive há alguns tempos, pela serra da Lousã. Visitou-se um castelo em boa companhia, dormiu-se num seminário (sozinho, sublinhe-se e sossegue-se a imensa legião de fãs) e até houve tempo, pelo meio, de actuar no palco de uma universidade, para um público espanhol que percebia tanto de português como eu de élfico. No entanto, figurinos de estalo e uma luz digna de "Star Wars: versão Filipe la Féria" tornaram a experiência compreensível.
Não vim de lá com o bronze no Verão, mas é compreensível, pois possuo uma fina camada protectora que há muito tempo me serve de escudo contra o sol, e que se chama "penugem preta". No entanto, gozou-se o mar e por muito agradáveis que sejam os rios, poucas coisas substituem a ondulação, o ocasional pitolito salgado e sair do mar com a sensação revigorante do frio atlântico. Houve tempo para expôr algumas luminárias académicas aos prazeres mais básicos do escutismo e arruinar para gerações vindouras a reputação dos sábios do futuro. Fica o vídeo no final do post.
Tudo somado, foi uma semana relativamente engraçada e melhor do que era esperado. Fica sempre aquela sensação de "Podia ter levado uma caçadeira e reclamado Olivença, entre outros mimos", mas esse é sempre um problema quando nós, portugues, viajamos até ao país vizinho, que parece não conhecer a noção de emergência quando se trata da assistência em viagem.

domingo, maio 10, 2009

Aconselhamento

Depois de prendas de Natal, estes dois indivíduos regressam com conselhos acerca do que oferecer no dia da Mãe. Meninos, amem as mães!

segunda-feira, maio 04, 2009

Malaguetas


A gerência anuncia que vai para Málaga hoje à noite e só volta quinta-feira, a hora incerta. Nesse período, por problemas relacionados com confiança nos outros que reportam ao período de 15 de Setembro de 1998 a 3 de Agosto de 2004, a manutenção desta zona ficará a cargo de ninguém. O autor vai de férias, e o vosso sofrimento também, pelo menos até quinta. Mas na sexta, a dor voltará. Até já!

Assim de repente, obrigado!


http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1378463&idCanal=36

P.S: O melhor programa da televisão portuguesa da década de 90 não o esqueceu e fez-lhe uma homenagem/paródia.

- The most amazing home videos are here

sexta-feira, maio 01, 2009

Uma milena


Da última vez que postei, há uma semana, dei por mim a olhar para um número: 999. Este é o prenúncio de um dos números mais redondos e emblemáticos que existe, o número 1000, e também significava que o próximo post, no caso este, seria o milésimo. Em primeiro disse para mim: 1000 posts é muita fruta, e no caso deste blog, é inacreditável a quantidade de treta que já saiu deste teclado, e deoutros por onde percorri os dedos com o simples objectivo de chatear os leitores com a minha vida, as minhas dúvidas, as minhas inquietações e também na minha eterna busca pelas mamas de uma mulher. Em segundo, o que fazer num post deste simbolismo? Deve ser algo de marcante, que assinale, como quem marca gado com um ferro em brasa, a importância do feito.
Mas não vai ser. Não haverá festa, nem best of, nem "este blog pelas palavras de outras pessoas", nem um concerto com uma big band cheia de super-estrelas. Isto vem de uma pessoa que gosta do número 1000. Um dos meus assuntos históricos preferidos, o Milenarismo, está intimamente ligado ao número com os três zeros a acompanhar. Aparece apenas o mesmo indivíduo de sempre, com paleio de gosto questionável e aquelas velhas estratégias de sempre (o humor auot-depreciativo; expressões altamente rebuscadas; estratgemas humorísticos que vai roubar a Woody Allen) para vos arrancar um sorriso e deixar bem-dispostos. Queria só deixar aqui a referências a algumas coisas, sem as quais este blog nunca existiria. A primeira é a minha demorada obsessão com a minha vida pessoal e suas desgraças, comubustível essencial e primário para que este 1000 chegasse e para que outro 1000 venha, provavelmente; o segundo é a minha professora de Português do Secundário, que um dia me disse "Sabe, Bruno, você tem jeito para escrever. Porque não treina mais em casa?"; e quase 10 anos depois, cá estou eua seguir o conselho de uma senhora de cabelo grisalho que nunca mais na vida e que, sem alguma vez pretender o mal de ninguém, ajudou a libertar uma besta disforme, da qual este blog é apenas um membro; e a quem tira uns minutos do seu tempo diário para vir aqui, convencido de que vai ler algo que contribuirá para o seu bem-estar. A esses, em primeiro, um abram os olhos. Em segundo, um encarecido obrigado por alimentarem o meu ego comatoso, convencendo-me de que isto pode ir a algum lado.
Em Agosto de 2005, começou esta saga. Por outro lado, ninguém ainda vê data para que ela acabe. Espera-seapenas que não demore 1000 anos.

P.S: A foto que encima este post liga de outra maneira este blog ao 1000. O nome com que assino os posts não é é um assomo mourinhesco, mas sim uma singela homenagem a um dos meus episódiso preferidos de uma série de que muito gosto. O episódio chama-se "Luminary" e a série é "Millennium".