quarta-feira, julho 30, 2008
sexta-feira, julho 25, 2008
quinta-feira, julho 24, 2008
O desaparecido
Uma semana de ausência tem uma justificação simples: uma cirurgia, ou basicamente a confirmação de que ando mesmo doente. Um pequeno corte no meu bem esculpido e torneado rabo obriga-me a estar permanentemente deitado de barriga para baixo, proibindo-me de um acto a que dou renovado valor: poder sentar-me.
Isto significa que vou ter de esperar mais uns penosos dias para ver "The dark knight"; que a minha já de si anoréctica vida social fica reduzida à estrutura de uma Olívia Palito; que os meus rins querem explodir; e que a solidão é ainda mais solidão. Tudo coisas boas, portanto.
Sucede-se o mesmo fenómeno do homem casado. Tal como este, mal se apanha com um anel no dedo, é alvo de toda a espécie de investidas amorosas, também eu, em prisão domiciliária, recebo vários convites para ir aqui e acolá. Se estivesse bem de saúde, seria algo que não aconteceria, porque, defendo esta máxima, a vida não é justa. E esta frase é a prova de que a lei dos rendimentos decrescentes se aplica a este blog: quanto mais se lê, menos se aproveita.
Tenho aqui uma série de observações sobre o quanto me sinto mal de momento, mas vou guaradá-las para o livro "Como não aproveitar os dias", a sequela do best-seller "O otário: 1001 maneiras de se rebaixar, sem que isso o leve necessariamente a algum lado." A Bertrand não está interessada, mas parece que o Turíbio já reservou 10 exemplares para venda.
Isto significa que vou ter de esperar mais uns penosos dias para ver "The dark knight"; que a minha já de si anoréctica vida social fica reduzida à estrutura de uma Olívia Palito; que os meus rins querem explodir; e que a solidão é ainda mais solidão. Tudo coisas boas, portanto.
Sucede-se o mesmo fenómeno do homem casado. Tal como este, mal se apanha com um anel no dedo, é alvo de toda a espécie de investidas amorosas, também eu, em prisão domiciliária, recebo vários convites para ir aqui e acolá. Se estivesse bem de saúde, seria algo que não aconteceria, porque, defendo esta máxima, a vida não é justa. E esta frase é a prova de que a lei dos rendimentos decrescentes se aplica a este blog: quanto mais se lê, menos se aproveita.
Tenho aqui uma série de observações sobre o quanto me sinto mal de momento, mas vou guaradá-las para o livro "Como não aproveitar os dias", a sequela do best-seller "O otário: 1001 maneiras de se rebaixar, sem que isso o leve necessariamente a algum lado." A Bertrand não está interessada, mas parece que o Turíbio já reservou 10 exemplares para venda.
sexta-feira, julho 18, 2008
A Lena d'Água nunca fez isto na nossa
Mas eu sempre desconfiei que a Feist tinha DNA da Rua Sésamo algures no corpo.
quarta-feira, julho 16, 2008
Dr. Horrible: Act 1
Que Joss Whedon é um génio (e sabem que só uso esta palavra justificadamente), está inscrito na Lei Geral do Universo. O homem tem um dom para a escrita que só está ao alcance dos predestinados e invejo-o e admiro-o em doses iguais por isso. Quando o juntamos a Nathan Fillion (que tão bem o serviu em "Firefly", e me deu uma das maiores alegrias dos últimos, ao fazer o meu irmão tornar-se fã de "Serenity" só pela sua personagem) e Neil Patrick Harris, que são só dois dos actores mais cool do actual panorama televisivo, o resultado é orgásmico. "Dr. Horrible sing-a-long blog" é uma série de três actos, exclusiva para a Internet, que relata a história de um vilão, o Dr. Horrible do título, que quer aderir à Liga do Mal, embora tenha muito pouco de realmente mau, e goste de uma miúda cujo maior sonho é salvar os sem-abrigo. Pelo meio, há a sua nemesis, o herói Captain Hammer; e pelo meio, números musicais e o tradicional diálogo whedoniano.
Quem estiver interessado, tem bom remédio: http://www.drhorrible.com/
O regresso
Quem está atento aos sinais, sabe que o mundo anda a passar mal: desde os corredores da UEFA até ao Zimbabwe, passando pela redacção do "24 horas", algo estápodre. Algo cheira mortalmente mal.
E outro sinal surgiu no nosso negro horizonte: ao que parece, uma instituição que se pensava (e se suspirava de alívio por) estar morta e enterrada ressuscitou novamente, com renovada energia e planos maquiavélicos. Trata-se dos Óscares, besta disforme que certos habitantes ceirenses lembrarão, não com muito gosto, e que regressa ao nosso convívio. As boas notícias é que vai morrer outra vez, da próxima vez que se realizar a cerimónia. É certinho. Algumas almas penadas acharam boa a ideia de se fazer um funeral condigno à criatura e por isso, ela volta a respirar fetidamente.
Ao que parece, entrou na era moderna e tem um site e tudo: www.oscares.lusotenis.com
Pessoal ceirense, dêem lá um salto e vejam a coisa com olhos de ver. Participem, contribuam para a morte de algo cuo óbito será por todos celebrado. Os Óscares morrem, longa vida às pessoas de bem.
segunda-feira, julho 14, 2008
quinta-feira, julho 10, 2008
Plagiando a Pimpinela: parte 1
Escuaso será dizer que, quando me sentei no banco da paragem do autocarro, estava somenteà procura de ver os minutos passar até que o paquidérmico veículo me aparecesse à frente. Nunca contei que ela me surgisse, lá ao fundo. Nem sei bem como reparei nela. Talvez haja uma antena no interior do meu cérebro que capta vibrações de perfeição; mas lá surgiu a figura, por detrás do painel publicitário. O meu olhar foi puxado na sua direcção, como se um halterofilista tivesse decidido, de repente, amarrar uma corda ao meu pescoço, e testado uma teoria segundo a qual o meu cérebro se colaria ao meu crânio se ele mandasse uma puxadela. Quando o meu cérebro bateu, baralhou os meus olhos. Mas então apercebi-me de que não tinha sido bem a minha massa encefálica a confundir-me: fora simplesmente o facto de estares agora à simples distância de um toque.
Antes que ficasse em superior estado licantrópico, tentei recuperar a minha compostura. O problema é que uma simples visão da sua pele branca despertava em mim a vontade de passar a minha língua pelo seu braço, como se o quissesse arar. O terreno, pelo menos parecia-me fértil. Dei por mim a querer perguntar-lhe todo o tipo de coisas interessantes: filmes preferidos, o que achava ela sobre a situação económica do país, qual a cor da sua roupa interior ou se ela levava a mal que a beijasse sem nunca termos trocado uma palavra sequer. No entanto, um olhar dela levou-me a reduzir-me ao tamanho de uma ameba, e que a resposta àquela última pergunta seria um soco de KO ao primeiro round. Se ela me fazia aquilo com os olhos, nem queria saber do resto.
- Tens horas?
Pensei que tinha sido um voz do Além, provavelmente o meu primo Mário que era relojoeiro de profissão, mas nunca anda com horas certas no pulso. No entanto, o meu primo Mário estava no Botswana a vender roupas por catálogo e era mudo, quando um búfalo o atropelou, ao fugir de miúdo que se vestira de Super-Homem. Virei as minhas pupilas na direcção do meu medo e afinal, era ela.
- Não, mas tenho relógio. Serve?
Ela mexeu os lábios, naquilo que interpretei como um sorriso. Podia ser simplesmente uma tentativa de retirar um bocado de espinafre dos dentes com a língua, mas eu presumi que não. É o meu maior defeito: eu presumo muita coisa.
- Desde que não seja relógio de sol. O dia está enevoado.
Já tínhamos uma coisa em comum. Ambos mandávamos piadas muito parvas.
- É lunar, funciona pelas marés.
Ela penetrou-me com um raio invisível vindo dos olhos e senti o mesmo que os meninos da Casa Pia quando descobriam que estavam em casa do embaixador Jorge Ritto. Devia acabar com as tentativas de ser humorista. Olhei para o meu relógio.
- 15.25. É boa hora?
- As horas não são boas, nem más. São neutras e estão à esperas que as enchamos com a alma.
Ui, uma filósofa. Detesto filósofos, mas para esta abria uma excepção, porque era o meu tipo de filósofa preferida: longas pernas, apreciável decote, uma cara acabadinha de esculpir por Rodin e aquele ar de quem sabe o porquê de um homem que discursa começar a entaramelar as palavras quando uma mulher lhe enfia a ponta da língua na orelha.
- Talvez por isso haja horas fantasmagóricas...
Elea sorriu, agora a sério, e sentou-se ao meu lado. Agradeci em segredo ao almanaque "Borda d'Água". Tinha lido esta frase lá, numa vez que ajudara o meu avô numas vindimas, e só pensei que me fosse ser útil para saber quando plantar agriões. Afinal, parecia que a agricultura aqui ia ser outra e a minha língua ainda podia arar qualquer coisa.
Fim da 1ª parte
segunda-feira, julho 07, 2008
quinta-feira, julho 03, 2008
quarta-feira, julho 02, 2008
Flutuações de humor
terça-feira, julho 01, 2008
PSA
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