quinta-feira, julho 24, 2008

O desaparecido

Uma semana de ausência tem uma justificação simples: uma cirurgia, ou basicamente a confirmação de que ando mesmo doente. Um pequeno corte no meu bem esculpido e torneado rabo obriga-me a estar permanentemente deitado de barriga para baixo, proibindo-me de um acto a que dou renovado valor: poder sentar-me.
Isto significa que vou ter de esperar mais uns penosos dias para ver "The dark knight"; que a minha já de si anoréctica vida social fica reduzida à estrutura de uma Olívia Palito; que os meus rins querem explodir; e que a solidão é ainda mais solidão. Tudo coisas boas, portanto.
Sucede-se o mesmo fenómeno do homem casado. Tal como este, mal se apanha com um anel no dedo, é alvo de toda a espécie de investidas amorosas, também eu, em prisão domiciliária, recebo vários convites para ir aqui e acolá. Se estivesse bem de saúde, seria algo que não aconteceria, porque, defendo esta máxima, a vida não é justa. E esta frase é a prova de que a lei dos rendimentos decrescentes se aplica a este blog: quanto mais se lê, menos se aproveita.

Tenho aqui uma série de observações sobre o quanto me sinto mal de momento, mas vou guaradá-las para o livro "Como não aproveitar os dias", a sequela do best-seller "O otário: 1001 maneiras de se rebaixar, sem que isso o leve necessariamente a algum lado." A Bertrand não está interessada, mas parece que o Turíbio já reservou 10 exemplares para venda.

4 comentários:

Filipa disse...

Lamento trazer-te uma outra má notícia: o Turíbio fechou. Ou assim pelo menos parece quando se lá passa.

Post-It disse...

Rapaz, queremos mais ficção e menos realidade! :P (Essa imagem da chaga que tens no dito cujo era dispensável, ui!)
As melhoras.

Ela disse...

Pois, concordo, Post-it!
Esse link era excusado!...
fa, fa, fa...

João Santiago disse...

por acaso esse link foi o mais fixe do post. há mais fotos?