terça-feira, abril 15, 2008

CIP: part deux!


Alguns pontos a destacar desta segunda sessão:

- Olhar para pessoas que conhecem escutismo há um ano e pouco e constatar o entusiasmo delas recorda-me da minha pessoa há uns bons anos atrás, quando tudo era novidade no mundo mirim e eu achava piada a tudo e julgava que nada corria mal. Mas enfim, 17 anos nisto fazem com que uma pessoa tenha de abrir os olhos e se torne céptico relativamente a algumas coisas. No entanto, o seu entusiasmo contagia-me, pelo menos durante um fim de semana. Depois regresso à vida real, onde sei que o escutismo não é nada cor de rosa. Apesar da fama abichanada que temos.

- A minha patrulha ainda não me demitiu como guia. Acho que ninguém quer tomar o ingrato lugar, embora tenha a certeza que todos já repararam na minha inaptidão para o cargo. Num momento em que tive de lhes ensinar nós que aprendera minutos antes, entrei em pânico, pois eu e os nós temos uma relação tão próxima como a religião e a lógica. Felizmente, o guia não é o centro da patrulha e as qualidades estavam bravamente dispersas pelos vários elementos, equilibrando a situação e levando as coisas a bom porto. Por outras palavras, ainda bem que o Célio é um perito em nós e amarrações.

- Uma rapariga da minha idade começa a falar do seu futuro nos escuteiros usando termos como "situação familiar estável" e "conjunto de factores". E não, essa situação familiar não envolve o pai e a mãe. Já está a falar daquela outra família...

- Pessoas que, estranhamente, confiam em nós ao primeiro encontro. Não estou habituado a isto. Mas lá está, também não estava habituado a guiar o que quer que seja. Sinto sempre que estou a representar uma outra personagem quando vou para isto.

2 comentários:

Post-It disse...

Ui, para mim é um mundo à parte, confesso. Mas prometo não verbalizar preconceitos. :P

João Almeida disse...

Não vejo qual é o espanto, se calhar não te dão o espaço necessário no agrupamento, mas acho que é um cargo bem entregue e que deves desfrutar da experiência!