O meu desaparecimento dos últimos meses tem explicações muito mais prosaicas do que as que provavelmente me valeriam a absolvição por parte da audiência deste blog. Não andei, de facto, enfiado com areia até aos olhos na Líbia, com uma kalashnikov a tiracolo. É mais um sonho de infância que não consegui cumprir, mas penso que uma da partes de crescer é perceber que o único sonho de criança que conseguimos atingir, com alguma certidão, é mesmo ficarmos maiores. Os outros estão sujeitos a negociação com o mercador da existência.
Decidi-me retirar voluntariamente desta banca durante uns tempos. Honestamente, estava a precisar de não escrever alongadamente sobre mim, a minha vida e aquilo em que tenho pensado. Deambulo pelo Facebook, porque é mais ou menos como o corredor da escola, onde passamos o tempo mais a mandar bocas do que a declamar discursos. Por outro lado, o meu hábito de escrever estruturadamente (ou qualquer coisa que possa passar por isso) tem sido zero, pelo que me abstive de nem sequer teclar o que fosse. Por fim, uma maleita que me acompanha há uns meses, e se tem intensificado neste Verão, tem-me tirado o resto da vontade. Um médico diz que é tendinite, outra diz que é artrite. Pelo meio, a minha mão direita parece ter declarado a mim, e gerado o ambiente perfeito para enésimas piadas masturbatórias.
No entanto, o apelo de vários leitores fiéis (os únicos) fez-me reconsiderar os três motivos anteriores, e forçar-me a escrever coisas daquelas que alguns adoram, e outros simplesmente consideram o pretexto ideal para ganharem ainda mais asco. Neste canto, há para todos os gostos!
Siga a marinha, e que comece o 31 da Armada!
1 comentário:
Foste à Regaleira e não disseste nada? ;)
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