Aqui há três semanas, um estudante brasileiro, que está a faezr doutoramento sob a orientação de um dos meus profesores, deu-nos uma aula sobre a transição da ditadura militar para a democracia no Brasil. O retrato que ele pintou do Brasil actual não foi nada lisonjeiro, deixando um quadro de uma nação demasiado dependente da corrupção, com um poder central fraco e abrigando dentro de si um governo quase autónomo que é o dos grandes gangs criminosos das cidades maiores do país, como Rio de Janeiro ou São Paulo. A certa altura, comento eu que se os criminosos quisesem, podiam tomar o país de assalto, lançar a confusão e pôr o governo de Lula da Silva em cheque. O brasileiro sorriu, mas afirou que tal poderia ser possível, se o crime organizado arranjasse maneiras de se unir, o que, segundo a visão dele, poderia sere difícil.
Ao ler as notícias dos últimos dias, em que um só gang, o PCC (Primeiro Comando da Capital) deixa o estado de S. Paulo, que é só o mais importante e populoso de um país que depende bem mais do governo estadual que do central, não posso deixar de me sentir inseguro em relação às próximas previsões que vou fazer. Portanto, e antes que o meu dom se vá embora, que Portugal ganhe o Mundial, Bush juízo, o presidente do Irão serenidade, Annan uma guia de marcha, os portugueses coluna e a generalidade da população coração. Pronto, acho que consegui deixar aqui os meus desejos globais expressos. Uff. E os pessoais, perguntar-se-ão? Para isso, há sempre o Oráculo de Bellini. E o professor Bambo. E o Pinto da Costa.
terça-feira, maio 16, 2006
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2 comentários:
És fantástico. Nada que tu já não saibas.
P.S. Tenta pelo menos corrigir os teus textos, uma revisão não faz mal a ninguém.
João
Obrigado pela ironia! :)
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