segunda-feira, agosto 10, 2009
Noites de campo
Muito de vez em quando, esqueço-me do motivo pelo qual certas coisas existem na minha vida. Andam por ali e eu aceito que ocupem o lugar. Se calhar, até já desocupavam, mas como adormeço o lado inquiridor do meu encéfalo (ou então, ele vai dar uma volta para baixo de S. Pedro de Moel), permanecem ali sem pagar renda e a aborrecer, como um grupo de ciganos que se instalam em baldios e fazem festa a noite toda. Tal como os ciganos, também o meu pensamento é ambulante, mas não usa, porém, bigodinho fino.
Depois deste intróito com valor nutritivo abaixo de um pacote de pastilhas, mas de que raio é que está a falar, ó tipo que assina como luminary? De mirins. Ui, malta de lenço ao pesoço, a gente está farta de te ouvir falar sobre ela; e eu próprio, nos últimos tempos, também andava um bocado farto de ouvir falar deles. Por isso, quando caí em mim e me apercebi que ia armado em Indiana Jones uma semana para um sitio perto de nenhures como responsável a solo por 19 deles, não estava com o melhor dos humores. O Luís Miguel Cintra teria um ar mais reinadio em comparação.
No entanto, uma semana depois, ando diferente. Eu subestimo sempre o poder que a alegria da miudagem e que a camaradagem com desconhecidos exerce no ser humano. É como uma força qualquer que nos recarrega e nos põe com um sorriso parvo, apesar de virmos com uma cor castanha que mais tarde, num duche demorado, descobrimos não ser bronzeado. Costumo dizer que a única razão pela qual ando no escutismo é por causa das pessoas, e é verdade. Se não fossem elas, teria ido macambúzio e vindo como tal, e talvez já não andasse de lenço ao pescoço. É bom, regularmente, sermos lembrados daquilo que nos fundamenta e sustenta, e dar umas risadas pelo meio.
Mas agora, tenho uma mês de férias de fardas exóticas. E que bem que me vai saber!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Chi, todos tão sujinhooos, ahah! :D
Boas férias, miúdo!
Até breve.
Enviar um comentário