quarta-feira, janeiro 05, 2011

Código Morse

Há quem acredite que a vida é uma espécie de central de telecomunicações que nos envia sinais de ocasião. O objectivo simples é o de nos orientar nas nossas decisões de vida. A minha chegada à Madeira foi marcada por todo um conjunto de incidentes que seriam a minha desgraça se acreditasse nessas parvoíces. Teria, de momento, a certeza de que esta ilha não me quereria aqui, e que, se quisesse, podia enveredar pelo tipo de história que dá origem a 324 comédias românticas iguais.
Mesmo não ligando a sinais, sinto uma ponta de inveja das pessoas que se orientam e conseguem planear a vida com o mínimo de antecipação. Eu sou incapaz de saber o que farei daqui a uma semana, quanto mais colocar em pratos limpos perante mim mesmo onde vou estar daqui a um ano. Não sei, sinceramente, e talvez seja por medo ou por pura incapacidade de ser adulto, mas nunca me ocorre. É por isso que as resoluções de ano novo me fazem confusão. A vida, essa rádio emissora TSF, altera-nos tantas vezes as frequências de emissão que não gosto muito de me aventurar em futurologia.
Exhibit A: tinha planeado chegar à Madeira a uma hora, meter-me no Airbus, chegar a casa e arrumar confortavelmente as minhas coisas no meu quarto. Na realidade, cheguei duas horas depois do previsto, perdi o Airbus, partilhei o táxi com uma completa estranha até ao Funchal e estive a segundos de derrubar a porta do quarto aos pontapés. Há alguém que trabalhe em empresas de comunicações entre os leitores? Façam-me o favor de decifrar isto!

1 comentário:

Anónimo disse...

desculpa pá, mas o que são 2 horas de atraso de avião? nada..

olha aqueles que passaram a noite de Natal num aeroporto ;)

abç.

JP