quarta-feira, agosto 30, 2006
A propósito de Emmys...
...gostava apenas de referir uma série que, perante o clima de injustiça retumbante que houve nas nomeações aos Emmys deste ano (pese a justeza de primeiras nomeações há muito esperadas - Dennis Leary, em "Rescue me"), desde o esquecimento de Hugh Laurie, pelo seu Gregory House na série homónima em actor principal até "Lost" em melhor série e, convenhamos, em qualquer categoria de interpretação, nunca foi devidamente agraciada com pelos Emmys como devia. Falo de "Homicide: life on the street", a série policial revolucionária que Tom Fontana criou estávamos em 1993. Agora, em 2006, que a revejo em DVD, me apercebo do brilhantismo que por ali andava. "Homicide" não é o tipo de série que atraia audiências: apesar de policial: nunca trata verdadeiramente da resolução de um crime, como "CSI", por exemplo, mas sim do efeito que o fenómeno do homicídio e da morte têm não só naqueles que rodeiam as vítimas, mas também dos criminosos e dos detectives. A série foi pioneira, por exemplo, no uso de canções a acompanhar a montagem de sequências, e também na análise psicológica de personagens, sem nunca entrar por caminhos filosóficos. Indo mais lomge, antecipu Tarantino no uso da conversa da treta como material de primeira água.
Para além disso, teve durante vários anos o melhor cast a trabalhar em televisão, e o melhor actor, Andre Braugher, como o orgulhoso e inteligente detective Frank Pembleton, numa presença que enchia o ecrã e alimenmtava a série em entusiasmo. No entanto, o actor ganhou apenas um Emmy e a prórpia série apenas 4 em toda a sua existência, que durou 6 anos. Nunca fazendo concessões ao popularismo, apostando sempre em explorar seriamente temas pouco habituais nas séries policiais, e a recusa em usar câmaras fixas, preferindo sempre a câmara de mão (recurso na altura arty, mas hoje curriqueiro, com séries como "24" ou "Lost"), e usando uma fotografia granulosa, "Homicide" é daquelas séries que nunca será relembrada como fenómeno popular, mas sim como a melhor série, em efectiva qualidade (e que me perdoe "The X-Files") dos anos 90 e porventura uma das melhores coisas jamais produzidas em qualquer médium audiovisual. Aconselho a sua visão. Quem não quiser ser pirata, tem a ediçõa Prisvídeo em Português. Custa 25 euros, mais tostão, menos tostão, e estão já eidtadas cá as 3 primeiras temporadas.
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