Acho espantoso que toda a gente diga que tem sentido de humor. Isso não pode ser. Algures, por aí, têm de existir carrancudos, gente que não sabe rir com uma piada e malta profundamente insuportável. O sentido de humor não é rir a torto e a direito, nem ter sempre um sorriso na cara. È bem mais que isso. É saber, em primeiro, fazer piadas consigo mesmo, respeitar os limites de humor dos outros e aceitar que os outros toquem nos nossos próprios limites. Se conheço muita gente que diz ter sentido humor, não há muitos que cumpram estes critérios.
A nível pessoal, de 0 a 20, acho que o meu sentido de humor se situa para aí no 14. Não tenho grandes problemas com a maior parte dos limites que habitualmente são colocaods pelas pessoas (religião, pessoas com deficiências físicas, catástrofes humanitárias, doneças graves estereótipos raciais e sexuais), e para além disso, compreendo a personagem House. Por outro, embora faça humor com as minhas próprias incapacidades e deficiências, não sou capaz de me libertar de mim próprio e, para além disso, tenhon esse hábito de usar o meu sarcasmo como um ariete que invade a paz do outro. Sou cheio de arestas.
O sentido de humor, esse de encontrar um lado mais leve em tudo e de saber que as piadas se opdem construri em desgraças, desde que haja um determinado gosto, é uma coisa hoje em dia impossível de ocnsgeuir, quando o politicamente correcto passou de movimento civil a doença e as pessoas começam a regressar a posturas intelectuais humorísticas que muito devem aos tempos medievais ( e acreditem que uso a palavra medival com toda a propriedade). Desde que uma amiga minha me disse, com um ar completamente sério, que tinha de ter cuidado com o que dizia sobre determinados temas, nomeadamente religião, e se justificou com o "Oh pá, não é correcto fazeres isso", perguntei-me a mim mesmo se o humor tem simplesmente função de palhaço. Eu acho que não: tem a função de ser mimo. Os palhaços divertem e fazem rir; os mimos comovem e fazem pensar. Embora sejam profundamente irritantes, mas enfim, que habitualmente faz humor arriscado, acab também por sê-lo.
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
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3 comentários:
Oh Bruno, és um artista como nunca vi. Ajoelho-me perante ti. Avé.
Oh anónimo, assumes o que dizes como eu nunca vi ninguém fazer. Adorot-e, bajulo-te e louvo-te no altar da glória! Heil!
Bolas. Mas porque é que o meu blog não é animado assim?! Tss...não nasci com o dom da controvérsia! lol Confesso que me ri com o anónimo...o 'avé' é hilariante, Bruno...tendo em conta a tua inimizade em relação à fé :p
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