terça-feira, agosto 19, 2008

Desculpa Pequim 2008


Acho que o maior confronto deste Pequim 2008 é entre as exageradas e hiperbólicas expectativas portuguesasquando a medalhas e a óbvia incapacidade dos atletas portugueses em lidar com essa pressão. Arnaldo Abrantes, atleta dos 200 metros, disse que quando viu o estádio cheio, as pernas baquearam, que aquilo não eram condições para ele... Temos ouvido desculpas que nem precisavam de ser dadas, se tivéssemos a real noção daquilo que normalmente fazemos em Jogos Olímpicos. Na verdade, a vermos bem, não estamos muito diferentes do normal. Acho estranho, claro, que cheguemos a Pequim com campeões mundias, campeões europeus, líderes de rankings, e no fim de contas, os resultados sejam os mesmos de sempre. Mas isto parece-me sintoma de algo que não tem a ver com o valor real dos atletas. Acho que é falta de noção do noção do que éesta compettição, ond ehá atletas que abdicam de provas internacionais só para treinar. É uma diferença de mentalidade.
A melhor desculpa deste Pequim de 2008 é uma prova disto. Marco Fortes acabara de não se apurar para a final do lançamento do peso. Ninguém esperava nada dele, podia ter simplesmente aplicado qualque frase desportiva cliché, tipo "São isto os Jogos Olímpicos", ou, "Há aqui atletas em grande forma", mas saiu-se com uma "Isto não é hora para andar a lançar o peso. De manhã é para estar na caminha. Quando estava a lançar o peso, só me apeteceia esticar as pernas num colchão."

E é assim...

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