Tenho sabido o que é isso. Esta semana, espreitei pelo caleidoscópio da angústia e via cristalizado o bom que tenho e que não o sei, e que espreitado por entre vidros, nunca me parece o suficiente para achar que faço o que devo ou posso, que estou à altura. Não há espaço em mim para sentir orgulho, para me sentir bem. A angústia não só reduz o mais capaz homem que conheço, como também aumenta a minha incapacidad ede me achar capaz e à altura do tamanho da dor que me rodeia e dos fiapos de sombra projectados nos passos inchados de quem precisa de ajuda. O amor faz de alguém o mais forte e o mais fraco, mas só a angústia consegue modular as nossas forças como se fosse um sintetizador clássico, teclando o tema de "The exorcist" em variações diabólicas, mas sempre agourentas.
Felizmente, há quem dê outra música. Aí, pouso o caleidoscópio e vejo-me por outros, olhando para o que tenho e o que dou. Encontro a minha cura
Embora me escape sempre aquela que mais desejo.
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