terça-feira, outubro 31, 2006
Premonições
Fernando Santos previu que alguém do Benfica seria expulso na segunda parte do Benfica-Estrela; Jesualdo previu que Anderson ia "aleijar-se" contra o Benfica; e eu previ que se Jesualdo ganhasse ao Benfica, ia-se transformar num paravlhão arrogante, à la FCP. E acertei.
Chama-se...
... "Às vezes o amor", é a nova canção de Sérgio Godinho e os minutos que passamos a ouvi-la são, para além de mel auditivo, um pequeno prazer. Quase um prazer Amélie.
domingo, outubro 29, 2006
Lost in the island 4
Aparentemente, a julgar pelo final do episódio, o título desta rubrica terá de mudar para "Lost in the islands"... Mas adiante.
Há que dizer que este episódio, com tudo equilibrado, foi um daqueles com as coisas que me fizeram gostar de Lost bem no sítio. Teve momentos de tensão pura (quando o Sawyer leva uma malha... não me lembrava de um momento tão violentamente sangrento e animalesco no Lost desde que o Sayid espetara uns pêros valentes ao artista conhecido anteriormente por Henry Gale), humor subtil (o relógio de Sawyer a apitar enquanot Kate se despe é um mimo), mitologia a andar para a frente (há duas ilhas... se bem que, com a história de haver um cais numa delas, a coisa faz sentido) e mudanças de carácter de personagens (quando Jack diz a Juliet "I don't care about making you feel better", enquanto lança some moves nela, onde está o bonzinho do doutor?).
Sawyer foi o personagem focado nesta semana; se bem que a trama do flashback era óbvia (quase tão óbvia como o facto de o pacemaker ser inexistente), pois estava na cara que Sawyer estava a enganar o burlão, ficámos a saber que o garanhão dos pântanos poderá ter uma filha; ou não.... A mulher a quem James ensinou a cartilha da perfídia mentirosa poderá estar a lançar a sua própria jogada, o que bateria certo no facto de Sawyer não confiar em ninguém, nem nunca abrir o seu coração. E por falar em coração, não doeu ouvir Kate a dizer que só professara o seu amor pelo James Ford para que Danny deixasse de lhe bater? O olhar na cara dele... Para não falar de quando ela remata toda a cena dizendo "Live together, die alone", leit-motiv do Sotôr Jack Shepard (a propósito, nunca ninguém achou estranho o facto de o pai do Jack se chamar Christian Shepard, ou seja, pastor cristão? Voltaremos a isto nouytro dia). Ah, e Sawyer tem pena de coelhinhos brancos... Quem diria! Para além disso, o parelelo com o flashback de estar preso e apaixonado, assim como na ilha, foi interessante.
A questão das duas ilhas é interessante: porque será que os Losties nunca viram a sgeunda ilha? Esta não parece estar assim tão longe! E será que a caverna onde Locke encontrou Mr. Eko e o urso polar poderá ser uma espécie de túnel entre as duas, explicando isso a presença dos ursinhos na ilha Lostie? Coisas a ver num futuro próximo, certamente.
Quanto à operação Jack... não estou convencido, primeiramente, que Ben discordasse da presença de Jack. Pareceu-me mais um mind game. Jack voltou a mostrar a sua tenacidade a salvar vidas, mas mostrou desta vez uma resginação a dar a hora da morte de Colleen que me faz crer que ele já tem quem são os seus inimigos muito bem na cabeça, o que pdoerá siginificar que os planos de colaboração com Ben vão por água abaixo... E quanto a comentários que j+a ouvi acerca daqueles raios-X... Poderão ser de Ben, está claro, mas, acompanhem o meu raciocínio, porque não pertencerem a Locke? Bate certo no perfil e seria, a nível de diagnóstico, muito mais compatível com os poderes de cura do magnetismo da ilha. O que acham? Claro que Jack não é burro nenhum e já começou a lançar a Juliet os mind games com que Ben baralhou Locke na segunda season, e aparentemente, a sua opinião de uma sociedade comunista, mas liderada por um ditador chamado Ben, vai bater fundo em Juliet. Parece... Aquela mulher consegue ser ainda mais ambígua que Ben, como se isso fosse possível. Nunca se sabe o que se epsera dela. E porque raio precisam os Others de um médico especialista em fertilidade?
Ah, e quanto ao lado Nostradamus de Desmond... Fiquei bem mais impressionado com a previsão relativamente a Locke que a este raio. Se bem me lembro, na primeira season, Locke predisse a Boone que irira chover em menos de um minuto... E choveu. Será que a explosão magnética terá apenas ampliado uma qualquer parte do cérebro do escocês?
Para a semana, a missão de salvamento começará, se bem que, prevejo, o grupo terá muito que nadar...
Duo dinâmico
Confesso que nunca pensei ver estas duas bandas juntas, mas enfim, o resultado acaba por até ser interessante. Para além disso, estava na altura de dois dos melhores baixistas do mundo tocarem juntos... Para quem se pergunta, a canção é "The saints are coming", é uma cover dos The Skids e não deve demorar muito a rodar violentamente na MTV, apesar da contundente mensagem política...
sexta-feira, outubro 27, 2006
Que grandes portugueses?
Não tenho tido grande vontade de abordar o assunto, mas o debate de anteontem, na RTP, que envolveu diversos convidados (entre os quais José Hermano Saraiva e Luís Reis Torgal, professor de História na minha Universidade, a de Coimbra, dois antagonistas naturais pela área de estudo do segundo, o Estado Novo), de vários quadrantes culturais, diversas filiações políticas e perspectivas do assunto. Se uns encaravam com uma seriedade granítica que, confesso me assustou (Joana Amaral Dias, deputada do Bloco de Esquerda, para além de só consentir que o seu grande português fosse uma ela, chegou a lançar um clima de crise de indentidade nacional caso Salazar fosse o Grande Português), outros levavam a coisa com ligeireza, o que, tendo em conta o carácter especulativo desta eleição, é o mais correcto.
No minha opinião, este concurso não será, obviamente, para ser levado a sério. É um concurso e um jogo, nada mais. Como qualquer eleição, cada um tem a sua opinião, e se mesmo um Mourinho, um Cristiano Ronaldo ou um Herman José aparerecerem com os Grandes Portugueses, ninguém se deve chocar. É a opinião pública. Claro que tudo isto vem, pelo menos, fazer crescer o interesse pelas grandes figuras da nossa História, o que é bom, por um lado, mas mau por outro, pois os percursos históricos nacionais não são apenas feitos de heróis e grandes figuras: o cidadão anónimo também faz parte desse movimento histórico e centrarmo-nos apenas em heróis fará surgir uma espécie de mitologia civil que exagera o papel das figuras e quase as santifica, não permitindo uma investgação parcial da suas vidas.
Paleio de Teoria da História à parte (salvé, Dr. Catroga), eu digo já que não consigo votar em ninuém, porque acho impossível definir o maior português de todos os tempos. Mesmo um dream team se torna tarefa espinhosa... A discussão que se gera está, pelo menos, a levar a saudáveis debates sobre perídos da nossa história que raramente discutimos e a redescobrir figuras que achávamos esquecidas. Ainda assim, alguns amigos meus têm-me pressionado, pelo menos, a revelar hipóteses que eu poderia eventualmente escolher. Para esses, deixo alguns nomes: a ser rei, D. Afonso Henriques, D. João I e D. João II; da área da cultura: Camões, Fernando Pessoa (ok, sãoi por demais óbvios estes dois), Sophia de Mello Breyner e Eça de Queiroz (não é estranho que quando queremos citar alguma grande figura cultural portuguesa, sejam os escritores quem nos vem em primeiro à memória?); politicamente, Afonso Costa e Humberto Delgado(qualquer político pós-25 de Abril não me permite o chamado distanciamento emocional); e de resto, porque não Aristides de Sousa Mendes, ou mesmo Vasco da Gama (o Pedro Álvares de Cabral teve sorte), ou mesmo... Vêem como tudo isto é inútil?
Para curiosidade, noutros países os resultados não são menos abespinhados: em Inglaterra, ganhou Churchill, com a princesa Diana a ficar à frente de Darwin, Newton e Shakespeare (!); nos EUA, Ronald Reagan foi considerado melhor que Abraham Lincoln, Martin Luther King e George Washington; e George W. Bush ficou em 5º, o que não deverá espantar num país tão jovem...; em França, Charles de Gaulle (os franceses têm quem merecem, não é?); e na Alemanha, Konrad Adenuaer. Fala-se que o concurso está em fase de produção na China. Na prática, é uma anedota: o que chamar a um top ten onde todos os concorrentes se chamam Mao Tsé-Tung? (OU então, mudam para as várias grafias, e há dez nomes diferente!)
No minha opinião, este concurso não será, obviamente, para ser levado a sério. É um concurso e um jogo, nada mais. Como qualquer eleição, cada um tem a sua opinião, e se mesmo um Mourinho, um Cristiano Ronaldo ou um Herman José aparerecerem com os Grandes Portugueses, ninguém se deve chocar. É a opinião pública. Claro que tudo isto vem, pelo menos, fazer crescer o interesse pelas grandes figuras da nossa História, o que é bom, por um lado, mas mau por outro, pois os percursos históricos nacionais não são apenas feitos de heróis e grandes figuras: o cidadão anónimo também faz parte desse movimento histórico e centrarmo-nos apenas em heróis fará surgir uma espécie de mitologia civil que exagera o papel das figuras e quase as santifica, não permitindo uma investgação parcial da suas vidas.
Paleio de Teoria da História à parte (salvé, Dr. Catroga), eu digo já que não consigo votar em ninuém, porque acho impossível definir o maior português de todos os tempos. Mesmo um dream team se torna tarefa espinhosa... A discussão que se gera está, pelo menos, a levar a saudáveis debates sobre perídos da nossa história que raramente discutimos e a redescobrir figuras que achávamos esquecidas. Ainda assim, alguns amigos meus têm-me pressionado, pelo menos, a revelar hipóteses que eu poderia eventualmente escolher. Para esses, deixo alguns nomes: a ser rei, D. Afonso Henriques, D. João I e D. João II; da área da cultura: Camões, Fernando Pessoa (ok, sãoi por demais óbvios estes dois), Sophia de Mello Breyner e Eça de Queiroz (não é estranho que quando queremos citar alguma grande figura cultural portuguesa, sejam os escritores quem nos vem em primeiro à memória?); politicamente, Afonso Costa e Humberto Delgado(qualquer político pós-25 de Abril não me permite o chamado distanciamento emocional); e de resto, porque não Aristides de Sousa Mendes, ou mesmo Vasco da Gama (o Pedro Álvares de Cabral teve sorte), ou mesmo... Vêem como tudo isto é inútil?
Para curiosidade, noutros países os resultados não são menos abespinhados: em Inglaterra, ganhou Churchill, com a princesa Diana a ficar à frente de Darwin, Newton e Shakespeare (!); nos EUA, Ronald Reagan foi considerado melhor que Abraham Lincoln, Martin Luther King e George Washington; e George W. Bush ficou em 5º, o que não deverá espantar num país tão jovem...; em França, Charles de Gaulle (os franceses têm quem merecem, não é?); e na Alemanha, Konrad Adenuaer. Fala-se que o concurso está em fase de produção na China. Na prática, é uma anedota: o que chamar a um top ten onde todos os concorrentes se chamam Mao Tsé-Tung? (OU então, mudam para as várias grafias, e há dez nomes diferente!)
segunda-feira, outubro 23, 2006
Lost in the island 3
E regressámos, finalmente, a território conhecido: a praia onde tudo começou. Antes de lá chegarmos, porém, encontrámos Locke, deitado no meio da vegetação, estendido e mudo, mesmo quando levou com o bastão do Mr. Eko na cabeça. Um começo logo para arrepiara caminho. Vai dá, chega à praia, e Charlie é logo contratado para guardar uma tenda onde Locke pretende, com a ajuda de uma forte mistura alucinogénica, comunicar com a ilha e saber o que faezr a seguir. Tudo isto quer dizer uma coisa: digam adeus a triângulos amorosos e brincadeiras militares de iraquianos: estamos em território de John Locke. Estamos no coração dos mistérios da ilha.
Num Lockisódio (não tão bom, diga-se, como o "Lockdown"), foi bom ver o regresso do profeta e agora novamente místico careca aos seus facalhões e técnicas de camuflagem. Num episódio em que Charlie não esteve, por incrível que pareça, tão irritante como é costume, a aparição de Boone, embora um Boone inside Locke's mind, foi um dos pontos a destacar, numa visão digna do terceiro olho de Lobsang Rampa. Percorrendo um aeroporto a empurarr Locke numa cadeira de rodas (evidente metáfora da fragilidade do caçador), assistimos aos personagens habituais em papéis que levam os fãs a teorizar (porque estão Kate e Sawyer juntos na fila de embarque? Porque está Jack a ser revistado por um Benry vestido de empregado de aeroporto? Porque diz o Boone aparição que Claire e Charlie vão estar bem "for a while"?) e levando-nos a dois personagens qu também se viram envolvidos na explosão da Hatch, Mr. Eko e Desmond. Quanto a este último, o mistério do porquê de andar cmpletamente nu pelas selvas do Pacífico não será um mistério menor do que, aparentemente, ter ganho o poder de antever o futuro, ou pelo menos pressenti-lo, para além do seu notável visual à la Cristo. Mr. Eko, esse, viu-se arrastado por um urso polar para uma gruta, de onde foi salvo por Locke. Pormenor estranho: a gruta estava cheia de ossos de crianças, para além de um carrinho de brincar. Assustador, mas qual a razão? Fará parte da obsessão que um dos grupos de Others tem por crianças?
Hurley regressou, e voltou às piadas que todos nós apreciamos ("Bear, is that you?") e com más notícias: Jack, Kate e Sawyer foram raptados pelos Others e não há um médico decente para salvar Eko. E vai daí, Nikki enfurece-se, e Paulo fica perplexo. E quem são Nikki e Paulo? Dois sobreviventes, aparentemente sexy e bem parecidos, como quase todos os que caíram naquela ilha, e que até agora não tinham aberto a boca para dizer algo de interessante, nem mesmo aparecido. A sua entrada não foi de registar, mas saúda-se o reforço feminino, e que este tenha cuidado: mulheres são espécie em vias de extinção na ilha. E sim, sim, meninas: o Rodrigo Santoro.
No final, Locke prometeu uma missão de salvamento e fica no ar aquela ideia de que Desmond se tornou no Nostradamus da ilha. Para além disso, fica porrada prometida para os próximos episódios, debaixo de uma liderança firme de John Locke, descrente virado crente fanático à custa de uma shoras numa tenda e de uma alucinação envolvendo um Mr Eko de olhos fixos e palavras sábias. Embora não tenha adiantado muito na mitologia, ficam perguntas relativamente àquela caverna e ao uso futuro das novas habilidades de Desmond, the brother? E vocês, que impressão vos deixou este episódio?
Outros tempos...
Se hoje televisão portuguesa é, quase imediatamente, sinónimo de lixo, porque não lembrar outras produções, mais míticas, que preencheram os anos 80, altura em que, parecendo que não, se tentaram faezr algumas das mais revolucionárias séries da história da nossa televisão. Um exemplo claro é, parece-me, "Duarte & companhia".
Misto policial e comédia (com um maior ênfase para a última), será, porventura, a série com mais figuras míticas por metro quadrado: quem não se lembra do Rocha e a sua bigodaça, acompanhada de farta cabelira negra; Lúcifer, o temível líder criminoso que gostava de ser tratado por Padrinho, e dos seus capangas Chinês (mais conhecido por "eu não sele chinês, eu sele japonês) e Albertini (monstruoso gangster, que desmaiava com a breve menção da palavra sangue, e que partilhava com Rocha e Átila não saber quem era a mãe); Átila, o grande rival de Lúcifer, e irascível como pouco; Duarte e Tó, dupla de detectivas de bolso; e as mulheres, naquela que foi, atrevo-me a dizer, a primeira grande manifestação de poder feminino, pois eram esta que, à pancada, iam resolvendo os casos e amedrontando os homens: a Joaninha, a mulher do Duarte a sogra do Duarte. Para além disso, com títulos como "A maldição da múmia", "A cadeira do poder" e "A revolta dos escravos", já itnha ganho lugar na nossa história cultural. E o 2 cavalos? E aquele genérico da 3 série? O lançamento recente em DVD apenas veio acentura o seu carácter mítico na nossa memória colectva; e espero que a próxima edição venha, finalmente, com extras: entrevistas, uma retrospectiva, qualquer coisa... É aproveitar enquanto os protagonistas estão vivos: António Assunção (o Tó), Canto e Castro (o professor Ventura) e Ema Paul (a mulher do Daurte) já faleceram, portanto toca a despachar!
sábado, outubro 21, 2006
Reviem rápida: "The black dahlia"
Embora casos por resolver sejam frequentes, o que dá o mote para o filme, o de Elizabeth Short (ou "Black Dahlia") é um daqueles que permanece na memória colectiva do púlico, não só porque não foi resolvido, mas também devido aos pormenores macabros do homicídio. O caso deu-se em Los Angeles, em 1947, e era inevitávels que o cronista moderno da Los Angeles dos anos 40 e 50, James Ellroy, o mesmo que escreveu o magnífico "L.A Confidential", pegasse no caso para criar mais um livro, o que aconteceu; e foi assim que nasceu a trama do filme, que acompanha dois ex-pugilistas, tornados polícias, na caça do assassino de Elizabeth Short. Pelo meio há Scarlett Johansson, a fazer de ex-prostituta no meio dos dois homens, e Hillary Swank, a fazer de menina rica que gostava de ser prostituta.
Este filme de Brian de Palma é dePalmiano até aos ossos, e se isto parece uma redundância, não é é: quantas vezesz já vimos fitas de realizadores a quem estamos acostumados e que parecem tão descaracterizadas? No entanto, é um filme com marca de Palma para o melhor e para o pior: o melhor, obviamente, é a parte técnica de "The black Dahlia". Brian de Palma é um dos maiores virtuosos da câmara da actualidade e filma sempre com uma elegância tal que mesmo quando um filme é mau, é impossível ser completamente mau. Baseando-se no cinema noir (onde "The black dahlia" pertence por completo, com o seu enredo labirítinco e os seus personagens moralmente imperfeitos) e em Hitchcock, para além dos tradicionais travellings e long shots característicos do realizador, é quase como se fôssemos numa viagem e nos deixássemos levar. Para além disto, há a excelente direcção de fotografia de Vilgos Zsigmond e a direcção artística do veterano Dante Fereetti, habitual colaborador de Scorsese. A cena em que se descobre o corpo de Short é simplesmente incrível, quando num só plano-sequência, de Palma captura 4 acções diferentes enquanto decorrem simultaneamente.
Os males do realizadopr também se reflectem, no entanto: a falta de paixão com que aborda os personagens em um argumento que, a partir do meio, anda à deriva, batem certo com grande parte da filmografia do virtuoso. Quem pensar que vai ver um filme sobre a resolução do homicídio, desengane-se: só meia hora da fita é realmente dedicada a esse assunto, o restante centra-se na relação do trio de protagonistas. Mas balançando entre estes dois pontos, o filme não alcança um equilíbrio narrativo, e a partir da morte de um dos personagens, descamba e cai vertiginosamente, como se tivesse sido lançada uma bola de bowling sobre um castelo de cartas. Embora os actores estejam bem (mesmo Josh Hartnett), o filme perde, e muito, com esta falha. É como uma coisa muito bonita com um interior muito fraquinho.
Ah, Scarlett Johansson e Hillary Swank não aparecem nuas, mas são bem boas. E mais a sério, uma referência à fantástica Mia Kirshner, que interpreta Elizabeth Short em pequenas vinhetas a preto e branco no filme. Uma interpretação muito intensa e que merecia mais destaque, fosse o argumento mais centrado em Short.
Nota: 7
quinta-feira, outubro 19, 2006
Espera lá...
Tinha este tema na cabeça para escrever aqui, mas só agora me lembrei: é impressão minha ou o presidente Bush assinou, na semana passada, uma lei que permite tortura sobre os suspeitos de terrorismo, e exclui qualquer apoio jurídio aos mesmos, o que, legalmente, é a mesma coisa que tonrá-los não pessoas? E porque é que este tipo de atitudes não cria sururus alargados, ao legalizar Guantanamos e afins? Só para deixar a indignação.
Contexto
Uma componente importante da fraseologia humana é o contexto. Determinadas expressões e afirmações ganham um sentido completamente diferente quando pronunciadas por diversas pessoas ou em variadas situações. Toda a gente sabe que a língua portuguesa é muito traiçoeira e por isso se presta a más interpretações que levam a que, exemplo, em escutas telefónicas certos indivíduos pareçam cometer crimes, quando se estão simplesmente a voluntariar para ir buscar os filhos de um colega à escola. Numa tentativa de tentar evitar que tais situações aconteçam aos utentes deste blog, vou, numa iniciativa que espero útil, mostrar como algumas frases podem soar tão díspares na boca de interlocutores variados.
"Doem-me as costas, não devia ter abusado ontem"
Pedreiro - Declaração de dor derivada do excesso de trabalho forçado
Liedson - Declaração de dor derivada de mergulhos forçados
Cláudio Ramos - Resposta à pergunta "Então, e que tal correu o encontro com o Serginho?"
"O dia ainda é uma criança"
Oficial da GNR - São 9 da manhã e um maço de multas está já completo
Kim-Jong Ill - Ansioso por dar vazão ao ritmo de trabalho alucinante que permita a abertura de um novo cemitério
Jorge Ritto - Back in time to 1980
"Foda-se, caralho para esta merda!!!
Ministro das Finanças e Primeiro-ministro - Pânico geral perante o défice
Trabalhador de uma ETAR - Mau dia no trabalho
Adepto do Benfica - Kenny Miller marca o segundo.
"E se eu te partisse a boca à paulada?"
Dois moçambicanos e Carla Matadinho - Rodagem do filme de Sá Leão
Um ministro da Educação e dois professores - Discussão acalorada sobre a reforma do sistema de carreiras da docência
50 Cent, Snoop Doggy Dog e Eminem - Álbum de beneficiência para as vítimas do Katrina, que conta com uma faixa conjunta entre os 3 rappers
"Peço desculpa, mas na realidade não sei o que está aqui escrito"
Stevie Wonder - Alguém se esqueceu de lhe passar as letras das músicas para Braille
Senhor de 80 anos - Reflexo de século de analfabetização nacional
George W. Bush - Embaraço quanod lhe pedem para ler a composição de Carolyn Arnold, menina de 8 anos, intitulada "A minha casa", de uma escola primária do Tenessee
E fica a lição. E há ainda "Mas o que é que um gajo como eu está a fazer contigo, Scarlett?", que quanod pronuciada por mim significa: "Ahh, que pesadelo mais esquisito!!"
"Doem-me as costas, não devia ter abusado ontem"
Pedreiro - Declaração de dor derivada do excesso de trabalho forçado
Liedson - Declaração de dor derivada de mergulhos forçados
Cláudio Ramos - Resposta à pergunta "Então, e que tal correu o encontro com o Serginho?"
"O dia ainda é uma criança"
Oficial da GNR - São 9 da manhã e um maço de multas está já completo
Kim-Jong Ill - Ansioso por dar vazão ao ritmo de trabalho alucinante que permita a abertura de um novo cemitério
Jorge Ritto - Back in time to 1980
"Foda-se, caralho para esta merda!!!
Ministro das Finanças e Primeiro-ministro - Pânico geral perante o défice
Trabalhador de uma ETAR - Mau dia no trabalho
Adepto do Benfica - Kenny Miller marca o segundo.
"E se eu te partisse a boca à paulada?"
Dois moçambicanos e Carla Matadinho - Rodagem do filme de Sá Leão
Um ministro da Educação e dois professores - Discussão acalorada sobre a reforma do sistema de carreiras da docência
50 Cent, Snoop Doggy Dog e Eminem - Álbum de beneficiência para as vítimas do Katrina, que conta com uma faixa conjunta entre os 3 rappers
"Peço desculpa, mas na realidade não sei o que está aqui escrito"
Stevie Wonder - Alguém se esqueceu de lhe passar as letras das músicas para Braille
Senhor de 80 anos - Reflexo de século de analfabetização nacional
George W. Bush - Embaraço quanod lhe pedem para ler a composição de Carolyn Arnold, menina de 8 anos, intitulada "A minha casa", de uma escola primária do Tenessee
E fica a lição. E há ainda "Mas o que é que um gajo como eu está a fazer contigo, Scarlett?", que quanod pronuciada por mim significa: "Ahh, que pesadelo mais esquisito!!"
quarta-feira, outubro 18, 2006
segunda-feira, outubro 16, 2006
Lost in the island 2
"THE GLASS BALLERINA"
Ao segundo episódio, o espectador mais atento terá reparado que esta terceira season está a seguir, estruturalmente, o caminho da primeira: um primeio episódio com uma revelação bombástica e mais um conjunto de pequenas descobertas, e um segundo mais baseado no desenvolvimento de um pormenor do passado de determinada personagem, neste caso Sun, se bem que se possa argumentar de que, em termos técnicos, os últimos 5 minutois tenham sido, bem... já lá vamos.
Por partes: quanto à parcela do episódio que envolveu Jin, Sun e Sayid, o mais interessante foi descobrir que a nossa coreana não é aquela mulher sofredora e estóica que imaginávamos: meter os cornos ao marido não cairá propriamente bem nessa imagem que fazíamos dela. A primeira cena, com ela ainda em criança, mostra-a incapaz de assumir culpas, o que pode justificar o facto de querer participar, embora esteja grávida, num louco plano de captura dos Others, elaborado pelo cada vez mais sedento de vinagnça Sayid. Por falar no iraquiano, nota-se que lhe falta algum treino de exército; ou isso, os The Others voam, pois como raio passaram por Sayid e Jin sem serem vistos? Impressionante. Sun acabou por completar a reviravolta de imagem ao matar uma Other, aparentemente enrolada com o capataz da obra onde Sawyer e Kate "colaboram", o que poderá não ter sido a mlehor manobra em prol da sobrevivência do grupo. Várias dúvidas se levantam nesta história: um, quererá a confirmação do romance com o seu explicador de inglês dizer que o bébé de Sun não é afinal de Jin, deitanto por terra um dos argumentos a favor do poder curativo da ilha? Dois, terá Sayid virado um toninhas? Terceiro, porque pediu Ben para que os Others trouxessem especificamente o barco, sem referi qualquer coisa de captura ou morte dos Losties? Quarto, será que o explicador de inglês se suicidou realmente?
No capítulo Sawyer/Kate, os vários fãs do casal terão ficado satisfeitos com a bela da beijoca, sendo no entanto de perguntar se tudo não fazia parte do plano que o Conman está a urdir para querer iludir os seus captores. É impressão minha ou a parte da tortura ao inimigo está a ser toda canalizada para o nosso amigo James? Serão os Others cavalheiros ou estará Kate destinada a um fim que desconhecemos? Kate, falando nela, anda estranha: uma mulher que esteve presa e fugiu a vida toda resigna-se a ficar numa jaula e limita-se a esperar que o bem mais expedito Sawyer tenha uma das suas ideias? Por muito que aquele vestido lhe fique bem )e que bem ela cava terra), esparava bem mais espírito de iniciativa por parte de Kate, em vez de, quando Sawyer arma a confusão, se limitar a deixar ser agarrada por Juliet, sendo-lhe apontada uma pistola. Teremos visto realmente tudo o que aconteceu naquele célebre pequeno-almoço? Ou acham que esta quebra de Kate já vem de há algum tempo? Alex, a filha de Rousseau, voltou a dar um ar de sua graça, sem grandes consequências que não a de saber que ela e Carl estão de alguma maneira ligados.
A última parte do episódio reservou-nos o momentos "Badam!". Ben, o nosso indígena de olhar esgazeado preferido, revelou chamar-se Benjamin Linus, o que poderá justificar a sua demência, e ter vivido na ilha a vida toda, o que pode fazer dele uma das cobaias Dharma originais. Para além disso, ofereceu a Jack uma proposta tentadora. em troca da sua cooperação, Ben fá-lo-ia sair da ilha, de regresso a casa (e aqui é casa, casa). Perante a risota de Jack, Ben revelou-lhe que Bush fora reeleito, Christopher Reeves tinha morrido e os Red Sox haviam ganho o campeonato de basebol, mostrando-lhe imagens dessa vitória. Não sei se Linus sabia do poder que tal revelação teria no insconsciente de Jack, mas o médico pareceu ficar abatido definitivamente. Terá o expedito Jack baixado os braços, dando assim espaço a menos resistência perante os Others? Significarão as imagens que o Others têm realmente contacto com o exterior? E porque parece haver uma tensão negativa entre Juliet e Ben, de cada vez que s encontram?
Para a semana, Locke, Eko e Desmond regressam. A discussão continua na secção de comments.
O relatório Colbert
Para quem acha que o programa "Daily show", apresentado pela magnífico Jon Stewart, é uma daquelas coisas verdadeiramente louváveis ao nível da comédia, fica aqui a sugestão de "The Colbert report", um programa que orbita na mesma óbrita que o de JOn Stewart, se bem que não sejam exactamente iguais, e que é aprsentado por um ex-comediante colaborador do "Daily show", Stephen Colbert, que no seu "...report" encarna um pivot de um telejornald e notícias falsas... mas republicano, conservador e cristão. É um mimo, profundamente engraçado e capaz de nos proporcionar momentos únicos, como este, em que o tradicionalmente monocórdico e carrancudo George Lucas aceita, com um sentido de humor assinalável, todo o glorioso sentido pop-culture da sua opus mais famosa, "Star Wars", ao embrenhar-se num inesquecível confronto com Stephen Colbert.
domingo, outubro 15, 2006
Como é mesmo o seu nome?
sábado, outubro 14, 2006
Dinheiro = paz?
Naquela que pode ser considerada uma escolha interessante, o comité Nobel escolheu para recipiente do prémio Nobel da Paz de 2006 é um... banqueiro bilionário. Muhammad Yunus, do Balgladesh, e o seu Graemen Bank, venceram este ano o prémio, pela criação de um sistema de crédito que permitiu que mais de 6 milhões de pessoas saíssem do limiar da pobreza. Esse sistema, chamado micro-crédito, aplica-se a pequenos empresários ou pessoas que por serem demasiado pobres, não se podem candidatar aos empréstimos em bancos normais, usando o esquema de "grupos de solidariedade", onde todos são fiadores de todos, obrigando assim à cooperação.
O comité Nobel justificou a atribuição de um prémio Nobel da Paz a alguém ligado directamente a Economia, o que é a primeira vez desde que estas distinções surgiram, ao facto de que sem que largas fatias da população saiam da situação de pobreza extrema, a paz duradoura não pode ser alcançada. Este é também um meio de alcançar a democracia e os direitos humanos. Pela sua universalidade a todos os níveis, o sistema de Micro-crédito permitiu também que as mulgeres, em sociedade onde são habitualmente reprimidas, possam fazer parte do processo de desenvolvimento económico, contribuindo assim para a sua independência individual, e igualdade sexual.
Yunus não se enquadra no papel habitual dos laureados com o Nobel da Paz, de negociadores e promotores da paz a um nível puramente político e de direitos humanos, mas o seu esforço num campo da vida humana normalmente conotado como motivação de guerra é importante. Mostrar como o dinheiro, o inimigo público nº1 dos demagogos de esquerda, pode, de facto ser distribuído por todos e usado como promotor de paz é uma ideia muito interessante, e que, quanto a mim, só podia susgir num país como o Bangladesh, com a sua imensa população de pobres, e nunca num país demasiado rico.
sexta-feira, outubro 13, 2006
"Olha, hoje é dia 13!"
Cumprindo serviço público, este blog explica aos leigos esse mito que é a Sext-feira 13 (som de trovoada)
A sexta-feira 13 (som de trovoada) é considerado um dia azar em países anglo-saxónicos e de expressão portuguesa. No caso dos países latinos, é a Terça-feira 13 que assusta os supersticiosos. Existem duas explicações para a fama agoirenta do dia: uma é a de que Cristo morreu a uma sexta-feira, depois de ter jantado com numa mesa composta por 13 pessoas, sendo que uma delas o traiu; outra, menos rebuscada, prende-se com a Sexta-feira 13 (som de trovoada) de 1307, curiosamente no mês de Outubro, quando centenas de cavaleiros templários foram presos por toda a Europa, numa congmeninação de Filipe, o Belo de França e por ordem do papa Clemente V, sob acusações de heresia. Estes dois factos em conjunto criaram o mito de que uma Sexta-feira 13 (som de trovoada) é um dia em que não vale a pena sair à rua.
Existem pessoas que sofrem profundamente deste medo, e são doentes fóbicos, acometidos de paraskavedekatriaphobia, que é o nome médico desta doença. Na realidade, a ansiedade criada por este dia é o que possibilita que, estatisticamente, aconteçam mais baixas por doença e mais acidentes que em qualquer outro dia do ano, perdurando a lenda do dia do azar.
Entre as várias pessoas famosas que nasceram a Sexta-feira 13, temos, por exemplo, o dramaturgo Samuel Beckett (autor, entre outras obras, de "Á espera de Godot"); o actor Steve Buscemi, o presidente de Cuba e democrata (para o PCP) Fidel Castro; Thomas Jefferson, um dos fundadores da democracia norte-americana e presidente dos EUA; Luisão, defesa central do Benfica.
Aqui ficam as informações. As piadas estão por vossa conta na secção de comments...
A sexta-feira 13 (som de trovoada) é considerado um dia azar em países anglo-saxónicos e de expressão portuguesa. No caso dos países latinos, é a Terça-feira 13 que assusta os supersticiosos. Existem duas explicações para a fama agoirenta do dia: uma é a de que Cristo morreu a uma sexta-feira, depois de ter jantado com numa mesa composta por 13 pessoas, sendo que uma delas o traiu; outra, menos rebuscada, prende-se com a Sexta-feira 13 (som de trovoada) de 1307, curiosamente no mês de Outubro, quando centenas de cavaleiros templários foram presos por toda a Europa, numa congmeninação de Filipe, o Belo de França e por ordem do papa Clemente V, sob acusações de heresia. Estes dois factos em conjunto criaram o mito de que uma Sexta-feira 13 (som de trovoada) é um dia em que não vale a pena sair à rua.
Existem pessoas que sofrem profundamente deste medo, e são doentes fóbicos, acometidos de paraskavedekatriaphobia, que é o nome médico desta doença. Na realidade, a ansiedade criada por este dia é o que possibilita que, estatisticamente, aconteçam mais baixas por doença e mais acidentes que em qualquer outro dia do ano, perdurando a lenda do dia do azar.
Entre as várias pessoas famosas que nasceram a Sexta-feira 13, temos, por exemplo, o dramaturgo Samuel Beckett (autor, entre outras obras, de "Á espera de Godot"); o actor Steve Buscemi, o presidente de Cuba e democrata (para o PCP) Fidel Castro; Thomas Jefferson, um dos fundadores da democracia norte-americana e presidente dos EUA; Luisão, defesa central do Benfica.
Aqui ficam as informações. As piadas estão por vossa conta na secção de comments...
quinta-feira, outubro 12, 2006
Um homem deslocado
Morreu o senhor Pimentel. Quase nenhum de vocês o conhece, ele era o meu vizinho do lado. Como é que ele morreu? Não sei. A mulher encontrou-o morto no sofá. Sossegado, quieto. Em paz.
Eu conhecia o senhor Pimentel desde que sou criança. Ele nunca me tratou pelo nome, chamava-me sempre "estudante". Não estava errado, mas nunca é agradável tratarem-nos pela nossa ocupação. Acreditava que eu ia fazer grandes coisas na vida. E eu nems equer usei traje académico... Para sermos justos, eu nunca soube o primeiro nome dele. Ele era sempre o senhor Pimentel. Hoje descobri que se chamava José; e mesmo a minha mãe pensava que era António. Estávamos tão acostumados a chamar-lhe senhor que nem pensávamos que ele devia ter, obviamente, um nome pelo qual os amigos mais próximos o tratavam. E nem era um nome complicado. Era José. Acho que lhe chamávamos senhor porque ele era, de longe, a pessoa mais cortês que eu já conhecia: cumprimentava toda a gente quando a via, era sempre o último a entrar no autocarro para deixar passar as pessoas à frente e era extremamente calado, muito metido na sua vida. Detestava a mulher, um, perdoem-me, pote de banha intratável (mais por ela ser intratável que pote de banha), mas adorava a filha. Estava com ela sempre que podia; e ele já tinha 70 e tal anos (nem a idade dele sei). Parecia uma figura deslocada, não pertencia aos dias de hoje, e aos homens actuais. Em muitas coisas, era um homem deslocado, como se tivesse vindo de um século XIX para o século XXI e não se tivesse acostumado a ser moderno.
O senhor Pimentel não andava feliz. Já não me lembro quando foi a última vez que o vi sorrir. Não que isso torne a sua morte mais piedosa. Não há nada de piedoso ou digno na morte. O corpo falha e acabou; mas certamente dá um certo ar de inacabamento à vida. Ali estava um homem, que nem era da minha terra, e veio até Ceira para acabar por morrer num sofá. Morrer num sofá é melhor que morrer atropelado por um comboio, e num desastre de automóvel; e no entanto, tenho a ideia de que a primeira coisa que ele fez quando encontrou a Morte terá sido dizer bom dia. O senhor Pimentel era tão educado que acredito piamente que ele fosse capaz de uma dessas.
Eu conhecia o senhor Pimentel desde que sou criança. Ele nunca me tratou pelo nome, chamava-me sempre "estudante". Não estava errado, mas nunca é agradável tratarem-nos pela nossa ocupação. Acreditava que eu ia fazer grandes coisas na vida. E eu nems equer usei traje académico... Para sermos justos, eu nunca soube o primeiro nome dele. Ele era sempre o senhor Pimentel. Hoje descobri que se chamava José; e mesmo a minha mãe pensava que era António. Estávamos tão acostumados a chamar-lhe senhor que nem pensávamos que ele devia ter, obviamente, um nome pelo qual os amigos mais próximos o tratavam. E nem era um nome complicado. Era José. Acho que lhe chamávamos senhor porque ele era, de longe, a pessoa mais cortês que eu já conhecia: cumprimentava toda a gente quando a via, era sempre o último a entrar no autocarro para deixar passar as pessoas à frente e era extremamente calado, muito metido na sua vida. Detestava a mulher, um, perdoem-me, pote de banha intratável (mais por ela ser intratável que pote de banha), mas adorava a filha. Estava com ela sempre que podia; e ele já tinha 70 e tal anos (nem a idade dele sei). Parecia uma figura deslocada, não pertencia aos dias de hoje, e aos homens actuais. Em muitas coisas, era um homem deslocado, como se tivesse vindo de um século XIX para o século XXI e não se tivesse acostumado a ser moderno.
O senhor Pimentel não andava feliz. Já não me lembro quando foi a última vez que o vi sorrir. Não que isso torne a sua morte mais piedosa. Não há nada de piedoso ou digno na morte. O corpo falha e acabou; mas certamente dá um certo ar de inacabamento à vida. Ali estava um homem, que nem era da minha terra, e veio até Ceira para acabar por morrer num sofá. Morrer num sofá é melhor que morrer atropelado por um comboio, e num desastre de automóvel; e no entanto, tenho a ideia de que a primeira coisa que ele fez quando encontrou a Morte terá sido dizer bom dia. O senhor Pimentel era tão educado que acredito piamente que ele fosse capaz de uma dessas.
quarta-feira, outubro 11, 2006
5 miúdas famosas chamadas...
MARIA
D. Maria I - Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana. Eis o nome completo de Dona Maria I, e só isto já daria para encher este artigo. Sucedeu a seu pai, D. José I, e foi a primeira rainha de facto de Portugal, no tempo em que as mulheres tomavam apenas conta de um território delimitado entre quatro paredes chamado cozinha. Casou-se com o tio (senhoer Freud, é chamado à sala 1), e quando se viu no poder a sua priemira medida foi demitir o Marquês de Pombal, o que na altura foi considerado um terramoto político...
O seu reinado ficou marcado pelas invasões francesas, não só as de Junot, Massena e Soult, mas a de um desconhecido Zizou, conhecido por entrar de cabeça em todos os combates. Guerra, fome e pragas várias foram portanto carcaterísticas inerentes ao reinado de D. Maria I, ressalvando-se também a perda de Olivença para os espanhóis. Para culminar tudo em beleza, D. Maria acabou por ser substituída no poder por D. João, sue filho e posteriormente D. João VI, por sofrer de delírios religiosos e depressão profunda, estando provavelmente as duas coisas associadas... Fugiu para o Brasil, com o filho, inaugurando uma longa linhagem de cobardes, onde se inseririam, mais tarde, Fátima Felgueiras, o padre Frederico e Liedson. Nada mau para a nossa primeira rainha!
Virgem Maria - Ela é "A" Maria. As suas proezas são lendárias e ter dado à luz um Messias, o que em si é um feito à parte, será apenas uma delas. Dona de casa exemplar, bem conhecida nos tempso antigos como a melhor varredora de alcatifas da zona do lago Tiberíades, arranjou ainda tempo, aconselhar profissionalmente o seu filho, o que se viria a revelar decisivo na sua carreira, visto que o pai da criança apenas comunicava telepaticamente, algo que, sabem os cinetistas hoje, era difícil naqueles tempos devido a electricidade estática.
Mais tarde, revelar-se-ia percursora do fenómeno da heteronímia, antecipando pessoa (Nossa Senhora da Assunção, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora de Fátima e NOssa Senhora de Lourdes são alguns dos seus heterónimos mais conhecidos), atestando a sua verstailidade. Exemplo de virtude, terá sido o exemplo para todas as Marias deste post no que à denominação diz respeito. Uma mãe exemplar, aceitava os amigos do filho sem reservas, e recebeu com eles o Espírito Santo. Não há muitas ma~es de quem se possa dizer isto. AIgreja deve-lhe uma boa fatia da doutrina, os crentes devem-lhe devoção eterna e Fátima uns bons milhões de euros.
Marie Curie - Se andássemos aqui à procura da piada fácil, diríamos que ela era uma mulher explosiva. Mas isso não quem nós somos. Se por um lado ela poderia provar que França tem, ainfal, algo de bom, por outro lado nasceu polaca, e os Franceses voltam a ser o mesmo degredo de sempre como povo. Foi a única cientista em toda a história a ganhar os Prémios Nobel da Física e da Química, e, para além disso, tornou-se na primeira mulher a ensinar na Uninversidade da Sorbonne em Paris, uam espécie de Casa do Castelo para intelectuais fajutos. Foi casada com Pierre Curie e sinceramente, o homem era um ganda maricôncio: como é que ele deixou a mulher ir tão longe? Onde estão esses hábitos machistas do século XIX onde as mulheres eram ostracizadas com galhardia? Bah!
Tornou-se pioneira no campo da radioactividade, que dava os primeiros passos na altura,e ganhou assim um lugar no coração de Truman, Estaline e Kim-Jong Ill, para além de uma antipatia eterna por parte dos habitantes de duas certas cidades japonesas e uma ucraniana. Sofreu na pela a xenofobia de ser polaca, na França da década de 20, antes de os alemães terem também ganho igual hábito na década seguinte. Coitados dos polacos, ninguém os curte... Para que ninguém pense que a radioactividade é uma cois amá, Curie criu também uma máquina de raio X portátil, a que deu modestamente o nome de "Pequenos Curie", e mostrou uma imensa alma magnânima, ao não registrar a patente daquele que foi porventura a sua descoberta mais popular, o elemento rádio, deixando assim a sua utilização em aberto para toda a comunidade científica. MOstrou-se também revoltada pelo descuido de colegas sues cientistas, que usavam elementos radioactivos na criação de produtos de maquilhagem, colocando assim em perigo a sua vida. Num toque irónico, Curie morreu de anemia aplástica, em resultado da exposição excessiva ao rádio e ao polónio. É por isso que o único elemento químico indicado para as mulheres devia ser o gás butano.
Maria Stewart - E não era prima da Wanda. Não há grande coisa a dizer desta figura histórica: queria o trono inglês, Isabel I não lho queria dar, Maria ficou sem cabeça. Em traços gerais, esta foi a vida de Maria Stuart, alcunhada simpaticamente de Bloody Mary por ter querido uma Escócia unicamente católica. Há aqui uma piada religiosa, mas é mesmo necessário dizê-la?
Resumindo, casou contra vontade, foi violada, envolvida numa conspiração contra vontade, abortou, viu o homem que amava ser assassinado e ainda por cima acabou decapitada. Se acham que a vossa vida é uma desgraça... bem, esqueçam lá isso.
Maria Callas - Alguém de quem não poderíamos dizer: "Tens uma bela voz para escrever à máquina." Enquanto ainda não tínhamos ganho um ódio de morte aos gregos, devido à batalha da Luz em 2004, Callas era A grega. OK, há aquela gaja do CSI NY, que também grega, ma snão canta tão bem.
O maior acontecimento foi ter conhecido Aristóteles Onassis, armador grego e playboy internacional, uma espécie de Santana Lopes, mas em homem. Até se ter casado com Onassis, o maior debate em redor de Callas era se a sua voz era de soprano ou mezzo-soprano. Sem piada. Claro que como não consta que ela pertencesse à Mafia, tinha de se Mezzo-soprano. Foi trocada por Jaqueline Kennedy, uma mulher que não se limitava a cantar tragédias. Talvez fosse essa a razão do seu encanto. Callas acabou por morrer devido a ataque cardíaco, em Paris, aos 53 anos. Fim algo prosaico, para quem vivera tantas personagens inesquecíveis da imaginário colectivo mundial. Foi cremada e as suas cinzas depositadas no cemitério de Pére Lachaise, onde semanalmente, se reúne com Jim Morrison e Oscar Wilde para fumar um charro.
D. Maria I - Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana. Eis o nome completo de Dona Maria I, e só isto já daria para encher este artigo. Sucedeu a seu pai, D. José I, e foi a primeira rainha de facto de Portugal, no tempo em que as mulheres tomavam apenas conta de um território delimitado entre quatro paredes chamado cozinha. Casou-se com o tio (senhoer Freud, é chamado à sala 1), e quando se viu no poder a sua priemira medida foi demitir o Marquês de Pombal, o que na altura foi considerado um terramoto político...
O seu reinado ficou marcado pelas invasões francesas, não só as de Junot, Massena e Soult, mas a de um desconhecido Zizou, conhecido por entrar de cabeça em todos os combates. Guerra, fome e pragas várias foram portanto carcaterísticas inerentes ao reinado de D. Maria I, ressalvando-se também a perda de Olivença para os espanhóis. Para culminar tudo em beleza, D. Maria acabou por ser substituída no poder por D. João, sue filho e posteriormente D. João VI, por sofrer de delírios religiosos e depressão profunda, estando provavelmente as duas coisas associadas... Fugiu para o Brasil, com o filho, inaugurando uma longa linhagem de cobardes, onde se inseririam, mais tarde, Fátima Felgueiras, o padre Frederico e Liedson. Nada mau para a nossa primeira rainha!
Virgem Maria - Ela é "A" Maria. As suas proezas são lendárias e ter dado à luz um Messias, o que em si é um feito à parte, será apenas uma delas. Dona de casa exemplar, bem conhecida nos tempso antigos como a melhor varredora de alcatifas da zona do lago Tiberíades, arranjou ainda tempo, aconselhar profissionalmente o seu filho, o que se viria a revelar decisivo na sua carreira, visto que o pai da criança apenas comunicava telepaticamente, algo que, sabem os cinetistas hoje, era difícil naqueles tempos devido a electricidade estática.
Mais tarde, revelar-se-ia percursora do fenómeno da heteronímia, antecipando pessoa (Nossa Senhora da Assunção, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora de Fátima e NOssa Senhora de Lourdes são alguns dos seus heterónimos mais conhecidos), atestando a sua verstailidade. Exemplo de virtude, terá sido o exemplo para todas as Marias deste post no que à denominação diz respeito. Uma mãe exemplar, aceitava os amigos do filho sem reservas, e recebeu com eles o Espírito Santo. Não há muitas ma~es de quem se possa dizer isto. AIgreja deve-lhe uma boa fatia da doutrina, os crentes devem-lhe devoção eterna e Fátima uns bons milhões de euros.
Marie Curie - Se andássemos aqui à procura da piada fácil, diríamos que ela era uma mulher explosiva. Mas isso não quem nós somos. Se por um lado ela poderia provar que França tem, ainfal, algo de bom, por outro lado nasceu polaca, e os Franceses voltam a ser o mesmo degredo de sempre como povo. Foi a única cientista em toda a história a ganhar os Prémios Nobel da Física e da Química, e, para além disso, tornou-se na primeira mulher a ensinar na Uninversidade da Sorbonne em Paris, uam espécie de Casa do Castelo para intelectuais fajutos. Foi casada com Pierre Curie e sinceramente, o homem era um ganda maricôncio: como é que ele deixou a mulher ir tão longe? Onde estão esses hábitos machistas do século XIX onde as mulheres eram ostracizadas com galhardia? Bah!
Tornou-se pioneira no campo da radioactividade, que dava os primeiros passos na altura,e ganhou assim um lugar no coração de Truman, Estaline e Kim-Jong Ill, para além de uma antipatia eterna por parte dos habitantes de duas certas cidades japonesas e uma ucraniana. Sofreu na pela a xenofobia de ser polaca, na França da década de 20, antes de os alemães terem também ganho igual hábito na década seguinte. Coitados dos polacos, ninguém os curte... Para que ninguém pense que a radioactividade é uma cois amá, Curie criu também uma máquina de raio X portátil, a que deu modestamente o nome de "Pequenos Curie", e mostrou uma imensa alma magnânima, ao não registrar a patente daquele que foi porventura a sua descoberta mais popular, o elemento rádio, deixando assim a sua utilização em aberto para toda a comunidade científica. MOstrou-se também revoltada pelo descuido de colegas sues cientistas, que usavam elementos radioactivos na criação de produtos de maquilhagem, colocando assim em perigo a sua vida. Num toque irónico, Curie morreu de anemia aplástica, em resultado da exposição excessiva ao rádio e ao polónio. É por isso que o único elemento químico indicado para as mulheres devia ser o gás butano.
Maria Stewart - E não era prima da Wanda. Não há grande coisa a dizer desta figura histórica: queria o trono inglês, Isabel I não lho queria dar, Maria ficou sem cabeça. Em traços gerais, esta foi a vida de Maria Stuart, alcunhada simpaticamente de Bloody Mary por ter querido uma Escócia unicamente católica. Há aqui uma piada religiosa, mas é mesmo necessário dizê-la?
Resumindo, casou contra vontade, foi violada, envolvida numa conspiração contra vontade, abortou, viu o homem que amava ser assassinado e ainda por cima acabou decapitada. Se acham que a vossa vida é uma desgraça... bem, esqueçam lá isso.
Maria Callas - Alguém de quem não poderíamos dizer: "Tens uma bela voz para escrever à máquina." Enquanto ainda não tínhamos ganho um ódio de morte aos gregos, devido à batalha da Luz em 2004, Callas era A grega. OK, há aquela gaja do CSI NY, que também grega, ma snão canta tão bem.
O maior acontecimento foi ter conhecido Aristóteles Onassis, armador grego e playboy internacional, uma espécie de Santana Lopes, mas em homem. Até se ter casado com Onassis, o maior debate em redor de Callas era se a sua voz era de soprano ou mezzo-soprano. Sem piada. Claro que como não consta que ela pertencesse à Mafia, tinha de se Mezzo-soprano. Foi trocada por Jaqueline Kennedy, uma mulher que não se limitava a cantar tragédias. Talvez fosse essa a razão do seu encanto. Callas acabou por morrer devido a ataque cardíaco, em Paris, aos 53 anos. Fim algo prosaico, para quem vivera tantas personagens inesquecíveis da imaginário colectivo mundial. Foi cremada e as suas cinzas depositadas no cemitério de Pére Lachaise, onde semanalmente, se reúne com Jim Morrison e Oscar Wilde para fumar um charro.
segunda-feira, outubro 09, 2006
Lost in the island 1
Inaugura-se aqui novo espaço no blog, de comentário aos episódios de Lost da semana anterior, com discussões de teorias "lostianas", percursos de personagens, Dharma Initiative e quando é que raio Sawyer e Jack assumem o amor um pelo outro. Quem não tiver visto o episódio, fica já avisado: há spoilers. Vá ver o raio da coisa, são só 40 minutos, e depois volte devidamente informado. Agradece-se a colaboração de outros seguidores para a discussão na secção de comments.
"TALES OF 2 CITIES""
Da última vez que verificámos, as coisas iam bem calientes naquela sítio a que vamos chamar, por via da uniformização, ilha: MIchael e Walt foram embora de barco, após terem traído os seus amigos; Jack, Kate e Sawyer encontravam-se na posse de TAFKA Henry Gale e os seus Others; Locke, Eko e Desmond encontrava-se frenteicamente envolvidos num showdown definitivo na Hatch; e aquele telefonema para a namorada do Desmond.
O primeiro episódio da 3ª série abre com uma sequência absolutamente brutal, mostrando o acidente de avião numa perspectiva completamente nova: a dos "The Others", dando-nos a ver finalmente como vive aquela comunidade. Jack, Sawyer e Kate são testados de uma maneira ou de outra, e ficamos a conhecer melhor o que aconteceu a Jack na fase ante-divórcio.
Algumas dúvidas são desde logo esclarecidas neste episódio: os The Others de Herny Gale (ou melhor, Ben, pois ficamos a saber o seu verdadeiro nome) pertenciam, de alguma maneira, às experiências da Dharma na ilha. Depois, um certo tubarão que vimos no segundo episódio da segunda série era mesmo da Dharma; os ursos polares também vieram deste completxo onde se passa o primeiro episódio, a julgar pelas jaulas, e os The Others não saõ saloios nenhuns, tendo vivido numa espécie de pequeno bairro suburbano norte-americano, digno de "Desperate Housewives", instalado no meio da ilha. Já são algumas respostas decentes. Ficam por esclrecer quais as intenções concretas relativamente ao trio de reféns. POrquê, especificamente, Jack, Kate e Sawyer? Será uma coincidência eles serem o triângulo romântico mais qunete da ilha?
E Juliet, a misteriosa personagem birlhantemente interpretada por Elizabeth MItchell? Será o seu ar compassivo relativamente a Jack um disfarce ou é uma genuína preocupação? Na minha humilde opinião, ela não gosta de viver naquele sítio. Na cena de abertura, ela está claramente a chorar. Resta saber porquê. A temperatura entre ela e Jack poderá subir.
Parece que o pé gigante com quatro dedos terá de ficar para outra altura...
Ah, e porque é que as duas próxcimas semanas vão ser assim tão desagradáveis? Para quando um mano a mano entre Zeke (aka Mr. Friendly) e Sawyer, o garanhão dos pântanos do Sul? Outros episódios seguir-se-ão, mas valeu a pena esperar por "Lost". A seca acabou.
O futebol rural
A RTPN será porventura a estação televisiva com os melhores programas de desporto. Para lém de "Trio d'ataque", já aqui referido num post anterior, transmite uma pequena pérola de jornalismo desportivo nos antípodas do programa de debate desportivo atrás referido. Se o primeiro aborda o futebol de primeiro plano, nacional e internacional, o segundo debruça-se sobre as miudezas daquilo que, por cliché, já se oficializou chamar "Portugal Profundo" no que ao futebol diz respeito, acompanhando tudo em que uma bola de futebol é protagonista da 3ª divisão nacional para baixo, o que siginifica campeonatos distritais. Por aqui, passam figuras pitorescas e fora da norma, que estão para esta dimensão mais local do desporto como o barbas, o homem do trompete e o Manuel do Laço estão para as divisões principais. O programa chama-se "Liga dos últimos", é apresentado por Álvaro Costa e fica aqui uma pequena amostra.
Top 10 a dobrar
Ou seja, é um Top ten com dez coisas favoritas!
Prato favorito: Puré de batata com lombo assado
Filme favorito: "Se7en" (pelo menos hoje)
Cor favorita: Preto
Palavra favorita: Neste momento, obsidiana
Super-herói favorito: Homem-Aranha
Livro favorito: "Os Maias", de Eça de Queirós
Grupo favorito: Green Day
Actor favorito: Robert de Niro antes de 95 (pelo menos hoje)
Actriz favorita: Meryl Streep
Instrumento favorito: Piano
E vocês, querem fazer um top 10 pessoal, seja com estes, seja com outros tópicos? A secção de comments é mais abaixo!
Prato favorito: Puré de batata com lombo assado
Filme favorito: "Se7en" (pelo menos hoje)
Cor favorita: Preto
Palavra favorita: Neste momento, obsidiana
Super-herói favorito: Homem-Aranha
Livro favorito: "Os Maias", de Eça de Queirós
Grupo favorito: Green Day
Actor favorito: Robert de Niro antes de 95 (pelo menos hoje)
Actriz favorita: Meryl Streep
Instrumento favorito: Piano
E vocês, querem fazer um top 10 pessoal, seja com estes, seja com outros tópicos? A secção de comments é mais abaixo!
Mais um link interessante
As colecções de cromos de jogadores de futebol fazem parte do imaginaário de muitos jovens e adultos que um dia foram crianças, e preenchem o quotidiano de muitos crescidos que ainda têm uma criança a pular num trampolim cá dentro. O blog http://cromodoscromos.blogspot.com recupera esse hábito de coleccionismo, através das imagens de alguns jogadores que fazem parte da história do nosso futebol. Sequerem saber quem eram Chico Gordo, Toninho Metralha ou Moinhos, dêem lá um salto.
quarta-feira, outubro 04, 2006
E se...
Já imaginaram Tom Hanks no papel de Kevin Spacey em "American Beauty"? Ou George Lucas a realizar "Apocalipse now"? Ou memso Ben Affleck no papel de Heath Ledger em "Brokebakc Mountain? E ainda Meg Ryan no de Sharon Stone, em "Instinto fatal"? Penso que não. Se quiserem saber que outros "Penso que não" estiveram quase a acontecer em filmes, consultem o site www.notstarring.com, para saberem que elencos alternativos os vossos filmes preferidos poderiam ter tido.
terça-feira, outubro 03, 2006
What You Really Think Of Your Friends |
Raquel is your soulmate. |
You truly love Longuinho. |
You consider Lisa your true friend. |
You know that J.P is always thinking of you. |
You'll remember Kati for the rest of your life. |
You secretly think Rita is creative, charming, and a bit too dramatic at times. |
You secretly think that Mariana is colorful, impulsive, and a total risk taker. |
You secretly think that França is loyal and trustworthy to you. And that França changes lovers faster than underwear. |
You secretly think Bruno F. is shy and nonconfrontational. And that Bruno F. has a hidden internet romance. |
Raquel, vamos apanhar o avião para Las Vegas! França, força com isso, garanhão! J.P, arranja espaço na cabeça para outras coisas, por favor! :)
Não somos nada!
Na semana passada, estive internado; no entretanto, pelo Médio Oriente, um grupo islâmico auto-denominado "Leóes do Monoteísmo" rebentou com quatro igrejas católicas, assim como se não houvesse amanhã. Tentando justificar as suas acções, um porta-voz do grupo afirmou que estas eram uma reacção às insultuosas alegações do Papa, tentanod ligar os Islão à violência. Há aqui uma piada qualquer, mas acho que para efeitos de humor, é escusada.
É amanhã...
...e para quem se esqueceu quem são realmente Locke, Jack, Sawyer, Kate e afins, nada como consultar este link. See you in another life, brother!
http://www.ew.com/ew/report/0,6115,1538430_3_0_,00.html
P.S: E para as meninas, a imagem de Rodrigo Santoro e o seu ar "Fosgasse, estou na maior série do mundo, liberar geral!" na premiere do primeiro episódio, anteontem, no Hawai.
domingo, outubro 01, 2006
Ausência
Para quem lê este blog e não contacta regularmente comigo, justifico a minha ausência: fui operado e encontro-me em merecido período de recuperação pós-operatório. No entanto, apesar de ser em modo lentinho, o blog recomeçará o seu funcionamento a partir de agora. Vamos a isso.
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