segunda-feira, outubro 16, 2006

Lost in the island 2


"THE GLASS BALLERINA"

Ao segundo episódio, o espectador mais atento terá reparado que esta terceira season está a seguir, estruturalmente, o caminho da primeira: um primeio episódio com uma revelação bombástica e mais um conjunto de pequenas descobertas, e um segundo mais baseado no desenvolvimento de um pormenor do passado de determinada personagem, neste caso Sun, se bem que se possa argumentar de que, em termos técnicos, os últimos 5 minutois tenham sido, bem... já lá vamos.
Por partes: quanto à parcela do episódio que envolveu Jin, Sun e Sayid, o mais interessante foi descobrir que a nossa coreana não é aquela mulher sofredora e estóica que imaginávamos: meter os cornos ao marido não cairá propriamente bem nessa imagem que fazíamos dela. A primeira cena, com ela ainda em criança, mostra-a incapaz de assumir culpas, o que pode justificar o facto de querer participar, embora esteja grávida, num louco plano de captura dos Others, elaborado pelo cada vez mais sedento de vinagnça Sayid. Por falar no iraquiano, nota-se que lhe falta algum treino de exército; ou isso, os The Others voam, pois como raio passaram por Sayid e Jin sem serem vistos? Impressionante. Sun acabou por completar a reviravolta de imagem ao matar uma Other, aparentemente enrolada com o capataz da obra onde Sawyer e Kate "colaboram", o que poderá não ter sido a mlehor manobra em prol da sobrevivência do grupo. Várias dúvidas se levantam nesta história: um, quererá a confirmação do romance com o seu explicador de inglês dizer que o bébé de Sun não é afinal de Jin, deitanto por terra um dos argumentos a favor do poder curativo da ilha? Dois, terá Sayid virado um toninhas? Terceiro, porque pediu Ben para que os Others trouxessem especificamente o barco, sem referi qualquer coisa de captura ou morte dos Losties? Quarto, será que o explicador de inglês se suicidou realmente?
No capítulo Sawyer/Kate, os vários fãs do casal terão ficado satisfeitos com a bela da beijoca, sendo no entanto de perguntar se tudo não fazia parte do plano que o Conman está a urdir para querer iludir os seus captores. É impressão minha ou a parte da tortura ao inimigo está a ser toda canalizada para o nosso amigo James? Serão os Others cavalheiros ou estará Kate destinada a um fim que desconhecemos? Kate, falando nela, anda estranha: uma mulher que esteve presa e fugiu a vida toda resigna-se a ficar numa jaula e limita-se a esperar que o bem mais expedito Sawyer tenha uma das suas ideias? Por muito que aquele vestido lhe fique bem )e que bem ela cava terra), esparava bem mais espírito de iniciativa por parte de Kate, em vez de, quando Sawyer arma a confusão, se limitar a deixar ser agarrada por Juliet, sendo-lhe apontada uma pistola. Teremos visto realmente tudo o que aconteceu naquele célebre pequeno-almoço? Ou acham que esta quebra de Kate já vem de há algum tempo? Alex, a filha de Rousseau, voltou a dar um ar de sua graça, sem grandes consequências que não a de saber que ela e Carl estão de alguma maneira ligados.
A última parte do episódio reservou-nos o momentos "Badam!". Ben, o nosso indígena de olhar esgazeado preferido, revelou chamar-se Benjamin Linus, o que poderá justificar a sua demência, e ter vivido na ilha a vida toda, o que pode fazer dele uma das cobaias Dharma originais. Para além disso, ofereceu a Jack uma proposta tentadora. em troca da sua cooperação, Ben fá-lo-ia sair da ilha, de regresso a casa (e aqui é casa, casa). Perante a risota de Jack, Ben revelou-lhe que Bush fora reeleito, Christopher Reeves tinha morrido e os Red Sox haviam ganho o campeonato de basebol, mostrando-lhe imagens dessa vitória. Não sei se Linus sabia do poder que tal revelação teria no insconsciente de Jack, mas o médico pareceu ficar abatido definitivamente. Terá o expedito Jack baixado os braços, dando assim espaço a menos resistência perante os Others? Significarão as imagens que o Others têm realmente contacto com o exterior? E porque parece haver uma tensão negativa entre Juliet e Ben, de cada vez que s encontram?

Para a semana, Locke, Eko e Desmond regressam. A discussão continua na secção de comments.

3 comentários:

Anónimo disse...

Em relação à Sun, eu acho que o maior pormenor do episódio é mesmo a traição, porque ela nunca foi propriamente aquela que se limitava a fazer o que o marido queria. Ex: aulas de inglês ás escondidas e próprias cenas na ilha. O que é verdade é que raramente o enfrentava cara a cara, fora algumas discussões sobre o trabalho sangrento do marido. Para além disso, neste episódio Jin demonstra que não mudou assim tanto em relação à sua atitude machista enquanto estava na ilha. (Sun: «nunca mais volto a discordar contigo em públic»; Jin: «nunca mais voltas a disordar e ponto final»). Outra coisa: gostei que ela tivesse assassinado a outra, eu penso que os Outros são também peritos em bluff e acho que não compremeteu nada já que eles agora estão a salvo. Pormenor para o erro de Sayid, talvez o primeiro grande erro estratégico de um gajo que acertava em tudo (ex: identidade de Ben e caso Michael).

A cena final foi 5 *****! O pormenor dos Red Soxs foi a matar. Uma coisa é certa, os Outros têm contacto com o exterior, só não se sabe se o exterior também tem contacto com eles. Quer dizer pelo menos um pequeno grupo de pessoas tem de ter, acho complicado não terem. Já o Jack acho que é óbvio que não vai colaborar e regressar a casa.

Anónimo disse...

O meu comment chega com o "Lost in the island 3", mas fiquei a pensar no dilema: Juliet - afagar o mastim do Jack e fugir por que está farta daquilo ou momento Henry Gale revisitado aquando da sua captura...

Vítor H.

Anónimo disse...

Exacto, foi muito bom a Sun ter morto a namorada do capataz, vamos lá ver que impacto isto vai ter no resto do grupo dos the others!

Concordo que eles devem estar na ilha porque vivendo ali toda a vida estao satisfeitos e nao querem "confusao", ou entao tem receio do que possam encontrar..

E claro, a cena final brutal mais uma vez! Aliás, estes tres primeiros episodeos acabaram todos de forma.."BANG!"