quarta-feira, outubro 11, 2006

5 miúdas famosas chamadas...

MARIA


D. Maria I - Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana. Eis o nome completo de Dona Maria I, e só isto já daria para encher este artigo. Sucedeu a seu pai, D. José I, e foi a primeira rainha de facto de Portugal, no tempo em que as mulheres tomavam apenas conta de um território delimitado entre quatro paredes chamado cozinha. Casou-se com o tio (senhoer Freud, é chamado à sala 1), e quando se viu no poder a sua priemira medida foi demitir o Marquês de Pombal, o que na altura foi considerado um terramoto político...
O seu reinado ficou marcado pelas invasões francesas, não só as de Junot, Massena e Soult, mas a de um desconhecido Zizou, conhecido por entrar de cabeça em todos os combates. Guerra, fome e pragas várias foram portanto carcaterísticas inerentes ao reinado de D. Maria I, ressalvando-se também a perda de Olivença para os espanhóis. Para culminar tudo em beleza, D. Maria acabou por ser substituída no poder por D. João, sue filho e posteriormente D. João VI, por sofrer de delírios religiosos e depressão profunda, estando provavelmente as duas coisas associadas... Fugiu para o Brasil, com o filho, inaugurando uma longa linhagem de cobardes, onde se inseririam, mais tarde, Fátima Felgueiras, o padre Frederico e Liedson. Nada mau para a nossa primeira rainha!



Virgem Maria - Ela é "A" Maria. As suas proezas são lendárias e ter dado à luz um Messias, o que em si é um feito à parte, será apenas uma delas. Dona de casa exemplar, bem conhecida nos tempso antigos como a melhor varredora de alcatifas da zona do lago Tiberíades, arranjou ainda tempo, aconselhar profissionalmente o seu filho, o que se viria a revelar decisivo na sua carreira, visto que o pai da criança apenas comunicava telepaticamente, algo que, sabem os cinetistas hoje, era difícil naqueles tempos devido a electricidade estática.
Mais tarde, revelar-se-ia percursora do fenómeno da heteronímia, antecipando pessoa (Nossa Senhora da Assunção, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora de Fátima e NOssa Senhora de Lourdes são alguns dos seus heterónimos mais conhecidos), atestando a sua verstailidade. Exemplo de virtude, terá sido o exemplo para todas as Marias deste post no que à denominação diz respeito. Uma mãe exemplar, aceitava os amigos do filho sem reservas, e recebeu com eles o Espírito Santo. Não há muitas ma~es de quem se possa dizer isto. AIgreja deve-lhe uma boa fatia da doutrina, os crentes devem-lhe devoção eterna e Fátima uns bons milhões de euros.



Marie Curie - Se andássemos aqui à procura da piada fácil, diríamos que ela era uma mulher explosiva. Mas isso não quem nós somos. Se por um lado ela poderia provar que França tem, ainfal, algo de bom, por outro lado nasceu polaca, e os Franceses voltam a ser o mesmo degredo de sempre como povo. Foi a única cientista em toda a história a ganhar os Prémios Nobel da Física e da Química, e, para além disso, tornou-se na primeira mulher a ensinar na Uninversidade da Sorbonne em Paris, uam espécie de Casa do Castelo para intelectuais fajutos. Foi casada com Pierre Curie e sinceramente, o homem era um ganda maricôncio: como é que ele deixou a mulher ir tão longe? Onde estão esses hábitos machistas do século XIX onde as mulheres eram ostracizadas com galhardia? Bah!
Tornou-se pioneira no campo da radioactividade, que dava os primeiros passos na altura,e ganhou assim um lugar no coração de Truman, Estaline e Kim-Jong Ill, para além de uma antipatia eterna por parte dos habitantes de duas certas cidades japonesas e uma ucraniana. Sofreu na pela a xenofobia de ser polaca, na França da década de 20, antes de os alemães terem também ganho igual hábito na década seguinte. Coitados dos polacos, ninguém os curte... Para que ninguém pense que a radioactividade é uma cois amá, Curie criu também uma máquina de raio X portátil, a que deu modestamente o nome de "Pequenos Curie", e mostrou uma imensa alma magnânima, ao não registrar a patente daquele que foi porventura a sua descoberta mais popular, o elemento rádio, deixando assim a sua utilização em aberto para toda a comunidade científica. MOstrou-se também revoltada pelo descuido de colegas sues cientistas, que usavam elementos radioactivos na criação de produtos de maquilhagem, colocando assim em perigo a sua vida. Num toque irónico, Curie morreu de anemia aplástica, em resultado da exposição excessiva ao rádio e ao polónio. É por isso que o único elemento químico indicado para as mulheres devia ser o gás butano.



Maria Stewart - E não era prima da Wanda. Não há grande coisa a dizer desta figura histórica: queria o trono inglês, Isabel I não lho queria dar, Maria ficou sem cabeça. Em traços gerais, esta foi a vida de Maria Stuart, alcunhada simpaticamente de Bloody Mary por ter querido uma Escócia unicamente católica. Há aqui uma piada religiosa, mas é mesmo necessário dizê-la?
Resumindo, casou contra vontade, foi violada, envolvida numa conspiração contra vontade, abortou, viu o homem que amava ser assassinado e ainda por cima acabou decapitada. Se acham que a vossa vida é uma desgraça... bem, esqueçam lá isso.



Maria Callas - Alguém de quem não poderíamos dizer: "Tens uma bela voz para escrever à máquina." Enquanto ainda não tínhamos ganho um ódio de morte aos gregos, devido à batalha da Luz em 2004, Callas era A grega. OK, há aquela gaja do CSI NY, que também grega, ma snão canta tão bem.
O maior acontecimento foi ter conhecido Aristóteles Onassis, armador grego e playboy internacional, uma espécie de Santana Lopes, mas em homem. Até se ter casado com Onassis, o maior debate em redor de Callas era se a sua voz era de soprano ou mezzo-soprano. Sem piada. Claro que como não consta que ela pertencesse à Mafia, tinha de se Mezzo-soprano. Foi trocada por Jaqueline Kennedy, uma mulher que não se limitava a cantar tragédias. Talvez fosse essa a razão do seu encanto. Callas acabou por morrer devido a ataque cardíaco, em Paris, aos 53 anos. Fim algo prosaico, para quem vivera tantas personagens inesquecíveis da imaginário colectivo mundial. Foi cremada e as suas cinzas depositadas no cemitério de Pére Lachaise, onde semanalmente, se reúne com Jim Morrison e Oscar Wilde para fumar um charro.

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