quarta-feira, novembro 29, 2006
Justiça?
Um dos maiores mistérios pós-25 de Abril está, finalmente,a encontrar um caminho para a resolução. Falo de Camarate e da morte de Sá Carneiro, Amaro da Costa e restantes tripulantes do Cessna que se despenhou, em 1980, no famoso baiiro lisboeta. José Esteves, antigo segurança contratado pelo CDS, confessou que é ele o autor da bomba (o que acaba, de vez, com a teoria de acidente) que fez cair o avião, e que tudo não passaria de uma manobra para assustar um candidato presidencial, Soares Carneiro. Segundo Esteves, a bomba não estava programada para matar e alguém certamente lhe mexeu. Detesto ser desmancha-prazeres, mas perante as provas... Argumenta também que não são as armas que matam, são os homens. Eu contraponho, para quê fazer as armas então?
O melhor desta história toda, e aquilo que faz com que eu pense que, inevitavelmente, justiça é apenas uma palavra com 7 letras é o facto de que este homem jamais, em tempo algum, em qualquer instância (a não ser, eventualmente, no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, e isso parece improvável) condenado pela co-autoria do crime. Isto porque, apenas e só, o crime já prescreveu , tornando impossível o seu julgamento em Portugal. Acho engraçadamente estúpido que se deixe prescrever um crime político (se bem que, em Portugal, queimar políticos é prática comum) com estes contornos. O inegávle é que, apesar da autoria material, resta saber quem é moralmente responsável. No meio de tanto dossier quente em que qualquer um dos dois principais visados no atentado estavam metidos, a explicação do susto soa fraquinha. Portanto, a ver se, ao menos agora, vão até ao fim.
Deveria haver uma qualquer piada para aligeirar isto, mas quer-se dizer, isto é frustrante, para não dizer pouco: até os reaccionários e semper-odiados americanos poderão ter o prazer de, um qualquer dia, ver alguém ser levado a tribunal pela morte de Kennedy. Em Portugal, os mitos caem sempre desamparados. Somos um país mitómano por natureza; no entanto, paradoxalmente, enxovalhamos o próprios mitos que vamos construindo. A sério, somos um país esquisito à bruta.
terça-feira, novembro 28, 2006
O terror
Hoje em dia, o terro pode chegar-nos de diversas maneiras. Para muitos, a violência causa medo; para outros, as doenças, desilusões amorosas, o fim do mundo e por aí fora. Para mim, conduzir um carro é o último numa lista de temores que me fazem tremer as mãos.
Tive hoje essa experiência pela primeira vez e para alguém com tanta confianaça nele próprio como Kafka, é algo de aterrorizador. Sou por natureza uma pessoa com alguma dificuldade em coordenar movimentos e em concentrar-se e ver os 5 minutos em que hoje conduzi, durante, para aí, 500 metros, foi observar um par de mãos assassinas a estrangular um volante e duas mãos a trocar-se completamente no momento em que se pedia paracarregar nos pedais.
Neste momento, a embraiagem é o meu Lobisomem; o Volante o meu drácula; e a manete das mudanças o meu Donald Rumsfeld. O ponto positivo é que ainda não matei ninguém. E atentem bem no ainda: faltam-me pelo menos mais 19 aulas. Quem é religioso e mora em Coimbra, comece a rezar.
sábado, novembro 25, 2006
Work in progress
Está em construção permanente, e ainda vai ser sujeito a revisão e cortes, mas este é o texto, em voz-off, que abrirá o primeiro episódio da série que estou a criar e que tentarei, até às últimas consequências, transformar em realidade. Um exclusivo deste blog..
“Lendas, em Portugal, sempre as houve; e estas juntas com milagres aparecem à farta nos vários compêndios de mitos e narrativas que por aí podemos encontrar. Desde moiras encantadas, cavernas misteriosas, locais históricos com muito mais do que se pode pensar, até a própria Virgem Maria sobre uma azinheira e mesmo um rei que, talvez imortal, há-de regressar um dia sobre um cavalo numa manhã de nevoeiro. O nosso país foi abençoado pelo dom da imaginação e felizmente não falta colorido à nossa cultura e à nossa História. Daí que, quando se ouviu falar de um sobreiro mágico no Alentejo, toda a gente encarou tal notícia com um sorriso, havendo mesmo quem elogiasse a inventiva mente por detrás de tal enredo.
Em S. Marcos da Serra, localidade alentejana onde toda esta história tem lugar, não se falou de outra coisa durante meses: acidentalmente, a dona de uma pequena propriedade junto à auto-estrada descobrira no seu território um entroncado e torto sobreiro que parecia normal. Mas quando investigado mais de perto, notou-se que possuía um estranho perfume entranhado na sua casca, levemente remanescente do das rosas. Isto começou a atrair curiosos: toda a gente queria ver o prodígio e cheirá-lo ao vivo. Antes de local de curiosidade, era o singelo ponto de encontro de um grupo de populares que ali se reuniam para rezar o terço e por isso não tardou até chegar o primeiro relato místico. Com efeito, um homem, numa dessas sessões de reza, escreveu, em êxtase, algumas linhas que eram atribuídas a Nossa Senhora, em que ela se confessava culpada daquele milagre e pedia que transformassem aquele local num espaço digno e santo. Surgiu ali o grupo de culto do sobreiro de São Marcos da Serra.
Curiosamente, o pároco local não se quis aproveitar da situação: negou a santidade de tudo aquilo, acusou o grupo de brincar com as expectativas das pessoas e aconselhou a população a ignorar o sobreiro. Os factos vieram a comprovar que o velho pároco era muito ingénuo: primeiro, as pessoas da terra converteram-se; depois, chegava gente de toda a parte para rezar naquele sobreiro, beijá-lo, tocá-lo, deixar figuras de santos e da Santíssima Trindade; seguiram-se as sessões de terço semanais, nas tardes de domingo. Quem a visse agora, deparava-se com uma árvore repleta de papéis, rodeada por uma cerca, onde antes estava um anónimo sobreiro, muito descansado. Mandou-se analisar a cortiça e os cientistas explicavam tal odor como a intervenção de um fungo. Quando questionados acerca da possibilidade de tudo aquilo ser um embuste, em que o perfume da árvore era artificial e colocado por alguém, os homens de ciência, do alto do seu pináculo, limitaram-se a retorquir que isso implicaria que teria de haver uma pessoa que despejasse baldes inteiros de fragrância todas as noites, pois em condições naturais, o perfume ter-se-ia evaporado e desaparecido no dia seguinte. A prova que faltava para desmascarar esta teoria veio com a intervenção inesperada de um camionista. Certo dia, estacionado o seu camião à beira da auto-estrada, como bom português, saiu de rompante do veículo, armado com um balde de água e uma toalha. Passou por toda a gente e começou a esfregar o sobreiro com força, bradando:
- Vocês vão ver! Vou tirar esta porcaria toda! Vão ver como é uma patranha!
Mas o certo é que quanto mais ele esfregava, maior era o cheiro no ar e mais poderoso se tornava. Uma vitória para os sempre crentes e uma derrota para os cépticos simples. Porém, a ciência não desarmava e mantinha a explicação do fungo. A eterna luta entre ciência e religião, que é afinal a grande luta dentro das nossas cabeças e da nossa natureza humana, tinha aqui mais um campo de batalha.
Mas a pergunta mantinha-se, apesar de toda a fé: de onde vem essa força?
“Lendas, em Portugal, sempre as houve; e estas juntas com milagres aparecem à farta nos vários compêndios de mitos e narrativas que por aí podemos encontrar. Desde moiras encantadas, cavernas misteriosas, locais históricos com muito mais do que se pode pensar, até a própria Virgem Maria sobre uma azinheira e mesmo um rei que, talvez imortal, há-de regressar um dia sobre um cavalo numa manhã de nevoeiro. O nosso país foi abençoado pelo dom da imaginação e felizmente não falta colorido à nossa cultura e à nossa História. Daí que, quando se ouviu falar de um sobreiro mágico no Alentejo, toda a gente encarou tal notícia com um sorriso, havendo mesmo quem elogiasse a inventiva mente por detrás de tal enredo.
Em S. Marcos da Serra, localidade alentejana onde toda esta história tem lugar, não se falou de outra coisa durante meses: acidentalmente, a dona de uma pequena propriedade junto à auto-estrada descobrira no seu território um entroncado e torto sobreiro que parecia normal. Mas quando investigado mais de perto, notou-se que possuía um estranho perfume entranhado na sua casca, levemente remanescente do das rosas. Isto começou a atrair curiosos: toda a gente queria ver o prodígio e cheirá-lo ao vivo. Antes de local de curiosidade, era o singelo ponto de encontro de um grupo de populares que ali se reuniam para rezar o terço e por isso não tardou até chegar o primeiro relato místico. Com efeito, um homem, numa dessas sessões de reza, escreveu, em êxtase, algumas linhas que eram atribuídas a Nossa Senhora, em que ela se confessava culpada daquele milagre e pedia que transformassem aquele local num espaço digno e santo. Surgiu ali o grupo de culto do sobreiro de São Marcos da Serra.
Curiosamente, o pároco local não se quis aproveitar da situação: negou a santidade de tudo aquilo, acusou o grupo de brincar com as expectativas das pessoas e aconselhou a população a ignorar o sobreiro. Os factos vieram a comprovar que o velho pároco era muito ingénuo: primeiro, as pessoas da terra converteram-se; depois, chegava gente de toda a parte para rezar naquele sobreiro, beijá-lo, tocá-lo, deixar figuras de santos e da Santíssima Trindade; seguiram-se as sessões de terço semanais, nas tardes de domingo. Quem a visse agora, deparava-se com uma árvore repleta de papéis, rodeada por uma cerca, onde antes estava um anónimo sobreiro, muito descansado. Mandou-se analisar a cortiça e os cientistas explicavam tal odor como a intervenção de um fungo. Quando questionados acerca da possibilidade de tudo aquilo ser um embuste, em que o perfume da árvore era artificial e colocado por alguém, os homens de ciência, do alto do seu pináculo, limitaram-se a retorquir que isso implicaria que teria de haver uma pessoa que despejasse baldes inteiros de fragrância todas as noites, pois em condições naturais, o perfume ter-se-ia evaporado e desaparecido no dia seguinte. A prova que faltava para desmascarar esta teoria veio com a intervenção inesperada de um camionista. Certo dia, estacionado o seu camião à beira da auto-estrada, como bom português, saiu de rompante do veículo, armado com um balde de água e uma toalha. Passou por toda a gente e começou a esfregar o sobreiro com força, bradando:
- Vocês vão ver! Vou tirar esta porcaria toda! Vão ver como é uma patranha!
Mas o certo é que quanto mais ele esfregava, maior era o cheiro no ar e mais poderoso se tornava. Uma vitória para os sempre crentes e uma derrota para os cépticos simples. Porém, a ciência não desarmava e mantinha a explicação do fungo. A eterna luta entre ciência e religião, que é afinal a grande luta dentro das nossas cabeças e da nossa natureza humana, tinha aqui mais um campo de batalha.
Mas a pergunta mantinha-se, apesar de toda a fé: de onde vem essa força?
Best of times, worts of times...
Gostava que me explicassem como é que o melhor e o pior da vida podem ser exactamente a mesma coisa: darmo-nos a abrirmo-nos aos outros. É que... a sério, acho que sou eu que não pertenço a este mundo e que todos os meus conceitos acerca de amizade e relações humanas estão completamente trocados. Afinal, dois grandes amigos não se distinguem pelo facto de conseguirem falarem muito, mas sim de estarem no mesmo espaço e não abrirem as bocas um para o outro; de afinal teres amigos, que o são mesmo, ainda que sejam incapazes de te dirigir a palavra por vontade própria. Não sei, aparentemente eu é que ando confundido; e o pior é que tenho outros amigos, que falam comigo e que me dizem qualquer coisa a combinar um café ou assim, e chego à conclusão que eles devem estar violentamente errados. Mas o que define afinal a proximidade? Esse é um grande mistério. Nunca a apatia em relação ao outro esteve tão bem cotada como qualidade, francamente...
sexta-feira, novembro 24, 2006
Vida, eu e tu, duelo ao sol posto, podes escolher as armas...
Cada vez mais me ocnvenço de que a vida é uma qualquer entidade abstracta que não gosta da minha cara. Só pode mesmo. De repente, tudo se ocmeça a equilibrar, a nível de humor, na minha vida. As coisas não me parecem tão negras, há pessoas que se preocupam comigo, começo a ter uma ideia daquilo que quero fazer e lentamente, a velha inspiração que antes me enchia parece voltar a percorrer-me. E para a semana, pela primeira vez, até vou poder conduzir um carro.
Mas a vida diz que não, que as coisas não se podem endireitar assim. Tem de me dar mais uma marretada. Pensou: "Ai o malandro! Espera aí que vou dar-lhe onde ele menos espera!", e ataca precisamente naquilo que nunca me itnha dado problemas: a minha condição física. Este ano, já fui aberto duas vezes numa mesa de operações, tenho de estar parado até meados de Dezembro por causa de uma delas e desde há 3 semanas que acordei com um qualquer problema dño joelho que não sei de onde vêm. Não corri, não saltei, não torci, não fracturei: como se saído de uma curva kármica, apanhou-me o joelho direito e aqui ando emperrado. Ao menos antes era só o sexo feminino e as relações humanas: agora, nem um simples salto posso mandar.
Quem quer que puxe os cordelinhos, a sério, vamos lá a deixar-nos de mariquices: a nós dois, um mano a mano. Sê adulta, está bem? Se tens algum problema com a minha barba rala e o quanto ela me faz parecer com o Brad Pitt no "Babel", diz-me na cara. Mas pára de moer os meus joelhos, está bem? Parece que é estúpida!
Mas a vida diz que não, que as coisas não se podem endireitar assim. Tem de me dar mais uma marretada. Pensou: "Ai o malandro! Espera aí que vou dar-lhe onde ele menos espera!", e ataca precisamente naquilo que nunca me itnha dado problemas: a minha condição física. Este ano, já fui aberto duas vezes numa mesa de operações, tenho de estar parado até meados de Dezembro por causa de uma delas e desde há 3 semanas que acordei com um qualquer problema dño joelho que não sei de onde vêm. Não corri, não saltei, não torci, não fracturei: como se saído de uma curva kármica, apanhou-me o joelho direito e aqui ando emperrado. Ao menos antes era só o sexo feminino e as relações humanas: agora, nem um simples salto posso mandar.
Quem quer que puxe os cordelinhos, a sério, vamos lá a deixar-nos de mariquices: a nós dois, um mano a mano. Sê adulta, está bem? Se tens algum problema com a minha barba rala e o quanto ela me faz parecer com o Brad Pitt no "Babel", diz-me na cara. Mas pára de moer os meus joelhos, está bem? Parece que é estúpida!
quinta-feira, novembro 23, 2006
Review rápida: "Casino Royale"
Falando sucintamente de "Casino Royale", temos aqui um filme Bond como eu há muito não admirava. O último da saga que me tinha deixado satisfeito fora "Goldeneye", já lá vão 12 anos. Este, no entanto, para enocntrar alguma comparação em importância e em qualidade, terá de recuar a Goldfinger, ou You only live twice. Dentro da galáxia Bond, este é daqueles que pode lutar pelo título de melhor de sempre.
Ajuda, em primeiro, que Daniel Craig encarne bem o novo Bond: se ao início não estava com muita fezada no Blond Bond (como chegou a ser apelidado), ganhei esperança ao ver Craig em "Layer Cake", um filme inglês de gangsters onde este faz o seu treino para homem sedutor, cínico, implacável, de pistola na mão; e desde o quarto de hora inicial que se percebe porque é que Pierce Brosnan foi afastado: a primeira grande sequência de acção do filme ( e desde já, a melhor sequência de acção deste ano até agora, que dificilmente será batida) é feita, claramente, por Craig e inclui tropelias e saltos que não lembram ao diabo e que teriam encostado Brosnan, que mantém sempre um aspecto impecável na mais descabeladas cenas de tiros e explosões. Bond esgadanha-se todo para apanhar um mercenário africano e leva uma grande tareia: sua, sangra e por pouco não fractura alguma coisa. É um Bond mais realista este, mais próximo de Jason Bourne que de Roger Moore.
Para mais, este Bond é mais virilidade e menos estilo. Perde-se o cavalheirismo e a finesse, ganha-se em cinismo e brutalidade. Craig consegue entregar as one-liners habituais de Bond, mas muito mais próximos do veneno de Connery que das paneleirices de MOore (para mim, o pior Bond da série). Aqui, não há Q, nem Monneypenny e mesmo os Vodka Martinis não têm especificações, mas entra-se na intimidade de M, há carros com fartura e um vilão interessante, em Le Chiffre, que chora lágrimas de sangue...
Ah, e relaxem: as Bond Girls continuam aquele poder (eu quero uma Eva Green só pra mim!).
É pena o filme ser demasiado longo, parece estender-se em falsos finais e reviravoltas escusadas. No entanto, há motivos para festejar este regreso às origens de Bond. Voltei a ganhar um certo respeito de qualidade em relação à saga. O Pierce era realmente bom para o papel, mas antes de chamarem Blond Bond a este, vejam-no em acção e repensem depois que gostavam que salvasse o mundo. Eu já fiz a minha escolha...
sábado, novembro 18, 2006
Oscar season
Eles andam aí: Dezembro trará o início da Oscar Season e quem lê este blog está certamente familiarizado com o meu gosto por entrar neste jogo de previsões. Não que atribvua aos Óscares, como prémio, um mérito indiscutível. Se o fizesse, estaria a passar ao lado de muitos e bons filmes e artistas constantemente ignorados, não é? Gosto do que antecede a atribuição dos prémios, desde a coaregm de lançar candidatos improváveis, até ás discussões em torno das nomeações. E a exemplo do ano passado, é isso que vou repetir. POrtanto, vamos lá a fazer uma informação muito rápida, até porque alguns dos filmes que vou referir prometem ser daqueles que têm mesmo de ser vistos
Apesar de ainda não ter estreado, fala-se incessantemente de "Dreamgirls", musical de Bill Condon, o argumentista de "Chicago",l com um elenco maioritariamente negro onde sobressaem Jamie Foxx, Eddie Murphy, Beyoncé Knowles e Jennifer Hudson. Murphy é apontado como nomeável para actor secundário, e Jennifer Hudson é apontado, por muitos, como a provável vencedora de actriz secundária; "The departed" é outro que reúne consenso e que estará lá: apesar da sua violência, foi aclamado pela crítica, é um sucesso de bilheteira e se é que se pode dizer isto, é o regresso de Scorsese a território seguro; "The Queen", de Stepeh Frears, é outro que tal: seco, mas com emoção suficiente para atrair os soft heart da Academia, conta a história daquilo que se passou no coração da família real britânica no seguimento da morte da princesa Diana; Clint Eatwood, o queridinho da Academia, regressa com "Flags of our fathers", mas aparentemente, o filme tem perdido gás; dois indies têm sido falados com insistência: "Babel", o novo de Iñarritu, com um elenco multiétnico e histórias entrecurzadas acerca de como pequenos eventos levam a grandes fracturas, e "Little miss sunshine", pequena pérola melodramática fundida com filme mosaico familiar. Outros possíveis são "United 93", "World trade center", "The pursuit of happyness", "Volver" e "Good german".
Apesar de ainda não ter estreado, fala-se incessantemente de "Dreamgirls", musical de Bill Condon, o argumentista de "Chicago",l com um elenco maioritariamente negro onde sobressaem Jamie Foxx, Eddie Murphy, Beyoncé Knowles e Jennifer Hudson. Murphy é apontado como nomeável para actor secundário, e Jennifer Hudson é apontado, por muitos, como a provável vencedora de actriz secundária; "The departed" é outro que reúne consenso e que estará lá: apesar da sua violência, foi aclamado pela crítica, é um sucesso de bilheteira e se é que se pode dizer isto, é o regresso de Scorsese a território seguro; "The Queen", de Stepeh Frears, é outro que tal: seco, mas com emoção suficiente para atrair os soft heart da Academia, conta a história daquilo que se passou no coração da família real britânica no seguimento da morte da princesa Diana; Clint Eatwood, o queridinho da Academia, regressa com "Flags of our fathers", mas aparentemente, o filme tem perdido gás; dois indies têm sido falados com insistência: "Babel", o novo de Iñarritu, com um elenco multiétnico e histórias entrecurzadas acerca de como pequenos eventos levam a grandes fracturas, e "Little miss sunshine", pequena pérola melodramática fundida com filme mosaico familiar. Outros possíveis são "United 93", "World trade center", "The pursuit of happyness", "Volver" e "Good german".
sexta-feira, novembro 17, 2006
Estranho fenómeno
Também vos ocorre terem uma lista de numerosos contactos no vosso MSN e só vos apatecer falar, por norma, com um oitavo ou menos desses contactos? Se sim, confessem para não me sentir tão mal...
Tenho 90 amigos neste sistema de comunicação por Internet, mas estranhamente, falo com um número restrito deles. Poderei, ainda assim, chamar-lhes amigos? Às vezes, aceitamos moradas de outros que, de uma maneira ou de outra, apenas nos querem adicionar porque falaram connosco uma vez à noite, ou porque são amigos de um amigo; mas no meu caso, eu conheço todas estas pessoas para lá disso. Algumas, é certo, foram amizades temporárias em acampamentos e assim, mas na maior parte, estão aqui pessoas que vejo todos os dias.
Conhecidos meus têm-me referido semelhante problema, portanto eu não sou o único a sofrer deste mal.
Não deveriam as pessoas que aceitamos nesta lista serem indivíduos com os quais podemos falar à vontade? Não é essa a intenção de existir um MSN? Precisaremos nós de amizades no papel ou passageiras? Eis um assunto a que voltarei, possivelmente, mais tarde.
Tenho 90 amigos neste sistema de comunicação por Internet, mas estranhamente, falo com um número restrito deles. Poderei, ainda assim, chamar-lhes amigos? Às vezes, aceitamos moradas de outros que, de uma maneira ou de outra, apenas nos querem adicionar porque falaram connosco uma vez à noite, ou porque são amigos de um amigo; mas no meu caso, eu conheço todas estas pessoas para lá disso. Algumas, é certo, foram amizades temporárias em acampamentos e assim, mas na maior parte, estão aqui pessoas que vejo todos os dias.
Conhecidos meus têm-me referido semelhante problema, portanto eu não sou o único a sofrer deste mal.
Não deveriam as pessoas que aceitamos nesta lista serem indivíduos com os quais podemos falar à vontade? Não é essa a intenção de existir um MSN? Precisaremos nós de amizades no papel ou passageiras? Eis um assunto a que voltarei, possivelmente, mais tarde.
terça-feira, novembro 14, 2006
Vamos jogar...
... ao "Identifique a celebridade". O vídeo é de "God's gonna cut you down", primeiro single de "A hundred higways", álbum póstumo do Mani in Black himself, Johnny Cash.
segunda-feira, novembro 13, 2006
Lost in the island 6
E agora só daqui a 3 meses. Até lá, desespero, dor e lágrimas. A terceira temporada ainda vai no adro e já nos querem faezr esperar, com um cliffhanger que tem que se lhe diga. Mas como dizia o estripador, vamos por partes.
1 - Ai, Kate, Kate... - Neste 6º episódio, ficámos finalmente a saber com quem é que Kate casou (já sabíamos deste casamento através daquele jogo "I never..." realizado entre ela e Sawyer na 1ª season): um polícia. Para alguém que fige à lei, não deixa de ser arriscado e talvez mostr5e até que ponto Kate estava disposta a levar uma vida normal, embora, como sabemos, isso não tivesse sido possível. Penso que o momento em que ela sente isso é quando nãp consegue engravidar. E agora perguntamo-nos: será ela infértil? Apenas especulação sem bases a apoiá-la, como quase tudo o que aqui é lançado... Mas lá que ocmbinaria com a especialidade em fertilidade de Juliet, era engraçado. O marido de Kate, interpretado pelo sempre grande Nathan Fillion (AKA capt. Malcolm Reynolds em "Firefly" e "Serenity"), parece ser um gajo daqueles que elas dizem não existir, mas nem assim Kate consegue assentar. Though break, girl! Claro que isto vem dar uma dimensão superlativa ao final do episódio, esta dualidade entre ficar ou partir. Mas já lá vamos ao final. Kate, aliás, acaba por colocar o seu destino na série em risco, ao desafiar a lei da ilha que diz que se és mulher e fazes sexo, o mais provável é levares um balázio: Ana Lucia e Shannon provaram esta teoria, Libby cheirou-a e Colleen, que supomos ter feito um bem bom com Danny, "The butcher", também já foi. No entanto, o que se passou entre Kate e Sawyer, de forma apropriada numa jaula, pareceu mais animal do que de sentimento; e mesmo quando Sawyer lhe perguntou se ela o amava, a única resposta foi um beijo mudo e sem palavras, oq ue poderá indicar que, ao contrário daqueles que advogam que o triângulo amoroso J-K-S está morto, muita água correrá debaixo daquela ponte. Jack, esse, anda caidinho pela fugitiva: a cara que ele faz quando lhe metem Kate à frente, na sua prisão de vidro, nem precisa de palavras. Claro que quando Kate lhe pede que faça a operação, podemos teorizar se ele o faz porque nmão se quer sentir pressionado (e usando logo Kate) ou se percebe que ela nutre sentimentos fortes por Sawyer. Como eu disse, nada disto está acabado.
2 - O funeral: Eko foi a enterrar e Locke abriu os olhos e lá viu a escritura bíblica que o manda olhar para norte. Basicamente, foi para isto que voltámos à malta da praia na sua missão de salvamento. Ah, e para ver Sayid a mostrar que o guerreiro iraquiano não está ali para ser pau mandado. Muito me alegres, Muhammad!
3 - Big Ben: Em toda a história da operação, Jack manteve uma postura muito digna. Claro que se desconfiava que 1), ele fazia a operação e que 2), ele tinha alguma escondida, mas nunca desconfiei que o sue plano fosse este, o de tentar ganhar tempo para Kate e possivelmente Sawyer escaparem. NOvamente, o seu complexo de salvador a manifestar-se duplamente. Juliet poderá ter-se sentido traída por Jack, estando convencida que este ia faezr o sue trabalhinho sujo, e isso pode não ser bom; e não falo de consequências para Jack. Mas já lá vamos... Jack acabou, afinal, por ganha controlo no sítio onde ele é rei e senhor. jack abará, eventualmente, por coser o rim de Ben, mas o seu destino está selado: sacrficar-se para salvar os seus companheiros. Espera-o certamente uma jaula, a casa das correntes é demasiado para tal traidor. nO entanto, o pormenor mais bizarro de toda a sequência foi uma conversa entre Danny e o sue capanga, onde este refere que Jack nem sequer estava na lista de Jacob. Ora bem, quem Jacob? E proque é que este tem também um nome tão bíblico? Se foi ele que elaborou uma lista, isso poderá significar que estará acima de Ben na patente. POerá ser o nosso amigo zarolho do episódio anterior? Ou será o zarolho apenas um pertencente a outro grupo de Others, talvez os originais da Dharma?
Ah, e aquela saída de Jack da sua sala, quem lhe terá aberto a porta? Ben, Juliet, Alex? E porque foi ele dar à sala das televisões (onde se pôde sentir corno manso), com um armário cheio de armas?
E porque é que Ben perguntou por Alex antes de ser operado? Será ela a sua filha adoptiva, e só por isso é que é deixada livremente a fazer asneiras? (HOnestamente, tentar libertar Kate e Sawyer com uma fisga e pedras... Mulheres!)
Previsões: Juliet vai dar um tiro em Ben. Jack vai ser posto numa jaula. Kate e Sawyer descobrirão um barco e regressarão à praia.
Desejos escondidos: Alguém terá de dar uma malha a Charlie. Quero que seja o Desmond, porque ambos são escoceses. Locke obcecará com nova escotilha. Sawyer sovará Danny. Desenvolvimento de personagens é necessário. E , bem, até tenho mais, mas vou geri-los bem.
E até daqui a 3 meses, pessoal!
"The departed"
Eu devo ser um dos poucos indefectíveis de Martin Scorsese que assume claramente que gostou dos dois últimos do Master, "Gangs of New York" e "The aviator". Quando se vai ler qualquer coisa acreca destas duas obras, escritas por pessoas que se afirmam fãs de Scorsese, as palavras desilusão, fracasso e vendido surgem claramente. Vamos lá a assentar as ideias: quando um dia um realizador sem ideias e novato conoseguir filmar com o mesmo vigor que Scorsese, que já é sexagenário, o mundo do cinema terá elevado a fasquia para um patamar perto da excelência. Exemplos: a sequência inicial de "Gangs of New York"; o quarto de hora final de "The aviator" e as sequências de um Howard Hughes demencial nesse filme. Scorsese não sofre os mesmos males de um Tim Burton, por exemplo, cujos fãs, mesmo em obras menores, se entretém a cantar louvores, porque Tim Burton é Tim Burton, o único realizador americano suportável, pois é artista. Por isso, mesmo um filme menos conseguido (na minha opinião) de Tim Burton, como "Planet of the apes" e mesmo "Sleepy Hollow", que é espantoso visualmente, mas com uma história que dá tantas reviravoltas que chega ao ponto da inverosimilhança, é elevado aos píbcaros. Deixem-me desiludir estes fãs com um exercício: se ganhar muito dinheiro com filmes é o que torna um realizador comercial, façam as contas dos box-office de todos os filmes de Burton.
Scorsese tem sido eleito como o alvo de gozação dos Óscares nos últimos anos, com as duas obras referidas, e com "The departed", apesar de estar lá batido este ano, fez uma das obras menos oscarizáveis da carreira; e apesar disso, a sua vitória afigura-se como provável. Paradoxo? Já lá vamos. "The departed" é um remake do filme de Hong-Kong, realizado por Andrew Lau e Alan Mak, "Infernal affairs", que conta uma história de infiltrados: um criminoso na polícia e um polícia numa tríade mafiosa chinesa. Os dois passam o filme a tentar apanhar-se um ao outro, até ao duelo final. A versão americana segue de perto a narrativa chinesa, excepto uma pequena mudança no final. Mas na versão ocidental, a acção passa para Boston e em vez de criminosos chineses, temos irlandeses. A Máfia é um tema constantemente associado a Scorsese, mas sempre na perspectiva italiana. Esta foi a primeira vez que o realizador se dedicou a abordar outras esferas criminais étnicas.
O filme acaba por ser um triunfo, há que admitir, e remete para outras obras de Scorsese: o início, no passado, relembra Goodfellas, e o personagem de Jack Nicholson, um vilão maior que a vida, recorda o Bill, the butcher", de "Gangs of New York". Embora seja um remake, nunca me passou pela cabeça, eu que já tinha visto "Infernal affairs", chamar-lhe uma cópia. Scorsese, um dos maiores virtuosos de toda a história do cinema, aplica no filme tudo aquilo com que eu aprendi a gostar das suas obras: um trabalho de fotografia programado para cada personagem (por exemplo, Frank Costello, de Jack Nicholson, embora em cena desde o início do filme, está na sombra até perto dos dez minutos, sem nuca lhe vermos a cara, numa opção estilística deliberada), planos de câmara prolongados, uma câmara quase sempre em movimento e que parece vir de nenhures para captar os personagens, uma montagem frenética e que aqui, e desde há muito tempo não acontecia, leva a montagem sonora a assemelhar-se à de uma fita independente e belíssimos planos fixos compostos. Quer-se dizer, mesmo com um filme de orçamento de 90 milhões, é impossível chamar a "The departed" um filme de encomenda. É Scorsese em estado puro, uma aula de cinema que dura duas horas e meia, sem explicações e que exige atenção.
De uma extrema violência, que aparece sem aviso e tão natural como suar, "The departed" conta com 3 actores de grande qualidade: Di Caprio, que parece ir explodir a qualquer altura do filme, devido à pressão a que está sujeito na sua condição de infiltrado; Matt Damon, calculista, cínico e ambíguo; e Jack, numa demonstração de domínio de estados de alma que pode ser resumido na cena em que o seu personagem tortura o de Di Caprio, onde passa da barbárie absoluta a uma compaixão paternal numa questão de segundos, sem deixar de ser credível.
Tentanto encurtar esta crítica, o filme acaba por ser uma história para seguir, e não uma história de personagens. No entanto, tendo o filme duas horas e emia, era difícil optar por este caminho, sendo que a complexidade das mesmas é dada em pequenos pormenores. Isto torna o filme recompensante para quem gosta de obras estimulantes e desafiantes nos detalhes. "The departed" traz Scorsese ao terreno a que nos habituámos a vê-lo e mostra que uma obra madura não é necessariamente académica. POr muito que o tema não seja, nem de longe, oscarizável, o sucesso eceonómico do filme, o seu prestígio e a sua óbvia qualidade, levarão este filme às nomeações. E já nem me interessa muito se Scorsese ganha um ou não: os mestres vêem-se pelos seus filmes, não por carecas dourados.
O sabor da derrota
sexta-feira, novembro 10, 2006
Lista de perguntas Lost
Tenho recebido várias queixas de leitores deste blog, a quem tenho de pedir desculpa, acerca do excesso de dedicação a uma determinada série de televisão, sobre uns palermas perdidos numa ilha. Lamento imenso, mas é mais forte que eu. Pode considerar-se comportamento de dependente, mas não me importo.
Acalmai-vos: nos próximos 3 meses, Lost entra de férias, e durante muito tempo não ouvirão palavras como Jack, Locke, Ben, Juliet, Hatch, Others e afins; no entanto, intermitentemente, aparecerá a palavra showdown. Portanto, deixe-me aproveitar os próximos 3 ou 4 posts para descarregar aquilo que teriam de aguentar nos próximos meses. Deixem que os Lostómanos que frequentam este antro tenham uma última oportunidade de alegria antes de entrarem em depressão. Obrigado.
Ora bem: peço a ajuda de todos os fãs que por aqui passam de modo a elaborarmos as perguntas Lost para as quais ainda não temos resposta. Para já, deixo 10. Continuemos no espaço para comments.
O que é a ilha?
Qual o objectivo da Dharma Initiative?
Existe só um grupo de Others (isto relativamente aos sobreviventes)?
Como é que o Locke ficou confinado numa cadeira de rodas?
Será Ben o patrão máximo dos Others que conhecemos?
Quem é o gajo de pala no olho?
O que raio é aquele pé gigante com quatro dedos?
O que é o monstro?
Para que são os ursos polares?
Qual a obsessão dos Others com crianças?
Um momento
Num início de tarde solarengo (mas aquele sol que dá mesmo gosto apanhar nas costas), desço a minha rua muito descansadinho, a ouvir música com duas castanhas quentes na mão e mais umas quantas no bolso. Enquanto aprecio este momento, que me está a saber mesmo bem, apeteceu-me gritar: porra para as gajas, porra para quem não me curte, porra para io raio do desemprego, das preocupações, do Sócrates, das misses t-shirt molhada (bónus, bónus) e para tudo o que me apoquenta e me deixa a vida num desassossego! Deixem-me comer castanhas quentes
quinta-feira, novembro 09, 2006
Rendo-me!
A caridade...
...é uma coisa bonita, e dar um milhão de dólares à Guiné-Bissau (um páis liderado por aquele senhor honesto chamaod Nino Vieira, sabem?) é lindo, lindo; mas afinal não havia dinheiro para as câmaras utilizarem para compensar os prejuízos das últimas cheias e afinal agora virámos Bill Gates? Tudo bem, eu sou um tipo humanitário e tal, mas...
segunda-feira, novembro 06, 2006
Lost in the island 5
E que dizer do melhor episódio desta seaosn até agora, opinião de quem escreve e sempre discutível? Teve de tudo: reviravoltas, confirmações, deslindar de mistérios, uma morte, novos personagens e um ódio de estimação pessoal que começa a crescer. Por onde começar? Bem, este vai por tópicos, para ser mais fácil de acompanhar:
1 - O tumor: A minha louca teoria de que os raios X vistos por Jack no episódio 4 eram de Locke foi por água abaixo e por uma vez, a lógica fez-se valer: o tumor é mesmo de Ben. O plano urdido pelo líder dos Others é incrivelmente diabólico e lentamente, as razões pelas quais aqueles 3 foram raptados, tornam-se claras: são duas pessoas que mexem com Jack, Kate de uma maneira, Sawyer de outra (relacionada com Kate) e quer-me parecer que Ben fará valer-se da dinâmica de casal entre Kate e os dois womanizers para faezr quebrar Jack. Está na cara que Jack vai operar Ben, mesmo com a pressão de Juliet (espantosa cena, a dos cartões) para que este realize o contrário. O complexo de salvador que o médico-cirurgião carrega é muito mais forte que ele e que qualquer vontade de sair da ilha. Aliás, Jack não me parece ser o tipo de pessoa que ceda a mind games, a não ser que, ealgo que não me parece que vá a ocorrer, tudo seja uma grande urdidura conjunta entre Juliet e Ben para testar Jack. Desculpem-me os defensores dessa teoria, mas é algo forçado... Na realidade, Jack poderá estar a manipular os dois Others no intuito de se salvar e mais aos dois companheiros que estão nas jaulas. No entanto, a coisa poderá virar no próximo episódio, se ele souber que, a ver pela preview, Sawyer e Kate se vão engalfinhar à séria... mas Jack já percebeu que não o podem matar, nem maltratar, ele é demasiado importante para isso, e como não é burro, percebeu que algo de errado se passa entre os Others em termos de liderança. O sexto episódio será, para mim, a tentativa de fuga de Jack.
2 - Uma viagem à selva: Deixando Mr. Eko à parte, o grupo que partiu para a selva reuniu os suspeitos do costume: Locke, Sayid e Desmond (esta semana, sem apostas para o Totoloto) teve a companhia de Nikki e Paulo. Se bem que Nikki, assim vestida, se revela numa excelente adição para Lost, Paulo e as suas urgências intestinais depressa se estão a juntar a Charlie na minha lista de vítimas acidentais de uma queda de um precipício na ilha. As fãs de Santoro que me desculpem, mas ou ele começa a fazer alguma coisa de jeito, ou então que venha o monstro fumarento! Nikki, esse, reparou num pormenor tã, tão óbvio, que espanta que o sagaz John Locke tennha deixado escapar. Algo de irreal... O que se reteve desta visita à estação Pearl foi o aparecimento de um homem com uma pala preta no olho. A julgar pelo mapa que nos foi dado a ver no episódio "Lockdown", poderá ser alguém numa das estaçlões restantes (tem-se avançado a estação Flame) e, possivelmente, será um indivíduo que pertence ao grupo de Inman, o homem que Desmond encontrou na estação Swan (vulgo The Hatch). Ou seja, é um caramelo que está na ilha há cojones... Como terá ele perdido aquele olho? NUm confronto que um urso polar?
E por falar em desventuras na ilha, será que Rousseau desapareceu assim de repente?
E porque seria a estação Pearl filmada, como pareceu na altura em que esta foi encontrada por Locke e Eko? Será que é Ben quem está a monitorar? E se sim, saberá ele da existência do zarolho?
3 - RIP, Mr. Eko: E morreu o padre! Diga-se que se Eko tinha de morrer, seria às mãos de um monstro, porque, francamente, quem poderia dar conta dele?
Na minha opinião, acho que fica um sentimento de dever cumprido no trajecto básico de Eko como personagem, e aparentemente o actor que o interpretava escalrecera desde o início que só pretendia ficar um ano na série, mas claro que se este lá tivesse ficado, haveria certamente muito mais para contar. Ficou esclarecido o porquê de ele construir a igreja e o sue papel na série, que era, obviamente, devolver Locke ao caminho da fé.
Eko permitiu também criar uma relação de irmãos verdadeiramente complexa em "Lost". Não me venham falar de Boone e Shannon, porque não vale a pena. A ligação entre Yemi, um padre, e Eko, o irmão criminoso que, em última instância, deu a alma para salvar o irmão mais novo, foi bem desenvolvida e sentia-se em Eko um genuíno amor quase paternal relativamente a Yemi. Quando ele descobre, após a morte do irmão, uma fotografia de ambos na sua bíblia, é desses momentos que se faz televisão que realmente prende a emoção. Se bem que, acho, há maldade intrínseca à alma de Eko, não sei se ele é verdadeiramente um pecador. O fumo, aparentemente, é como um juiz da ilha, com uma estrutura moral que muito deve ao catolicismo: arrependes-te, pode ser que te safes; não te arrependes, lixas-te. Na verdade, esse fumo parece reunir dados sobre as pessoas na ilha (por isso, o seu primeiro encontro com Eko não foi uma fuga, mas sim um agrupar de informação) e tem o poder de assumir formas humanas e animais (o pai de Jack, o cavalo preto de Kate, mesmo Walt e claro Yemi) e por isso Eko ouve daquele que se parece com o irmão "You speak to me as if I were your brother") É uma teoria como qualquer outra. De qualquer forma, acho que o fumo negro é o único mistério da ilha que não pdoe ser explicado em temros puramente científicos.
Eko tinha uma dos "melhores" passados entre os sobreviventes e tudo o que ele tentou faezr foi a~daptar a sua maneira de ser à definição de bem dos outros. Quando ele diz "I did my best", eu acredito que ele acreditasse nisso; mas não foi o suficiente. O último plano dele e do irmão, em pequenos a caminharem com uma bola de futebol, confesso que me arrepiou. Para além disso, vou sentir a falta do seu bastão bíblico...
Ah, e será que "We are next" é algo de real ou apenas fruto do julgamento de Eko?
Para a semana, Kate casa-se. Upa, upa!
Desenganem-se: há sempre pioneiros...
O sucesso do último de Nelly Furtado levou a que os telejornais, revistas e órgãos de comunicação voltassem a focar a atenção na luso-canadiana, depois do relativo fracasso de "Folklore" e do afago orgíaco ao ego da Pátria que foi a rodagem constante do tema "Força", durante o Euro 2004. "Loose" será, à partida, um álbum atípico para Furtado, que normalmente mistura pop e folk nos seus álbuns com precisão, mas que neste se mostra claramente mais virada para a onda hip-hop e sexy da sua vida. Quase s epode dizer que ela está, de facto, bem inserida na indústria musicla norte-americana. É assim que a publicitam por cá também: uma jovem luso-descendente que contra ventos e marés triunfa, tornando o sucesso contagiante a todos nós, portugueses aqui deste lado. É um milgare tal que nos parece instantâneo, que basta um portugu~es surgir que tem logo sucesso.
No entanto, Nelly não foi a primeira luso-descendente a tentar penetrar na indústria pop dos EUA. Teve uma percursora, que embora não tendo a Dreamworks a apoiá-la, nem qualquer grande companhia discográfica, ainda mantém uma carreira e tentou, em grande estilo, ser uma estrela. Falo de Nikka Costa, nome que ouvi por acaso quando ouvia a Antena 3 em 2001, pela boca de Pedro Costa, porventura uma dos melhores radialistas e descobridores d enova música da Rádio nacional. Costa, que é filha de Don Costa, compositor de temas para grandes lendas da soul, como Aretha Franklins ou as Divines, transmitou essa soul para a filha, cuja voz, opinião de quem escreve, é melhor que a de Nelly Furtado, embora o sucesso não seja, obviamente o mesmo. A tendência portuguesa para a publicitação dos casos de sucesso leva a que se esqueçam os casos de fracasso, que são tão importantes como so primeiros. Por isso, este blog faz a devida vénia a Nikka Costa, a primeira artista pop portuguesa que teve a coragem de usar um nome luso na sua denominação artística. E para aqueles que, querendo desmentir, verificarem que "Whoa Nelly" foi publicado em 2000, gostava de lembrar que o álbum só começou a rodar cá em 2001, como é hábito (vide "Songs about Jane" dos Maroon 5, por exemplo, banda altamente comercial, cujo álbum só ganhou notoriedade quase dois anos após ter sido publicado, em Los Angeles).
Fica, para comparação, o vídeo de "Like a feather", primeiro single do álbum de 2001 "Everybody got their something".
No entanto, Nelly não foi a primeira luso-descendente a tentar penetrar na indústria pop dos EUA. Teve uma percursora, que embora não tendo a Dreamworks a apoiá-la, nem qualquer grande companhia discográfica, ainda mantém uma carreira e tentou, em grande estilo, ser uma estrela. Falo de Nikka Costa, nome que ouvi por acaso quando ouvia a Antena 3 em 2001, pela boca de Pedro Costa, porventura uma dos melhores radialistas e descobridores d enova música da Rádio nacional. Costa, que é filha de Don Costa, compositor de temas para grandes lendas da soul, como Aretha Franklins ou as Divines, transmitou essa soul para a filha, cuja voz, opinião de quem escreve, é melhor que a de Nelly Furtado, embora o sucesso não seja, obviamente o mesmo. A tendência portuguesa para a publicitação dos casos de sucesso leva a que se esqueçam os casos de fracasso, que são tão importantes como so primeiros. Por isso, este blog faz a devida vénia a Nikka Costa, a primeira artista pop portuguesa que teve a coragem de usar um nome luso na sua denominação artística. E para aqueles que, querendo desmentir, verificarem que "Whoa Nelly" foi publicado em 2000, gostava de lembrar que o álbum só começou a rodar cá em 2001, como é hábito (vide "Songs about Jane" dos Maroon 5, por exemplo, banda altamente comercial, cujo álbum só ganhou notoriedade quase dois anos após ter sido publicado, em Los Angeles).
Fica, para comparação, o vídeo de "Like a feather", primeiro single do álbum de 2001 "Everybody got their something".
sábado, novembro 04, 2006
Mas estão a gozar comigo?
Hoje, uma amiga pergunta-me se sou feliz. Respondo-lhe que não; ela diz que o conceito de felicidad é relativo. Também é verdade; no entanto, mantenho o não.
Venho a descer a minha rua à noite e num carro, um rapaz e uma rapariga envolvem-se em acto sexual. Nice.
A minha mãe diz que vou ser uma criança para sempre. Fabulous.
É impressão minha ou a vida está-me a enfiar qualquer coisa pelos olhos, e que essa qualquer coisa se chama fracasso pessoal?
Venho a descer a minha rua à noite e num carro, um rapaz e uma rapariga envolvem-se em acto sexual. Nice.
A minha mãe diz que vou ser uma criança para sempre. Fabulous.
É impressão minha ou a vida está-me a enfiar qualquer coisa pelos olhos, e que essa qualquer coisa se chama fracasso pessoal?
sexta-feira, novembro 03, 2006
Desinspirado
Uma amiga minha, que volta e meia frequenta este estabelecimento, opina que eu devo andar com pouca inspiração, pois tenho postado menos que o costume; ela tem razão, respondo-lhe, e percebo que escrever muito sobre Lost e postar vídeos não é a maneira de melhor mostrar inspiração. De facto, tenho andado desinspirado, e por vários motivos: não estou deprimido, não estou feliz, ando neutro, não ando apaixonado... Enfim, as coisas que normalmente me fazem carburar não estão. No entanto, estou-me a esforçar por combater isso, é o que posso prometer. Não quer dizer que esteja a fazer o máximo para me deprimir (desiludi-vos, vilões meus), antes tento procurar ser feliz. Espero que este ano, que começou mal e andou pior até mais de meio acabe bem. Que toda aquela má fase tenha tido um propósito bom, o de descobrir realmente o que me faz feliz. Já me fez, felizmente, dar resposta a algumas dúvidas e a olhar bem para as pessoas que me rodeiam. É uma experiência engraçada: quanod pensamos que todos os outros são felizes e boas pessoas e nós estamos destinados a andar em baixo e a não ser queridos... devemos olhar outra vez.
É nesses pequenos pormenores de olher que devo procurar inspiração.
É nesses pequenos pormenores de olher que devo procurar inspiração.
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