sábado, dezembro 02, 2006

Mas onde é que anda esse gajo?


Aqui há uns tempos, alguém se queixava, num comment, da ausência forçada do senhor do negrume que habitualmente aqui dissecava pormenores irritantes da vida e episódios auto-biográficos grotescamente aumentados no seu negrume. Tenho a informar que esse senhor, que eu também conheço e que com o tempo aprendi a abraçar e a amar como um dos meus, ainda por aqui está. O grave probelma é que acometeu-se de uma razoável dose de compreensão para com os outros. Não todos, é certo; mas metamorfoses levam tempo. Para além disso, arranjou um base de amigos fixa, com quem fala sem se sentir, como é que dizia Sócrates, um traste. Acho que este é o termo filosófico mais correcto.
Portanto, o senhor poderá voltar a escrevinhar por aqui. É bem possível, visto que aparentemente, ele está sempre deslocado do mundo e a maneira como vê as minudências do quotidiano e de tudo em volta causa sempre estrilho.
Ah, e continua a ver House. Parecendo que não, ajuda ao ácido.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não te preocupes pois a dose de compreensão que hoje te acompanha amanhã se torna saturação vinda do mesmo lugar, mas com o extra da frustração de pensar "epá, a coisa até andava a entrar na linha!"

“You can think I'm wrong, but that's no reason to quit thinking.”

Vítor H.

Anónimo disse...

"Poupar o coração
é permitir à morte
coroar-se de alegria."

Deixo-te estes versos para mediatares. São de Eugénio de Andrade, o corrosivo, o intenso, o só, o que amava a mãe a uma escala própria, o poeta, o homem que não se cansou de "ser".