sexta-feira, dezembro 30, 2005

Grandes lições de 2005



Quando se chega ao final do ano, uma parte de nós está encarregue de fazer a avaliação do mesmo: quais foram os melhores momentos? E os piores? Terei feito a opção correcta quando levei a camisa cor de rosa à festa dos Ferreira? Devia ter dito à minha namorada que as calças novas a faziam parecer gorda? Será que a alergia a pele de crocodilo que a mala dela provocou na minha cara afectraá a minha performance sexual aos sábados à noite?
Só perguntas legítimas que fazemos a nós próprios. A juntar-lhes, uma final e derradeiras: que lições tirei eu deste ano? A vivência humana é toda ela feita de aprendizagem, daquilo a que aprendemos a chamar na filosofia de praxis. Não somos meras bolas brancas que giramos nesta roleta a vermelho e preto que é a vida: andamos aqui para ver se ganhamos juízo e descobrir que apesar de tudo isso, aos 60 anos cometemos os mesmos erros que quando tínhamos 20. É sempre bom aproximarmo-nos do ocaso da vida e concluirmos que por vezes não fizemos nada de jeito ou que não aprendemos sequer nada quando fizemos nada de jeito. Acho que é essa a magia da vida: mesmo quando não aparentemente a fazer nada, estamos a viver. Ás vezes, é escusado estar com grandes ideias e projectos: John Lennon disse, e com razão, que a vida é o que acontece enquanto fazemos planos. Bem verdade: enquanto estamos ocupados a descobrir como viver, a vida passa-nos ao lado; mas se não nos preocuparmos com o nosso futuro e os nossos sonhos, o mais provável é que esse acto de existir seja apenas bilógico: comer, beber, andar e respirar. Qu encanto é esta vida, cheia de paradoxos e dilemas! Brilhante!
Nos posts seguintes, explanarei as lições mais importantes que aprendi este ano. A maior parte delas advém de ter passado por experiências no mínimo incomodativas. No entanto, erguendo o lema Montypythoniano, "Always look to the bright side of life". Se é mau e aconteceu, como poso transformar isso em algo de produtivo? Não será um guia sobre como fazê-lo, mas espero que sirva para pôr os leitores a pensar.

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