domingo, junho 04, 2006

Super-poder



No seguimento do penúltimo post, sobre pessoas complexas, gostava de falar de uma coisa que me faz confusão. Não me chateio ou fico zangado por isso, mas dentro da minha cabeça que funciona numa lógica encadeada, acaba por fazer espécie.
Quando se pede às pessoas para falar de mim, dois adjectivos acabam sempre por calhar: inteligente e criativo. Se por um lado me depriva de possuir qualquer qualidade humana minimamente ligada aos afectos, por outro lado lança-me uma dúvida que está ligada a umn super-poder que tenho. Se chego a um sítio onde se fala, de repente a conversa ou cessa ou continua como se eu não estivesse lá e também falasse; ou então se já estou nesse sítio, quase que tenha de se esperar que não esteja para se voltar a falar; ou que se eu não falo, também nin guém me dirija a palavra. Ora, começo a chegar à conclusão que ser inteligente ou criativo não basta para se ser conversadro. Ou então, e é hipótese a não descartar, não sou nem uma coisa nem outra, e estes adjectivos são usados, porque, pronto, é fácil aplicar-me isso.
Provavelmente, até nem sou bom conversador. Sempre disse que tenho mais ar de eremita e não tenho aquele ar fofinho e misterioso que faz as pesoas delirarem com a companhia de alguém. No entanto, considero-me próximo das pessoas. Aparentemente, esta é uma afirmação que faz sentido na primeira pessoa do singular, mas nunca na terceira no plural. Porque surge a questão: pdoemos ser íntimos de alguém se essa pessoa não o é connosco? Há quem acredite que sim; eu cá acho que não, embora me contradiga a mim próprio e o faça. Là está, a complexidade do humano; e como este post meio existencial já vai meio extenso, quem quiser bater, porque os haverá, poderá continuar tão paixonante tema na secção de comments. :)

1 comentário:

Anónimo disse...

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