O sucesso do último de Nelly Furtado levou a que os telejornais, revistas e órgãos de comunicação voltassem a focar a atenção na luso-canadiana, depois do relativo fracasso de "Folklore" e do afago orgíaco ao ego da Pátria que foi a rodagem constante do tema "Força", durante o Euro 2004. "Loose" será, à partida, um álbum atípico para Furtado, que normalmente mistura pop e folk nos seus álbuns com precisão, mas que neste se mostra claramente mais virada para a onda hip-hop e sexy da sua vida. Quase s epode dizer que ela está, de facto, bem inserida na indústria musicla norte-americana. É assim que a publicitam por cá também: uma jovem luso-descendente que contra ventos e marés triunfa, tornando o sucesso contagiante a todos nós, portugueses aqui deste lado. É um milgare tal que nos parece instantâneo, que basta um portugu~es surgir que tem logo sucesso.
No entanto, Nelly não foi a primeira luso-descendente a tentar penetrar na indústria pop dos EUA. Teve uma percursora, que embora não tendo a Dreamworks a apoiá-la, nem qualquer grande companhia discográfica, ainda mantém uma carreira e tentou, em grande estilo, ser uma estrela. Falo de Nikka Costa, nome que ouvi por acaso quando ouvia a Antena 3 em 2001, pela boca de Pedro Costa, porventura uma dos melhores radialistas e descobridores d enova música da Rádio nacional. Costa, que é filha de Don Costa, compositor de temas para grandes lendas da soul, como Aretha Franklins ou as Divines, transmitou essa soul para a filha, cuja voz, opinião de quem escreve, é melhor que a de Nelly Furtado, embora o sucesso não seja, obviamente o mesmo. A tendência portuguesa para a publicitação dos casos de sucesso leva a que se esqueçam os casos de fracasso, que são tão importantes como so primeiros. Por isso, este blog faz a devida vénia a Nikka Costa, a primeira artista pop portuguesa que teve a coragem de usar um nome luso na sua denominação artística. E para aqueles que, querendo desmentir, verificarem que "Whoa Nelly" foi publicado em 2000, gostava de lembrar que o álbum só começou a rodar cá em 2001, como é hábito (vide "Songs about Jane" dos Maroon 5, por exemplo, banda altamente comercial, cujo álbum só ganhou notoriedade quase dois anos após ter sido publicado, em Los Angeles).
Fica, para comparação, o vídeo de "Like a feather", primeiro single do álbum de 2001 "Everybody got their something".
segunda-feira, novembro 06, 2006
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1 comentário:
Heróis do Mar!!!...
Isto no tempo do Salazar não havia cá meninas desnudas a cantar em estrangeiro!
Tarrafal para sempre...
D.P.S.
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