quinta-feira, novembro 23, 2006
Review rápida: "Casino Royale"
Falando sucintamente de "Casino Royale", temos aqui um filme Bond como eu há muito não admirava. O último da saga que me tinha deixado satisfeito fora "Goldeneye", já lá vão 12 anos. Este, no entanto, para enocntrar alguma comparação em importância e em qualidade, terá de recuar a Goldfinger, ou You only live twice. Dentro da galáxia Bond, este é daqueles que pode lutar pelo título de melhor de sempre.
Ajuda, em primeiro, que Daniel Craig encarne bem o novo Bond: se ao início não estava com muita fezada no Blond Bond (como chegou a ser apelidado), ganhei esperança ao ver Craig em "Layer Cake", um filme inglês de gangsters onde este faz o seu treino para homem sedutor, cínico, implacável, de pistola na mão; e desde o quarto de hora inicial que se percebe porque é que Pierce Brosnan foi afastado: a primeira grande sequência de acção do filme ( e desde já, a melhor sequência de acção deste ano até agora, que dificilmente será batida) é feita, claramente, por Craig e inclui tropelias e saltos que não lembram ao diabo e que teriam encostado Brosnan, que mantém sempre um aspecto impecável na mais descabeladas cenas de tiros e explosões. Bond esgadanha-se todo para apanhar um mercenário africano e leva uma grande tareia: sua, sangra e por pouco não fractura alguma coisa. É um Bond mais realista este, mais próximo de Jason Bourne que de Roger Moore.
Para mais, este Bond é mais virilidade e menos estilo. Perde-se o cavalheirismo e a finesse, ganha-se em cinismo e brutalidade. Craig consegue entregar as one-liners habituais de Bond, mas muito mais próximos do veneno de Connery que das paneleirices de MOore (para mim, o pior Bond da série). Aqui, não há Q, nem Monneypenny e mesmo os Vodka Martinis não têm especificações, mas entra-se na intimidade de M, há carros com fartura e um vilão interessante, em Le Chiffre, que chora lágrimas de sangue...
Ah, e relaxem: as Bond Girls continuam aquele poder (eu quero uma Eva Green só pra mim!).
É pena o filme ser demasiado longo, parece estender-se em falsos finais e reviravoltas escusadas. No entanto, há motivos para festejar este regreso às origens de Bond. Voltei a ganhar um certo respeito de qualidade em relação à saga. O Pierce era realmente bom para o papel, mas antes de chamarem Blond Bond a este, vejam-no em acção e repensem depois que gostavam que salvasse o mundo. Eu já fiz a minha escolha...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
eheheh vou ver hoje... :)
Enviar um comentário