segunda-feira, novembro 03, 2008
Respira um bocadinho, pá!
Na passada semana, andei a compôr a minha tese de mestrado, qual perdigueiro em busca de uma presa, farejando, esgadanhando e no final de tudo, preso numa caixa com espaço apenas para se deitar sem poder coçar pulgas. Esta última parte é metafórica, atenção.
Nunca fiz nada de semelhante. Os trabalhos académicos que fiz foram mínimos e o mais extenso que fiz nem sequer foi na área de História, mas sim de cinema. Não era difícl, convenhamos. Ponham-me a falar sobre cinema e é provável que, tudo transcrito, faça o Guerra e Paz parecer o Almanaque das Missões.
O meu maior medo era o de que a tese fosse um animal demasiado complexo. Não é, mas que dá um trabalho do caraças, dá, principalmente quando trabalhamos contra o relógio e temos uma orientadora que é uma das sumidades nacionais na matéria que estamos a tratar e os dois melhores alunos do nosso grupo do Mestrado estão a trabalhar com ela. Se tudo o resto quebra, uma coisa resiste em mim, e essa coisa é um ego intelectual do tamanho do mar dos Supersargaços. Estes dois pequenos pormenores abalam essa fundação do meu ser e fazem-me ter dúvidas, aquelas coisas bonitas que me assaltam com a mesmo frequência com quem penso acerca de mulheres. Logo, é pressão a dobrar. Eu não cedo sob pressão, mas não posso dizer o mesmo da minha cabeça, e por isso, andei como que zombie cerebral durante cinco dias, nem sequer saíd e casa para não me humilhar perante os outros. Já me acontece em demasia quando estou plenamente funcioonal, quanto mais nestas condições.
Mas o trabalho resultou: dois capítulos feitos e um prazo alargado para terminar o que falta. Não estamos nada mal para o que eu pensava. Mas eu presumo sempre o pior.
Respirei no fim de semana, nem sequer pensei na tese. Descomprim com escuteiros, metade da primeira temporada da série "Angel" e uma ida ao cinema, felizmente acompanhado, para ir ver "W.", um filme inesperadamente tépido de Oliver Stone. É bom de ver, mas não esperem um grande filme. Josh Brolin como o nosso Geogre W., no entanto, está fenomenal.
Hoje, volto à carga. Durante mais uma semana.Perdoem-me outro silêncio prolongado, mas aperentemente, vou doar o meu corpo à ciência mais cedo do que esperava.
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2 comentários:
Ah caneco! Devia ter lido este post primeiro.
Ok, concordo que W. seja um filme tépido de Oliver Stone, sobretudo quando comparada a um JFK, mas acho que vale a pena ver. Não sei, mas fiquei com uma impressão menos horrenda do presidente gaffeiro...
p.s.: boa continuação da tese!
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