quinta-feira, setembro 07, 2006

Maçã Golden e Maçã Reineta

Consegui finalmente arranjar um CD que procurava há algum tempo: a famigerada segunda versão de "Extraordinary machine", de Fiona Apple. Este álbum é daqueles com um parto complicado, o que tendo em conta a natureza alternativa da artista em questão nem é de estranhar. O álbum começa a partir de um desgosto amoroso de Jon Brion, amigo pessoal de Apple e conhecido compositor de bandas sonoras, nomeadamente de toda a filomografia de Paul Thomas Anderson e de Michel Gondry, dois mavericks do actual cinema norte-americano. Brion implorou a Apple, quem nem estava com vontade, para compôr umas músicas e pô-lo a trabalhar, para esquecer a mágoa. Apple fez-lhe a vontade foi assim que no final de 2002, novo álbum estava pronto.
Os problemas começaram aqui: Apple e Brion não gostaram do primeiro resultado e regravaram o álbum mais duas vezes. Com tudo isto, a data de lançamento foi adiada para 2003; depois para 2004, até que a editora ordenou a Apple que desse uma nova mexida nos temas, pois os executivos não conseguiam arranjar um primeiro single decententemente orelhudo. A própria Fiona começou a reflectir sobre o próprio conteúdo do álbum, e se realmente este estava na direcção certa. Brino cansou-se e encostou às boxes. Assim, Fiona teve de arranjar um novo produtor: o escolhido foi Mike Elizondo, conhecido por produzir tradicionalmente hip-hop e rap (uma estranha mistura com Fiona Apple...) e 2005 foi todo passado a re-regravar os mesmos temas, de modo que o verdadeiro "Extraordinary machine" foi editado em Dezembro de 2005.
No entretanto, todos os tema sda versão de Brion saltaram também para a Internet, e é por isso relativamente fácil arranjar as duas versões e compará-las. Na realidade, qualquer uma delas daria um excelente álbum, o que não será de estranhar, pois Fiona Apple é uma excelente compositora e letrista por si mesma. A versão de Brion é muiot mais orquestral, dando mais atenção aos arranjos que propriamente ao habitual piano de Apple; a versão de Elizondo carrega no ritmo, com a introdução de uma presençla forte da bateria, e nalgumas canções, supera Brion. O exemplo que vou dar é "Not about love", segundo single do álbum, na versão Elizondo, e que só com a leitura que Apple e este produtor fazem dela ganha realmente impacto, não querendo deslustrar a leitura mais contidamente sofrida de Brion: aqui, Apple solta realmente as amarras e o sofrimento, na voz quase fantasmagórica de Apple, transforma-se em pura raiva.

1 comentário:

Anónimo disse...

Yape, tb prefiro a versão mais hard e se for acompanhada p este videoclip ohohoh supimpa!!
Adorei em especial o primeiro "this is not about love" c a pose ;D e ainda o ultimo "i miss that stupid acheee"....
O amor, ou o q qr q o substitua, consegue por vezes moer de formas inimaginaveis;1
L.D.