Este blog, ultimamente, tem sido profundamente egoísta. Apesar de ser eu o gestor e escritor a solo, parece-me injusto adoptar este pose narcísica, como se os meus problemas fosem o cetro do mundo e este girasse exclusivamente em redor do meu umbigo. Está na altura, e até para começar o ano com uma postura diferente e sempre ao "ataque rumo à felicidade", citando um dos grandes momentos humorísticos do meu Natal protagonizado pelo jogador Paulo Adriano, da Académica, de prestar atenção às pessoas de quem sou próximo de uma maneira cujas palavras apenas reduzem importância. Ou seja, estou a falar dos meus amigos.
Uma amiga minha parece estar a passar um período triste, sem que eu tivesse entretanto dado por isso. Eis a cruel ironia: tanto tempo me queixo de que não me prestam atenção e nem eu consegui antever isso nela... Friso aqui que é alguém que me diz muito, é uma daquelas raparigas de que eu até queria ter gostado, mas essas coisas não se podem controlar. No entanto, está naquele meu panteão de amigos, o que é tão importante para mim como uma namorada; portanto, alguém com quem me preocupo bastante. Na noite de fim de ano, após a mítica passagem da meia-noite (no meu caso, meia-noite e seis) reparei que ela tinha os olhos vermelhos. Chorara. Sem saber muito bem o que fazer, lembrei-me de algo que trouxera comigo: a minha caixa.
E dessa caixa se falará noutro dia.
Nessa caixa, tinha alguns chocolates, importantes para mim e cujo significado que encerram vai bem para lá do culinário. São chocolates que me foram dados por alguém para de cada vez que me sentisse triste. No entanto, naquele moment, por muito mau que eu achasse que o ano me correra, ela precisava certamente mais do seu sabor que eu. Por isso, sentei-me ao lado dela e numa epxlicação que tentei fazer talvez mais literária que o momento exigia, dei-lhe um dos chocolates. Fi-la sorrir, e só por isso tinha valido a pena arricar fazer figura de urso.
Ontem, enviou-me um SMS a agradecer-me o gesto. Nem sequer lhe perguntei porque estava triste. Acho que não a queria incomodar com isso, a minha curiosidade bem pode ser sacrificada perante o bem estar dos outros.
Para ela, deixo-lhe aqui a letra de uma canção de uma cantora de que gosto medianamente, a escocesa KT Tunstall, mas é uma canção que ouço agora frequentemente no meu computador e que me parece aplicar-se a essa minha amiga. Seestiveres a ler, um beijinho!
"Suddenly, I see"
Her face is a map of the world
Is a map of the world
You can see she's a beautiful girl
She's a beautiful girl
And everything around her is a silver pool of light
The people who surround her feel the benefit of it
It makes you calm
She holds you captivated in her palm
Suddenly I see
This is what I wanna be
Suddenly I see
Why the hell it means so much to me
I feel like walking the world
Like walking the world
You can hear she's a beautiful girl
She's a beautiful girl
She fills up every corner like she's born in black and white
Makes you feel warmer when you're trying to remember
What you heard
She likes to leave you hanging on a word
Suddenly I see
And she's taller than most
And she's looking at me
I can see her eyes looking from a page in a magazine
Oh she makes me feel like I could be a tower
A big strong tower
She got the power to be
The power to give
The power to see
Suddenly I see
segunda-feira, janeiro 02, 2006
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