... para escrever poemas. A única vez que o fiz foi num trabalho de casa de Português, no 11º ano, em que nos era sugerido que construíssemos poesia à boa maneira dos Rommânticos. Não o sie de cor, mas versava a tamética da morte, do suicídio e do amour fou. Enfim, uma coisa bem ao jeito daquela malta. A minha profesora gostou e por uns tempos, até pensei ser capaz de o fazer. sim, porque aquela mulher foi a pessoa que mais me influenciou no que escrevo, pois acreditou em mim e nas minhas capacidades e me convenceu que eu tinha imaginação suficiente para criar um estilo de escrita próprio e que servise a minha criatividade. Ela tinha razão. Bastou apoiar-me. Coisa rara.
No entanto, quando mais olhava para o poema, mais me convencia de que era muito artificial. Obedecia à métrica e tudo. Sabia, em mim, que a poesia seria aquela área da escrita onde nunca tocaria. Ainda hoje sou capaz de escrever histórias e contos, peças e guiões, ensaios e trabalhos científicos, sempre com elogios e olhando para eles com um grande orgulho, mas a poesia não. Talvez qualquer dia arrisque e faça alguma coisa. Tente. Mas neste momento, sinto que não sou bom a isso. Não tenho pureza de alma suficiente, ou igual capacidade de mentir ou fingir, para poetizar o que quer que seja. Além disso, neste momento, a única poesia que faria era algo relacionado com tristeza, melancolia e solidão; e para isso, este blog e os personagens que crio são suficientes.
domingo, janeiro 08, 2006
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