quinta-feira, março 02, 2006

Previsões: Melhor actor secundário



PAUL GIAMATTI - "CINDERELA MAN"
GEORGE CLOONEY - "SYRIANNA"
MATT DILLON - "CRASH"
JAKE GYLENHALL - "BROKEBACK MOUNTAIN"
WILLIAM HURT - "A HISTORY OF VIOLENCE"


Esta é, para mim, a categoria mistério da noite. Nem eu próprio me atrevoa apostar dinheiro em qualquer um deles, e por várias razões bastantes simples de explicar, mas acima de todas uma: qualquer um deles pode ganhar o Oscar e talvez William Hurt seja o mais prejudicado, por vários motivos. Comecemos por ele então. William Hurt, porventura um dos actores decisivos da década de 80, e que tem andado nestes últimos anos a passear em filmes reles, de culto ou simplesmente em papéis secundários em obras geniais, é nomeado por "A history of violence", de David Cronenberg, que ao tem grande representação no que toca a nomeações, sendo que tem apenas esta e a de argumento. Mas William Hurt regressa à ribalta e já o facto de o terem nomeado com apenas oito minutos de tempo de ecrã, naquilo que é basicamente uma cena, mostra a vontade de o premiar e um respetio que, contrariamente a Keener, é devido não só à simpatia, mas acima de tudo ao talento de um mestre. Relembra-se assim muito rapidamente o Oscar ganho por James Coburn há uns anos e a tradição que há nesta categoria de se premiarem veteranos ou estrelas em ascensão (nos últimos 5 anos, em sequência: só assim nos últimos 5 anos, e por ordem, temos Benicio Del Toro (na altura, um desconhecido), Jim Broadbent, Chris Cooper, Tim Robbins e Morgan Freeman.Há uma hipótese, portanto.
No entanto, os tubarões nesta categoria são outros: Jake Gylenhall vem rotulado de wonder boy de Hollywood e tem estado em filmes importantes artisticamente ("Donnie Darko") e sucessos de bilheteira ("The day after tomorrow"). Este ano, entra no carregado de buzz "Brokeback mountain", putativo vencedor destes Óscares, ainda por cima no papel de um cowboy homossexual. Temos logo aqui razões de sobra para ver subir ao palanque e a iniciar a onda Brokeback que ameaçadoramente se levanta e promete mergulhar a noite em aborrecimento sem surpresas. Jake, porém, enfrente forte oposição de George Clonney, nomeado por "Syrianna", o qual se prevê que perca as catehorias de Argumento Original e Realização. Esta seria, portanto, uma oportunidade de ouro para premiar um dos homens do ano no que toca ao cinema norte-americano. Tem-se notado, porém, mais amor por "GNAGL" que por "Syrianna"; para além disso, já não nos lembramos da última vez que uma cara bonita ganhou esta categoria, e nos últimos 10 anos mnuitas estiveram nomeadas, e com cartel: Tom Cruise e Brad Pitt são exemplos claros. Clonney ganhou o Globo de Ouro, mas perdeu o SAG, o que pode levar a temer o pior. E quem ganhou o SAG? Paul Giamatti, um dos actores mais subvalorizados do cinema norte-americano. Grande esquecido no ano passado com "Sideways", onde nem sequer foi nomeado, parece este ano gozar de uma popularidade incrível, num papel básico num filme bem comportado de Ron Howard. É disto que se fazem Óscares, meus amigos. O efeito "Oscar por compensação", referido anteriormente, pode funcionar aqui.
Há que contar com o chamado "dark horse" que é Matt Dillon. A sua composição de um polícia racista em "Crash" é muito boa e a Academia premeia o esforço de um regresso, coisa de que eles gostam muito. Matt Dillon, antes cara bonita, agora actor rerspeitadíssimo, sobrevive ao facto de ter entrado em "Herbie" como vilão, defrontando Lindsay Lohan, e só isso mostra a sua força. Mais a sério, entra em "Crash" e se o filme acaba rpor não ganhar Melhor filme, é aqui que há reais hipóteses de conseguir um Óscar visível.
Como se vê, há muitos factores em disputa. Num ano de consciência social, não vamos por aí e joguemos com os filmes com apelo emocional e nos compadrios.

Vai ganhar: Paul Giamatti, "Cinderella man"
Devia ganhar: Matt Dillon, "Crash"

1 comentário:

João Santiago disse...

humm..aqui realmente e dificil para mim,mas penso que o desempenho do jake gylenhall merece mais o oscar. no entanto, matt dillon esta muito bem no crash.

(no crash nao ha actores principais pois nao)