quarta-feira, novembro 30, 2005

Pensamentos

Nestes últimos dias, e sem saber bem porquê, dei por mim a pensar numa frase famosa de Blaise Pascal: "O maior drama do Homem é poder fazer tão pouco por aqueles que ama." E concluo que o homem tinha razão, mesmo tendo vivido há 4 séculos, o que significa que o ser humano, como pessoa sentimenatl, não mudou tanto assim. Claro que a frase se pode entender em dois sentidos. Por um lado, que por mais que amemos uma pessoa ou que simplesmente lhe queiramos bem, nunca poderemos fazer tudo aquilo que queremos para lhe tornar a vida mais feliz, seja lá a felicidade o que for (para mim, às vezes, a felicidade é apenas um cobertor e uma boa série de televisão; mas noutras vezes, ter uma brutal morenaça em roupa interior para fazer os meus desejos e respondendo-me à dúvida de porque é que quando uma mulher me passa a língua pelas orelhas, eu começo logo a enrolar as palavras e a perder coerência de discurso já pode ser considerado algo bastante aceitável). Por outro, por mais que gostemos da pessoa, temos de considerar a possibilidade de que a pessoa não nos ache assim tanta piada e que a estima e a amizade que temos por ela pode ser mesmo um caminho de uma via e sem grande retribuição do outro lado.
Parece algo masoquista, mas acontece. Por isso acho piada quando se diz que só é mau quem faz trai os amigos e lhes faz trinta por uma linha (sendo que estes trinta por uam linha são coisas tipo roubar-lhe a namorada, decepar-lçhe membros, queimar-lhe o carro, insultá-lo ou fazê-lo ouvir durante uma noite inteira toda a discografia dos NIckelback). Acho que quem tem amigos que gostam dele/a e os trata desta maneira tem também um certo fundo de malvadez em si. Uma malvadez mais requintada e questionável, mas ainda assim malvadez, quiçá crueldade. Conscientemente ou incoscientemente, todos somos assim. Todos temos pessoas que gostam realmente de nós, mas a quem não damos grande importância e a quem não permitimmos a entrada no noss círuclo mais interno de amigos. Curiosamente, alguns a quem às vezes oferecemos esse bilhete acabam por se revelar grandes desilusões, mesmo com os avisos do noso cão que ladra furiosamente quando eles estão presentes. É curioso como os animais julgam melhro as pessoas que os próprios seres humanos.

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