sábado, dezembro 31, 2005
Lição nº 5: Ainda vale a pena arriscar
Dar um salto, um passo em frente, em direcção ao desconhecido atrever-se a experimentar coisas novas.
Este ano, pela primeira vez:
- Tive um emprego
- Fui CIL de uma secção escutista
- Fiz a Partida
- Visitei uma cidade estrangeira que queria mesmo visitar (Budapeste)
- Viajei de avião
- Fiquei uma semana na casa de outra pessoa
- Recebi prendas de Natal dos meus amigos
- Fui apalpado por uma mulher
sexta-feira, dezembro 30, 2005
Lição nº 4: A atenção é selectiva
Se houve coisa que aprendi em 2005, e que espero pôr em prática em 2006, é não querer que toda a gente goste de mim, nem sequer prestar atenção ao que certas pessoas dizem. Há gente na nossa vida a que vale a pena prestar atenção, com que nos devemos preocupar. Mas também há energúmenos e energúmenas que só nos fazem sentir em baixo, e que não deviam. Pessoas que não gostam de nós, que não nos conhecem e que falam mais para destruir que para ajudar. Em 2006, vou dar-lhe smenos atenção e concentrar-me em descobrir aqueles que gostam de mim e que me querem ver feliz. Há gente que felizmente ainda resiste heroicamente à minha companhia, e a essas pessoas um grande "Bem haja". Quanto às pessoas a quem não devo ligar, e acho que algumas sabem exactamente quem são, "Good riddance", já dizia a velha canção dos Green day, e está na altura de me moralizar ao não lhe dar ouvidos. Acho que tenho ligaod muito à opinião de pessoas que simplesmente não mereciam. Essa é uma lição bem valiosa que aprendi em 2005.
Lição nº 3: A relatividade de gostar
Aprendi que gostamos das pessoas pelas suas qualidades, mas amamo-las pelos defeitos que elas têm.
Lição nº 2: Sonhar um degrau de cada vez
Este vai ser rápido, até porque já falei dele várias vezes por aqui. Resumindo, e para contextualizar, um jovem português, uma rapariga húngara, uma viagem a Budapeste, desilusões. A história resume-se assim e é desta maneira que ela aqui vai ficar: resumida: não interessa entrar em grande pormenores. Quero guardar esta história para mim, porque é demasiado complexa para explicar e é uam experiência só minha, com que muita gente brinca, mas não devia. Porque para mim não é brincadeira: é uma coisa muito séria. Se alguma vez eu estive perto de encontrar a tal rapariga, foi desta vez.
A grande lição a tirar daqui é nunca sonhar muito alto, pois iludirmo-nos não é coisa boa de se fazer, principalmente quando essa ilusão envolve estarmos apaixonados por alguém. De facto, em parte a culpa é minha: como é que alguém com o meu historial amoroso foi sequer pensar que conseguiria concretizar esta é inacreditável. Acho que foi o facto de gostar tanto dela que me permitiu ir mais além da razão, e do meu próprio cinismo e pessimismo. Esse foi o poder que ela teve sobre mim; e acho que ainda tem. De qualquer forma, não me arrependo desta história toda. Ela é uma pessoa importante na minha vida, inspira-me artisticamente e faz-me pensar sobre a existência de uma forma diferente.
De facto, ela provou-me que a vida injusta e que se eu estiver errado e existir mesmo um grande plano para cada um, o meu não pressupõe felicidade imediata. Ainda quero acreditar que a pressupõe de todo, seria azar a mais. Se a vida fose justa, seríamos ambos da mesma nacionalidade, vivendo no mesmo país e nesse caso, tudo correria bem. O Homem pode pensar que controla tudo, mas a distãncia geográfica ainda é um obstáculo neste mundo dito globalizado. No entanto, ainda somos amigos. Ambos queremos isso. Esta é outra lição mais positiva que aprendi: a amizade pode sobreviver à distância. Ao menos isso.
Não se pense no entanto que perdi a esperança. Nada disso. Eu nem acredito em almas gémeas! E ainda sou novo. O ser humando vive em média até aos anos. tenho muito tempo. Mas ela já se despachava, não?
Lição número 1: Chorar? Sim...
No meu tempo de vida, não morreram muitos parentes próximos; e por próximos, entenda-se que o grau de parentesco mais distante será o de um bisavô. A primeira foi a minha bisavó Ermelinda, que morreu mês e meio depois de eu ter nascido. Não quero acreditar que eu tenho sido um presságio agourento... O que conta aqui é que eu não tinha sequer notação do que era vida, quanto mais o que era a morte. Tinha mês e meio! Se me dessem leite materno e o conforto de um cobertor quentinho, era o Paraíso para mim. Embora ainda hoje se sintam os efeitos desse lgado de preferências (continuo a procurar uma mulher que me dê de mamar e que me aqueça debaixo dos cobertores) o certo é que nem seuqer tenho memória da cara da senhora e se não fosem fotografias, não saberia hoje como era. O segundo foi o meu bisavô Basílio e aí já tinha a bela idade de 12 anos, ou seja, já teria pelo menos a ideia do quer seria o mistério da morte e o que pode provocar o falecimento de alguém. Lembro-me que cheguei da escola (e, estranhamente, as mortes seguintes têm sempre algo a ver com esta instituição), e a minha avó paterna me deu a notícia. Sabem como é que que eu fiquei? Como se ela me tivesse dito "A cama está ali e ali atrás é a sala." Exacto, não me aqueceu nem me arrefeceu. Acho que perguntei apenas: "Quando" e "Os meus pais chegam tarde?", e fui tomar banho.
O segundo foi o meu avô paterno, Hélder, 2 anos mais tarde. Morreu subitamente, de uma trombose, seguida de um AVC. Mais uma vez, chegava eu da escola e a minha mãe contou-me que ele tinha morrido. O meu avô Hélder e eu não éramos muito próximos, apesar de ele viver perto de minha casa, contrariamente ao meu bisavô, que morava noutra localidade. Novamente, o mesmo sentim,ento de indiferença: não gostava muito do avô Hélder, tinha modos crispados para com os netos e eu também não era propriamente a pessoa mais ponderada e calma quando era adolescente, por isso dava sempre faísca. Novamente, indiferença. As tragédias comuns pareciam não ter efeito em mim. Até então, se chorara, fora em criança, por ter levaod uma palmada ou esfolado os joelhos. Podia sentir comoção, mas não conseguia chorar. Nem prendia, nem nada: apenas nunca fora capaz de chorar.
E continuei a não ser capaz de o fazer nos anos seguintes. Não que não tenha tido momentos dolorosos na minha vida, tive-os. Para além disso, tive-me como principal inimigo, o que é um grande problema para a minha estabilidade emocional. Ainda assim, estoicamente permanecia. Até que 2005 marcou o ano da derrocada dessa muralha. No dia 21 de Abril, saía eu da escola, vindo de dar uma aula de apoio a alguns alunos meus, quando o meue telemóvel toca. Era a mninha mãe. A minha avó Lurdes, avó materna, acabara de falecer. Ainda me custa escrever isto... Na altura, parecia que um comboio desgovernado tinha passado sobre mim. Aquela mulher era referência basilar da minha infância, literalmente fora a minha segunda mãe. Ela gostava de mim como se eu fosse filho dela, talvez por razões que agora não interessa aqui explicar. Mas tínhamos uma relação muito próxima e ela ralava-se comigo para lá do que é paranoicamente aceitável. E morrera. Vim para casa, meio abananado e quando cheguei, abracei a minha mãe, que chorava e nem sequer tive tempo para descansar: fui directamente para o velório. Não tenho plena memória do que se passou, mas lembro-me de estar junto ao caixão onde repousava, fria, a minha avó. Tocar na mão dela gelada terá sido, porventura, dos momentos mais doloros pelos quais passei nestes 23 anos em que vivi. Estava ali e eu não podia negar, nem enganar-me, nem iludir-me: estava morta. Branca, pálkida, fria: um cadáver. E o único sítio onde ainda vivia era na minha cabeça, onde relembrava todos os momentos que passara com elas, desde a infância, até ao último ano e meio, onde estive à beira da cama dela, onde sofria de um enfisema pulmonar. Ainda assim, com choro à minha volta, luto, dor, vozes de cana rachada entoando orações da tanga, eu permanecia como o centro inabalãvel daquele mundo, confortando toda a gente, com presença de espírito suficiente para faezr rir o coitado do meu primo Ricado, que nem sequer conseguira encarar a visão cadavérica da nossa avó. Nunca descobri como o consegui fazer, nem me parece que o descobrirei. Mas por uma vez na vida, senti-me felkiz por ser cínico, sarcástico, de conseguir fingir que sou distante. Por momentos, sei que levei conforto a pessoas que dele precisavam.
No dia seguinte, no funeral, repetiu-se a cena. Era novamente eu a torre de pedra que não desmoronava perante a tempestade e confortava os outros. Não queria ir ao funeral, detesto-os. Para além disso, sou agnóstico. Mas fui. Era a minha avó, porra.
E até ao fim caminhei, até colocarem o caixão na cova: fez-se a última oração, a terra aceitou-a lentamente, enquanto o coveiro despejava sobre ela a terra em redor do buraco. A multidão que compunha o cortejo fúnebre (e era muita gente) começou a dispersar. A certa altura, reparei que era eu o único a permanecer, a observar a última viagem da Maria de Lurdes Basílio. Nese momento, quando realmente me apercebi de que nunca mais a voltaria a ver, chorei. Deitei lágrimas como uma criança, e sem ninguém para me consolar. Fiquei ali sozinho, a olhar o buracpo já tapado, e exprimir aquilo que me fluía nos olhos. Pensei então em algo sobre o qual reflectira tempos atrás: se a Morte viesse e me desse a escolher qual dos vaós iria em último, eu escolhia-a sem pestanejar. Acho que também chorava um pouco por isso: por me aperceber de que não ia escolher, e que as pessoas boas vão e as más ainda por cá continuam muito tempo. A vida não é justa, pensei; e chorei por isso. Porque não devia ser assim.
Desde então, fui uma vez à campa dela. Custou-me. Desde então, não voltei lá, mas talvez o faça neste início de ano. Tenho saudades dela, mas agora não choro. Agora rio. Porque tenho a certeza de que a Lurdes gostava mais me ver a rir do que a enxugar água salgada das faces.
O segundo foi o meu avô paterno, Hélder, 2 anos mais tarde. Morreu subitamente, de uma trombose, seguida de um AVC. Mais uma vez, chegava eu da escola e a minha mãe contou-me que ele tinha morrido. O meu avô Hélder e eu não éramos muito próximos, apesar de ele viver perto de minha casa, contrariamente ao meu bisavô, que morava noutra localidade. Novamente, o mesmo sentim,ento de indiferença: não gostava muito do avô Hélder, tinha modos crispados para com os netos e eu também não era propriamente a pessoa mais ponderada e calma quando era adolescente, por isso dava sempre faísca. Novamente, indiferença. As tragédias comuns pareciam não ter efeito em mim. Até então, se chorara, fora em criança, por ter levaod uma palmada ou esfolado os joelhos. Podia sentir comoção, mas não conseguia chorar. Nem prendia, nem nada: apenas nunca fora capaz de chorar.
E continuei a não ser capaz de o fazer nos anos seguintes. Não que não tenha tido momentos dolorosos na minha vida, tive-os. Para além disso, tive-me como principal inimigo, o que é um grande problema para a minha estabilidade emocional. Ainda assim, estoicamente permanecia. Até que 2005 marcou o ano da derrocada dessa muralha. No dia 21 de Abril, saía eu da escola, vindo de dar uma aula de apoio a alguns alunos meus, quando o meue telemóvel toca. Era a mninha mãe. A minha avó Lurdes, avó materna, acabara de falecer. Ainda me custa escrever isto... Na altura, parecia que um comboio desgovernado tinha passado sobre mim. Aquela mulher era referência basilar da minha infância, literalmente fora a minha segunda mãe. Ela gostava de mim como se eu fosse filho dela, talvez por razões que agora não interessa aqui explicar. Mas tínhamos uma relação muito próxima e ela ralava-se comigo para lá do que é paranoicamente aceitável. E morrera. Vim para casa, meio abananado e quando cheguei, abracei a minha mãe, que chorava e nem sequer tive tempo para descansar: fui directamente para o velório. Não tenho plena memória do que se passou, mas lembro-me de estar junto ao caixão onde repousava, fria, a minha avó. Tocar na mão dela gelada terá sido, porventura, dos momentos mais doloros pelos quais passei nestes 23 anos em que vivi. Estava ali e eu não podia negar, nem enganar-me, nem iludir-me: estava morta. Branca, pálkida, fria: um cadáver. E o único sítio onde ainda vivia era na minha cabeça, onde relembrava todos os momentos que passara com elas, desde a infância, até ao último ano e meio, onde estive à beira da cama dela, onde sofria de um enfisema pulmonar. Ainda assim, com choro à minha volta, luto, dor, vozes de cana rachada entoando orações da tanga, eu permanecia como o centro inabalãvel daquele mundo, confortando toda a gente, com presença de espírito suficiente para faezr rir o coitado do meu primo Ricado, que nem sequer conseguira encarar a visão cadavérica da nossa avó. Nunca descobri como o consegui fazer, nem me parece que o descobrirei. Mas por uma vez na vida, senti-me felkiz por ser cínico, sarcástico, de conseguir fingir que sou distante. Por momentos, sei que levei conforto a pessoas que dele precisavam.
No dia seguinte, no funeral, repetiu-se a cena. Era novamente eu a torre de pedra que não desmoronava perante a tempestade e confortava os outros. Não queria ir ao funeral, detesto-os. Para além disso, sou agnóstico. Mas fui. Era a minha avó, porra.
E até ao fim caminhei, até colocarem o caixão na cova: fez-se a última oração, a terra aceitou-a lentamente, enquanto o coveiro despejava sobre ela a terra em redor do buraco. A multidão que compunha o cortejo fúnebre (e era muita gente) começou a dispersar. A certa altura, reparei que era eu o único a permanecer, a observar a última viagem da Maria de Lurdes Basílio. Nese momento, quando realmente me apercebi de que nunca mais a voltaria a ver, chorei. Deitei lágrimas como uma criança, e sem ninguém para me consolar. Fiquei ali sozinho, a olhar o buracpo já tapado, e exprimir aquilo que me fluía nos olhos. Pensei então em algo sobre o qual reflectira tempos atrás: se a Morte viesse e me desse a escolher qual dos vaós iria em último, eu escolhia-a sem pestanejar. Acho que também chorava um pouco por isso: por me aperceber de que não ia escolher, e que as pessoas boas vão e as más ainda por cá continuam muito tempo. A vida não é justa, pensei; e chorei por isso. Porque não devia ser assim.
Desde então, fui uma vez à campa dela. Custou-me. Desde então, não voltei lá, mas talvez o faça neste início de ano. Tenho saudades dela, mas agora não choro. Agora rio. Porque tenho a certeza de que a Lurdes gostava mais me ver a rir do que a enxugar água salgada das faces.
Grandes lições de 2005
Quando se chega ao final do ano, uma parte de nós está encarregue de fazer a avaliação do mesmo: quais foram os melhores momentos? E os piores? Terei feito a opção correcta quando levei a camisa cor de rosa à festa dos Ferreira? Devia ter dito à minha namorada que as calças novas a faziam parecer gorda? Será que a alergia a pele de crocodilo que a mala dela provocou na minha cara afectraá a minha performance sexual aos sábados à noite?
Só perguntas legítimas que fazemos a nós próprios. A juntar-lhes, uma final e derradeiras: que lições tirei eu deste ano? A vivência humana é toda ela feita de aprendizagem, daquilo a que aprendemos a chamar na filosofia de praxis. Não somos meras bolas brancas que giramos nesta roleta a vermelho e preto que é a vida: andamos aqui para ver se ganhamos juízo e descobrir que apesar de tudo isso, aos 60 anos cometemos os mesmos erros que quando tínhamos 20. É sempre bom aproximarmo-nos do ocaso da vida e concluirmos que por vezes não fizemos nada de jeito ou que não aprendemos sequer nada quando fizemos nada de jeito. Acho que é essa a magia da vida: mesmo quando não aparentemente a fazer nada, estamos a viver. Ás vezes, é escusado estar com grandes ideias e projectos: John Lennon disse, e com razão, que a vida é o que acontece enquanto fazemos planos. Bem verdade: enquanto estamos ocupados a descobrir como viver, a vida passa-nos ao lado; mas se não nos preocuparmos com o nosso futuro e os nossos sonhos, o mais provável é que esse acto de existir seja apenas bilógico: comer, beber, andar e respirar. Qu encanto é esta vida, cheia de paradoxos e dilemas! Brilhante!
Nos posts seguintes, explanarei as lições mais importantes que aprendi este ano. A maior parte delas advém de ter passado por experiências no mínimo incomodativas. No entanto, erguendo o lema Montypythoniano, "Always look to the bright side of life". Se é mau e aconteceu, como poso transformar isso em algo de produtivo? Não será um guia sobre como fazê-lo, mas espero que sirva para pôr os leitores a pensar.
quarta-feira, dezembro 28, 2005
Uma coisa que me chateia é...
...quando as pesoas tentam discutir História comigo, e pensam que sabem mais que eu têm razão neste campo. Aacaso eu quando vou ao médico estou a ensiná-lo onde ficam os órgãos do corpo ou que exames devo fazer? Ou quando falo com um engenheiro sobre casas lhe tento dar uma lição sobre a melhor maneira de reforçar as fundações de um edifício? Ou quando discuto biologia com um biólogo disserto longamente sobre fungos com a plena certeza de que estou correcto?
A resposta é não.
Por isso, porque é que a malta das ciências sociais e humanas não merece o mesmo respeito? Eu sei que somos de História, mas ainda assim merecemos respeito.
Melhores do ano: música
A música é certamente a área que menos domino das 3 que vou analisar, e aquela onde menos vou ao fundo do baú, à procura de novidades. No entanto, e aplicando o mesmo critério, aqui estão o meu melhor de 2005
Melhor álbum
1 - "Funeral, The arcade fire
2 - "You could have it so much better", Franz Ferdinand
3 - "Extraordinary machine", Fiona Apple
4 - "Demon days", Gorillaz
5 - "Get behind me, Satan" - The white stripes
Menções honrosas:
1 - "American Idiot", Green Day (é de 2004, mas foi certamente o álbum que mais ouvi em 2005)
2 - "Una mattina", Ludovico Einaudi
Melhor álbum
1 - "Funeral, The arcade fire
2 - "You could have it so much better", Franz Ferdinand
3 - "Extraordinary machine", Fiona Apple
4 - "Demon days", Gorillaz
5 - "Get behind me, Satan" - The white stripes
Menções honrosas:
1 - "American Idiot", Green Day (é de 2004, mas foi certamente o álbum que mais ouvi em 2005)
2 - "Una mattina", Ludovico Einaudi
terça-feira, dezembro 27, 2005
Um pormenor
A maior parte das pessoas têm um enorme defeito, que partilho com elas, que é o de não repararem nos pequenos pormenores. Um deles, e que me afecta particualrmente, é o de quando chegamos a uma mesa de café e nos sentamos, as duas cadeiras ao nosso lado ficam desertas de imediato. Toda a gente se vai sentar nos restantes lugares em redor da mesa, excepto naquelas duas cadeiras. Claro que acerta altura não há mais lugares para nde fugir e inevitavelmente, alguém tem de se sentar ao meu lado. Noto nisto e já o disse a várias pessoas, que me chamam de parvo e que tenho ilusões que não é nada disso. Bem, o certo é que me está sempre a acontecer. Já se deu até que pessoas se sentam ao meu lado e depois, provavelmente porque não tomo banho há seis meses, devem-se aperceber de um cheiro esquisito e mudam imediatamente de lugar para o canto oposto da mesa.
Claro que ainda gosto que me digam que isto sou eu a ser paranóico. Claro que é. Aliás, semprer adorei que certas pessoas me vejam como maluquinho. É algo que me favorece claramente o ego e a auto-estima, algo de que as pessoas se queixam sempre, que anda muito por baixo e não percebem porquê. Pois.
Claro que ainda gosto que me digam que isto sou eu a ser paranóico. Claro que é. Aliás, semprer adorei que certas pessoas me vejam como maluquinho. É algo que me favorece claramente o ego e a auto-estima, algo de que as pessoas se queixam sempre, que anda muito por baixo e não percebem porquê. Pois.
domingo, dezembro 25, 2005
Os melhores do ano: Televisão
É sempre costume, à medida, que o ano se aproxima do seu término, haver listas de mlhores do ano e assim. Este blog não quer fugir à moda e irá, durante esta semana, publicar os nomes daqueles que, segundo a minha humilde opinião, fizeram o ano nas suas determinadas áreas. Poderõa não ser exactamente de 2005, mas como os descobri apenas neste ano, passam a ser. Começamos pela televisão.
Personagem do ano
1- Gregory House ("House") - Já falei dele noutro post e basta dizer que carrega o programa às costas. Bendita a hora em que David Shore se lembrou de a criar!
2- Malcolm Reynolds ("Firefly") - O carismático capitão da Serenity é um personagem extremamente bem construído por Joss Whedon e autor das algumas das mais inspirada spunchlines do anos. Além disso, é composto de várias camadas que se vão revelando ao longo da série, algo que adoro em personagens
3- Jin Kwon ("Lost") - Neste momento, o meu personagem favorito da série. O quanto ele transmite sem falar inglês e o sue trajecto na ilha são dos mais complexos que lá estão, e com um história passada consistente e reveladora da sua verdadeira natureza, jogando com as nossas ideias preconcebidas sobre alguém. Sabe bem vê-lo gozar um momento de glória agora.
4- John Locke ("Lost") - O homem mistério da ilha, e ninguém sabe muito bem, até à 2ª série, de que lado ele está, ou para onde rema. Formará com o Mr. Eko a grande dupla da 2ª série de "Lost", e prevêem-se novos usos dados aos cantos escuros da Escotilha...
5- Veronica Mars ("Veronica Mars")- Kirsten Bell encarna na perfeição a personagem de Veronica Mars, uma miúda esperta que antes andava com os mais populares da escola e agora é uma espécie de mulher de armas sem grupo definido, que resolve os casos que cada aluno da escola lhe traz, e tenta resolvel mistérios passados, enquanto vive os dramas da uma teenager de 17 anos. É uma personagem complexa, dividida entre o amor à verdade e ao pai, enquanto que pelo meio os fantasmas do passado se intrometem.
Cena do ano
1 - "Fuck!" - (Episódio "Old Cases", "The wire") - Uma cena de 4 minutos envolvendo apenas a palavra "Fuck". É o quanto este momento é brilhante.
2 - Início da segunda série, dentro do alçapão (Episódio "Man of science, man of faith", "Lost" - O plano ascendente que vai desde o fundo do alçapão até Jack, Kat, Locke e Hurley é a certeza de que aquele homem que vimos anteriormente, armado até aos dentes, e vivendo num ambiente muito seventies é o ponto de partida da parada de bizarria que é esta série.
3 - A descoberta do pai (Episódio "Meet Mrs Smith", "Veronica Mars") - Não querendo revelar a cena, foi um dos grandes twists do ano, em qualquer área de ficção.
4 - O salvamento do gato (Episódio "Cursed", "House") - Uma pérola brilhante de argumento, da forma mais simples de encadeamento lógico. Até o próprio DR. House ficou admirado.
5 - Locke anda (Episódio "Walkabout", "Lost" - season 1) - Todo o episódio, todo o choque de conhecer Locke nos conduz ao momento que que nos apercebemos da deficiência passada de John Locke. Brilhante!
Série do ano
1 - "Lost" - Seo reality show "Survivor", David Lynch, "The X-Files", "The twilight zone" Paul Thomas Anderson se condensassem num só, este seria o resultado. Um entretenimento certeiro, mas ao mesmo tempo um estudo perturbador e profundo da natureza humana, sobre a redenção e sobre a forma como o passado influi no presente. Para além disso, é marado como o caraças! A série com mais mistérios por metro quadrado do momento.
2 - "Firefly" - Um western no espaço será a mlehor forma de a definir. Se juntarmos a isto os diálogos à la Joss Whedon temos entretenimento de primeira água, num programa inteligente que trata o espectador com respeito.
3 - "House" - OA cura para todos os dramas médicos. Que série que se quer dar ao respeito teria como personagem principal um médico como o Dr. House. Neste momento, a série com melhores one liners da televisão actual.
4 - "Harsh Realm" - Chris Carter viu esta sua série cancelada, acerca de um mundo virtual criado pelo exército, dominado por um coronel, Omar Santiago, que se prepara para conquistar o mundo real. Um soldado, Tom Hobbes (reminiscência do filósoifo inglês Thomas Hobbes) tem a missão de o deter. Matrix meets conspirações militares.
5 - "The wire" - Um mosaico do combate ao narcotráfico em Baltimore, abordando o ponto de vista dos polícias, mas também dos traficantes, fazendo-nos questionar sempre quem afinal são os maus da fita. Do mesmo autor de "Homicide: life on the street", mantém o realismo e a qualidade de diálogos e de caracterização de personagens.
Cast do ano
1 - "Lost" - Um cast extenso, mas todo ele de excelente qualidade, imprescindível para tornar credível uma série com um ponto de partida estranhíssimo. Nota alta para todos, mas especialmente para Josh Holloway, Naveen Andrews, Terry O'Quinn, Daniel Dae Kim, Matthew Fox e Evangeline Lilly. Vai bem, a miúda
2 - "Firefly" - Um conjunto de inadptados, capazes de construir personagens carismáticas, mas ao mesmo tempo humanas. Destaca-se naturalmente Nathan Fillion, embora Ron Glass, no papel de pastor Brooks, seja também um achado.
3 - "The wire" - Entre traficantes e polícias, a sensação do real. Não há uma única falha. Dominic West, John Doman, Idris Elba e Sonja Sohn estão on fire.
4 - "The fast show" - 5 ou 6 actores cómicos, mas destaque óbvio para Paul Whitehouse. Um dos melhore cómicos britânicos da actualidade.
5 - "House" - Mais um casting bom, embora com um actor dominante: Hugh Laurie, o melhor actor do ano.
E aqui está. É uma lista breve, mas concisa do que de melhor vi este ano. Esta semana, seguem-se as próximas.
Agradecimentos
Um muito obrigado às pessoas que me deram prendas de Natal, pois são elas que ainda me fazem acreditar que há por aí alguém que ainda me estima. Pronto, elas e todas as pessoas que não vão dizendo "És um palhaço, Avelino." Essas também me mantém a esperança em alta. Um obrigado especial à K, à Lisa, à Rita e à Libânia. Como não são da família, bem merecem um abraço e dois beijinhos.
Já agora, alguém viu por aí o Zé Carlos?
P.S Pai Natal, estou muito zangado contigo. Até agora, népia de satisfazer nenhum dos meus pedidos. Estás chateado por ter dit0o que não acreditava em ti? És muito raivoso, pá. Ao menos o tei rival sempre fala em perdão e tal. Tinhas muita coisa a apredner com ele!
Já agora, alguém viu por aí o Zé Carlos?
P.S Pai Natal, estou muito zangado contigo. Até agora, népia de satisfazer nenhum dos meus pedidos. Estás chateado por ter dit0o que não acreditava em ti? És muito raivoso, pá. Ao menos o tei rival sempre fala em perdão e tal. Tinhas muita coisa a apredner com ele!
quinta-feira, dezembro 22, 2005
Carta ao Pai Natal
Olá, Pai Natal. Queres mesmo que te chame isto? Há quem diga que te chamas Nicolau. Telefonei para a Conservatória e não tinham lá o teu registo. Poderia-me ter informado na Finlândia, mas qualquer um sabe que perceber finlandês é mais difícil que entender húngaro... No meio do meu humor retorcido, pensei numa pleíade de nomes para te apupar: badocha, pote de banhas, boneco da MIchelin em lã vermelha, pedófilo de barbas brancas ou mesmo Eduardo Prado Coelho, mas achei que, uma vez no ano, devia ser eu mesmo. Por isso deixo a acidez e o sarcasmo de fora e trato-te pelo teu nome artístico. Não é grande coisas, mas vendo bem as coisas, há quem mude para Marco Paulo.
Continuando na onda de sinceridade, deixa-me dizer-te que nao acredito em ti. Até gostava, mantinha alguma espécie de chama viva em mim, mas já sou suficientemente lunático para espalhar por aí que acredito num badocha de vermelho que desce chaminés e distribui prendas às crianças. Além disso, não sou homem de grande fé: também não creio no teu concorrente directo, o Menino Jesus. Ou Emanuel, que é o que o pai biológico dele lhe chama. Pensando bem, não o percebo, pá. Então ele chama-se Emanuel e quer que lhe chameme Jesus? Bem, tendo pais com nomes como José e Maria, ele tinha de arranjar um nome fixe. Tipo Jesus; e tinha razão: pegou! Além disso, sempre é mais fixe dizer que se é filho de Deus que do José e da Maria. Além de Messias, ele era um génio do marketing! Ainda assim, se o gajo existir, deve ter um conjunto de problemas existenciais que não lhe invejo: imagino-o a olhar para este mundo, enquanto bebe um copo e se pergunta, às vezes, porque raio é que morreu na cruz. Parecendo que não, deve ser doloroso, e apesar da ressurreição, sempre morreu, caramba! É por isso que não sei qual dos dois tem a missão mais difícil: tu carregas presentes e conduzes um trenó puxado por renas mal-cheirosas e ele, ao que parece, carrega com os pecados da Humanidade. Só com o Saddam, o homem deve ter ganho uma hérnia discal, coitado!
Mas chega de críticas, pote de banha. Natal é época de concórida e não podemos andar aqui a malhar na concorrência.
As cartas que recebes são de gente muito pedinchona. Geralmente, de crianças, que pedem brinquedos. A definição de brinquedo para uma criança pode ser muito alargada e ir desde uma boneca a um computador topo de gama, passando pela Força Suprema do Son Gokou ou o pirete máfico do Cristiano Ronaldo. É mágico o mundo das crianças, e confesso que gostava que um dia me fosse dada a possibilidade de reviver a fase da infância. Mas sendo agnóstico, a quem posso pedir, não é? À ciência? Nem por sombras: há anos que lhe pedimos tanta coisa e temos sido frustrados que realmente não podemos ver nela um Deus... Não podemos ser crianças a esse ponto: se por um lado a ciência nos deu a televisão e a conquista do espaço, por outro criou o papel de alumínio e os peelings. Já para não falar da assustadora da posibilidade de um dia, enquanto estamos a ser operados, o cirurgião acender um cigarro junto às botijas de oxigénio, e nós de repente nos vermos a voar por cima da cidade, deitados numa marquesa... Os pedidos que te trago são mais mundanos e se calhar mais difíceis, pois por muito especializados que os tes anõs sejam, acredito que isto foge bastante da sua área de acção. Isto sou eu a dizer, que não conheço anões. Bem, conheço uma, assim pequenina, mas ela é mais neurobiologia.
O meu primeiro pedido prende-se com o Glorioso: dá-nos lá o caneco outra vez, pá! Bem vejo que vestes de vermelho, por isso nem disfarças o clubismo; e vê lá se arranjas uma abre-olhos ao Koeman e o fazes ver que aquele Beto só é jogador do Paços de Ferreira para baixo! Mete o Karagounis a jogar menos futebol de praia e concerta as pernas ao Simão e ao Moreira. Já que estás por essas bandas, e se ainda tiveres tempo, dá um jeito na fronha e na fala do Petit e arredonda um pouco mais a cabeça do Luisão. É que às vezes, julgo estar a ver o "E.T", em vez de um jogo de futebol...
A segunda prende-se com uma coisa mais pessoal e que me irrita há algum tempo: podias arranjar uma forma de me desencalhar? Não sei, fazer-me uma de encomenda ou assim. É que já nem sei mais o que fazer. Eu faço um esforço, a sério que faço: tenho uma rapariga de quem gosto muito e outra por quem estou interessado, mas não devia. Assim uma daquelas coisas que nem devemos pensar para nós próprios, porque não vale a pena chatices que não queremos enfrentar. Bem, acho que esta observação vale para as duas. No primeiro caso, penso que ainda poderias ajudar, tipo ofercendo-me um aparelho de teleporte para a Hungria ou assim, que eu pudesse utilizar regularmente. Já me safava! Sempre me alegrava um pouco, pois é muito difícil estar longe de pessoas de quem gostamos muito, e que nos fazem realmente acreditar que a vida, além de valer a pena, é profundamente injusta. No segundo caso... Bem, é melhor nem pensar nele, a vida é tão bonita e eu já tenho chatices de sobra, pá. Portanto, o aparelho de teleporte é a prenda neste segundo pedido. Mas se fizeres algo em relação ao segundo, não era pior. É Natal, portanto pedir não faz mal. Além disso, o primeiro caso é daqueles de que me estou a tentar desligar. Mas ela não torna as coisas fáceis, boneco da Michelin em lã vermelha, não torna não. É aquela velha história do "Longe dela, dói-me das duas maneiras".
O terceiro pedido era para me dares esse dom raro que é perceber as pessoas. É que não as consigo perceber mesmo. Principalmente se gostam ou não de mim; e se não gostam, porquê. Há quem goste de se se sentir tipo esterco, mas eu não. Para me deixar de sentir assim, teria de abdicar de uma coisa que prezo muito, que é a criança que vive plenamente dentro de mim, e que além de ser parva, é mais frágil e ingénua do que as pessoas geralmente pensam. Mas gosto demasiado dessa criança para a querer matar. Por isso, outro favor: dá-me mais confiança, pá, faz com que algo de que eu precise realmente me corra bem. Qualquer coisa, tipo o segundo pedido, faezr com que as pessoas não tenham medo de mim e se aproximem de mim ou que simplesmente me dêem abraços, beijinhos ou me façam festinhas sem que eu tenha de lhes pedir, ou suplicar. É que sabia bem, Pai Natal, e já há muito que não me fazem isso. Custa, é verdade, mas bem diz uma amiga minha que eu até sou bastante normal para quem se sente tão sozinho. Que achas, pedófilo de barbas brancas?
Quarto pedido: queres vir fazer os meus trabalhos de Mestrado por mim?
Quinto pedido: tenho uma amiga minha de quem gosto muito, embora às vezes fique com a ideia de que ela me olha assim um bocado de lado. Mas hei, sou eu, o paranóico. Podias criar uma ponte aérea expresso entre Bradford e Ceira? Ela agradecia, e eu também!
Sexto pedido: Inspiração. Sei que parece parvo eu pedir isto, mas queria uma ideia genial, em vez das muito boas que às vezes tenho. Pode ser?
Sétimo: Bem, este vai ser o último. Podia pedir a paz no mundo, mas estaria a bater à porta errada; e quem diz paz, diz acabar com a fome, com a doença e a pobreza. Por isso, uma coisa simples: faz-me sentir menos frágil, ok? Estou farto de o ser. Torna-me forte como tu, assim tipo Eduardo Prado Coelho, mas sem as banhas. Já sou gordo o suficiente.
Vá, e fico por aqui, que tu estás com pressa, e deves usar óculo de vista cansada. Não te quero maçar, pá. Desejo-te uma boa viagem de trenó e cuidado com os Boeings, os OVNI e um ou outro militante do bloco de esquerda ganzado!
Muito cordialmente
Bruno Ricardo
segunda-feira, dezembro 19, 2005
Faz anos hoje...
... um dos maiores realizadores de todos os tempos, e que se cale a abutrada do costume, a brigada que se uniu contra ele e as suas obras: Steven Spielberg, mestre e senhor do celulóida, chega hoje aos 59 anos. Um homem que faz "War of the worlds" e "Munich" no mesmo ano tem uma pedalada invejável. Muitos parabéns e fica um desejo pessoal: traz lá o Indy IV, pá!
sexta-feira, dezembro 16, 2005
Fibrilhação
Falámos hoje ao telemóvel, culpa de um pretexto. Senti-me bem ao ouvir a voz dela e ela ria-se de cada vez que eu falava. Encaixávamos mesmo na trapalhice de uma conversa à distância. Mostrámos um pouco das nossas vidas um ao outro, e por momentos sentimos que estávamos ambos na mesma casa de banho. Soube-me bem. E quanod desci as escadas para me aconchegar à lareira, senti-me sozinho e frio. Deixara o calor lá em cima.
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Mais um participante!
Parece ser hoje o início oficial do campeonato mundial da Estupidez, Canalhice e afins! O blog "I'm a complex guy, sweetheart" é quem acompanha esta competição e depois de já ter anunciado o casal espancador de Viseu, George W. Bush e Mahmud Ahmadineyad como concorrentes, eis que o presidente do Vitória de Setúbal, Chumbita Nunes, se junta à contenda. As suas afirmações de que NOrton de Matos só não foi despedido por misericórdia e que é ele a voz de revolta dos jogadores garantem-lhe entrada directíssima, e sem necessidade de play-offs, na competição, pois só alguém que foi alvo de uma lobotomia profunda consegue proferir estes urros, quando o clube que preside não paga aos jogadores desde Setembro e ainda assim está em 3º lugar no campeonato.
A sucessão de candidatos nesta semana tem sido apaixonante e lançam-se apostas sobre qual será o sector que fornecerá o concorrente seguinte. Eu acho estranho que a política portuguesa ainda não tenha lançado o seu homem.
A sucessão de candidatos nesta semana tem sido apaixonante e lançam-se apostas sobre qual será o sector que fornecerá o concorrente seguinte. Eu acho estranho que a política portuguesa ainda não tenha lançado o seu homem.
Separados à nascença
Após ter procurado durante muito tempo no mundo ocidental, nas pessoas de Sílvio Berlusconi e de Santana Lopes, George W. Bush encontrou finalmente um irmão de armas em estupidez onde menos esperava: no Irão. O presidente iraniano Mahmud Ahmadineyad prvou ser um George W. Bush do mundo árabe, com o sue último êxito, que se segue aos recentes "Israel devia ser riscado do mapa" e "O holocausto nunca existiu": "A matança de judeus é um mito criado pelos judeus da Europa". Como mestrando de HIstória, tenho de amditir que sempre desconfiei diso e esperava que alguém comprovasse a minha teoria. Aliás, Auschwitz, Bierkenlau ou Bergen-Behlsen sempre me pareceram campos de férias; as numerosas referências por parte de líderes nazis a uma "Solução final" para os judeus são claramente menções encapotadas a um aumento de impostos; e ninguém percebe o que são aquelas fotografias com cadáveres ressequidos e queimados em câmaras de gás.
Doutoramento Honoris Causa para este homem já!
Porque é que somos o bicho mais inteligente
Se há momentos em que o timing é inimigo de Portugal (porque o é: Santana Lopes, por exemplo, teria sido figura de proa nos tempos idos do Barroco português, nos séculos XVII e XVIII, com todo o fausto, loucura e deboche; Paulo Portas já teve o tempo em que podia ter enveredado pela carreira eclesiástica, sendo certo que hoje seria Papa e nos teria livrado do seu arrepiante consulado à frente do PP; e homens e mulheres como José Cid, Manoel de Oliveira, a falange de boys do PSD e do PS, Vera Roquette e boa parte dos dirigentes de futebol portugueses mostram a ausência de um sentido preciso de timing de retirada), hoje foi um deles. Não é que no dia em que a ONU publica uma estatística que a todos orgulha, como é a do decréscimo da mortalidade infantil em Portugal, surge a notícia de que um bébé de 50 dias deu entrada no Hospital Pediátrico de Coimbra com sinais de abusos físicos? O espírito choca-se e treme; e quando se pensa que a coisa já é má, surge que afinal o bébé fora vítima de abusos sexuais. Mas a minha alma fica completamente parva quando leio que a criança fora atendida anteriormente por 4 vezes nos hospital de S. Teotónio de Viseu, por razões semelhantes, e que a Comissão de Protecção de Menores recomendara que o bébé ficasse à guarda da avó materna, debaixo do mesmo tecto dos pais, ele com 22, ela com 20.
Claramente estamos a entrar num mundo à parte e em que qualquer intelectualização deste acto, uma proeza só possível ao alcance da psiquiatria do século XX, não pode intervir. O que terá levado duas pessoas a cometer tais abusos sobre tão tenra alma humana? A Natureza? Sim, há animais que comem as crias. Mas esses não possuem esse dom tão belo que é a inteligência. Bem, pensando bem, nem os pais deste bébé, o que os coloca em pé de igualdade... Mas os bichos comem as crias porque têm fome; e que eu saiba, não lhe andam a dar porrada durante semanas antes de as comer: abocanham-nas e pronto! Parece horrendo, mas é a fome que aperta. Na civilizaão ocidental, há o McDonalds, que destrói sistemas digestivos, mas resolve este género de problemas.
Podem os pais alegar que o bébé os incomodava. Realmente, o choro é uma coisa chata. Já li sobre casos de gente que para calar os seus bebés os atiraram da janela ou simplesmente os meteram dentro do microondas. Ligado... Por isso, bater pode parecer a melhor solução, mas além de sujar a carpete (o que para a família média portuguesa é sempre um incómodo, bem superior ao espancar de uma criança...), poderá fazer a criança berrar de goelas bem abertas. Qualquer pessoa minimamente inteligente sabe que bater em alguém só causa dor e no caso das crianças, choro. Esperem, eu disse pessoas inteligentes. Esqueçam... Bolas, este caso parece realmente indefensável!
Quanto aos abusos sexuais... Bem, podem-me chamar limitado, mas eu até compreendo o impulso que leva homens a violar mulheres. Já a violação de bébés vem mostrar, de forma inequívoca, que Portugal é o pioneiro definitivo em práticas pedófilas e que os arguidos do processo Casa Pia eram claramente uns retrógrados, habituados a géneros de vida sexual claramente ultrapassados. Claro que, no meio de tudo isto, alguém, de preferência os pais da criança ( se partirmos do princípio que conseguem, pois para se explicar algo, é preciso alguma sageza e inteligência, que, como já se viu, não moram aqui) como é que alguém tem prazer em violar um bébé de 50 dias. A sério, gostava de saber. Têm vidas sexuais frustrantes? Eu também, pá, e no entanto não me lembro sequer de alguma vez ter pensado nisso. Carnes macias? Não sei, não gosto de fiambre; Acham sexys bébés em fralda? Nesse caso, sugiram que mudem a prescrição dos vosso óculos.
Chegados aqui, a conclusão, que parecia dúbia, confirma-se: NÃO HÁ JUSTIFICAÇÃO! Sinto por isso curiosidade em verificar algumas coisas, de futuro:
1 - Porque é que foi precisa uma quinta ida ao hospital de Viseu para os pais desta criança terem sido acusados de maus tratos infantis? A desculpa do "Caiu na escada" só devia ter resultado umas duas vezes...
2- Irá o advogado alegar insanidade mental? Por muito que me agrade, é um coisa demasiado óbvia e lembremo-nos que para se ser insano mentalmente, é preciso possuir faculdades mentais...
3 - Será que alguém se irá lembrar que por um caso que nos choca em Portugal, há dez ou vinte diriamente noutros países cujo nome nem conseguimos pronunciar? Seria interessante ver se haveria uma revolta tão pungente se fosse alguma das crianças chinesas maltratadas apenas pelo facto de terem nascido do sexo feminino...
4 - Quem terá coragem para vir a público apelar à confiança nas instituições? Eu não, de certeza!
5 - Pena de morte para este caso, como há quem tenha sugerido? Claro que não: porque pouparíamos esta gente a abusos sexuais na prisão e uma vida inteira de achincalhamento público?
6 - No fundo disto tudo, há uma coisa boa: a memória das crianças só começa a formar-se em pleno aos 3 anos. Por isso, quando ele crescer, falará com os amigos sobre quando aprendeu a andar de bicicleta ou do boneco de plasticina que fez na primária e não daquela vez em que os pais foram presos, por terem a mão pesada. O corpo humano é uma máquina a que agradecemos poucas vezes...
Claro que quem lê isto espera que eu avance com uma explicação cabal. Durante uns momentos, preferi acreditar na Estupidez; noutros, na Maldade. No fim, lembrei-me que afinal tudo isto só pode desembocar na falta de cultura do povo português e a sua falta de leitura. Se tivessem lido Fernando Pessoa, saberiam que "o melhor do mundo são as crianças". Claro que me chateia saber que ainda é preciso recorrer a citações para nos vergarmos à evidência de tal verdade, mas para não me deixar abater pelo horror do mundo, é a explicação que quero reter na cabeça.
Claramente estamos a entrar num mundo à parte e em que qualquer intelectualização deste acto, uma proeza só possível ao alcance da psiquiatria do século XX, não pode intervir. O que terá levado duas pessoas a cometer tais abusos sobre tão tenra alma humana? A Natureza? Sim, há animais que comem as crias. Mas esses não possuem esse dom tão belo que é a inteligência. Bem, pensando bem, nem os pais deste bébé, o que os coloca em pé de igualdade... Mas os bichos comem as crias porque têm fome; e que eu saiba, não lhe andam a dar porrada durante semanas antes de as comer: abocanham-nas e pronto! Parece horrendo, mas é a fome que aperta. Na civilizaão ocidental, há o McDonalds, que destrói sistemas digestivos, mas resolve este género de problemas.
Podem os pais alegar que o bébé os incomodava. Realmente, o choro é uma coisa chata. Já li sobre casos de gente que para calar os seus bebés os atiraram da janela ou simplesmente os meteram dentro do microondas. Ligado... Por isso, bater pode parecer a melhor solução, mas além de sujar a carpete (o que para a família média portuguesa é sempre um incómodo, bem superior ao espancar de uma criança...), poderá fazer a criança berrar de goelas bem abertas. Qualquer pessoa minimamente inteligente sabe que bater em alguém só causa dor e no caso das crianças, choro. Esperem, eu disse pessoas inteligentes. Esqueçam... Bolas, este caso parece realmente indefensável!
Quanto aos abusos sexuais... Bem, podem-me chamar limitado, mas eu até compreendo o impulso que leva homens a violar mulheres. Já a violação de bébés vem mostrar, de forma inequívoca, que Portugal é o pioneiro definitivo em práticas pedófilas e que os arguidos do processo Casa Pia eram claramente uns retrógrados, habituados a géneros de vida sexual claramente ultrapassados. Claro que, no meio de tudo isto, alguém, de preferência os pais da criança ( se partirmos do princípio que conseguem, pois para se explicar algo, é preciso alguma sageza e inteligência, que, como já se viu, não moram aqui) como é que alguém tem prazer em violar um bébé de 50 dias. A sério, gostava de saber. Têm vidas sexuais frustrantes? Eu também, pá, e no entanto não me lembro sequer de alguma vez ter pensado nisso. Carnes macias? Não sei, não gosto de fiambre; Acham sexys bébés em fralda? Nesse caso, sugiram que mudem a prescrição dos vosso óculos.
Chegados aqui, a conclusão, que parecia dúbia, confirma-se: NÃO HÁ JUSTIFICAÇÃO! Sinto por isso curiosidade em verificar algumas coisas, de futuro:
1 - Porque é que foi precisa uma quinta ida ao hospital de Viseu para os pais desta criança terem sido acusados de maus tratos infantis? A desculpa do "Caiu na escada" só devia ter resultado umas duas vezes...
2- Irá o advogado alegar insanidade mental? Por muito que me agrade, é um coisa demasiado óbvia e lembremo-nos que para se ser insano mentalmente, é preciso possuir faculdades mentais...
3 - Será que alguém se irá lembrar que por um caso que nos choca em Portugal, há dez ou vinte diriamente noutros países cujo nome nem conseguimos pronunciar? Seria interessante ver se haveria uma revolta tão pungente se fosse alguma das crianças chinesas maltratadas apenas pelo facto de terem nascido do sexo feminino...
4 - Quem terá coragem para vir a público apelar à confiança nas instituições? Eu não, de certeza!
5 - Pena de morte para este caso, como há quem tenha sugerido? Claro que não: porque pouparíamos esta gente a abusos sexuais na prisão e uma vida inteira de achincalhamento público?
6 - No fundo disto tudo, há uma coisa boa: a memória das crianças só começa a formar-se em pleno aos 3 anos. Por isso, quando ele crescer, falará com os amigos sobre quando aprendeu a andar de bicicleta ou do boneco de plasticina que fez na primária e não daquela vez em que os pais foram presos, por terem a mão pesada. O corpo humano é uma máquina a que agradecemos poucas vezes...
Claro que quem lê isto espera que eu avance com uma explicação cabal. Durante uns momentos, preferi acreditar na Estupidez; noutros, na Maldade. No fim, lembrei-me que afinal tudo isto só pode desembocar na falta de cultura do povo português e a sua falta de leitura. Se tivessem lido Fernando Pessoa, saberiam que "o melhor do mundo são as crianças". Claro que me chateia saber que ainda é preciso recorrer a citações para nos vergarmos à evidência de tal verdade, mas para não me deixar abater pelo horror do mundo, é a explicação que quero reter na cabeça.
Qual Kasparov!
quarta-feira, dezembro 14, 2005
Ai é preciso saber falar português?
Os comentadores de futebol, embora mereçam a nossa compreensão como qualquer profissão, são dos cómicos involuntáiros mais óbvios do país. Seoutros exemplos não houvese, bastava ver este Benfica-Boavista, quando a certa altura o locutor dispara a seguinte frase: "O infatigável Petit é uma pedra nuclear no futebol do Benfica, mas começa a mostrar sinais de bastante cansaço." E perante isto, calo a piada.
sábado, dezembro 10, 2005
He still got it!
sexta-feira, dezembro 09, 2005
Se o meu corpo fosse um circo...
terça-feira, dezembro 06, 2005
Séries que não passam por cá
Numa rubrica que inicio aqui, gostava de começar com "House", drama hospitalar transmitido pelo canal Fox norte-americano. Antes que se ocmece a pensar que aí vem mais um "E.R" ou "Chicago hope", urge descansar o leitor e dizer que desta vez, os médicos bons samaritanos como os doutores Ross, Green e Carter ficaram em casa. A séria, apesar de ser sobre uma equipa de médicos, é acima de tudo acerca do seu mentor, Gregory House, um médico arrogante, cínico, sarcástico, desagradável e ácido que espalha lemas como "Os pacientes mentem, toda a gente mente" ou "Não é o meu dever gostar dos pacientes, é meu dever curá-los". Trata os doentes que lhe vêem parar às mãos com um desdém incrível pelos seus sentimentos e encara-os como puzzles clínicos prontos a resolver. Ter um personagem assim numa série de horário nobre é obra, e embora compreendamos um pouco o porquê de ele ser assim, e de até lhe acharmos uma profunda graça se formos parecidos com ele (o que é o meu caso), ele passa a primeira temporada da série sem exibir qualquer característica visivelmente redentora. A restante equipa é composta por 3 médicas: o doutor Foreman, um negro que mostra uma arrogância semelhante a House; o doutor Chase, um filho de boas famílias; e a doutora Cameron, jovem e inocente e com feridas mal fechadas no seu passado. Mas estes 3 acabam por não ter grande espaço para brilhar, pois House rouba o espectáculo e faz da série um One man show.
Outros dois personagens da série são o Dr. Wilson, o melhor (e um dos únicos) amigos de House, e a doutora Cuddy, directora do hospital e que mantém uma relação de amor/ódio com House, plena de uma certa tensão, por vezes sexual. House tem falhas como ser humano, mas é um médico birlhante, que geralmente acerta nos diagnósticos que efectua, mesmo que sejam os mais esquisitos que se possa imaginar. Afinal, o seu carácter é marcado por uma deficiência física, o músculo da barriga da perna esquerda morto devido a falha médica, e uma posterior dependência de comprimidos contra a dor. É um handicap físico que lhe causa as suas falhas como ser humano.
Grande parte do apreço que possamos ter pelo personagem é graças à interpretação fabulosa e inteligente de HUgh Laurie, actor sempre ignorado, que passou por filmes como "Stuart Little" e "The flight of the Phoenix", e que se revela aqui como um britânico que encarna na perfeição um norte-americano. Além disso, é incrível apreciar como ele caminha sempre na linha fina da ambiguidade moral que a personagem pode ter para o espectador e consegue ser bem sucedido. É um espectáculo espantoso ver o doutor House a disparar os seus one liners e a discursar acerca da sua visão sobre a vida e a medicina, trucidando quaisquer argumentos que lhe sejam postos à frente. Hugh Laurie é, de facto, a alma da série, embora qualquer um dos outros personagens seja potencialmente interessante. No entanto, ficam a anos luz da complexidade de HOuse. Mas afinal, a série até tem o seu nome.
Fica a primeira sugestão. Na próxima semana, e finalmente, "Firefly".
"Let me rest in peace"
I died, so many years ago.
But you can make me feel like it isn't so.
And why you come to be with me, I think I finally know, mmm.
You're scared, ashamed of what you fe - el.
And you can't tell the ones you love you know they couldn't deal.
A whisper in a dead man's ear, it doesn't make it real.
That's great, but I don't want to play.
'Cause bein' with you touches me, more than I can say.
And since I'm only dead to you, I'm sayin' stay awa y.
And let me rest in peace.
Let me rest in peace! Let me get some sleep!
Let me take my love and bury it in a hole six foot deep!
I can lay my body down but I can't find my sweet release!
So let me rest in peace!
You know, you got a willin' slave.
And you just love to play the thought that you might misbehave.
But 'til you do, I'm tellin' you
Stop visiting my grave!
And let me rest in peace!
I know I should go,
But I follow you like a man possessed.
There's a traitor here beneath my breast,
And it hurts me more than you've ever guessed.
If my heart could beat it would break my chest.
But I can see you're unimpressed.
So leave me be,
And let me rest in peace! Let me get some sleep!
Let me take my love and bury it in a hole six foot deep!
I can lay my body down but I can't find my sweet release!
Let me rest in peace!
Why won't you let me rest in peace!
Letra: Joss Whedon
Música: Christopher Beck
But you can make me feel like it isn't so.
And why you come to be with me, I think I finally know, mmm.
You're scared, ashamed of what you fe - el.
And you can't tell the ones you love you know they couldn't deal.
A whisper in a dead man's ear, it doesn't make it real.
That's great, but I don't want to play.
'Cause bein' with you touches me, more than I can say.
And since I'm only dead to you, I'm sayin' stay awa y.
And let me rest in peace.
Let me rest in peace! Let me get some sleep!
Let me take my love and bury it in a hole six foot deep!
I can lay my body down but I can't find my sweet release!
So let me rest in peace!
You know, you got a willin' slave.
And you just love to play the thought that you might misbehave.
But 'til you do, I'm tellin' you
Stop visiting my grave!
And let me rest in peace!
I know I should go,
But I follow you like a man possessed.
There's a traitor here beneath my breast,
And it hurts me more than you've ever guessed.
If my heart could beat it would break my chest.
But I can see you're unimpressed.
So leave me be,
And let me rest in peace! Let me get some sleep!
Let me take my love and bury it in a hole six foot deep!
I can lay my body down but I can't find my sweet release!
Let me rest in peace!
Why won't you let me rest in peace!
Letra: Joss Whedon
Música: Christopher Beck
segunda-feira, dezembro 05, 2005
"Give me something to sing about"
Life's a show, and we all play a part.
And when the music starts.
We open up our hearts.
It's all right, if some thing's come out wrong,
We'll sing a happy song
And you can sing along.
Where there's life, there's hope.
Every day's a gift.
Wishes can come true.
Whistle while you work.
So hard. All day.
To be like other girls.
Just fitting in this glittering world.
Don't give me songs.
Don't give me songs.
Give me something to sing about!
I need something to sing about!
Life's a song you don't get to rehearse.
And every single verse
Can make it that much worse.
(...)
So give me something to sing about!
Please, give me something!
Life's not a song.
Life isn't bliss, life is just this, it's living.
You'll get along,
The pain that you feel, you only can heal by living.
You have to go on living.
So one of us is living.
"The hardest thing in this world is to live in it."
"Once More with feeling - OST"
Letra: Joss Whedon
Música: Christopher Beck
And when the music starts.
We open up our hearts.
It's all right, if some thing's come out wrong,
We'll sing a happy song
And you can sing along.
Where there's life, there's hope.
Every day's a gift.
Wishes can come true.
Whistle while you work.
So hard. All day.
To be like other girls.
Just fitting in this glittering world.
Don't give me songs.
Don't give me songs.
Give me something to sing about!
I need something to sing about!
Life's a song you don't get to rehearse.
And every single verse
Can make it that much worse.
(...)
So give me something to sing about!
Please, give me something!
Life's not a song.
Life isn't bliss, life is just this, it's living.
You'll get along,
The pain that you feel, you only can heal by living.
You have to go on living.
So one of us is living.
"The hardest thing in this world is to live in it."
"Once More with feeling - OST"
Letra: Joss Whedon
Música: Christopher Beck
sexta-feira, dezembro 02, 2005
Ainda há artistas assim
Num mundo do cinema cad vez mais dominado por filmes hiper-publicitados, ocm milhentas entrevistas dos actores, manobras publicitárias em talk shows, entrevistas com fartura, posters a rodos e prendas a membros da Academia, sabe bem ver que há realizadores que se estão a borrifar para o sistema. Steven Spielberg já anunciou que vai abdicar de toda a parafernália habitual de marketing e lançar "Munich", o seu último filme, tal e qual como ele é: um filme; e a seguir, cabe às pessoas discutir o que viram, sem serem influenciadas. Tendo um tema polémico (uma birgada da MOSSAD é encarregue de executar os mentores dos atentados de 1972 em Munique, ligados à organização "Setembro negro"), e tão possível de ligar à actual situação norte-americana, o acto de Spielberg acaba por se mostrar ainda mais corajoso, e também vantajoso num mundo dominado por um discurso formatado, onde pronunciar o pensamento livre é mais um sarilho que um direito.
Apensarmos bem, apenas alguém com o estatuto e craveira de Spielberg se podia dar ao luxo de ignorar directivas de um grande estúdio. Ainda assim, não deixa de ser admirável que algume constatemente criticado por ser um artista conformista, comercial e ligado aos grandes estúdios e ao capital faça algo tão anti-comercial, ainda para mais com um filme seu que é indicado por quase toda a gente como o grande candidato a vencer os Óscares este ano. Resta saber se a qualidade do filme corresponde a este nível de expectativas. Pelo trailer, a mim, parece-me que sim; e quando Spielberg se vira para a seriedade assumida, o mundo treme e aparecem "ALista de Schindler" e "O resgate do soldado Ryan". Vamos lá a ver, Steve.
Um DVD de Natal
Neste dia de chuva, vi do princípio ao fim o DVD "Bullet in a bible", que documenta o monumental concerto que os Green Day deram durante o Verão em National Bowl em Milton Keynes, Inglaterra e só tenho a dizer que se confirma o óbvio: um concerto dos Green Day é um dos maiores espectáculos aoc cimo da Terra e supera mesmo o circo Cardinalli de 3 pistas. Claramente, a banda norte-americana é das melhores em placo da actualidade e a maneira como consegue não deixar o público sossegado e parado durante duas horas é fabulosa: desde a primeira à última música, há uma empatia clara entre audiência e banda, sendo que o principal responsável é claramente Billie Joe Armstrong, vocalista do grupo e um entertaineur de respeito.
Há palmas, há braços no ar, há fogo de artifício, há pulos e saltos, há os hinos de sempre (ouvir 65 000 pessoas a cantar "Time of your life" é qualquer coisa de muito transcendente) e mesmo tempo para "Shout" e "Always look to the bright side of life", dos MOnty Python. Além disso, trompetes, saxofones, trombones, pianos, acordeons, entre muitos mais atravessam um ecléctico alinhamento, que satisfaz fãs antigos e faz crescer saliva aos de sempre, com Basket Case, Brain Stew e Hitchin'a ride a revelarem-se hinos tão sonantes como American Idiot ou Boulevard of broken dreams. Enfim, como ainda estou sob o efeito esmagador que é ter visto isto e nunca ter assistido a um concerto deles ao vivo, é melhor parar. Vou ver outra vez a King for a day, esse candidato a hino gay de 1997.
quinta-feira, dezembro 01, 2005
Faz anos hoje...
Ponto da situação
O post passado foi o número 50. Até agora, tudo corre bem. O que é que vocês acham?
quarta-feira, novembro 30, 2005
Mas espera aí!
É a segunda vez esta semana que um voluntário de uma daquelas organizações que tenta prevenir a SIDA junto das pessoas me entrega um saco com material informativo sobre a doença, uma fita vermelha e um preservativo. Quererão lembrar-me que ando a falhar nalguma coisa, ao entregar-me algo para o qual, neste momento, não posso dar a mínima utilidade? Senti que me passaram um atestado de incompetência....
Faz hoje anos...
... que morreram uns quarenta e tal gajos, entre os quais o Álvaro de Campos, o Ricardo Reis, o Alberto Caeiro, o Bernardo Soares, o Fernando Pessoa...
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Só neste país...
À descarada...
O último anúncio publicitário da SIC é, talvez, um dos maiores roubos intelectuais dos últimos tempos no nosso País, que já de si está habituado a ser constante placo de apropriação de ideias de outrém e em declará-las como suas.
Neste caso, temos a voz da estação, de que agora não me lembro o nome, a gravar o último spot da SIC, que consiste em apregoar um canal de televisão viraod para o século XXI, com grandes séries e filmes. O homem lá vai desfinado chavões costumeiros da publicidade televisiva: "um furacão de prazer", "uma batalha de audiências", "Uma guerra pela qualidade"; e o funcionário de sonoplastia que está a gravar está sempre a corrigi-lo: "Não é uma guerra"; "Mas qual batalha? A gente até gosta disto", e afins. Quem vê aquilo, acha muita piada. E teria, se fosse verdadeiramente original.
O problema é que este anúncio é praticamente decalcado do modelo do teaser-trailer da fita "Comedian", de Christina Charles, documentário que segue a carreira de Jerry Seinfeld por bares de stand-up após o sucesso mundial da sua série televisiva. O teaser apresenta a conhecida voz da garnde parte dos trailers de filmes norte-americanos a aplicar chavões ao suposto trailer de "Comedian".
Isto é um aproveitamento descarado de uma boa ideia, à custa da falta de informação das pessoas. A SIC de Penim veio para revolucionar, é certo; mas pelos vistos, para plagiar também. Prevê-se um "CSI - Lisboa", o "Lost" em versão portuguesa anunciado neste blog irá mesmo avançar, mas com o elenco d' "O crime do padre Amaro" e palpita-me que "Duarte e companhia terá versão 2006, com Rodrigo Guedes de Carvalho, herman José e Fátima Lopes.
Pensamentos
Nestes últimos dias, e sem saber bem porquê, dei por mim a pensar numa frase famosa de Blaise Pascal: "O maior drama do Homem é poder fazer tão pouco por aqueles que ama." E concluo que o homem tinha razão, mesmo tendo vivido há 4 séculos, o que significa que o ser humano, como pessoa sentimenatl, não mudou tanto assim. Claro que a frase se pode entender em dois sentidos. Por um lado, que por mais que amemos uma pessoa ou que simplesmente lhe queiramos bem, nunca poderemos fazer tudo aquilo que queremos para lhe tornar a vida mais feliz, seja lá a felicidade o que for (para mim, às vezes, a felicidade é apenas um cobertor e uma boa série de televisão; mas noutras vezes, ter uma brutal morenaça em roupa interior para fazer os meus desejos e respondendo-me à dúvida de porque é que quando uma mulher me passa a língua pelas orelhas, eu começo logo a enrolar as palavras e a perder coerência de discurso já pode ser considerado algo bastante aceitável). Por outro, por mais que gostemos da pessoa, temos de considerar a possibilidade de que a pessoa não nos ache assim tanta piada e que a estima e a amizade que temos por ela pode ser mesmo um caminho de uma via e sem grande retribuição do outro lado.
Parece algo masoquista, mas acontece. Por isso acho piada quando se diz que só é mau quem faz trai os amigos e lhes faz trinta por uma linha (sendo que estes trinta por uam linha são coisas tipo roubar-lhe a namorada, decepar-lçhe membros, queimar-lhe o carro, insultá-lo ou fazê-lo ouvir durante uma noite inteira toda a discografia dos NIckelback). Acho que quem tem amigos que gostam dele/a e os trata desta maneira tem também um certo fundo de malvadez em si. Uma malvadez mais requintada e questionável, mas ainda assim malvadez, quiçá crueldade. Conscientemente ou incoscientemente, todos somos assim. Todos temos pessoas que gostam realmente de nós, mas a quem não damos grande importância e a quem não permitimmos a entrada no noss círuclo mais interno de amigos. Curiosamente, alguns a quem às vezes oferecemos esse bilhete acabam por se revelar grandes desilusões, mesmo com os avisos do noso cão que ladra furiosamente quando eles estão presentes. É curioso como os animais julgam melhro as pessoas que os próprios seres humanos.
Parece algo masoquista, mas acontece. Por isso acho piada quando se diz que só é mau quem faz trai os amigos e lhes faz trinta por uma linha (sendo que estes trinta por uam linha são coisas tipo roubar-lhe a namorada, decepar-lçhe membros, queimar-lhe o carro, insultá-lo ou fazê-lo ouvir durante uma noite inteira toda a discografia dos NIckelback). Acho que quem tem amigos que gostam dele/a e os trata desta maneira tem também um certo fundo de malvadez em si. Uma malvadez mais requintada e questionável, mas ainda assim malvadez, quiçá crueldade. Conscientemente ou incoscientemente, todos somos assim. Todos temos pessoas que gostam realmente de nós, mas a quem não damos grande importância e a quem não permitimmos a entrada no noss círuclo mais interno de amigos. Curiosamente, alguns a quem às vezes oferecemos esse bilhete acabam por se revelar grandes desilusões, mesmo com os avisos do noso cão que ladra furiosamente quando eles estão presentes. É curioso como os animais julgam melhro as pessoas que os próprios seres humanos.
segunda-feira, novembro 28, 2005
domingo, novembro 27, 2005
Coisas tristes
Por força do trauma, só agora coloco aqui aquele que se rá conhecido num futuro a médiuo prazo como um dos piores onzes titulares que o Benfica terá utilizado num jogo oficial nos últimos dez anos:
JOGO: LILLE SC X SL BENFICA
BENFICA
Guarda-redes: Quim
Defesas: Ricardo Rocha, Luisão, Anderson, Alcides
Médios: Léo, Beto, Petit, Nélson
Avançados: Miccoli, Nuno Gomes
JOGO: LILLE SC X SL BENFICA
BENFICA
Guarda-redes: Quim
Defesas: Ricardo Rocha, Luisão, Anderson, Alcides
Médios: Léo, Beto, Petit, Nélson
Avançados: Miccoli, Nuno Gomes
sexta-feira, novembro 25, 2005
E ninguem se lembra...
A maior parte dos portugueses foi acometida hoje de uma amnésia colectiva, mas neste 25 de Novembro faz 30 anos de que o país esteve para descambar e a entrar em guerra civil, com a ajuda dos paraquedistas de Tancos e a malta mais revolucionária do PCP. O estranho é como um dos momentos mais quentes da nossa história moderna é assim votado ao esquecimento. Valeu-nos a RTP, com a exibição de curtas, mas informativas reportagens sobre os momentos chaves desse Verão Quente que conduziu ao golpe do 25 de Novembro. Porra, isto podia ter virado a União Soviética! OK, piada sem qualquer base científica e merecedora de um raspanete por qualquer um dos meus professores de Mestrado...
Pêsames
quarta-feira, novembro 23, 2005
A minha vida amorosa é tão má...
... tão má, tão má, quando me perguntam como é que ela anda, a única que resposta que posso dar é "Qual vida amorosa?"
O meu álbum
O álbum que mais marcou a minha vida, e ainda continua a marcar, é "Nimrod", dos norte-americanos Green Day. A banda de Oakland, California, conseguiu gravar um disco que parece feito especialmente para mim e para a minha personalidade, além de, musicalmente, ser muito bom. Todas as letras, o tom das músicas, são meus. Acho que a certa altura, deixou de ser o álbum dos Green Day e passou a ser "o meu álbum". Desde a clássica "Time of your life" passando por uma arrojada abordagem instrumental chamada "Last ride in", que acaba por ser uma reflexão sobre a morte e o que há para além dela, e acabando em hinos de homens que se vestem de mulheres como "King for a day", é um álbum rock, mas em que cada canção soa diferente do anterior e onde a arte de Billie Joe Armstrong escrever versos que condensam no mínimo uma grande quantidade de sentimentos vem ao de cima. Fica aqui o alinhamento do álbum e a letra de uma canção que, em muitos momentos da minha vida, é o discurso que faço para mim mesmo.
1. Nice Guys Finish Last
2. Hitchin' A Ride
3. Grouch
4. Redundant
5. Scattered
6. All the time
7. Worry rock
8. Platypus (I Hate You)
9. Uptight
10. Last ride in
11. Jinx
12. Haushinka
13. Walking alone
14. Reject
15. Take back
16. King for a day
17. Good Riddance (Time Of Your Life)
18. Prosthetic Head
"WALKING ALONE"
Come together like a foot in a shoe
Only this time I think I stuck my foot in my mouth.
Thinking out loud and acting in vain.
Knocking over anyone that stands in my way.
Sometimes I need to apologize.
Sometimes I need to admit that I ain't right.
Sometimes I should just keep my mouth shut, or only say hello.
Sometimes I still feel I'm walking alone.
Walk on eggshells on my old stomping ground,
Yet there's really no one left, that's hanging around.
Isn't that another familiar face?
Too drunk to figure out they're fading away.
terça-feira, novembro 22, 2005
Algo para rir...
Há quem diga que a forma como Portugal e os portugueses tratam a cultura é um dos defeitos da nossa sociedade. Eu cá até acho o contrário, que é uma grande benção. Em que outro lugar podeira eu comprar uma edição especial de Taxi Driver, um clássico do cinema realizado por Martin Scorsese, por menos de 10 euros? Só num país onde o que é bom não é valorizado pelo preço que lhe dão! E o Alien vs Predator continua acima dos 22 euros!
Gostar de alguém
Gostar de alguém é às vezes tudo menos gostoso, principalmente se a outra pessoa não sente o mesmo que nós e nem podemos fazer grande coisa em relação isso. Apenas olhar para ela, com um ar meio catatónico e sentir um pequeno desespero a comer-nos cá dentro. É bem triste, e damos por nós a faezr figuras patetas, não tanto para os outros, mas para nós próprios. Além disso, todo o tipo de ideias peregrinas passam pela nossa mente e começamos a duvidar de nós próprios de uma maneira que roça a auto-comiseração. É por isso, que na sua generalidade, detesto gostar de alguém. Dá-me vontade de partir loiça, tal é a frustração que sinto. Ando sempre de tal maneira que não caibo em mim, mas não é de alegria: é de tristeza.
Fico irritado, marado, descontrolado, deprimido, em baixo, morto, triste, incontrolável, intratável, ácido, cínico, demasiado sarcástico, anti-social, fechado em mim mesmo e para os outros, palerma, parvo, estúpido. Fico diferente, para pior. Tudo aquilo que eu sou e queor mostrar não consigo. Perco-me. E acabou mesmo antes de ter começado.
E eu fico assim como estou agora: em lamentos e com vontade de chorar.
Fico irritado, marado, descontrolado, deprimido, em baixo, morto, triste, incontrolável, intratável, ácido, cínico, demasiado sarcástico, anti-social, fechado em mim mesmo e para os outros, palerma, parvo, estúpido. Fico diferente, para pior. Tudo aquilo que eu sou e queor mostrar não consigo. Perco-me. E acabou mesmo antes de ter começado.
E eu fico assim como estou agora: em lamentos e com vontade de chorar.
segunda-feira, novembro 21, 2005
O nome diz tudo
Li uma entrevista, já numa revista antiga, em que Camilo de Oliveira responde aos seus críticos com o facto de ele já ter chegado à gloriosa categoria onde apenas o primeio nome já o define. Se as pessoas disserem Camilo, toda a gente se lembra dele.
Começo a pensar então que outras pessoas englobadas nesse grupo restrito são o Ossama, o Adolf, o Mao ou o Benito e não sei se me ria do Camilo ou se tenha simplesmente pena dele...
Ideia algo parva
O melhor tempo para eu estar apaixonado são os 15 segundos inicias em que me apercebo que gosto da rapariga e fico um bocado abananado, sem nada na cabeça, a sonhar e em ilusão colossal. O restante tempo é uma roda viva de insegurança, pessimismo e auto-estima que me leva ao ponto mais baixo da depressão. Por isso, se me apaixono, estou triste; se não me apaixono, estou cabisbaixo. Mal por mal, prefio viver iludido.
O maior drama da amizade
Uma das muitas boas razões para se ter um amigo é podermos partilhar com ele coisas muito nossas, muito íntimas. Mas não será errado fazer isso se o pertubamos com as nossas ideias? Será isso amizade ou egoísmo?
Relatividade
Gostar de uma rapariga que não gosta de nós é uma coisa má; mas viver em África e morrer à fome é bem pior.
Sugestão
Um tributo a um blog incrível, indispensável a revivalistas como eu: www.caderneta-da-bola.blogspot.com é um fbuloso tratado de mmeória futebolísitica, recuperando as velhas glórias esquecidas dos pequenos e grandes cluibes portugueses na década de 90. Desde míticos jogadores que todos recordamos (que saudades de um Karoglan, de um Cacioli, do grande Toniño ou ainda o incontornável mauro Airez) a momentos que ficaram de imediato para a história (o pé torcido de Jokanovic, num famoso União da Madeira, culpa do tobaguenho Latapy ou o estranho episódio da camisola de Kmet após um momeumental golo frente ao Bahrein), nada falha, ainda por cima traduzido por um português e um estilo simplesmente deliciosos, dignos das grandes crónicas. Um must a não perder!
Frases para qualquer ocasião
O maior auotr de punch-lines ou quotations que existe no mundo inteiro é Woody Allen e quem diz o contrário é tolo. A sua inteligência e o sue humor sarcásticoi, cínio e recheado de non-sense sobressai em qualquer uma das suas frases. Por isso, este blog vai fazer serviço público e compilar algumas da melhores frases e diálogos de Woddy Allen, para usar em qualquer ocasião que o leitor necessite. Desde a fila para pagar os impostos até àquela discussão com o seu namorado/a ou marido/esposa acerca do facto de os cortinados estarem todos cheios de nódoas, porque ambos descobriram que não existe diversão sexual totalmente limpa, este post servirá uma panóplia de situações. Como este é um blog de respeito, está óbvio que se evitarão traduções...
"Human Beings are divided into mind and body. The mind embraces all the nobler aspirations, like poetry and philosophy, but the body has all the fun."
"I don't want to achieve immortality through my work, I want to achieve it by not dying."
"For some reason I'm more appreciated in France than I am back home. The subtitles must be incredibly good."
"Join the army, see the world, meet interesting people - and kill 'em."
"If only God would give me some clear sign! Like making a large deposit in my name at a Swiss bank."
"Is sex dirty? Only if it's done right."
"That sex was the most fun I ever had without laughing."
"My love life is terrible. The last time I was inside a woman was when I visited the Statue of Liberty."
"Love is the answer - but while you're waiting for the answer, sex raises some pretty interesting questions."
"I was thrown out of college for cheating on the metaphysics exam: I looked into the soul of another boy."
"A fast word about oral contraception. I asked a girl to sleep with me and she said 'no'."
"And my parents finally realize that I'm kidnapped and they snap into action immediately: they rent out my room."
"Bisexuality immediately doubles your chances for a date on Saturday night."
"I'm astounded by people who want to 'know' the universe when it's so hard to find your way around Chinatown."
"The only time my wife and I had a simultaneous orgasm was when the judge signed the divorce papers."
"Sex between 2 people is a beautiful thing. Between 5, it's fantastic."
domingo, novembro 20, 2005
"Once more, with feeling"
Tive o prazer de assistir hoje a um dos momentos mais criativos da televisão recente, englobado numa série que já por si é um poço de imaginação e estilo: o episódio "Once more, with feeling", de "Buffy, the vampire slayer". Embora inserido na trama greal da série e na sua temática, é em si um musical, filmado como se de um da MGM se tratasse, que dura uma hora, onde um demónio que parece saído da Broadway faz com que as pessoas desatem a dançar e cantar desenfreadamente o que lhe vai na alma, o que no caso das personagens da série inclui os segredos e medos que escondem dos outros.
Joss Whedon, criador da série (e de "Firefly", outra série de que se falará também noutro dia...) e um dos homens mais pujantemente criativos da televisão norte-americana, faz tudo com um coolness impecável e um sentido de nostalgia e homenagem aos velhos musicais do cinema, aplicando a uma linguagem que, actualmente, está mais irrequieta e arrojada que o próprio cinema.
sexta-feira, novembro 18, 2005
Incompletas
Se há coisa que eu tenho a mais no meu computador, são histórias incompletas. Começo-as, acho-as uma grande ideia e depois a minha vontade vai esmorecendo Sei que está errado, mas eu estou a tentar ganhar a luta contra a minha própria natureza. Este é um excerto de uma, que ainda não tem título:
O acontecimento daquela noite fez com que Xavier se perdesse ainda mais nos dias que se seguiram. No trabalho, não se conseguia concentrar e os colegas já o haviam alertado para isso, pois cada um dependia do trabalho do outro e ele não se podia distrair; as horas de refeição eram passadas a olhar o infinito, procurando respostas, pouco ligando ao que o alimentava e é melhor nem falar do tempo livre: a rotina estelar passava para um segundo plano, quando a dúvida e a curiosidade lhe consumiam as noites no terraço do prédio. Quem seria aquela pessoa que, vinda do nada, parecia compreendê-lo? Saberia realmente ela as dúvidas que dançavam no seu cérebro? As perguntas primordiais: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? O que é a vida e o que é a morte? O que será o futuro e o porquê de um passado que todos têm, mas poucos compreendem os motivos pelos quais os acontecimentos se sucederam; tantas dúvidas...
Passou-se entretanto uma semana; num sábado de manhã, Xavier saía de casa, para ir às compras. Ao abrir a porta, teve novamente uma surpresa: um seta pintada no chão. Apontava para as escadas que seguiam para cima. Podia ter muito bem virado as costas e não ligado mais à brincadeira, mas o seu íntimo dizia-lhe para arriscar e seguir. Por isso, pôs-se a subir, encontrando outras setas pelo caminho. O objectivo era, surpreendentemente, o seu terraço. Antes de abrir a porta, mediu bem o que ia fazer. A partir dali, não voltaria atrás. Respirou fundo e preparou-se para conhecer o que lhe atiçara a curiosidade.
Do outro lado, em pé, à beira do edifício, estava uma figura virada de costas para ele. pelo aspecto, devia ser uma mulher. Foi-se aproximando, pensando na melhor frase para quebrar o gelo, mas ela antecipou-se-lhe:
- Já se perguntou porque é que o céu é azul?
Perguntou sem o olhar, nem sequer se virar na sua direcção. Xavier baqueou, ficou sem saber o que dizer. Mais uma vez, ela interrompeu o silêncio.
- Se acreditarmos em Deus, podemos dizer que ele escolheu essa cor na sua paleta pois esta lhe era mais conveniente; se formos científicos, podemos afirmar que é a uma mistura de gases que deve esta coloração; se ficarmos na nossa, podemos inventar. Eu cá acho que um dia alguém decidiu ver assim o céu e, de súbito, toda a gente passou a partilhar essa visão. Vemos aquilo que somos ditos para ver, o que não quer dizer que aquilo que fica nos nossos olhos seja realmente a verdade das coisas. E você? Qual acha que é a verdade?
Não ousou dizer o que quer que fosse, com medo de errar. Ela leu-lhe os pensamentos.
- Eu sei que tem medo, é natural, ainda não nos conhecemos bem. Mas você vai perder esse receio. Eu também moro no edifício, mas você nunca me viu, apesar de eu já o espiar há algum tempo. Sei das suas inquietações, sei que vem aqui todas as noites procurando respostas e encontrando ainda mais perguntas. Não lhe trago nada disso, por agora, apenas uma proposta: já ouviu falar de Santiago de Compostela?
- Sim... - disse, quase com medo de falhar. Aquela mulher deixava-o desconfortável - É uma cidade na Galiza.
- Essa perspectiva é muito, muito redutora. A cidade de Santiago é um importante centro de peregrinação desde a Idade Média, pois é lá que estão sepultados os restos do mártir S. Tiago, que mais tarde se viria a tornar numa importante referência sagrada para a Reconquista cristã. Ainda hoje é um dos centros católicos da Europa, juntamente com santuários como Fátima, Lourdes ou Cracóvia.
- Onde é que a senhora quer chegar com isso?
- Faço parte de um grupo que todos os anos faz peregrinações até Santiago e de cada vez que lá vai, tenta recrutar novos membros, novos companheiros de viagem. É por isso que me estou a dirigir a si: quero que nos acompanhe.
- Ainda falta muito para o próximo Verão, acho que tenho tempo de sobra para pensar.
Ela ri. Xavier não percebe, mas é elucidado.
- Qual Verão, nós partimos depois de amanhã. Decida-se.
- Depois de amanhã? Mas eu tenho um emprego, eu trabalho, vocês não?
- O que é que você acha? Bem, dou-lhe até hoje à noite para se decidir. Não se dê ao trabalho de me procurar, eu telefono-lhe.
Finalmente, ela sai da beira do edifício e passa por ele.
- Não seja burro ao ponto de o destino lhe mostrar o caminho da felicidade até ao fim dos seus dias e você não o seguir.
Depois, sai do terraço e desapareceu da vista de Xavier, que, com aqueles primeiros esclarecimentos, ficou ainda mais confuso do que estava
O acontecimento daquela noite fez com que Xavier se perdesse ainda mais nos dias que se seguiram. No trabalho, não se conseguia concentrar e os colegas já o haviam alertado para isso, pois cada um dependia do trabalho do outro e ele não se podia distrair; as horas de refeição eram passadas a olhar o infinito, procurando respostas, pouco ligando ao que o alimentava e é melhor nem falar do tempo livre: a rotina estelar passava para um segundo plano, quando a dúvida e a curiosidade lhe consumiam as noites no terraço do prédio. Quem seria aquela pessoa que, vinda do nada, parecia compreendê-lo? Saberia realmente ela as dúvidas que dançavam no seu cérebro? As perguntas primordiais: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? O que é a vida e o que é a morte? O que será o futuro e o porquê de um passado que todos têm, mas poucos compreendem os motivos pelos quais os acontecimentos se sucederam; tantas dúvidas...
Passou-se entretanto uma semana; num sábado de manhã, Xavier saía de casa, para ir às compras. Ao abrir a porta, teve novamente uma surpresa: um seta pintada no chão. Apontava para as escadas que seguiam para cima. Podia ter muito bem virado as costas e não ligado mais à brincadeira, mas o seu íntimo dizia-lhe para arriscar e seguir. Por isso, pôs-se a subir, encontrando outras setas pelo caminho. O objectivo era, surpreendentemente, o seu terraço. Antes de abrir a porta, mediu bem o que ia fazer. A partir dali, não voltaria atrás. Respirou fundo e preparou-se para conhecer o que lhe atiçara a curiosidade.
Do outro lado, em pé, à beira do edifício, estava uma figura virada de costas para ele. pelo aspecto, devia ser uma mulher. Foi-se aproximando, pensando na melhor frase para quebrar o gelo, mas ela antecipou-se-lhe:
- Já se perguntou porque é que o céu é azul?
Perguntou sem o olhar, nem sequer se virar na sua direcção. Xavier baqueou, ficou sem saber o que dizer. Mais uma vez, ela interrompeu o silêncio.
- Se acreditarmos em Deus, podemos dizer que ele escolheu essa cor na sua paleta pois esta lhe era mais conveniente; se formos científicos, podemos afirmar que é a uma mistura de gases que deve esta coloração; se ficarmos na nossa, podemos inventar. Eu cá acho que um dia alguém decidiu ver assim o céu e, de súbito, toda a gente passou a partilhar essa visão. Vemos aquilo que somos ditos para ver, o que não quer dizer que aquilo que fica nos nossos olhos seja realmente a verdade das coisas. E você? Qual acha que é a verdade?
Não ousou dizer o que quer que fosse, com medo de errar. Ela leu-lhe os pensamentos.
- Eu sei que tem medo, é natural, ainda não nos conhecemos bem. Mas você vai perder esse receio. Eu também moro no edifício, mas você nunca me viu, apesar de eu já o espiar há algum tempo. Sei das suas inquietações, sei que vem aqui todas as noites procurando respostas e encontrando ainda mais perguntas. Não lhe trago nada disso, por agora, apenas uma proposta: já ouviu falar de Santiago de Compostela?
- Sim... - disse, quase com medo de falhar. Aquela mulher deixava-o desconfortável - É uma cidade na Galiza.
- Essa perspectiva é muito, muito redutora. A cidade de Santiago é um importante centro de peregrinação desde a Idade Média, pois é lá que estão sepultados os restos do mártir S. Tiago, que mais tarde se viria a tornar numa importante referência sagrada para a Reconquista cristã. Ainda hoje é um dos centros católicos da Europa, juntamente com santuários como Fátima, Lourdes ou Cracóvia.
- Onde é que a senhora quer chegar com isso?
- Faço parte de um grupo que todos os anos faz peregrinações até Santiago e de cada vez que lá vai, tenta recrutar novos membros, novos companheiros de viagem. É por isso que me estou a dirigir a si: quero que nos acompanhe.
- Ainda falta muito para o próximo Verão, acho que tenho tempo de sobra para pensar.
Ela ri. Xavier não percebe, mas é elucidado.
- Qual Verão, nós partimos depois de amanhã. Decida-se.
- Depois de amanhã? Mas eu tenho um emprego, eu trabalho, vocês não?
- O que é que você acha? Bem, dou-lhe até hoje à noite para se decidir. Não se dê ao trabalho de me procurar, eu telefono-lhe.
Finalmente, ela sai da beira do edifício e passa por ele.
- Não seja burro ao ponto de o destino lhe mostrar o caminho da felicidade até ao fim dos seus dias e você não o seguir.
Depois, sai do terraço e desapareceu da vista de Xavier, que, com aqueles primeiros esclarecimentos, ficou ainda mais confuso do que estava
Seriedade
E agora espaço para alguma seriedade: em homenagem às hras que passei fechado numa sala da Universidade hoje, deixo um excerto do meu trabalho de seminário do ano passado, sobre as razízes ocultistas do Partido Nazi.
Uma história que define bem a diferente percepção do mundo que os Nazis tinham da nossa é contada pelo massagista de Heinrich Himmler, o doutor Kersten. Conta ele que, numa manhã de Inverno de 1942, entra-lhe o seu famoso paciente no seu consultório. Vinha triste e acabrunhado, tendo-se virado para o doutor dizendo: “Caro senhor, estou numa terrível angústia.” Kersten tremeu: estaria Himmler a começar a duvidar da vitória? Obviamente que não. Começou a sessão de massagens e Himmler explicou calmamente o seu problema: Hitler compreendera que não haveria paz na Terra enquanto continuasse com vida um único judeu que fosse… Ordenara então a Himmler que liquidasse imediatamente todos os judeus em poder dos Nazis. Tendo-se calado de seguida, Kersten pareceu vislumbrar um sentimento positivo pelas palavras do líder das S.S, no mestre da Ordem Negra, talvez piedade por todas aquelas almas. Disse esperançosamente: “Sim, sim, sei que no fundo da sua consciência não aprova essa atrocidade… Compreendo a sua tristeza horrível.” A resposta de Himmler deixou Kersten aterrado: “Mas não se trata disso! De forma nenhuma! Não está a perceber!” Ele lá lhe explicou o que o afligia: o Fuhrer pedia-lhe que suprimisse milhões de pessoas de imediato. Era uma tarefa extenuante e Himmler estava sobrecarregado de trabalho nas S.S. Era desumano exigir um redobrar de esforços. Fora o que lhe dera a entender, Mas Hitler não ficara satisfeito, ficara furioso e Himmler arrependia-se agora de ter sido egoísta naquele momento.
Para Himmler, portanto, o problema não era o de ordem moral e de direitos humanos: era apenas o da sobrecarga do trabalho e do facto de ter desiludido o seu líder bem amado. O caminho que leva um ser humano a encarar a morte de outros como um número e não na sua verdadeira percepção é aberrante. Embora nos permita compreender a maneira como os Nazis puderam contemplar e executar a chamada “Solução final”, não explica cabalmente todo esse horror. O objectivo deste trabalho não é, de forma alguma, explicar definitivamente o que terá precipitado os eventos que decorreram durante o regime nazi, ou mesmo a sua ideologia. Assume-se apenas como um ponto de vista alternativo, que tentou provar a influência estrangeira, mais que nacional, na ideologia nazi, mostrando de facto a permeabilidade das ideologias nacionais, por mais arreigadas que elas sejam e também os pontos de união que por vezes existem em mitologias de países geográfica e culturalmente diferentes.
Poderia continuar a referir outros pormenores bizarros da curta história do regime nazi. Por exemplo, quando, em 1943, Mussolini cai, o Fuhrer reúne numa vivenda dos arredores de Berlim os seis maiores ocultistas da Alemanha para descobrir o local onde o Duce está prisioneiro. Este interesse pela astrologia não é nada de novo: o próprio Hitler acreditava que era médium. Além disso, acreditava em sinais dos astros e no destino. Ele conhecia o que uma astróloga inglesa chamada Elsbeth Ebertin tinha escrito num almanaque intitulado A glimpse into the future: “Um homem de acção nascido a 20 de Abril de 1889, com o Sol a 29º de Áries na altura do seu nascimento, pode expor-se a perigo pessoal por acções excessivamente impetuosas e, segundo todas as improbabilidades, despoletará uma crise incontrolável. As suas constelações mostram que este homem deve ser tomado seriamente. Está destinado a desempenhar o papel de Fuhrer em futuras batalhas…” Hitler nasceu na referida data e em 1923, ano do almanaque, dá-se o Putsch da cervejaria, em Munique. É de facto de uma coincidência arrepiante, mas Hitler acreditava que não havia coincidências. Brannau-Inn, terra natal de Hitler, era aliás, um viveiro de médiuns, ou pseudo-médiuns. O próprio Hitler afirmava ter tido um sonho premonitório, quando combatera durante a 1ª Guerra Mundial, ao sonhar que se encontrava soterrado de destroços de aço e lama. Ao acordar, ergueu-se temerosamente e entrou em terra de ninguém, apenas para ver a caserna onde estava ser atingida por fogo inimigo. Verdade ou não, mostra pelo menos a predisposição do líder do Partido Nazi para aceitar um lado alternativo e oculto da vivência humana.
Acredite-se ou não nesse lado oculto, ou em qualquer uma das influencies externas que referi ao longo do trabalho, o certo é que o Nazismo continua a ser algo que não sai do nosso quotidiano e que continua no seu mistério a fazer os cientistas pensarem, ou a fazer alguns escritores sensacionalistas inventarem numerosas teorias absurdas sobre a figura de Hitler e o funcionamento do Partido. No entanto, a pior herança do Nazismo acaba por ser a da memória: a palavra nazi tem hoje a pior das conotações e a única acção efectuada para tentar clarificar o funcionamento do regime nazi e punir os culpados de crimes contra a humanidade, os famosos juramentos de Nuremberga, acabaram por ter um saldo negativo. Primeiro, a nível de conhecimento do que era o Nazismo, pois muitos dos réus nem sequer admitiram a sua culpa (porque, tendo em conta a sua mundividência, deviam acreditar mesmo que não eram culpados); segundo, a nível legal: calcula-se que 100 000 alemães estiveram envolvidos nas execuções, mas desse número, apenas metade foi capturado, e pouco mais de 5000 julgados e condenados. Destes, 818 forma condenados à morte e 489 executados. É muito pobre o saldo de justiça da humanidade. A perseguição a estes criminosos continuou, mas resultou apenas num punhado de capturas importantes, como sejam as de Adolph Eichman (o mentor do processo da Solução final) e Klaus Barbie (o carniceiro de Bordéus), sendo que homens como Martin Borman e Joseph Mengele ou nunca forma capturados ou a alegação da sua morte deixa algumas dúvidas.
Na verdade, qualquer ideia absurda que surja sobre o Nazismo tem sucesso por causa disso: o folclore e mística nazis são muito engraçados quando explicados de maneira romanceada, mas pouca gente o tenta abordar seriamente. Aliás não só o folclore, como todo o movimento nazi. Isto porque a humanidade tem um talento muito próprio para aplicar em si própria, uma amnésia selectiva que ignora os problemas do seu passado histórico. No fundo, em relação ao nazismo, nenhum de nós se quer lembrar. Apenas esquecer.
Uma história que define bem a diferente percepção do mundo que os Nazis tinham da nossa é contada pelo massagista de Heinrich Himmler, o doutor Kersten. Conta ele que, numa manhã de Inverno de 1942, entra-lhe o seu famoso paciente no seu consultório. Vinha triste e acabrunhado, tendo-se virado para o doutor dizendo: “Caro senhor, estou numa terrível angústia.” Kersten tremeu: estaria Himmler a começar a duvidar da vitória? Obviamente que não. Começou a sessão de massagens e Himmler explicou calmamente o seu problema: Hitler compreendera que não haveria paz na Terra enquanto continuasse com vida um único judeu que fosse… Ordenara então a Himmler que liquidasse imediatamente todos os judeus em poder dos Nazis. Tendo-se calado de seguida, Kersten pareceu vislumbrar um sentimento positivo pelas palavras do líder das S.S, no mestre da Ordem Negra, talvez piedade por todas aquelas almas. Disse esperançosamente: “Sim, sim, sei que no fundo da sua consciência não aprova essa atrocidade… Compreendo a sua tristeza horrível.” A resposta de Himmler deixou Kersten aterrado: “Mas não se trata disso! De forma nenhuma! Não está a perceber!” Ele lá lhe explicou o que o afligia: o Fuhrer pedia-lhe que suprimisse milhões de pessoas de imediato. Era uma tarefa extenuante e Himmler estava sobrecarregado de trabalho nas S.S. Era desumano exigir um redobrar de esforços. Fora o que lhe dera a entender, Mas Hitler não ficara satisfeito, ficara furioso e Himmler arrependia-se agora de ter sido egoísta naquele momento.
Para Himmler, portanto, o problema não era o de ordem moral e de direitos humanos: era apenas o da sobrecarga do trabalho e do facto de ter desiludido o seu líder bem amado. O caminho que leva um ser humano a encarar a morte de outros como um número e não na sua verdadeira percepção é aberrante. Embora nos permita compreender a maneira como os Nazis puderam contemplar e executar a chamada “Solução final”, não explica cabalmente todo esse horror. O objectivo deste trabalho não é, de forma alguma, explicar definitivamente o que terá precipitado os eventos que decorreram durante o regime nazi, ou mesmo a sua ideologia. Assume-se apenas como um ponto de vista alternativo, que tentou provar a influência estrangeira, mais que nacional, na ideologia nazi, mostrando de facto a permeabilidade das ideologias nacionais, por mais arreigadas que elas sejam e também os pontos de união que por vezes existem em mitologias de países geográfica e culturalmente diferentes.
Poderia continuar a referir outros pormenores bizarros da curta história do regime nazi. Por exemplo, quando, em 1943, Mussolini cai, o Fuhrer reúne numa vivenda dos arredores de Berlim os seis maiores ocultistas da Alemanha para descobrir o local onde o Duce está prisioneiro. Este interesse pela astrologia não é nada de novo: o próprio Hitler acreditava que era médium. Além disso, acreditava em sinais dos astros e no destino. Ele conhecia o que uma astróloga inglesa chamada Elsbeth Ebertin tinha escrito num almanaque intitulado A glimpse into the future: “Um homem de acção nascido a 20 de Abril de 1889, com o Sol a 29º de Áries na altura do seu nascimento, pode expor-se a perigo pessoal por acções excessivamente impetuosas e, segundo todas as improbabilidades, despoletará uma crise incontrolável. As suas constelações mostram que este homem deve ser tomado seriamente. Está destinado a desempenhar o papel de Fuhrer em futuras batalhas…” Hitler nasceu na referida data e em 1923, ano do almanaque, dá-se o Putsch da cervejaria, em Munique. É de facto de uma coincidência arrepiante, mas Hitler acreditava que não havia coincidências. Brannau-Inn, terra natal de Hitler, era aliás, um viveiro de médiuns, ou pseudo-médiuns. O próprio Hitler afirmava ter tido um sonho premonitório, quando combatera durante a 1ª Guerra Mundial, ao sonhar que se encontrava soterrado de destroços de aço e lama. Ao acordar, ergueu-se temerosamente e entrou em terra de ninguém, apenas para ver a caserna onde estava ser atingida por fogo inimigo. Verdade ou não, mostra pelo menos a predisposição do líder do Partido Nazi para aceitar um lado alternativo e oculto da vivência humana.
Acredite-se ou não nesse lado oculto, ou em qualquer uma das influencies externas que referi ao longo do trabalho, o certo é que o Nazismo continua a ser algo que não sai do nosso quotidiano e que continua no seu mistério a fazer os cientistas pensarem, ou a fazer alguns escritores sensacionalistas inventarem numerosas teorias absurdas sobre a figura de Hitler e o funcionamento do Partido. No entanto, a pior herança do Nazismo acaba por ser a da memória: a palavra nazi tem hoje a pior das conotações e a única acção efectuada para tentar clarificar o funcionamento do regime nazi e punir os culpados de crimes contra a humanidade, os famosos juramentos de Nuremberga, acabaram por ter um saldo negativo. Primeiro, a nível de conhecimento do que era o Nazismo, pois muitos dos réus nem sequer admitiram a sua culpa (porque, tendo em conta a sua mundividência, deviam acreditar mesmo que não eram culpados); segundo, a nível legal: calcula-se que 100 000 alemães estiveram envolvidos nas execuções, mas desse número, apenas metade foi capturado, e pouco mais de 5000 julgados e condenados. Destes, 818 forma condenados à morte e 489 executados. É muito pobre o saldo de justiça da humanidade. A perseguição a estes criminosos continuou, mas resultou apenas num punhado de capturas importantes, como sejam as de Adolph Eichman (o mentor do processo da Solução final) e Klaus Barbie (o carniceiro de Bordéus), sendo que homens como Martin Borman e Joseph Mengele ou nunca forma capturados ou a alegação da sua morte deixa algumas dúvidas.
Na verdade, qualquer ideia absurda que surja sobre o Nazismo tem sucesso por causa disso: o folclore e mística nazis são muito engraçados quando explicados de maneira romanceada, mas pouca gente o tenta abordar seriamente. Aliás não só o folclore, como todo o movimento nazi. Isto porque a humanidade tem um talento muito próprio para aplicar em si própria, uma amnésia selectiva que ignora os problemas do seu passado histórico. No fundo, em relação ao nazismo, nenhum de nós se quer lembrar. Apenas esquecer.
Tens medo de crescer?
Estás com razão! Ouve o que o tio Billie Joe tem para te dizer!
I was a young boy that had big plans.
Now I'm just another shitty old man.
I don't have fun and I hate everything.
The world owes me, so fuck you.
Glory days don't mean shit to me.
I drank a six pack of apathy.
Life's a bitch and so am I.
The world owes me, so fuck you.
Wasted youth and a fistful of ideals.
I had a young and optimisitic point of view.
Wasted youth and a fistful of ideals.
I had a young and optimisitic point of view.
I've decomposed, yet my gut's getting fat.
Oh my god I'm turning out like my dad.
im always rude ive got a bad attitude.
The world owes me, so fuck you.
The wife's a nag and the kid's fucking up.
I don't have sex `cause i can't get it up.
im just a grouch sitting on the couch.
The world owes me, so fuck you.
Wasted youth and a fistful of ideals.
I had a young and optimisitic point of view.
Wasted youth and a fistful of ideals.
I had a young and optimisitic point of view.
I was a young boy that had big plans.
Now I'm just another shitty old man.
I don't have fun and I hate everything.
The world owes me, so fuck you.
Glory days don't mean shit to me.
I drank a six pack of apathy.
Life's a bitch and so am I.
The worlds owes me, so fuck you.
The world owes me, so fuck you.
The world owes me, so fuck you.
Dores sem cura à vista
O problema do arrependimento está no próprio conceito: quando arrependemo-nos do que dizemos, só podemos fazer isso mesmo, arrependermo-nos; e às vezes, quando nos arrependemos, ficamos mais tarde a arrependermo-nos de nos termos arrependido.
Dedos
Sabe bem descobrir coisas novas: o pianista Ludovico Einaudi era um músico de que já ouvira falar, mas de quem nunca ouvira nada. Consegui finalmente pôr as mãos num álbum dele, intitulado "Una mattina" e devo dizer que é a minha banda sonora do momento. É muito simples, Einaudi fala através de um piano (algumas vezes acompanhado por um violino) e eu inclino-me para ouvir o que tel ele para dizer. A música é leve, e Einaudi parece tocar piano com a mesma gentileza que eu gostava que me lavassem o cabelo. É bom saber que música intaliana actual não redunda apenas no Eros Ramazotti e em Laura Pausini...
Já que se falou aqui em palermices...
A melhor da semana, para mim, vem de uma conversa que estava a ter com uma amiga. Discutíamos séries de televisão e eu referi que "Seinfeld", a divinal sitcom criada por Larry David e Jerry Seinfeld, era um marco na história da comédia televisiva. Ela engelhou o nariz e disse que não gostava.
A partir desse momento, lancei-me numa emocionante arengada, argumentando que a série tinha sido pioneira ao pegar nas relações humanas e na forma como estas se processam, desconstruindo-as e ridicularizando aqueles pequenos pormenores nelas que nao fazem grande sentido. Ter um conceito destes em comédia televisiva é algo bastante arrojado e "Seinfeld" conseguia-o tornar extremamente divertido, agradando ao apelo intelectual e de massas, fazendo com que fosse umas das séries mais madas dos anos 90.
Toda a minha tentativa de intelectualizar o meu gosto caiu por terra quando ela ripostou: "Pois, se calhar. mas eu não percebo. Aliás, há séries cómicas portuguesas que são simples e que têm muito mais piada. Olha aquele de agora com o Camilo de Oliveira!"
Devo dizer que perante esta, me calei. Nada podia tornar o momento mais divertido. Não admira portanto que tenha ficado com a cara que acima vêem...
quinta-feira, novembro 17, 2005
Faz anos hoje...
Martin Scorsese, um dos maiorees realizadores vivos, faz anos hoje. É daquelas pessoas de quem tenho especial orgulho por partilhar o signo astrológico e gosto de pensar que dessa forma estamos próximos em talento, embora, claro, isso seja impossível. É difícil escolher uma obra, mas é um homem a quem devem um Óscar há muito (e de "Taxi Driver" a "Casino, passando por "Goodfellas" e "Raging Bull", há muito por onde escolher) e que já garantiu o seu lugar na história do cinema. Parabéns então ao realizador que fala mais rápido do que pensa!
A torneira
Escrever é como abrir uma torneira. Neste caso, a torneira são os meus dedos, que embora não se abram (o que seria assaz doloroso), deixam escorrer as palavras. Normalmente, essas palavras estão no meu cérebro, que continuando a analogia, será o reservatório. Bem, a analogia acaba por aqui, porque ao contrário do SMASC, não cobro nada a quem usa.
Mas hoje a torneira está fechada. Não sai nada. Se saísse, teria uma daquela placas a dizer "Imprópria para consumo". Estou a pensar, e quanod penso, é melhor não escrever aquilo sobre o que estou a pensar. Posso-me arrepender mais tarde, Por outras palavras, corro o risoc de me afogar.
Mas hoje a torneira está fechada. Não sai nada. Se saísse, teria uma daquela placas a dizer "Imprópria para consumo". Estou a pensar, e quanod penso, é melhor não escrever aquilo sobre o que estou a pensar. Posso-me arrepender mais tarde, Por outras palavras, corro o risoc de me afogar.
quarta-feira, novembro 16, 2005
Dramas que nem à pancada se resolvem
O drama da negação amorosa é daqueles que mais dói e já dizia a música, "No is the saddest experience you'll ever know". O que mais custa na negação amorosa é que temos uma escada feita de esperança, que começam a despedaçar por baixo sem sabermos muito bem proquê. esse mistério que é o "Não" do sexo oposto (no meu caso uma rapariga) raramente nos é desvendado. O "Não" é dito e pronto. Acabou. É inapelável e não se dão justificações. A outra pessoa é um pouco como o feiticeiro de OZ, atrás da cortina, a controlar a situação; nós acabamos por ser um dos que o visitam, à espera de respostas; e ser mantido na ignorância é a pior coisinha que se pode fazer a quem é rejeitado. Principalmente, como é o meu caso, se esse alguém for inseguro.
Porque aí a negação torna-se uma cruz pessoal pronta a carregar e levar por aí. Se já nos custava termos levado uma tampa de uma rapariga de quem gostamos a sério, começamos a interrogar-nos acerca do porquê da negativa. Começa então a maravilhosa fase de auto-comiseração, de flagelação pessoal, de um caminho neurótico do qual não há propriamente retorno: apenas umas folgas de vez em quando, para fazer uma paragem no oásis à beira da estrada. O círculo vicioso aparece: se somos inseguros, é pouco provável que alguma rapariga volte a olhar para nós com olhos de ver; sentimo-nos então cada vez mais deprimidos porque achamos que a coisa não tem remédio e damos por nós sozinhos, azedos com a vida, cínicos e achando que a coisa nunca mais tem solução.
Vamos pensando que a primeira é que custa, as outras serão menos dolorosas porque já estamos preparados para ouvir a maldita palavra. Mas não. Uma, e outra, e outra vez, é como uma punhalada que dói, mas dor a sério. Daquela que queima, que arde, que arrepia. Cada tiro, é cada melro, cada tentativa um fracasso. É então que aquela coragem natural que se tem para se avançar em frente desaparece, e fechamos a loja. Passamos a amedrontar-nos ao gostarmos de alguém, pois se queremos estar com essa pessoa de forma diferente, mais tarde ou mais cedo temos de lhe dizer o que sentimos. Mas como, se dói? Se de cada vez que fazemos dói mais que as outras? Como, se cada "Não" é como um prego que estão a enfiar no nosso caixão?
É então que o nosso drama pessoal, que apesar de forte começou pequenino, ganha contornos de cabala cósmica. A culpa deixa de ser só nossa e é partilhada por essa entidade abastracta que responde pelo nome de Destino. Muitas vezes, há quem procure Deus, não para pedir ajuda, mas para ter alguém para descarregar as culpas. Num certo sentido, todas estas artimanhas acabam por nos aliviar, pois já não temos a consciência pesada: não somos só nós que somos imprestáveis, pois algures, no sítio onde as teias do acaso são tecidas, alguém tem uma agenda de maldade preparada para nos chatear e arranja maneira de dar nós no nosso fio. Acaba por não melhorar tanto a situação, piora-a mesmo porque o facto de não arranjarmos alguém é mais trágico e impossível que aparenta (como pensar o contrário se até o Destino está contra nós?), mas por outro lado desculpabiliza-nos; e logo aí se perdem uns 10 quilos de peso (parecendo que não, a culpa não é nada levezinha).
terça-feira, novembro 15, 2005
Dilemas
Eis que pergunto:
Porque é que não consigo deixar de ser palerma? É uma doença assim tão incurável? É algo que goste assim tanto de ser? Aceitam-se sugestões.
P.S - Fica-se com a satisfaçaõ, ao menos de se saber que não se é doente sozinho... :P
P.S - Fica-se com a satisfaçaõ, ao menos de se saber que não se é doente sozinho... :P
Todos diferentes...
... mas no fundo, todos iguais: Koeman, Adriaanse e Paulo Bento acabam por partilhar entre si o facto de não dominarem correctamente a Lingua Portuguesa.
segunda-feira, novembro 14, 2005
Os limites do humor
Há dois tipos de pessoas para quem os que gostam de mandar piadas deveriam ser encerrados numa caixa e deixados no fundo do mar: os fundamentalistas religiosos e os comunistas. Pensando bem, estes últimos até se misturam bem com os primeiros, portanto vamos fazer deles um único grupo. Os únicos fundamentalistas que eu tenho hipótese de conhecer fundamentalmente são os católicos, embora me pareça que os das restantes religiões tenham também um nível de ferocidade e de tacanhice bastante apreciável. Há uma outra coisa bastante comum entre eles: todos pensam que são mais liberais e abertos que os restantes, quando a única coisa que difere não são os seus padrões, mas sim o alcance que as suas punições podem alcançar: se um padre pode apenas excomungar ou obrigar um humorista a rezar um terço (coisas que, por si, já são bem puxadas), um imã pode mandar apedrejar alguém. Parecendo que não, ainda é um diferençazinha.
A Igreja Católica tem um historial já longo de censura e repressão a artistas e quando toca a àqueles que se atrevem a fazer pouco da instituição, é o Carmoe a Trindade. Porque podem até nem abordar as divindadesem si, mas basta chatear os homens da hierarquia e já se ganha o direito a apanhar com as chamuças da morte, de regressar ao tempo das belas fogueiras no Terreiro do Paço. Que saudosismo!, exclamaria um padre meu conhecido.
Mas a coisa que mais me espanta é que, nesta história, acabam por ser bem mais divertidos os sacerdotes e demais pessoas ligadas à Igreja Católica do que aqueles que tentam brincar com ela. Acaso alguém terá permanecido sério quando o cardeal patriarca de Lisboa, D, José Policarpo, afirmou que a a Igreja não era masculina e não tinha nada congra as mulheres? Ou quando um padre do Norte, há uns meses, bradou que era mais grave o aborto que o infanticídio, em pleno funeral de uma criança de 3 anos, assassinada dias antes? Digno de qualquer cómico de stand-up!
Por isso me irrita quando me lançam olhares reprovadores quando faço qualquer graçola ligada à religião. Fazem-me sentir como se eu estivesse a calcar território proibido. Querem-me dizer que não se pdoe brincar com a religião? Claro que se pode. Qual é o medo, não fica bem? Faz zangar Deus? E se houver um Deus lá em cima, eu, como agnóstico, prefiro a visão original da Bíblia do gajo que também comete os seus erros no Antigo Testamento (Sodoma e Gomorra, pá? Podias ter sido bem mais subtil e menos abrutalhado) e se torna num tipo fixe com aquela história de paz na Terra e amor para todos à criada pela Igreja, a do velho de barbas que brande raios lá em cima e os aponta aos pecadores e aos malvados, sendo dominado por uma misoginia doentia. Além disso, ninguém em convence que Deus, a existir, é um gajo sem sentido de humor. Acredito aliás que ele é o mais dado a rambóias que há: seria um gajo cinzentão e sisudo capaa de criar o ornitorrinco e o equidno, inspirar a Odete Santos a entrar numa revista à portuguesa e convencer o padre Broga a lançar discos?
sexta-feira, novembro 11, 2005
Preguiça
Não quero ir às aulas; e tenho! Pronto, é isto, é preciso alguma piada para amplificar a dor deste dilema?
quinta-feira, novembro 10, 2005
E as pessoas disseram:
CASTRO
Parabéns!!! Mais 1 ano... Mais responsabilidade... Mais juízo... Mais... Bem, no teu caso, simplesmente mais 1 ano! Abraço!
KATI
I know today Is the day; so Happy Birthday to you! I sent you a little envelope with something; hope you'll get it! Have an extraordinary nice day today! K
LONGUINHO
Parabéns, Bruno, tudo de bom para ti. Muita alegria, animação e muita tesão. Diverte-te!
LISA
Um dia cheio de coisas fixes pra ti! :) ai, eu tenho um dia cheio de tralhas para ir buscar e fazer :P Parabéns meus e da minha irmã :) té logo
FRANÇA
Então parabéns, pá. Não consigo dizer mais daquelas lamechices, porque dói-me a barriga. Até logo
MARIANA
PARABÉNS, B! Que o dia de hoje seja diferente e se repita por muitos e bons anos! Vê se ganhas juizo... Acho que já lá não vai, mas pronto... :) Jinhos
ISABEL
Olá, Bruno, Parabéns! Espero que tenhas passado este dia com muita alegria e felicidade. Desejo-te tudo de bom! Beijinhos!
BONDAGE, MARIA JOÃO E RAIMUNDA
Parabéns, parabéns, este é o teu dia, que dia mais feliz... Parabéns, parabéns! Beijinhos da Maria JOão, Raimunda e claro: Bondage...
Parabéns!!! Mais 1 ano... Mais responsabilidade... Mais juízo... Mais... Bem, no teu caso, simplesmente mais 1 ano! Abraço!
KATI
I know today Is the day; so Happy Birthday to you! I sent you a little envelope with something; hope you'll get it! Have an extraordinary nice day today! K
LONGUINHO
Parabéns, Bruno, tudo de bom para ti. Muita alegria, animação e muita tesão. Diverte-te!
LISA
Um dia cheio de coisas fixes pra ti! :) ai, eu tenho um dia cheio de tralhas para ir buscar e fazer :P Parabéns meus e da minha irmã :) té logo
FRANÇA
Então parabéns, pá. Não consigo dizer mais daquelas lamechices, porque dói-me a barriga. Até logo
MARIANA
PARABÉNS, B! Que o dia de hoje seja diferente e se repita por muitos e bons anos! Vê se ganhas juizo... Acho que já lá não vai, mas pronto... :) Jinhos
ISABEL
Olá, Bruno, Parabéns! Espero que tenhas passado este dia com muita alegria e felicidade. Desejo-te tudo de bom! Beijinhos!
BONDAGE, MARIA JOÃO E RAIMUNDA
Parabéns, parabéns, este é o teu dia, que dia mais feliz... Parabéns, parabéns! Beijinhos da Maria JOão, Raimunda e claro: Bondage...
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