sábado, dezembro 09, 2006

Trip down memory lane 2


Ontem, voltei a reviver emoções. Num zapping fortuitio, apanhei na RTP Memória o melhor jogo de futebol que alguma vez vi. Aqueles com memória verdinha pensarão que a história do futebol português, em termos de emoção, se resume a jogos de Portugal-Inglaterra resolvidos em penaltis, mas antes disso, também há adrenalina e quase choro com fartura. A época de 1993/1994 é de particular importãncia para a construção da minha identidade desportiva (e sim, mulheres e odiadores do futebol, batam-me por referir que há uma identidade desportiva), pois 2 das melhors partidas da minha memória deram-se nessa altura: um Roménia-Argentina, no Mundial de 94, que acabou 3-2 a favor dos romenos (numa equipa onde pontuavam génios como Hagi, Raducioiu e Lupescu) e a partida pela qual comecei a escrever neste post: Bayer Leverkusen-Benfica, quartos de final da Taça das Taças (uma campanha onde o Benfica chegaria às meias-finais, onde perderia com o Parma, numa escandalosa roubalheira em Itália). Foi um jogo mítico, que acabou com um 4-4, sendo que 7 golos foram marcados na segunda parte, numa hora e meia de futebol de ataque a contra-ataque para ambos os lados, impróprio para cardíacos e precoces. Acho que foi este jogo que me fez, primeiro, gostar de futebol, e segundo, fez-me saber que há valores sagrados e intocáveis pelos quais uma devo reger; que há uma entidade superior a todos nós, na qual devemos acreditar, por muito difícil que seja, porque essa crença é algo de estruturante na nossa personalidade, e essa fé pode fazer-nos conseguir coisas impossíveis. Estou a falar claro na minha conversão ao Sport Lisboa e Benfica. Fica aqui o 11 dessa gesta heróica, dessa epopeia, onde os alemães, esses teutónicos louros, vergaram perante a força dos lusos viriatos.

Neno; Abel Xavier; William; Hélder; Schwarz; Kulkov; Rui Costa; Isaías; Vítor Paneira; João Pinto; Yuran

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