quarta-feira, outubro 31, 2007

Do outro lado da série B

Um mimo


A double feature "Planet terror/Death proof", que compõe a obra "Grindhouse", realizada a meias por Robert Rodriguez e Quentin Tarantino, é um verdadeiro regalo e cumpre os propósitos a que se propõe: homenagear o cinema série Z, de exploitation e de desvario que povoava os drive-in e sessões de meia-noite norte-americanos nas décadas de 60 e 70. Não vou fazer aqui uma review do filme (vão a www.a-sequela-do-remake.blogspot.com e pode ser que encontrem algo de parecido), mas gostava apenas de referir que estas celebrações da memória do cinema parecem-me cada vez mais necessárias, num mundo que se bipolariza entre os intelectuais e as massas. Fazer este tipo de crossover (e acreditem, tem de tudo para agradar a um grupo e a outro(, recuperando, simultaneamente com sentido de humor e qualidade de realização) uma galhardia cinematográfica, na vontade de querer fazer cinema, que se recomeça a ganhar com a geração de realizadores da década de 90, é fundamental para nos continuarmos a divertir no acto de ver um filme.
E claro: uma stripper (perdão, go-go dancer) perneta com uma metralhadora a fazer as vezes de perna é um conceito que me vai levar sempre ao cinema.

terça-feira, outubro 30, 2007

Mundo à parte

Uma localidade chamada Coina.
Uma matilha de cães que ocasionalmente atravessa a A2 e provoca acidentes de viação.
Um executivo da BRISA, Franco Caruso, com nome de mafioso.
Um repórter que diz que haver acidentes de automóveis é muito triste.
Podia ser um sketch de humor surreal. Foi só mais uma noítica no Jornal da Noite, na TVI.

sábado, outubro 27, 2007

Fúria

Roubaram-me o cão. Roubaram-me o Nery.
Eu estava a afeiçoar-me aquele cão. Mesmo muito. De uma maneira que nunca pensei Já o estava a considerar como de família e de estar à espera de tratar dele e que ele me animasse nos piores momentos.
Tenho a dizer que sou um daqueles jovens do mundo civilizado que pugna pelos direitos humanos e tudo isso que é muito bonito.
Mas prometo à pessoa que me tirou o cão que, eu descobrindo quem é, terá direito a um encontro imediato de primeiro grau com um lança-chamas e o torno de carpinteiro do meu pai.
E não é brincadeira. Estou muito a sério, talvez demasiado.
Foda-se.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Recortes de um dia

Num blog de uma amiga, referem-se os novos anúncios da Nicola, que anunciam "Um dia vou fazer x coisa. Hoje é o dia". Na verdade, fazem-me lembrar um outro que há tempos referi neste blog e que é do "Por acada beijo que dá, a sua vida aumenta um minuto." Na altura, comentei que vou morrer cedo. Neste comento que este tipo de coisas é publicidade enganosa e uma piada de mau gosto a quem, como eu, não tem um campo sentimental fértil: o que diz "Um dia, beijo-te a meio de uma frase" rasa perigosamente o ataque pessoal e a chacota à minha pessoa. Cheira-me que ainda vou ganhar muito dinheiro à custa da Nicola.

Saio do ensaio do teatro, que é para mim um mundo com regras algo diferentes daquelas que regem outros espaços da minha vida (e só por isso, percorri o 4ª andar da FLUC com uma amiga minha num carrinho de compras, e nem perguntem mais nada), e dois colegas meus introduzem-me a 3 caloiras do seu curso. Primeiro, é interessante notar que é preciso chegar ao último ano para me apresentarem caloiras. E o argumento "Tu não sais à noite" não funciona, porque, bem, tecnicamente não estava a sair à noite. São 3 pessoas diferentes: uma que fica calada durante o quarto de hora que durou a conversa; uma que se choca alegremente com qualquer piada feita com humor negro, algo que especialmente me atrai; e uma outra que enquanto se afirma muito, muito católica (e estou a citá-la), enceta uma piada acerca de uma pseudo-tentaiva de suícidio sua, o que também me atrai, porque adoro um certo paradoxo nas pessoas. O desenrolar da conversa é um crash-course, ao biqueiro, para quem não me conhece: destila sarcasmo, percorre ácido e não se fazem reféns no meu processo de conhecer pessoas. Após vários trocadilhos de qualidade duvidosa e uma ou outra piada sobre religião, a muito católica já me olha muito séria; e no entanto, ainda se ri, sinal que estou a 5 minutos de ser degolado. É nessa altura que se decidem ir embora. É pena. Porque ela estava naquele ponto sem retorno em que quem não me conhece me começa a entranhar. Acabo por perceber que o meu método abrutalhado de me introduzir aos outros tem a facilidade de criar uma empatia co os outros, mas o enomre defeito de não lhe smostrar sequer 3 quartos daquilo que sou sem as piadas. É um pormenor a limar.

Outro pormenor a limar, ainda mais importante: melhorar a minha ética de trabalho. Quem é que eu estou a tentar enganar? Tenho é de arranjar uma.

Ofereço uma prenda a alguém. A pessoa gosta e o meu dia começa com um ligeiro crepitar na barriga que me faz acreditar que posso fazer alguma coisa certa de vez em quando e que a vida não pode ser assim tão má como eu a quero fazer.

No ensaio, alguém me dá uma palmada no rabo. A demência já chegou ao mundo do teatro. Esperem, esqueci-me da revista à portuguesa.

Pessoas que deixam de nos ligar de repente sem motivo aparente. Lembro-me que o assunto me fascina de sobremaneira.

Um grande amigo está no hospital. Não o vou visitar, mas telefono-lhe. Sinto-me pessimamente, tipo esterco, mas uma piada minha fá-lo rir. Sinto-me menos esterco, mas ainda assim, esterco. Há dias em que me pergunto porque é que ainda há gente que me tem como amigo.

Escrevo 3 posts num blog. Torrentes de palavras, o que para mim é uma novidade recente. Será o acordar de uma ética de trabalho?

Arroz doce quente


Pequenos prazeres que ainda vão fazendo a vida valer a pena intermitentemente: fazer rir as pessoas.

O que tenho andado a ver


"House"

Entrando na sua 4ª tempoarada, e ainda sem dar sinal de "Jump the shark", calão do entertainment aplicado a séries que estão a chegar ao ponto do cancelamento ou final abrupto, a irreverente criação de David Shore regressa ao território que tão bem domina: o da sátira velada ao drama hospitalar. Após uma terceira temporada que tentava levar a série para os terrenos que precisamente parodia, a 4ª abriu com o doutor sarcástico e cínico (identificação pessoal instantânea) sozinho e a trocar teorias com um empregado de limpeza. No segundo episódio, já está a recrutar novos doutores num esquema estilo "Survivor", com direito a spoofs ao reality show e tudo. É nisto que a série faz a diferença, e é por isso que Gregory House é uma das mais fascinantes personagens televisivas dos últimos anos, tendo direito já a ser capa de livros que não têm nada a ver com ele. Um pouco como as palavras "o código da Vinci".
A melhor coisa desta 4ª temporada, no entanto, é mais tempo de antena para a interação emtre House e o seu amigo Wilson, com Hugh Laurie e Robert Sean Leonard a provarem porque são a melhor buddy relationship do actual médium televisivo. Se juntarmos a isto os decotes de Cuddy e frases como a que House usa quando reencontra uma Cameron loura ("The blonde hair makes you look like a hooker. I like it."), temos aí uma coisa que ainda nos vai entreter durante mais algumas semanas.


"Dexter"

É um crime ainda não me ter demorado no blog nesta excelente série, provavelmente a melhor da colheita 2006/2007. "Dexter" tem um surreal personagem principal homónimo, que trabalha como especialista em manchas de sangue na polícia de Miami; tem uma namorada loura e com dois filhos de uma anterior relação; é respeitado pelos colegas; e tem uma irmã que o adora. Existe apenas um pequenino defeito na sua personalidade: sofre da compulsão de matar, tal como alguns de nós têm vontade de roer as unhas ou estalar os dedos. Dexter foi adoptado pelo pai, que cedo lhe descobriu essa falha e a tentou combater incutando no rapaz um código de honra: apenas mataria pessoas que merecessem, ensinando-lhe também todos os truques para não ser descoberto pela polícia. Quando um novo serial-killer, o Icetruck Killer, surge na cidade, Dexter encontrou um adversário à altura.
Isto é televisão de primeira água em tudo, desde a brilhante escrita de argumento, à impecável realização; mas a razão pela qual "Dexter" resulta é a interpretação pouco menos que genial de Michael C.Hall, que retrata Dexter como um criança mal-comportada, que sabe que é mal comportada, mas não tem sentimentos para sequer pensar em ter remorsos. O seu desprendimento relativamente à sua própria humanidade permite-lhe ver o nosso mundo normal com os olhos de um extraterrestre, fazendo-nos pensar nos pormenores quotidianos e reacções humanas que fazem pouco sentido quando analisadas friamente. Por isso simpatizamos com ele: ele não é um freak tal como o entendemos. Na verdade, em muitas vezes, as suas acções soam-nos justificadas e ele parece estar certo nos seus julgamentos.
A segunda temporada, a que ando a ver agora, começa com problemas na rotina assassina de Dexter, pois este terá descoberto, no final da primeira temporada, o sue pior inimigo, aquele que nunca esperaria jamais encontrar: os seus sentimentos. Até agora, o nível continua altíssimo e meter um tipo viciado em matar num programa de narcóticos anónimos é o tipo de coisa pelo qual as pessoas que escrevem séries deviam ser pagas principescamente.


"Californication"

"Californication", de Tom Kapinos, surge numa das modas actuais da televisão norte-americana: meter personagens principais moralmente questionáveis e por quem às vezes é difícil torcer. O Hank Moody de David Duchovny é apenas mais um numa linhagem onde podemos incluir Gregory House, Sebastian Shark, Tommy Gavin ou mesmo o James "Sawyer" Ford de "Lost". Moody é incrivelmente desbocado, egocêntrico e tem uma libido capaz de fazer corar Zézé Camarinha de vergonha. A série faz com que Los Angeles se assemelhe a um McDonalds de mulheres, onde basta alguém chegar e se servir sem fazer perguntas do produto disponivel. Moody vive uma relação tensa com a ex-companheira, mãe da sua única filha, e secretamente tenta ganhá-la de volta, enquanto afoga os falhanços desse desejo em amis mulheres e bebida. Pelo meio, tem o ofício de escritor, mas está bloqueado, após ter escrito um livro brilhante e niilista, que foi adaptado ao cinema como uma comédia romântica com Tom Cruise e Katie Holmes.
Hank Mood só podia ser interpretado por David Duchovny, que vive o personagem em absoluto. Na verdade, Moody é Fox Mulder, mas sem a paranóia por OVNI e um assumir absoluo da libertinbagem interior inerente ao personagem. A série tem bastante coisas boas: a pequena actirz que faz de filha de Moody, Madeline Martin, é um pequeno assombro; a químca entre Duchovny e Natasha Mchelone, a sua ex-companheira, é visível; e as pequenas manias dos fúteis da Costa Oeste abordadas por um sarcástico nova-iorquino são extraordinárias, com especial menção ao sexo. No entanto, parece faltar à série um história mais profunda, que derive de "Ela vai casar-se com o outro, vou fodendo aqui umas gajas enquanto espero a minha oportunidade", e as personagens secundárias parecem-me desparoveitadas, em detrimento de mais "Hank Moody" show. No entanto, é uma boa séria para quem gosta de comédias com um travo amargo, e descobrir como é que alguém moralmente tão retorcido pode na verdade dar um excelente pai e até um bom marido.

quinta-feira, outubro 25, 2007

terça-feira, outubro 23, 2007

segunda-feira, outubro 22, 2007

Filmes que apetece ver

sábado, outubro 20, 2007

Grandes momentos de humor 1

Monty Python. 15 segundos de absurda hilariedade. Uma das coisas mais divertidas que já, e nem sei explicar porquê. Como diz Michael Palin, que aparece neste sketch com John Cleese, o segredo está nos carapaus.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Capa da semana

quarta-feira, outubro 17, 2007

Um apelo

Aqui há uns anos, o escritor indiano Salman Rushdie foi condenado a uma fatwa pelo então Ayatollah Ruhollah Komeini, um senhor iraniano parecido com o vosso avô, mas que não dá oprendas a ninguém pelo Natal. O motivo foi a feitura de um livro, "Osversículos satânicos", que se mete com a doutrina islâmica Ora , o que é uma fatwa? Trocado por miúdos, é uma sentença de morte, que permite a qualquer muçulmano de bom gosto poder matar Rushdie quando bem lhe apetecer se o apanhar a jeito.
Ora, há uns rapazes chamados fundamentalistas islâmicos, não há? E estes rapazes são um bocadinho susceptíveis, não são? Têm umas bombas e umas AK-47 e tal, não é? E não gostam nada quando alguém se mete nas coisas religiosas deles, certo?
Então expliquem-me porque é Rushdie ainda hoje tem a fatwa a pender-lhe sobre a cabeça e ainda ninguém fez nada a própósito do rato chihuahua que é Mika, um libanês que canta na língua do grande satã, para além de se mexer de uma maneira pouco, digamos, muçulmana. Vejam lá isso, pá!

sábado, outubro 13, 2007

Um Emmy à parte

O meu momento preferido nas cerimónias de Emmys recentes não é o monólogo incial, nem as piadas sobsequentes, nem memso quando "Lost" ganha algum Emmy: é a atribuição ro pémio para Melhor escrita num programa de variedades. As equipas de argumentistas nomeadas são convidadas pelos produtores da cerimónia a apresentarem-se de uma forma orginal e, sobretudo, divertida. Este ano, todos os nomeados corresponderam às expectativas, como se pode ver em baixo.

Num apontamento pessoal, achei o do programa "The daily show" o mais divertido, seguido de perto por "The Colbert Report"
No entanto, o programa que mais importa destacar é o fantástico "Real time", com o comediante norte-americano Bill Maher. Na linha da sátira política e comentário contundente ao quotidiano nacional e internacional, este talk-show vai bem mais longe que "The daily show", o programa mais conhecido do género e não põe só o dedo na ferida: enfia a mão toda lá dentro e ainda remexe. Para quem não conhece, fica um breve clip que dê vontade de descobrir.

Conando: capítulo 1

quinta-feira, outubro 11, 2007

Respirar fundo


Acabei de ler uma obra de grande fôlego, um daqueles livros que me recorda porque gosto tanto de História: "Pós-guerra", do britânico Tony Judt, alguém que muito honestamente gostava de ter como meu professor. Numa obra que é uma verdadeira aula de 900 e tal páginas sobre o percurso histórico deste continente que vai de Lisboa até para lá do Cáucaso, Judt mostra um conhecimento enciclopédico das várias áreas do saber histórico desde 1945. Na realidade, é quase uma aventura ler algo assim, e uma pequena lição para os europeus, que ao contemplarem este seu século XX têm uma predisposição para esquecer. Judt relembra; e o que relembra é amargo.
Por isso é essencial ler este calhamaço que nos esmaga (trocadilho intencional.)

Curioso

O primeiro clube italiano a colocar-se ao serviço dos valores e da ética religiosa, segundo um acordo firmado com uma instituição ligada ao Vaticano, chama-se Ancona.

terça-feira, outubro 09, 2007

House call 2


Enquanto o Greg bebia tequilha no quarto do paciente, o candidato mormon arengava alegremente sobre as maravilhas de se ser religioso. Greg mantinha-se irredutivel e sarcástico. Quando o mormon começou a entrar em contrandições, sem nunca admitir que o estava a fazer, o Greg teve uma observação de simples lógica:

"Rational arguments don't usually work on religious people. Otherwise, there wouldn't be religious people".

segunda-feira, outubro 08, 2007

quinta-feira, outubro 04, 2007

A perda de consciência

Até há algum tempo, a minha mente fixou-se num hábito bizarro de que ainda existem alguns resquícios: quis descobrir qual o exacto momento em que eu adormeço. Escusado será dizer que isto tornava a minha tarefa de dormir ainda mais complicada do que realmente é. Normalmente, eu ando num constante ruminamento dos factos do dia a dia, memso os mais pequenos, inclusivé naquela fase em que estamos deitados na cama e pensamos em qualquer coisa. Para, essa mesma fase é um período em que estou bastante criativo e por essa razão, durmo sempre com um bloco de notas ao lado. Já cheguei a faezr mentalmente dezenas de linhas para um trabalhos académico, para depois me esquecer da maior parte das coisa sno dia seguinte. Por isso, bloco de notas. Agora que penso melhor, acho que este é uma boa pista para descobrir porque nunca consigo estar em paz comigo mesmo.
Não sei porque teimei em tentar deslindar um mistério que todos nós, não de forma tão obsessiva como a que demonstro, já pensámos. O momento em que se dá um clique, algures na nossa mente, e desligamos. Por uma ou outra razão, esse clique é sempre uma benesse. Todos precisamos de desligar de tudo isto de vez em quando. Procuramos um sentido para a vida quelevamos e estamos perpetuamente condenados a não o encontrar. Principalmente quando nos fartamos de encontrar gente que só apetece beliscar. A nossa mente desligada impede que nos preocupemos ocm o que quer que seja. Estamos em branco, estamos num gostoso limbo, do qual saímos todos os dia,s como se morressemos por uma shoras para ressuscitar uma e outra vez. Ressuscitar não: acho que acordar é nascer constantemente.
Se calhar, tem tudo a ver com a importancia que dou à morte, e à finitude. Encontrar o momento do clique permite-me saber como é estar-se inconsciente, saber o que separa, dentro de nós, o estado de consciência e o estado de inconsciência. Saber o que há para lá da morte.
Ou então é só uma coisa parva.
Agora desliguei-me de descobrir o acto de desligar. Deslindar esse desígnio. E descobrir que definitivamente não sou dotado do doce dom de dar aos textos aliterações.
Mas não durmo melhor por isso. Ainda não descobri com posso ter paz na minha cabeça. Por incrível que pareça, perturba o sono. Faz com que o clique soe demasiado pesado.

terça-feira, outubro 02, 2007

Canção

Hoje foi Dia Mundial da Música. Discorrer sobre a importância que a música tem na minha vida é o mesmo que explicar porque é importante o facto de eu conseguir respirar oxigénio. Em certos aspectos, a música é o meu oxigénio. Sem ela, por exemplo, o meu motor criativo é ainda pior.
Não sei porquê, durante o dia de hoje, não me conseguia deixar de lembrar um dos poucos génios que a música portuguesa teve e que dá pelo nome de Carlos Paredes. Um senhor que tocava uma guitarra com gente lá dentro. Quase me atrevia a dizer que ele não tocava guitarra: retirava de lá as pessoas por um qualquer encantamento.
E falar de Carlos Paredes, e de Música, é falar deste sublime momento inspiracional da nossa música. Não sei se Carlos Saura, no seu "Fados" se terá lembrado deste enormíssimo homem do fado a sério.



Claro que há outros nomes que para mim são Música. Bastam nomes. Mas isso fica para outra altura...