sexta-feira, março 27, 2009

Dia mundial do teatro

Hoje é dia mundial do teatro. Que tem isso a ver? O dia é importante? Nem por isso, são mais importantes os dias em que vamos ao teatro do que um dia em que se celebra sabe-se lá o quê do teatro, principalmente porque assistimos todos os dias a verdadeiras interpretações dramáticas no nosso quotidiano. Todos os dias são dias de teatro. Eu próprio, ocasionalmente, subo a um palco e utilizo máscaras a sério, ao invés daquelas que uso no meu dia a dia. Felizmente, até porque era chato andar vestido de vespa, enquanto somos atendidos numa repartição pública.É uma sensação única poder-se representar, mas melhor ainda, é escrevermos alguma coisa e vermos isso representado. Já estive dos dois lados e por isso foi duplamente feliz.
Enfim, este é um pretexto, como qualquer outro, para lembrar uma das mais imortais peça da lavra universal segundo a leitura de um filósofo austríaco chamado A. Schwarzenegger. É divertido e uma boa homenagem ao teatro pelo seu primo cinema.

O efeito Portugal

A revista Playboy irá ter por fim uma edição portuguesa. Só estranho a demora, pois já ha alguns se fala à boa pequena que o país está de tanga.
Na capa, está uma cantora/modelo, de mãos nas ancas, beicinho destacado e um estilo gráfico que ou é uma homenagem ao facto de a Playboy ter sido fundada em 1954, de tão datado que é, ou então um erro de casting tremendo, deixando-nos com saudades dos geniais grafistas que compunham a velha revista Gina numa cave algures em Carnaxide.
Ainda não pus as mãos na revista e só aí poderei emitir uma opinião mais bem formada, mas como provavelmente essa oponião será formulada nos poucos minutos em que a tiver na mão, passando-lhe os olhos sem a intenção de comprar, mais vale ficarmo-nos com a capa. A Playboy, como marca, sempre se evidenciou pela quantidade e qualidade de mulheres nuas que trazia, claro, mas foi também um objecto de jornalismo onde se cruzavam entrevistas a gente que interessava (e podia estar aqui a encher o post de nomes, mas ficam Fidel Castro, John Lennon, Salvador Dali, Martin Luther King, Albert Schweitzer, Clint Eastwood ou Norman Mailer), short stories e crónicas de quem percebia alguma coisa de encarrilamento de letras (entre outros Arthur C. Clarke, Isaac Asimov, Ian Fleming, Roald Dahl, Jorge Luís Borges, John Updike ou Gabriel García Marquez) e a colaboração de alguns dos retratistas mais brilhantes da História (como Herb Ritts, Annie Leibowitz ou Helmut Newton). Digamos que esta pode ser uma revista para homens, o horror das mulheres (como a feminista Gloria Steinem tão bem condensou, quando ameaçou que cuspiria na cara de Hugh Heffner, proque este tinha levado as mulheres à condiação de objectos), mas nesse campo, era uma revista muito bem feita.
A edição é tipicamente portuguesa, porque ao invés de estímulo intelectual e discussão de grandes temas, ficamo-nos pelo que é básico: gajas nuas, futebol e hype. A grande entrevista desta priemria edição é feita a Costinha (ouvem-se grilos no cenário de fundo), há 20 perguntas feitas a Pacman, vocalista dos Da Weasel e há 4 colaboradores que não sendo desconhecidos ou desprovidos de talento, não serão aquela referência (Ana Anes, que escreveu um livro chamado "Sete anos de mau sexo, está mesmo a jeito para ser gozada e gozada e gozada... sem qualquer intenção de trocadilho).
Enfim, Playboy, versão lusa, faz jus ao nosso país; e no entanto, consegue encontrar, no meio do potencialpara o desastre, alguma poesia. Já viram bem Rute Penedo, a primeira playmate nacional? Não, a foto dela não está na capa, mas sim nas páginas centrais da revista. No caso da nossa Playboy, tal como outras coisas tão portuguesa, a beleza está mesmo no interior.

quarta-feira, março 25, 2009

Cover up

No "Cover up" desta semana, viajamos até à Europa de Leste, mais concretamente até à gélida e imensa Ucrânia, ao encontro de Los Colorados, quarteto de música tradicional russa, com uma imagem própria de estilo e glamour, a fazer lembrar o Rat Pack. Com um bombo, um acordeão, uma guitarra e um contrabaixo, fazem a festa. Estes grandes senhores da polka decidiram apresentar-se ao mundo com uma versão de um tema pop que faz baçançar muita anca nessas discotecas fora. Falo de "Hot n' Cold", da norte-americana Katy Perry. Katy Perry não é nenhum génio musical, mas tem uma tendência para fazer músicas pop levadas da breca e orelhudas como o doutor Carvalho. Ela é uma daquelas cantoras que fica bem a cantar, mas ficava melhor a fazer strip no meu quarto.
"Hot n'cold" é sobre gajos que não se decidem se querem ou se saem de cima, o que é uma situação em que, estou em crer, estes ucranianos não se reveêm. Os seus cabelos são de quem sabe muito bem o que querem da vida, apesar de o rapaz do bombo mostrar polivalência (ou será indecisão?) martelando o instrumento de percussão, enquanto marca o compasso com uma pandeireta. No entanto, tenho a certeza de que o dilema existencial que pungentemente (e com bom ritmo) aparece na canção original surge igualmente nesta canção. Comparem e decidam por vós próprios.



Um pedido de desculpas

segunda-feira, março 23, 2009

O calimero do futebol


Ele são petições de adeptos a pedir a repetição da final da Taça da Liga; ele são declarações de jogadores a queixar-se da arbitragem (e com razão, visto que quando entrou o penalti fantasma, Lucílio permitiu a Derlei e Pedro Silva que permanecessem em campo quando deviam ter sido expulsos na primeira parte, antes de mais); ele é Paulo Bento a paedri, com jeitinho, que deixem o Sporting ficar no segundo lugar (e diz o Paulo que não percebe o sistema...). Agora, Filipe Soares Franco anunciou que o Sporting abandonou a direcção da Liga de Clubes.
É pena que os verdes de Alvalade não se tenham lembrado deste escarcel todo noutras alturas, como quando Vukcevic marcou o golo da vitória contra o Rio Ave, num jogo que os ajudou a chegarem à referida final, com dois metros de fora-de-jogo; ou quando o mesmo Lucílio inventou na época passada um penalti, num jogo decisivo contra o Marítimo, que ajudou os verdes a irem à Liga dos Campeões (onde representaram bravamente o país, na saga dos Doze trabalhos de Rui Patrício). Sporting: um clube diferente, que não liga à arbitragem; excepto quando é contra nós. Aí, há sistema e é controlado pelo Benfica. Tendo em conta tudo o que se tem passado nesse campo este ano, resta-me dizer: espantoso.

Anúncio proibido pelo Bento

Miscelâneas 12


- Dinossauros vivem com seres humanos? Creacionistas rejubilam!

- Senhor bombeiro? Salve.me aquele gnomo de porcelana!

- Cérebro começa a declinar aos 27

- Aldeia inglesa posta à venda

-Pato pensa que é cão

- "Das kapital" transformado em ópera, na China


- Javalis com medo do cabelo humano

- Ele existe: o elefante cor de rosa

- Homem tinha duas mulheres no mesmo prédio

Habemus papam!


O Papa meteu-se num périplo em África e chegado aos Camarões, anunciou a todo o mundo que sim, que a Igreja ainda não gostava do preservativo e que ao que parece, não só o bocado de látex faz um péssimo trabalho no combate à SIDA, como até ajuda a propagá-la. De todos os quadrantes liberais, e até não liberais, choveu a indignação e o escárnio.
Em primeiro lugar, ele é o representante máximo da Igreja Católica, uma instituição que acha que o sexo é o recreio do Diabo e que serve apenas para reprodução. Estamos a falar de Bento XVI, estavam à espera que quê? Que ele chegasse a África a distribuir profilácticos e a elogiar as virtudes do planeamento familiar?
Em segundo, louva-se o bom gosto do Sumo Pontífice em dizer estas coisas precisamente no continente mais flagelado pela doença. É este tipo de coisas que leva a que se adore o homem incondicionalmente, e a diplomacia que exploraríamos de alguém que esteve na juventude hitleriana, e do líder uma organização que conforme a época histórica, escolheu perseguir sempre um grupo qualquer, desde os judeus até às mulheres. A bem da coerência, nunca o fez com preservativos, embora determinados brinquedos do Santo Ofício fossem feitos de borracha.
Em terceiro, assisti um pouco a uma entrevista hoje de S. Bento Domingues à Sic Notícias, onde o prelado afirma que o preservativo não é contra os cânones cristãos. Decidam-se, pessoal. Penso que o maior problema é o de ser um contraceptivo, pois Deus disse para nos crescermos e multiplicarmos. A minha pergunta é: será que Deus é parvo? De outra forma, porque é que fez a actividade sexual tão incrivelmente satisfatória? E se o homem é feito à sua imagem e semelhança, será que ele não viu que mais tarde ou mais cedo, encontraríamos maneira de adiar os resultados biológicos dessa actividade? Ficam perguntas para discussão teológica.
Quarto ponto, parabenizo Bento XVI. Estava com medo que, em Luanda, o tipo que roubou o ouro ao 50 Cent lhe fizesse uma visita. Aparentemente, Deus é o melhor guarda-costas do mundo.

Sempre na vanguarda do entretenimento, este blog gostava de vos apresentar um desafio de erudição: quantas personalidades famosas conseguem reconhecer nesta pintura? Dou-vos uma ajuda, para começar. O tipo de branco, frente e centro, de cabela desgrenhado, é Albert Einstein.

quinta-feira, março 19, 2009

Pergunta do dia


Quem é que ofereceu as prendas do Dia do Pai a Josef Fritzl: os seus filhos ou os filhos que teve com os filhos?

segunda-feira, março 16, 2009

Twitter, e não, não é um pássaro amarelo


Há pouco mais de uma semana, decidi mergulhar de cabeça no Twitter. Os jornalistas veneram-no, os directores de jornal adoptaram-no, os humoristas dizem que é lindo e o cidadão comum entra para andar atrás desta gente toda. Há qualquer coisa na expressão "comunicação directa com pessoa famosa" que nos precipita a avançar para o abismo.
Quanto a mim, a razão que me levou a aderir à coisa é muito mais prosaica. Não conseguia suportar a ideia de haver um local no meio da Internet onde não podia debitar baboseiras. É como haver canelas onde o Bruno Alves não pode colocar pitons. Há uma urgência que me impele (e já agora, ao Bruto Alves) a procurar tal coisa. O Twitter, misto de sms, blog e qualquer coisa mais que ainda não existia, pediu-me um nome. Experimentei o meu clássico nom de plume, luminary. Ao que parece, o Twitter é esperto e não se deixou enganar, pois deve tê-lo associado imediatamente a este blog. Não me deixou utilizá-lo, porventura há um limite para as tretas que se escrevem naquilo. Como vim mais tarde a descobrir, até nem há. Luminary não servia, mas brunesque (um nome que, por acaso, sempre quis usar em qualquer coisa) estava aí para as curvas e para lançar a confusão.
Entrei pé ante pé, mas passados uns dias, já estava a fazer uma das coisas de que mais gosto, que é mandar postas de pescada a gente que não conheço. É absolutamente libertador: se elas acham piada, é espectacular para o ego; se não acham, é impossível virem partir-te a cara, porque não te conhecem. No Twitter, não funcionam as regras de uma conversação pessoal interessante. Falar do nosso almoço, afinal, pode ser excitante, e saber que determinada pessoa está a comer pescada cozida tem a obrigação de me deixar aos pulos e a querer saber mais. O facto de só podermos usar 140 letras de cada vez é um exercício salutar nesse campo, para mim: obriga-me a escolher as palavras, isto se o nosso objectivo for realmente interessar os outros, ou provar alguma coisa. Se quiseremos simplesmente debitar o nosso dia-a-dia, é um pormenor de pouca importância. Já sigo algumas pessoas, e sou seguido por outras que não me conheço e que nunca contactei, e que aparentemente ficaram seduzidas pela minha foto de Gregory House segurando uma seringa, na ilusão de que talvez possam ouvir ditos espirituosos. Claramente, vêm ao engano.
Vou dar um mês a esta coisa e ver se é interessante ou apenas um prenechimento dos espaços mortos do quotidiano, um prolongamento do nosso medo do silêncio e da ausência de palavras. Porque para conhecer gajas boas, parece que há o Facebook. Mas essa experiência fica para outras calendas.
Quem tiver curiosidade, fica a minha morada: www.twitter.com/brunesque

domingo, março 15, 2009

Porque é que o country é a música dos corações partidos


If heartaches brought fame
In love's crazy game
I'd be a legend in my time.

If they gave gold statuettes
For tears and regret
I'd be a legend in my time.

But they don't give awards
And there's no praise or fame
For hearts that are broken
or love that's in vain

If lonliness meant world acclaim
Everyone would know my name
I would be a legend in my time.

Johnny Cash, "A legend in my own time" ("One hundred Hughways", 2007)

sexta-feira, março 13, 2009

Hei, mas aquele gajo/a é... Parte 1

Estrelas de cinema toda a gente as conhece. Ah, o Will... Ah, a Angelina e o Brad... Aj, o Johnny... Ah, o Di Caprio... Ah, a Julia, o George e o Matt... Isso é tudo muito bonito. Elas ganham milhões, os seus nomes encimam cartazes, as suas caras fixam-se no nosso cérebro e não saem.
Há, no entant, outras caras que aparecem nos filmes e também compram um apartamento dentro da nossa cabeça. De cada vez que elas aparecem, nós conhecemo-las, são familiares, são como aquele amigo que fui àprocura de trabalho no Luxemburgo e já não lhe mandamos uma mensagem de Hi5 há três meses, mas ainda nos lembramos que lhe devemos 300 euros e se calhar é por isso que não lhe escrevemos há três meses. Esses actores e actrizes que não sendo vedetas, são instantaneamente reconhecíveis pertencem à categoria de "Hei, mas aquele gajo/a é...": presenças secundárias, embora intensas; reis do typecasting, a quem os realizadores recorrem sempre que determinado personagem cliché aparece nos guiões; especialistas em fazer o máximo de um papel que no guião são quatro linhas e uma didascália. É as esses actores que este blog quer fazer uma homenagem. Não citaremos actores secundários com nome conhecido, tipo Bill Paxton e Lance Henrikssen. Aqui, interessam-nos os que compõem realmente o pano de fundo. Vamos à parte 1.

Nome: Danny Trejo
Typecasting: Marginal latino-americano
Papel mais conhecido: Talvez Machete, que aparece em "Desperado" e nos trailers falsos de "Grindhouse"
Comentário: Danny Trejo faz quase exclusivamente o papel de home duro hispânico. De facto, na vida real, este actor é primo de Robert Rodriguez e já esteve preso. Tem tatuagens por todo o corpo, uma cara que parece ter sido alisada com um rolo compressor com brita colada e um ar de quem vai bater no padre só porque tossiu durante a missa. Os seus personagens têm quase sempre nome de armas brancas que são capazes de aleijar, e como Machete, ele parece ter facas suficientes para abrir um restaurante próprio. Se precisarem de mais provas da sua dureza, Trejo vai entrar naquele que promete disputar com "Predator" o título de elenco mais másculo da história de cinema: "The expendables", o próximo filme de Stallone

Nome: Michael Ironside
Typecasting: Altas patentes do exército ou vilões (quase o mesmo)
Papel mais conhecido: Richter, em "Total Recall"
Comentário: Ironside é um actor canadiano que praticamente põe os espectadores em sentido com um urro ou um simples movimento de narina. Nunca o convidariam a fazer de pai extremoso e carinhoso; provavelmente, aquele pai que põe o filho a dormir fora de casa porque este se esqueceu de limpar os pés antes de entrar. Os personagens de Ironside têm também uma estranha e mórbida tendência para ficarem sem membros, quer vivam ou morram nos filmes em que entram. Como diz Arnie em "Total recall", "I'll see you at the party, Richter!"

Nome: William Fichtner
Typecasting: Badasses no geral
Papel mais conhecido: Alex Mahone, em "Prison Break"
Comentário: Quase sempre o mais intenso actor a trabalhar nas cenas em que entra, Fichtner interpreta normalmente personagens com as quais não gostaríamos de nos meter na vida real, sejam elas o comandante do Space Shuttle de "Armaggedon" (sim, Fichtner pertence ao clube Michael Bay) ou o banqueiro a ser assaltado pelo Joker no recente "The dark knight", que embora derrube dois assaltantes a tiro de caçadeira, é indubitavelmente derrubado por um tipo mais psicótico e intenso que ele. O seu talento pode ser atestado por trabalhar com alguns dos grandes realizadores da actualidade, como Ridley Scott, Michael Mann ou Christopher Nolan.

Nome: Kurtwood Smith
Typecasting: Duro (normalmente um pai rígido ou um vilão diabólico gone loco
Papel mais conhecido: Talvez o obcecado por pontapés no rabo "Red" Forman, em "That 70's show"
Comentário: Kurtwod Smith, que agora faz mais carreira na televisão, em séries como "House", "24" e "That 70's show" é o elo perdido entre figuras parentais temidas e mauzões absolutamente destruidores. Segundo ele, prefere interpretar vilões, porque os realizadores deixam-no fazer coisas inqualificáveis. Como em "Robocop", onde o seu personagem, Clarence Boddicker", arruma um Peter Weller pré-armadura de Robocop, atirando inclusivé nos seus dedods dos pés. Para além disso, passa o filme todo a matar gente como quem tem de apanharo autocarro no quotidiano.

Nome: Christine Baransky
Typecasting: Tia de alta sociedade, normalmente bitchy; quando não é esta, normalmente mulheres extremamente arrogantes
Papel mais conhecido: Uma das amigas de Meryl Streep em "Mamma mia"
Comentário: Baransky é uma veterana da Broadway, o que já lhe valeu participações em musicais, como o acima citado "Mamma mia" e também "Chicago", onde tem um número com Richard Gere. No entanto, é o papel de mulher irritante de alta sociedade que mais a tornou conhecida entre o público, e ela fê-lo numa série de filmes quase consecutivos: "The birdcage", "Bowfinger", "The guru", "The ref"...

Estado de sítio



Paulo Bento lançou o toque a rebate após o último jogo de Munique, onde o Sporting fez o favor de pegar num determinado manto que o Benfica comprou em Vigo na época 1999/2000 e tomá-lo para si. Assustado, o homem com penteado de casapiano fechou-se em casa, num quarto escuro de castigo e aproveitou o tempo de reflexão para elaborar, à maneira da Inquisição Espanhola, um Index de obras proibidas, que vai impôr ao plantel sportiniguista, e também a Miguel Veloso. Hoje de manhã, surpreendeu todos na Academia e apregoou cópias em portas e o diabo a sete. Só pediu que não fizessem muito barulho a ler, porque anda a tomar aspirinas para a dor de cabeça desde as 7:01 da manhã até às 5:00 da tarde.
O "I'm a complex guy, sweetheart" conseguiu aceder a esta lista, graças a Polga, que não se quis identificar, mas que adiantou estar habituado a ser o passador da equipa verde e branca. Aqui a publicamos, sem censura.

Filmes a evitar pelo plantel, e pelo Miguel Veloso

"Os sete magníficos"
"Se7en"
"Os sete samurais"
"Sete noivas para sete irmãos"
"Doze indomáveis patifes"
"À dúzia é mais barato"
"Branca de neve e os sete anões"
"Sete anos no Tibete"
"Seven pounds"
"O sétimo selo"
Qualquer filme de James Bond (número: 007)

Músicas e artistas a evitar pelo plantel, e também pelo Miguel Veloso

"Seven nation army", dos White Stripes
Sinfonias de Sibelius e Prokofiev (porque são sete)
Os S Club 7

Liberdade religiosa
As seguintes religiões serão banidas no balneário, pelas suas referências perniciosas:
- Cristianismo (Sete dias para sa criação do mundo, sete pecados mortais, sete sacramentos, sete anos do Jubileu e o Apocalipse no geral - sete igrejas, sete selos, sete pragas, sete vasos e sete trovões)
- Judaísmo (O Senhor descansou e benzeu o mundo ao sétimo dia, sete dias de Páscoa, sete dias de luto)
- Islamismo (Sete são as Terras na tradição islâmica, sete são os Paraísos na tradição islâmica, sete voltas em redor da Kaaba em Meca, sete são as portas para o céu e para o inferno)

Nota: Passa a ser proibido citar ou de qualquer outro modo falar da cultura clássica nesta Academia, pela quantidade de referências de escárnio para com o nosso clube (ex: "Os 7 contra Tebas", as 7 maravilhas do mundo antigo, o período dos 7 imperadores em Roma, os 7 sábios, as 7 artes liberais, Roma era a cidade das 7 colinas)

Assinando, com tranquilidade, sem pressão e sem inibição

Paulo Bento

P.S: Miguel, desculpa não te ter protegido naquele jogo de assalto à bandeirola. Vê lá, não sejas Calimero!

MIscelâneas 11


- "Daqui Deus, não estou em casa. Deixa mensagem depois do sinal."

- "O que é aquilo, um cadáver humano num bloco de gelo? Deixa lá estar, vamos a trabalhar"

- Fugitivo apanhado quando regressava à prisão

- O diabo passeia-se pelos Estados Unidos

- A sesta, afinal... faz mal!

- O sonho do Papa cumpre-se:a homossexualidade pode levar à extinção de espécie


- "Foi você que mandou vir... um homem morto?"

- O peixe drácula

- Homem morto há 450 anos recebe conta de Tv Cabo

- Homem sobrevive a queda das cataratas do Niagara

- Assassino contratado como figurante num filme para interpretar... um assassino

- "Polícia? Está um alce no meu telhado!"

- Macaco mata patrão com cocos

- Entretanto, a polícia matou finalmente o Joker...

- Bébé com dois pénis. This one was going for the belt...

quinta-feira, março 12, 2009

quarta-feira, março 11, 2009

Conversinha...


Antes do Bayern de Munique-Sporting de hoje, Filipe Soares Franco e Paulo Bento estavam numa reunião. Paulinho olha para o calendário.

- Quantos são hoje, Paulo?
- 10, senhor presidente.
- Caramba, não exageres também!

terça-feira, março 10, 2009

Curado

Pode parecer mais uma das minhas histórias mirabolantes, digna de aparecer no jogo das mentiras, mas nos últimos dias, pensei que sofria de alguma modalidade de anedonia. Não sei se conhecem esta doença, mas é uma maleita do foro psicológico (de que outro foro podia eu padecer) que provoca no doente a ausência do sentimento de prazer com o que quer que seja.
Ora, uma boa amiga minha contou-me hoje uma excelente notícia que lhe aconteceu e automaticamente, senti-me feliz por ela. Obrigado, cara amiga, e ao mesmo tempo parabéns, que é coisa de excelência, essa que agora tens! :)

sexta-feira, março 06, 2009

Dar palpites

A crise económica anda por aí, e eu vou-vos livrar do suplício que é ler-me a explicar os pormenores da coisa e porque é que o dinheiro é, afinal, a melhor coisa que se pode ter numa conta de multibanco. Eu próprio, aliás, não percebo por completo as origens e destino deste portentoso desastre, que faz com que 5 euros sejam valorizados como 50 cêntimos, quando os vemos na nossa carteira.
Um tipo razoavelmente mais inteligente de engraçado que eu, Jon Stewart, entreteve-se a meter os dedos no nariz de quem tem também alguma culpa nesta historia toda: os especialistas económicos, que, com as suas dicas ineptas, conduzem os leigos do negócio, que anseiam lucrar com palpites, à ruína. Um belo momento de intervenção política, e subscrevo duas palavras que Stewart dedica a um aldrabão da bolsa. Vão directas a quem originou, com a sua estupidez gananciosa, o belo pântano económico em que crocodilos nos querem devorar.

Miscelâneas 10


O regresso da rubrica mais indesejada da História.

- Miúdo de 4 anos ganha como prémio uma ilha... real!

- Conselho mais útil: não desobedeçam aos vossos pais

- O M&M mais crocante do mundo: aquele que tem ossos no recheio

- Armaggeddon? Ainda não foi desta, ufa...

- Mulher fica presa três dias no seu próprio caixote do lixo

- E o prémio por ter ganho o concurso de comer mais panquecas foi... morrer!

- 10 dentes humanos na carteira nova

- Homem assalta casa e rouba papel higiénico

- Penitência de quaresma: não enviar sms à sexta-feira

quarta-feira, março 04, 2009

Cover up

No "Cover up" desta semana, temos uma nova leitura de "Fix you", dos Coldplay. O vocalista e compositor Chris Martin disse numa entrevista que a própria "Fix you" é a releitura de outro tema, "Grace under pressure", dos Elbow, por isso estamos perante uma cadeira de covers que ninguém sabe onde vai parar. Alegadamente, o tema foi uma espécie de resposta de Chris Martin a Gwyneth Paltrow, quando o pai desta morreu, e o certo é que ele já disse que este foi o tema mais importante que já escreveu.
Sendo que o tema está ligado à morte, parece indicado que os autores da versão sejam um coro de septuagenários e mesmo octogenários apropriadamente chamados "Young at heart". Eles foram já alvo de um documentário, homonimamente com o nome da banda, que retrata a sua digressão norte-americana de 2008, e é uma reflexão sobre o poder da música sobre a idade. Pelo meio, Fred Knittle, um dos vocalistas principais, que sofre uma deficiência congénita no coração, e precisa de uma botija de oxigénio para respirar, sobre ao palco e pega no hino de Chris Martin sobre a morte, de forma bem amis simples, mas de uma pungência visível. A interpretação toca-nos ainda mais se soubermos que menos de um ano depois deste momento congelado em celulóide, Fred Knittle estava morto, de cancro.
O "embedding deste vídeo nãoé permitido, por isso façam-m o favor de seguirem o link

http://www.youtube.com/watch?v=eZ4SIe5rVUM

terça-feira, março 03, 2009

Desafio aceite: as respostas


Tenho a anunciar que ninguém acertou completamente nas mentiras, embora a Carla Rosa e a Maryland tenham andado lá perto. Deixemo-nos de paleio e passemos à resolução.

1- Envolvi-me numa cena de pancadaria com um tipo que praticava karate - VERDADE - Esta explica-se facilmente. No Secundário, havia um tipo na minha turma que andava no karate, num ginásio. Ele era, no fundo, um bom rapaz, embora mentiroso de primeira e azeiteiro. Um dia, numa auto-avaliação a Oficina de Expressão dramática, ele pediu a mesma nota que eu tinha pedido e eu tive o azar de dizer alto que não nos podíamos equiparar (e não podíamos mesmo, naquela disciplina). Ah, o meu ego intelectual... Cá fora, obviamente, houve merda. Penso que cheguei a apanhar um sopapo, mas felizmenete, um colega meu, que andava no andebol e tinha cabedal, lá controlou a situação. No outro dia, o gajo pediu-me desculpa. MOral da história: tenham sempre um amigo que pratica desporto à mão.

2 - Recebi uma prenda de anos de uma professora, sem nunca ter ido para a cama com ela - VERDADE - Ora aqui está mais uma verdadeira que remonta ao Secundário. A única altura na vida em que me senti popular entre um grupo foi, sem dúvida, durante o Secundário. Não popular no sentido de ter as miúdas aos meus pés, mas popualr no sentido em que toda a gente gostava de mim, achava que o que eu dizia era engraçado e brilhante, e mesmo o tipo que me quis bater em cima achava que éramos amigalhaços. Pois numa aula de Português anterior a 9 de Novembro (o meu aniversário), quand estava no 12º anos, a minha professora sugeriu à turma que se cantassem os parabéns no meu aniversário; realmente deu-se, e para mais, toda a gente me deu uma prenda, inclusivé a professora. A mais mítica, para quem conhece, é uma certa camisola com a cara de uma certa actriz estampada em frente e costas...

3 - Andei ao banho nu numa praia frequentada - VERDADE - A praia em questão foi a praia de Pedrógão e tudo surgiu quando o meu irmão, já dpeois de mergulhados em água, me desafiou a tirar os calções e andar por ali ao banho nu, no meio de toda a gente. Assim fizemos e juro que ninguém levou uma chicotada. A água estava fria, perceberão certamente...

4 - Em Budapeste, andei em transportes públicos sem nunca ter pago um tostão- MENTIRA - Neste caso, meia mentira. De facto, quando andei de autocarro e de metro, nunca paguei nada. A minha amiga húngara conhecia uns truques. Agora, os truques dele não chegaram para evitar o pagamento de uma viagem de comboi para fora de Budapeste, e sendo assim, gastei dinheiro num bilhete de ida e volta.

5 - Vi uma pessoa a morrer à minha frente - VERDADE - Verdade, verdadinha: numa auto-estrada, vi um motard enfaixar-se contra a traseira de um camião. Como é que eu sei que ele morreu? Porque nunca vi ninguém em estado vivo sem a cabeça atarrachada ao pescoço.

6 - O Vítor Paneira já me fez um pirete, antes de me mandar para o caralho e me chamar filho da puta - VERDADE - O Castro confirmou-o na secção de comments, porque também estava lá. Viagem de estudo no 7º ano, ao estádio da Luz. Miúdos ansiosos por conseguir um autógrafo das suas vedetas da bola preferidas. De súbito, saindo da garagem do estádio, Vítor Paneira, num carrão, surpreendido pelo ajuntamento de putos. Abrindo a janela, manda-nos para o carvalho, diz que a minha mãe é uma truta e ergue-me o dedo do meio. Chulo! O Abel Xavier (ainda não em fase farol) sempre foi até ao autocarro distribuir autógrafos, reforçando o benfiquismo deste que escreve.

7 - Já vi o fantasma de um familiar- MENTIRA - Por acaso, a minha mãe já viu, precisamente na casa onde estou a morar. Foi do meu bisavô. Ás vezes, penso se não o encontrarei por aqui. Mas já vi um OVNI.

8 - Fui operado sob o efeito de uma anestesia defeituosa, o que levou a que tivesse sido exposto a dor sem limites - MENTIRA - Esta só é mentira, porque a operação foi interrompida. De facto, da primeira vez que fui operado a uma hérnia, uma anestesia mal dada lançou a resposta para uma pergunta que sempre fiz: o que sentiram os judeus às mãos do dr. Mengele em Auschwitz? Mas após insistência (reforço a palavra insistência), consegui convencer o médico de que me estava a operar a sangue frio, e ao que parece, isso não é permitido.

9 - Já menti a uma rapariga por causa de uma série de televisão - VERDADE - Tinha combinado ir ao cinema com uma rapariga, mas calhava numa segunda à noite. Dia de Ficheiros Secretos. Isto deu-se antes da era dos Torrents e downloads. Tudo pesado... ganhou o FBI...

segunda-feira, março 02, 2009

10 filmes para 2009

Há quem diga que o ano de 2008 foi fraco em filmes. Talvez na quantidade de genialidade, mas em termos de qualidade da dita cuja, houve obras que compensaram a fartura, desde "The curious case of Benjamin Button", filme de David Fincher, (que, como "Fight club" e "Zodiac", outros filmes do realizador, precisará que a poeira assente para que seja apreciada como a obra-prima que realmente é); passando por "The dark knight, um grande filme em primeiro e uma obra de super-heróis depois; acabando em "Wall-E", genial prodígio de animação (e ao dizer isto, parecemos reduzir o seu poder...), "The wrestler" (só não vê quem quer que Aronofsky é um dos grandes realizadores a trabalhar actualmente, e que Mickey Rourke é extraordinário), "Milk" (bela malha de Gus Van Sant no mainstream, e impressionante forma de vermos Sean Penn desaparecer num personagem por completo)....
2009 promete ser um ano marcado por uma fornada interessante de filmes, com o regresso de grandes mestres, folias várias e a confirmação de grandes realizadores do século XXI. Numa opinião puramente de "Estes vou vê-los ao cinema", deixo aqui dez filmes para 2009.
"Green Zone"

Paul Greengrass regressa na adaptação de um livro de não-ficção, "Imperial life inside the Emerald city", que retrata os primeiros anos da ocupação norte-americana do Iraque. O filme segue a história de dois agentes da CIA que percorrem o Iraque em busca de armas de destruição maciça, juntando-se-lhes um jornalista estrangeiro. Os filmes sobre a guerra do Iraque têm-se afundado nas bilheteiras, mas a era Bush acabou e a operação de esquecimento também. Com Obama, cheira-me que vamos viver uma era de Justiça e Reconciliação. Isto aliado à dupla Greengrass/Damon, promete um thriller à maneira com o melhor de ambos: o nervoso miudinho e a visceralidade do realizador britânico, e o aspecto normal de Damon, que esconde uma intensidade subtil que o faz ser um daqueles actores que raramente dá um passo em falso. No elenco, estão também Amy Ryan, Brendan Gleeson e Greg Kinnear.

"Shutter Island"

O regresso de Scorsese após ter sido finalmente coroado pela Academia dá-se com a adaptação de um romance do badalado Dennis Lehane, o mesmo de "Mystic river" e "Gone baby gone". À partida, este parece ser um filme de puro entretenimento, e nada dado a prémios, mas com Scorsese, nunca se sabe... Com a acção em 1954, Leonardo di Caprio é Ted Daniels, um agente do FBI responsável por capturar uma assassina que fugiu de um manicómio e que se refugiou em Shutter Island, onde fica uma prisão de segurança máxima. Claro está que há um motim e é um reviralho certo! Scorsese a realizar já é uma garantia, mas depois ainda há um elenco onde, para além de di Caprio, temos Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Emily Mortimer, Michelle Williams, Max von Sydow, Jackie Earle Haley, Patricia Clarkson...

"Inglourious basterds"

No capítulo de guilty pleasures, eis o feel good movie do ano para vítimas do Holocausto. A nova mixada de Tarantino parte de um high concept que me deixa de água na boca: um homem, Aldo Raine, organiza um grupo de oito judeus durante a 2ª Guerra Mundial, cuja missão é serem largado para lá das linhas do inimigo com o objectivo único de matar o maior número de nazis possível. Há histórias paralelalas envolvendo um sanguinário coronel alemão e a única sobrevivente de um dos seus massacres, e também um plano qualquer dos serviços secretos ingleses, mas ver Brad Pitt como Aldo Raine, em todo o seu carisma, num filme assumidamente brutalista, à solta por França going medieval on nazi ass é algo que me deixa bastante curioso.
"Public enemies"

Depois de ter questionavelmente reunido Colin Farrel e Jamie Foxx, Michael Mann decidiu que estava na altura de juntar dois actores a sério e foi pedir a Christian Bale e Johnny Depp que protagonizassem este biopic do gangster John Dillinger. Depp faz o papel principal, Bale o do polícia encarregue de prendê-lo. "Heat" na década de 30? Já era bem bom. Mann é um excelente realizador e com estes dois actores, o filme está à partida ganho. Junte-se Marion Cotillard, Billy Crudup e Channing Tatum, e podemos estar perante um dos grandes filmes deste ano.
"Los abrazos rotos"

O espanhol Pedro Almodovar reúne-se com a sua musa, agora oscarizada, Penelope Cruz no filme que se segue ao melodrama "Volver". Não existem muitas informações sobre a história do filme, apesar de já ter sido lançado na Internet um teaser trailer que é mais um curioso exercício de estética do que uma fonte de pormenores, mas aparentememte, trata-se de uma história deamor a quatro, com uma componente de thriller, onde o realizador faz uma homenagem a um dos seus géneros preferidos, o film noir norte-americano. Almodovar é, indubitaveçmente, um dos grandes do cinema europeu e é inegável que Cruz poderá ser uma herdeira óbvia das lânguidas femmes fatales das décadas de 40 e 50. Para além disso, é sempre curioso ver o suspense pelos olhos de Almodovar.
"The informant"

Steven Soderbergh é um daqueles realizadores que, sem se dar muito por isso,
está a construir uma das carreiras mais interessantes dos últimos anos. É um homem capaz de enveredar pelo comercial (as aga "Ocean's", "Erin Brockovich"), o cinema independente ("Traffic", "The limey") ou coisas que simplesmente são demasiaod bizarras para categorizar ("Schizopolis", "Bubble"). Depois de entregar o díptio de Che Guevara, com "The argentine" e Guerrilla", Soderbergh não parece contente com a diversidade das suas obras e envereda por uma nova, o thriller político. Tendo como protagonista o omnipresente Matt Damon, "The informant" trata da perseguição legal que o governo norte-americano faz a uma multinacional de agricultura, com base nas informações de um vice-presidente da empresa, Mark Whitacre, personagem de Damon. A intriga traz recordações de "The insider", e isso nunca pode ser mau.
"Avatar"

James Cameron tem-se tornado, com o passar dos anos, numa lenda. O comandante que levou "Titanic" ao apetecido posto de obra mais rentável de todos os tempos está sem fazer uma coisa a sério desde 1997, ano do seu amior sucesso. Embora tenha andado ocupado com alguns documentários, este "Avatar" é o seu real regresso às obras de ficção. Cameron disse que só regressaria com algo de revolucionário e há uma coisa que temos de lhe reconhecer: os seus filmes são quase sempre marcantes a nível técnico. "Avatar" é uma obra de ficção científica com a premissa normal de humanos vs aliens, mas com o ênfase a ser dado à tecnologia de motion-capture utlizada (update à utilizada para a criação da personagemd e Gollum e para a concretização de "Beowulf") e de facto, foi apenas ao ver os resultados das filmagens de Cameron com este arsenal que SPileberg e Peter Jackson se decidiram por fazer finalmente Tintin, a meias. Aconteça o que acontecer, seja o filme bom ou mau, "Avatar" será sempre, com tudo o que está envolvido, um dos mais importantes acontecimentos cinematográficos de 2009.
"The lovely bones"

Outro regresso para 2009 é o de Peter Jackson. Neste caso, é um regresso ao passado, com "The lovely bones", que o coloca novamente no género de drama intimista, com raízes no fantástico, que visitou em "Heavenly creatures". No centro do filme, está a morte de Susie Salmon, uma menina de 10 anos que morre e vai para o céu, assistindo a partir daí ao impacto que a sua morte tem no seu assassino e na sua família, pesando o seu desejo de vingança contra a necessidade que a sua família tem de seguir em frente após a sua morte. Este tipo de história não podia estar mais longe da trilogia de "O senhor dos anéis" e Jackson passou a oportunidade de realizar o futuro "O Hobbitt" para se concentrar neste filme. Racehl Weisz, o granítico Mark Wahlberg, Susan Sarandon, Saoirse Ronan e Michale IMperioli compõe o elenco do filme.

"Nine"

"Nine" é um musical de Rob Marshall, adaptado do original na Broadway, que por sua vez já tinha sido uma adaptação de "8 1/2", de Federico Fellini. Ok, mais um musical da Broadway... O que é que tem de especial? Apenas isto: Marion Cotillard, Penelope Cruz, Nicole Kidman, Judi Dench, Sophia Loren, Kate Hudson e numa prova de versatilidade, Daniel Day-Lewis!. A sério, Daniel. Day-Lewis protagoniza um musical... Um dos must-see da tempoarada para quem acha curioso quando o type-casting se inverte.

"The tree of life"

Novamente, um filme do qual pouco se sabe. Mas desta vez, compreende-se:é a nova obra do genial e recluso Terrence Malick, o homem que de 1973 a 2005, realizou apenas quatro filmes, três deles obras-primas imediatas: "Badlands", "Days of heaven" e "The thin red line", a que se junta o recente "New world". O seu novo filme passa-se na década de 50 e promete ser mais uma das reflexões cinematográficas que marcam o seu estilo próprio, desta vez sobre a perda da inocência na passagem á idade adulta e a importância da família. É também a primeira reunião de Brad Pitt e Sean Penn, ambos nomeados para Melhor actor nos Oscars de 2008, num filme, e isso acrescenta uma curiosidade extra a um filme que já de si desperta grande interesse entre cinéfilos.

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