quinta-feira, junho 25, 2009

Processo de alargamento


Caiu ontem, assim tipo bomba, a notícia de que a Academia dos Óscares iria alargar o número de nomeados na categoria de Melhor Filme dos actuais cinco para os dez. Nada indica que esta medida seja aplicada também nas categorias de interpretação ou noutras, mas assim à primeira, é uma excelente notícia. Apesar do crescimento óbvio de qualidade dos nomeados e vencedores no útlimos anos, uma coisa tem-se tornado bastante óbvia: a Academia tem revelado uma enorme falta de imaginação na sua definição de qualidade. Normalmente, fica-se pelos suspeitos do costume e não procura em blockbusters, pequenos filmes independentes, obras etsrangeiras ou cinema de animação. O alargamento para a dezena de nomeados pode siginificar que a partir de agora, a variedade seja maior.
Claro que há motivos económicos bem reais por detrás da decisão: as últimas cerimónias foram as menos vistas de sempre e muitos atribuem isso à falta de visibilidade das obras a concurso. Mas se isso significa que erros passados não se repetem, eu por mim tudo bem. Se esta medida tivesse sido aplicada na edição deste ano, "Wall-E" e "The dark knight" teriam aparecido na jogada, e com inteira justiça Se não se pode mudar o conservadorismo dos membros da Academia, mudam-se as regras. Claro que tudo isto pode tirar algum valor a qualquer nomeado para melhor filme, mas vamos a ver isso futuramente. Para já parece-me bem.

A homenagem devida


Aqui há uns tempos, a propósito da ida de Aquilino Ribeiro para o Panteão Nacional, argumentei que Amália não era grande adição à coisa; e hoje, vou aqui defendê-la como artista. A entrar em contradições, ó homem? Nem por isso, mas vão ter de aguardar pelo final da arengada. Lamento se sofrem de ADD.
Anda aí na moda o disco "Amália hoje". Nuno Gonçalves, do grupo The gift, agarrou nalgumas das camções da marcante cantora e ofereceu-lhes roupa nova. Convidou a sua colega dos The gift Sónia Gonçalves, o vocalista dos moonspell Fernando Ribeiro e Paulo Praça a darem voz ao disco. Fizeram as músicas, arranjaram um guarda-roupa catita cheio de simbolismo e estilo e vieram à rua com uma homenagem a Amália. De repente, redescobriu-se o valor musical do que a senhora cantava. As palavras que entoava pareciam ter estado mortas até alguém se lembrar de vesti-las com roupagem pop e cantarolávele para quem não gosta de passar por uncool quando diz "Gosto de fado". Cantam-se os elogios ao projecto, reconhece-se que afinal Amália até tinha jeito para a música e no meio disto tudo, esquecem-se aqueles que são os principais responsáveis pelo sucesso da senhora, a meu ver: quem compunha para Amália.
Não se pode negar uma coisa: aquela mulher era profundamente complexa, dividida entre dois mundos. Por um lado, o regime salazarista tornou-a num símbolo do Portugal do Estado Novo; por outro lado; rodeou-se de artistas que eram esquerdistas degenerados e que foram perseguidos pela PIDE. Amalia ajudou a libertar alguns, como Alain Oulman. Para além disso, havia fados amalianos que eram os hinos que os comunistas gostavam de ter e nunca tiveram. Amália era uma voz poderosa, mas as ideias que veiculava, e o fado que simbolizava estavam para lá do fado e daquilo que a imagem popular retrata dela. Acho que este projecto, não negando que tem coisas boas, acaba por passar por cima disto. Não é obrigação deles claro, é só um disco. Mas centrar tudo em volta de Amália e esquecer David-Mourão Ferreira, Alain Oulman, Ary dos Santos, entre outros, é o mais do mesmo. Amália não saiu do nossos incosciente. Aliás, ela vai estar sempre naqueles que a presenciaram no seu auge. Mas a ideia de que ela era a música está errada e o que este projecto vai fazer é perpetuar isso.
Para quem aguentou isto, justifico o que disse no primeiro paragrafo: Amália está no Panteão nacional como um símbolo fabricado e não como representante de um valor superior. Eu valorizo mais o talento criativo do que o talento natural. É defeito meu. Ela foi uma extraordinária fadista, porque ao contrário de muitas daquelas "novas fadistas" (que andam aí a surgir em geração espontânea...) conseguiu dar entrada a algo novo num género musical que tem tudo para ser repetitivo, chato e monótono. Mas essa obra não foi dela: foi de homens cujo nome é citado em rodapés. O citado Mourão-Ferreira escreveu um notável cruzamento entre Brasil e Portugal, no fado "Barco Negro" (que é das minhas músicas portuguesas preferidas de sempre), anos antes de Fernando Ribeiro andar a tentar Tom Jombimar-se ele próprio no álbum "Amália Hoje".
Para além do mais, há uma coisa que admiro nela: era alguém extremamente deprimido, de forma constante, e àprimeira vista sem motivo algum. Consigo-me identificar. com isso. Mas tenho a certeza de que nem nunca irei para o panteão, nem se farão álbuns em minha homenagem. Só boatos.

Mulheres que me tiram o raciocínio 1


Mélanie Pain. Pela voz, pela atitude. Porque já a vi ao vivo e sei bem do que estou a falar. Porque quando ela abre o novo álbum dos Nouvelle Vague e invoca Depeche mode ao cantar, "Let's play master and servant", eu desejo que ela esteja a ser literal e eu seja um tipo que está por baixo. Porque é um dos únicos seres vivos capazes de me hipnotizar. Essa é que é essa; e sem estar a menos de um metro de mim.
Porque é bizarra. Deve ser por isso.

quarta-feira, junho 24, 2009

Festividades

Celebra-se o décimo aniversário, em 2009, de 1999. Ok, que tem isso de importante? 1999 terá sido, cinematograficamente falando, um dos anos mais cheios e poderosos dos últimos 25 anos. A quantidade de grandes fitas surgidas em 1999 só terá par se recuarmos até à década de 70 do século XX. Pensem bem: "Fight club", "Magnolia", "Being John Malkovich", "Matrix", "Happiness", "Ghost dog", "American Beauty", "The sixth sense", "The insider", "Sleepy Hollow", "Toy story 2", "Man on the moon"... E só estou a falar dos Estados Unidos! Foi um ano de pujança e qualidade, daqueles que saltam à vista pela dificuldade que uma pessoa tem de escolher o melhor filme. Este blog gostava de celebrar este décimo aniuversário, relembrando ao longo do que resta deste ano alguns dos filmes que marcaram 1999. Para uma entrada em grande, fica um vídeo dos Spike Awards, os prémios de um canal televisivo norte-americano que é o correspondente à revista Maxim. David Fincher (DEUS!), Brad Pitt e Edward Norton recebem um prémio de tributo pelos dez anos de "Fight club". Como eu disse uma vez, só era preciso dar tempo para o reconhecimento desta obra-prima.

sexta-feira, junho 19, 2009

Bater no morto


Há uma coisa que em Portugal sempre foi moda, desde que a nossa democracia estabilizou, é atacar o governo em vigor. Permite-se-lhe uma estado de graça, que pode ir de meio ano a um ano e depois, é cascar. Tenha-se ou não se tenha razão. No caso do governo socrático, há bastantes motivos para apontar críticas e defeitos, mas aparentemente, motivação válida é coisa que não interessa muito para quem critica. Tudo o que se puder apanhar para mandar é utilizado. É a natureza da besta política.
A entrevista do primeiro-ministro à SIC foi logo motivo de chacota e achincalhamento momentos a seguir ao término, como pude constatar nalguns twitters que sigo. O homem tinha sido mole e doce, e por isso, ridículo. Quando ele era arrogante e assoberbado, também era mau, por isso, Sócrates teráde escolher uma terceira via. Pode optar pelo banana, mas acho que alguém também ia implicar com isso. As críticas não vieram apenas de políticos, mas também de jornalistas. Ora, eu sempre pensie que a motivação dos jornalistas era informar e não opinar, mas desde há muito que isso deixou de ser problema, oq ue sugere que o código deontológico do jornalista devia ser mudado. O jornalismo português é muito de modas. Quando Sócrates era colocado num pedesteal e fazia asneiras, eram elogios e críticas à oposição que bloqueava a capacidade de decisão do brilhante George Clooney português; agora que já é seguro malhar no homem, um mínimo espirro com baruho bizarro leva logo a perguntas acerca do novo aeroporto.
Pena que essa capacidade de crítica não seja aplicada a quem está na moda. Paulo Rangel, que levou o PSd a uma vitória na eleições europeias, disse ontem na SIC Notícias que a entrevista a Sócrates lembrava as "Conversas em família" e que isto era um prenúncio de regresso ao neo-marcelismo. Em primeiro lugar, acho Paulo Rangel um bronco. É umaopinião que fundamento em perspectivas políticas e também no sue uso da língua portuguesa, que o transformam no equivalente a Jorge Jesus no mundo político. Depois, comparar Sócrates a Marcelo Caetano entra naquele espírito tão lindo que é equiparar qualquer governante aos antigos senhores do Estado Novo. Em Portugal, resulta: o fantasma de Salazar ainda paira sobre nós, porque deixamos, e é um argumento populista de primeira água. No tempo marcelista, existiam, entre outras coisas, uma censura oficial, o aprisionamento de muitos opositores do governo e a manutenção de uma guerra colonial. Rangel prova que tem o raciocínio de um cacao e o rei na barriga. Na verdade, parece-me o ideal para uma figura destacada do PSD.
Claro que isto não saiu em destaque em lado nenhum, não só porque chegámos à banalização da noss aprópria memória, como por aqui, só se bate em quem está moribundo.

Miscelâneas 17


- Da Vinci, o depravadão

- Raposa rouba 100 pares de sapatos, para os filhos brincarem

- Cientistas ressuscitam bactéria de 120.ooo anos retirada da Antárctida

- A verdadeira noiva cadáver

- Prospecção de atletas olímpicos: as paragens de autocarro

- Pequim e a noite eterna

- Homossexualidade é geral no mundo animal. Parece que o Miguel Sousa Tavares fica sem argumentos.

- Sem-abrigo esfomeado apalpa mamas de mulheres para ir para a prisão, onde podia comer


- Peste negra na Líbia: o regresso da mãe de todas as pandemias

- Gorilas com facas. É isto mesmo.

- Presa mulher obcecada por coelhinhos

- Círculos em campos de cereais levam a descobertas em Stonehenge. Pronto.

- O regresso dos cowboys heróis

- Esperma maior do que o animal que o carrega. True story.

Last wishes


http://www.ocregister.com/articles/pixar-up-movie-2468059-home-show

Esta história, que envolve uma rapariga de dez anos com uma forma rara de cancro, o filme "Up" e a prova de que a Pixar é realmente um estúdio à parte é capaz de ser das coisas mais tristes que li ultimamente.

quinta-feira, junho 18, 2009

Remate de primeira

"Tenho a certeza que vou fazer do Benfica campeão. Rima e é verdade"

O Benfica contratou o homem certo para o lugar. Para além de ter escolhido um homem que vai melhorar em muito a capacidade de remate da equipa (pelos pontapés que dá na gramática, deve perceber bastante do assunto), tem agora uma figura que faz Luís Filipe Vieira parecer eloquente.

Numa referência a outro clube mais a norte, parece que o lateral-esquerdo Cissokho já não vai para o Milan, tudo culpa de uma infecção dentária. Comprar jogadores de um clube que mente com quantos dentes tem na boca é sempre uma jogada arriscada.

terça-feira, junho 16, 2009

Pandemia


Parece que anda aí uma praga de falar mal nas minhas costas. Eu devia saber que quando aconteceu não era um surto esporádico, era mesmo doença crónica.

sexta-feira, junho 12, 2009

Previously, on "Lost"...

Na Áustria
Mulher que perdeu o voo AF 477 morreu em acidente de viação

Uma cidadã italiana que devia ter embarcado no voo 447 da Air France, mas não chegou a horas ao aeroporto, morreu num acidente de automóvel na Áustria, revelou a agência de notícias italiana Ansa.

Johanna Ganthaler, uma reformada residente na província de Bolzano (Norte de Itália), estava de férias no Brasil com o seu marido, Kurt. Não chegou ao aeroporto António Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, a horas de apanhar o voo AF 477, que se despenhou no mar na madrugada de 1 de Junho. Todos os 228 ocupantes do aparelho morreram.

O casal apanhou outro voo para Paris, no dia seguinte. Mas foi vítima de um acidente de viação em Kufstein, Áustria, quando o carro em que seguiam colidiu com um veículo pesado. Johanna Ganthaler não sobreviveu ao embate e o marido, que sofreu lesões graves, continua sob observação. Não foi revelada a data do acidente.

12.06.2009 - 15h34 PÚBLICO

Dia de Corpo de Deus

quarta-feira, junho 10, 2009

Dia de Portugal


O dia de Portugal é espectacular, principalmente para quem não anda aí nos cafés a dizer "os espanhóis é que deviam tomar conta disto". Quem estivesse pelo menos uma hora, como eu estive, numa praia espanhola, mordia língua e arrancava os olhos, como penitência por tais blasfémias.
O mais espectacular acerca do dia de Portugal é a quantidade de conceitos errados que temos acerca do nosso país. Não, este post não se vai debruçar longamente acerca disso, até porque ao que parece, o fraco ADD de alguns clientes do estaminé não permite textos muito compridos. Ficam aqui 3 pequeninos pormenores da nossa História que provaveçmente desconhecem.

1 - Ninguém sabe ao certo onde foi a batalha de Ourique

Verdade, verdadinha. Afastando todos os contornos míticos da batalha em si (Jesus aparece a D. Afonso Henriques; 5 reis mouros com exércitos maiores que o Mar Negro; um acontecimento excitante nas cercanias do Alentejo), ninguém pode afirmar com total certeza onde se desenrolou o confronto, o que é incrível, tendo em conta que se chama "Batalha de Ourique", e que é um acontecimento que faz parte do espírito português, como prova o significado do brasão da nossa bandeira. Aliás, há até quem diga que nem sequer foi uma verdadeira batalha! Discutem-se Mértola, Castro Verde e obviamente Ourique, mas há quem desloque a acção para Norte, perto deLisboa.

2 - Isabel de Aragão (aka rainha Santa Isabel, taralalalala) era uma herege...

As certezas não são absolutas, mas um facto consumado é o de que Isabel de Aragão, cleberada por toda a eternidade como um paradigma de beatismo católico se correspondia com indivíduos que a Igreja contemplava gulosamente para a fogueira, como por exemplo Arnaldo de Vilanova e Raimond Lull, dois alquimistas do nordeste espanhol. Estes homens eram reconhecidos sábios no seu tempo, nas áreas científica e mística, mas já se sabe que, historicamente, estes são os primeiros indivíduos a terem uma conversinha com os dominicanos. Isabel chega a chamar Volianova de "grande mestre", o que implica uma relação de discípulo/aluno. Foi, talvez, através de Isabel que entrou no nosso país uma das ideia smais duradouras da mitologia nacional: as três idades de Joaquim de Fiore, que conduziram à criação do Culto do Espírito Santo em Portugal, uma estranha mistura de doutrina católica e paganismo à portuguesa, que sempre sofreu reprimendas por parte do Papado, mas que ainda sssim vingou e continua forte actualmente, nomeadamente nos Açores (o culto do Paracleto) e na zona de Tomar.
Long story short, sim, é provável que pelos padrões da altura, Isabel de Aragão fosse uma herege.

3 - Os Portugueses chegaram à América antes de Colombo

Afastando-nos da questão das reais lealdades de Cristóvão Colombo e de que Eric, o Vermelho terá sido realmente o primeiro europeu a atingit o continente americano (embora provas arqueológics obriguem a teorizar acerca dos romanos também, e nem nos vamos meter nas viagens ao contrário, ou seja, de nativos americanos que deram à costa na Europa), é um facto com várias provas a seu favor de que bacalhoeiros portugueses, liderados por Gaspar Corte-real, terão chegado ao Canadá por volta de 1465. Jaime Cortesão, um dos principais nomes da investigação histórica portuguesa, sempre preferiu a hipótese de Diogo de Teive ter chegado em 1452 à Terra Nova, que usa como fonte principal o filhod e Colombo, que afirmou que o pai copiou uns mapas feitos por um tal Diogoe de Teive que 40 anos antes de Colombo, chegara à zona do Labrador, no norte do Canadá. Claro que Colombo utilizou como referência um planisfério árabe anterior, pelo menos ao século XII, que já mostrava praticamente toda a costa do continente americano, e até um pouco da Antárctida, mas isso são outras histórias a serem discutidas noutros lugares. O que se retém é que a descoberta de Colombo tem muito pouco de realmente inovador.

terça-feira, junho 09, 2009

Parabéns, miúda!


E já agora...

A frase do MSN


Uma tradição de quem usa qualquer serviço de conversação online ou espaço de convívio género Facebook ou Hi5 é a frase que nos define um estado de espírito. Aparentemente, num mistura de letras e sons fonéticos, temos que nos classificar no tempo presente. O que é bom, visto que me deixa expectativa acerca do tempo futuro e o mantém surpreendente.
Há um sem-número de maneiras de se tornar especialista nestas frases, mas visto que nem este blog é infinito, nem a vossa paciência deve ser abusada (tirando a tua e a tua, e vocês sabem bem quem são), deixo-vos com frases tipo do meu MSN, devidamente classificadas. Tenho pena que este não seja um daqueles caderninhos amarelos e pretos da Europa-América, mas a intenção também conta. Ou não, se a concretização material da intenção não aparecer.

10: "A virgindade provoca o cancro. Vacine-se aqui!" - A frase de engate de bar (Outros exemplos: "Gostas de bébés' Eu sei fazer!")

9: "Alguém quer ver os Prodigy nos Alive?" - O convite generalizado, porque como se sabe, só temos no MSN pessoas que conhecemos bem e com quem falamos numa base quase diária (Outros exemplos: "FUTEBOLADA HOJE TERÇA FEIRA 18-20H PPAV 3. APAREÇAM!"))

8: "www.lusotenis.com" - A auto-publicidade (Outros exemplos: "www.lostintheisland.blogspot.com")

7: "O fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade" - A frase auto-importante (Outros exemplos: "Longe da vista, longe do coração")

6: "Nas trincheiras, não há ateus!" - O grito de guerra (Outros exemplos: "Enquanto vergo, não parto!")

5: "O amor é como o vento: não se vê, mas sente-se" - O lugar comum sem lógica ("Ao olhar o passado, só devemos nos arrepender do que não tivemos coragem de fazer.... Nunca do que fizemos")

4: "Que é do rei? O rei foi-se, o rei foi-se, o rei vai nu." - A citação musical aleatória (Outros exemplos: "That is the end of that")

3: "de bem com a vida, as pessoas começam a revelar-se, é bom saber que o meu tempo desperdiçado foi pouco, a vida continua" - O status quo da vida, em delírio paranóico (Outros exemplos: Por acaso, é o único que tenho. Mas é uma frase comprida e é bem ilustrativa.)

2: "Je ne meurs pas, madame, mais je meurs" - A citação literária semi-obscura "Olha como eu sou esperto!" - (Outros exemplos: "You see, my son, here times becomes space")

1: "Muse, 29 de Novembro: ESTOU LÁ!!!!!" - O anúncio pessoal - (Outros exemplos: "Amanhã vou terminar a substituição. Estou com dupla personalidade")

Para robustecimento teórico deste artigo, pede-se ao público que dê o seu contributo. O público tem andado alheado do espectáculo, logo reforça-se este pedido.

Os Marretas no cinema!






sábado, junho 06, 2009

Não fazer reféns


Tenho habilidades sociais que rasam o nulo. Isto é uma verdade com a qual tenho lidado desde há muito. Tenho muito pouca paciência para o superficial e para as pessoas em geral, mas ao mesmo tempo, tenho uma enorme paciência para aturar os outros. Parece contraditório, mas não é. Posso ficara ouvir os outros durante horas, se precisarem de desabafar ou se tiverem problemas. É algo que me aproxima dos padres, à falta da fé religiosa (e que possibilita estranhas situações dentro de provadores de lojas de lingerie também), mas também me afasta dos gajos bem sucedidos pois parece haver uma correlação entre rapazes que estão lá para ouvir as raparigas e a sua condição de solteiros. Cientistas do Botswana estão a estudar este fenómeno e posteriormente, serão publicados os seus resultados.
Situações em que estou perante pessoas que não conheço acabam por se transformar em algo de alucinante e imprevisível. A minha timidez natural evolui rapidamente para incontinência verbal contínua e se bem que nunca me torne chato (aparentemente), por outro lado não fico interessante com a passagem dos minutos. Ou até fico, e até posso aproveitar, mas nunca me dá para isso. Soa a suicídio, e é capaz de ser. Mas pelo que certas pessoas me dizem, o princípio de suicídio parece estar na base da minha relação com as pessoas. Antes de começarem, já eu estou a pensar em que como elas vão acabar, porque todo o tipo de ideias peregrinas me passam pela cabeça: a pessoa vai-me achar desinteressante ou chata, vai passar a andar com outras pessoas; vai-se aperceber que sou um bluff; nunca vai conseguir aguentar as minhas tendências maníacas. Sem querer, ou talvez com esse propósito bem definido, saboto-me. Como se ao entregar-me a outras pessoas, estivesse a condená-las a uma existência tormentosa. E sim, já reparei que tenho uam tendência para o egocentrismo e que esa maneira de me ver como uma praga é pouco mais do que um pessimismo egocêntrico e de auto-importância.
Há um verso de uma canção, em que o autor se intitula: "My own worst friend and my own closest enemy". Hoje, revendo alguns minutos do meu dia, fico exactamente com essa sensação, mas amanha passa e ac ulpa é dos outros. Navegar entre a autoflagelação e a paranóia aguda: quem disse que a existência humana é aborrecida?

quinta-feira, junho 04, 2009

R.I.P


He's gonna walk the earth now. Maybe he'll meet Jules Winfield

terça-feira, junho 02, 2009

segunda-feira, junho 01, 2009

Obsessão

O assunto é a final da Taça. O FCP ganhou o campeonato há umas semanas e uns dias a seguir, era o candidato óbvio a ganhar essa competição. Este ano, os jornais endeusaram o Porto e diziam que chegar aos quartos de final da Liga dos Campeões era genial e aparentemente, a única razão pela qual os portistas não ganharam ao Machester foi porque deixaram o Cristiano Ronaldo usar duas pernas num campo de futebol, o que é sempre desagradável para os adversários.
Pinto da Costa estava num jantar de sócios e simpatizantes e tinha todo este vasto leque de assuntos para abordar. Afinal, saiu na mó de cima neste ano e quando isso acontece a qualquer um de nós, a reacção mais humana é cagar o porco. É oq eu faz de nós a espécie dominante. No entanto, para surpresa apenas daqueles que não conhecem o verdadeiro espírito portista, qual foi o assunto que decidiu abordar? O Benfica. Estão a ver, aquele clube que não joga nada, e que é uma reles merdice comparada com o Porto, e ai que coitados, toma lá que fomos campeões? Os lampiões, os merda-seca, os que vivem no passado, os reles, o clube que não interessa? Estão a ver, não estão? O Porto, num ano de dominação do futebol nacional, através do seu presidente, decide entreter-se a falar do Benfica.
Sim, eles são os filhos do dragão. Mas a julgar pela obsessão, acho que a mãe delesé uma águia... Jeez!