quinta-feira, outubro 04, 2007

A perda de consciência

Até há algum tempo, a minha mente fixou-se num hábito bizarro de que ainda existem alguns resquícios: quis descobrir qual o exacto momento em que eu adormeço. Escusado será dizer que isto tornava a minha tarefa de dormir ainda mais complicada do que realmente é. Normalmente, eu ando num constante ruminamento dos factos do dia a dia, memso os mais pequenos, inclusivé naquela fase em que estamos deitados na cama e pensamos em qualquer coisa. Para, essa mesma fase é um período em que estou bastante criativo e por essa razão, durmo sempre com um bloco de notas ao lado. Já cheguei a faezr mentalmente dezenas de linhas para um trabalhos académico, para depois me esquecer da maior parte das coisa sno dia seguinte. Por isso, bloco de notas. Agora que penso melhor, acho que este é uma boa pista para descobrir porque nunca consigo estar em paz comigo mesmo.
Não sei porque teimei em tentar deslindar um mistério que todos nós, não de forma tão obsessiva como a que demonstro, já pensámos. O momento em que se dá um clique, algures na nossa mente, e desligamos. Por uma ou outra razão, esse clique é sempre uma benesse. Todos precisamos de desligar de tudo isto de vez em quando. Procuramos um sentido para a vida quelevamos e estamos perpetuamente condenados a não o encontrar. Principalmente quando nos fartamos de encontrar gente que só apetece beliscar. A nossa mente desligada impede que nos preocupemos ocm o que quer que seja. Estamos em branco, estamos num gostoso limbo, do qual saímos todos os dia,s como se morressemos por uma shoras para ressuscitar uma e outra vez. Ressuscitar não: acho que acordar é nascer constantemente.
Se calhar, tem tudo a ver com a importancia que dou à morte, e à finitude. Encontrar o momento do clique permite-me saber como é estar-se inconsciente, saber o que separa, dentro de nós, o estado de consciência e o estado de inconsciência. Saber o que há para lá da morte.
Ou então é só uma coisa parva.
Agora desliguei-me de descobrir o acto de desligar. Deslindar esse desígnio. E descobrir que definitivamente não sou dotado do doce dom de dar aos textos aliterações.
Mas não durmo melhor por isso. Ainda não descobri com posso ter paz na minha cabeça. Por incrível que pareça, perturba o sono. Faz com que o clique soe demasiado pesado.

1 comentário:

Anónimo disse...

E eu é que ando metido na droga!

CIA