quarta-feira, abril 30, 2008

Para o palco

O teatro faz parte da minha vida há alguns anos.Não sei porque entrou, mas há em mim uma qualquer necessidade de canalizar a minha capacidade de fazer palhaçadas para algo de relativamente útil. Sei que não tenho um talento interpretativo por aí além. Na realidade, sou uma espécie de Orlnado Bloom da interpretação, mas sem o bom aspecto e se o ar gay élfico do Legolas. Fora isso, sou mesmo o Orlando Bloom da interpretação.
Ontem, estreou a mais recente desventura teatral em que me vi envolvido, envolvendo vespas, danças e, como não podia deixar de ser no teatro grego, alguns actores cuja orientaçao sexual se duvida a partir do momento em que entram em palco. Eu não, que tenho 3 filhas na peça; se tivesse só uma, duvidava-se. Duas, pronto; agora três, é o certificado do garanhão. Quero eu acreditar, pelo menos. Sendo a peça uma comédia, estou no meu terreno. Eu sou perito em parvoíces, asneiradas e outras caretas dignas do Batatoon, ou do Jim Carrey, conforme gostem ou não. Devo admitir que me senti bem no papel. Nos ensaios, parecia-me que nunca ia conseguir fazer algo do que me tinha sido dado, mas chegado à peça, e tendo arrancado gargalhadas de uma plateia à qual não conseguia ver caras foi um tónico positivo.
Enfim, quem fez a peça, gostou do resultado, e quem viu também, o que significa que o ciclo de satisfação fica completo. Um agradecimento a quem foi ver: para além de o teatro não tornar ninguém questionável ao nível de respeitabilidade, vêem-se muitas pernas ao léu, femininas e masculinas, e isso nunca pode ser uma coisa má. Quem não foi, terá uma outra oportunidade em Julho. Quer dizer, quem não foi e quer realmente ver. Fica o aviso.

3 comentários:

Filipa disse...

Julho Julho Julho!!!!
Mail explicativo segue dentro de momentos.

E já agora... Parabéns desde já!

Post-It disse...

Eu fui e gostei.
Para teatro amador,o guarda-roupa era fantástico e as interpretações não envergonhavam ninguém. Talvez pela ansiedade da ante-estreia, tenho a apontar que senti alguma dificuldade em perceber o que diziam. Nem era pelo tom, mas pela dicção.
Fica o "reparo", se me é permitido, mas só par que possa correr ainda melhor.

Ninguém disse...

Ora, eu também fui ver e faço das palavras da post-it, as minhas!(Ou não tivessemos ido juntas e comentado).
Ainda me ri, sim senhor! :)