domingo, dezembro 07, 2008

Parecendo que não

Há valores tão prezados que aparentemente são coisas boas e no final só estragam as coisas. Depois há outros sobre os quais não consigo ter um julgamento inteiro claro. A honestidade é um deles.
Honestidade está no topo dos discos pedidos das relações humanas. Toda a gente diz querer honestidade a torto e a direito, mas é um facto que é um álbum que não se ouve muito. Aqui e ali, o single roda, mas só em estações de rádio muito alternativas.
É um facto consumado que, juntamente com a bomba H, o vírus Marbug modificado e a baliza da selecção nacional, a honestidade é das maiores armas de destruição maciça que a humanidade pôde contemplar. A sua ausência, dissimulação ou fartura pode destruir a vida das pessoas, e é isso que me chateie: que um valor que tanto prezo possa por vezes ser dobrado, retorcido e alterado, e se torne destrutivo.
Para ser honesto, é uma chatice quando as pessoas não são transparentes umas com as outras. A não-transparência com outrém devia ser punível com uma qualquer pena. Parecemos dançar com a honestidade durante boa parte da nossa vida, feitos baratas tontas, confiando nela cegamente, e acabando por ser enganados subitamente.
A vida não é nada honesta, repensando na coisa. Por isso, será mesmo justo escrever tudo isto?

4 comentários:

Post-It disse...

No espaço privado, a honestidade é boa e recomenda-se; já no espaço público sou a favor de alguma diplomacia...

João Santiago disse...

destruição maciça? oi?

Rita disse...

hum..gosto de honestidade, sim. mas na verdade as vezes as consequencias sao terriveis...ainda assim, dose e meia de honestidade para a mesa do canto da tasca! e vinho verde tb. (que as coisas boas, mm sendo boas, convém vir bem acompanhadas). bjo

Anónimo disse...

nope...a honestidade é linda mas na teoria....
Qdo aplicada podes sair te muito mal, principalmente com pessoas pouco honestas....***

l.d.