segunda-feira, junho 18, 2007

Experimentação

Desde que aprendi a gostar de música (ou seja, todo o período pós 6º anos, em que ouvia a Rádio Cidade, abandonando esse passado degradante após descobrir a Rádio Energia... que acabou pouco tempo de pois da descoberta, oq ue comprova o meu toque de Midas ao contrário), há qualquer coisa nos Beastie Boys que me faz apreciar o trabalho deles. Comecei a ouvi-los na fase "Hello nasty", ou seja, quando grandes álbuns que mais tarde escutei como "Paul's Boutique" ou "Check your head" eram já clássicos, inclusivé no desconhecimento que tinha deles. De início, talvez me tenha sentido atraído pelo visual retro-cómico do fabuloso vídeo de "Body moving", que Spike Jonze pariu para a banda. Claro que anteriormente, já "Intergalactic" fizera o favor de parodiar ficção científica japonesa das décadas de 60 e 70 e toda a série Power Rangers em 4 minutos e pouco. Quem frequenta este blog, sabe o fascínio que nutro pelo visual em movimento; mas isso só é superado pela aliança com uma música que realmente assenta bem. O que será "Sabotage", esse prodígio do videoclispmo, saído outra vez da demente cabeça de Spike Jonze para os BB?
Parece estranho, mas penso que o que realmente leva a gostar de Beastie BOys é o gosto que tenho bizarro. Ver 3 brancos, judeus, com ar irritado e vozes esganiçadas a praguejar contra não sei o quê ou a contar histórias do arco da velha seja em hip-hop, punk ou metal (3 estilos já atravessados pelo trio) tem um certo encanto. Em 2007, Mike D, Ad-Rock e MCA regressam para mais uma vez surreender, com "The Mix-up", onde mais uma vez baralham as contas e apresentam um álbum só de instrumentais, com um lado dub pronunciado, mas sempre com a base sólida da tríade mítica da música: uma guitarra, um baixo e uma bateria. Fica para apreciação "Off the grid", 1º single, que não é bem single.

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