sábado, março 08, 2008

Um dia delas?


Eu aplico ao Dia Internacional da Mulher a mesma lógica que aplico na minha mente ao dia dos namorados: os dias internacionais ou comemoram efemérides ou então flagelos. Por muito que o meu lado Gulherme Leite queira aqui fazer uma piada com o género feminino, abster-me-ei. Mas não porque não tenha um fundo de verdade.
Posto isto, arrepio já caminho: eu gosto de mulheres. Não lhes bato. Não as discrimino. Não as vejo como objectos. Faço piadas sobre elas, mas hei, elas também fazem, portanto comungamos do princípio da igualdade entre sexos. Faço tarefas que, por força da tradição, são despachadas para o sexo feminino: trabalhos na cozinha, estender roupa, lida doméstica; e a coisa que mais facilmente faz subir em mim a minha libido é a inteligência da rapariga. Ok, minto, é a segunda coisa.
Estamos entendidos, não estamos? Gosto de mulheres e enfim, não encaixo no cargo de porco chuavinista. Logo, um pedido às mulheres que querem advogar e falar de feminismo e queixar-se acerca do tratamento péssimo que os homens dão às mulheres: eu sou homem e consigo ver na mulher um ser igual a mim. Se querem pregar que as mulheres têm direitos e merecem igualdade, estarei lá para dizer que sim e concordar; apenas não ateiem o fogo em mato ardido: nada arde e ainda desgasta o terreno. A sério.
Outra coisa: feminismo não é bazófia acerca de como as mulheres são mais inteligentes que os homens. Se é para isso, salto fora do barco e não contem comigo. Também não é dizer: "Nós, complicadas? Vocês é que são uns complicados do caraças!". Deixem-me corrgir: nós somos ocasionalmente idiotas. Não confundir isso com complicação. Há um homem que gosta de duas raparigas e não se decide? É idiota; há um homem que vos confunde pois não se decide se é homossexual ou heterossexual? É idiota; há um tipo que gosta de vocês, mas não consegue estar convosco? É idiota... E também faz parte do grupo da segunda pergunta. Uma coisa é idiotice; outra é armadilhar os homens com perguntas como "Este vestido fica-me bem?" (um dos caminhos do Inferno vai dar a um quarto onde uma mulher pergunta isto); ou, num lampejo súbito e inexplicável (e muitas vezes, nem vocês mulheres nos explicam), não falarem para nós durante uma semana. Isso é complicação, e quando nos queixamos, é porque não percebemos. Não é porque sejamos machistas ou vos odiemos: é porque não vivemos nos vosso mundo. E desculparem a vossa complicação com a nossa intolerância é, há que dizê-lo idiota. Se o vosso desejo é igualdade, há coisas em que vos aconselho a não serem iguais a nós.
Também vos odeio ocasionalmente. A todo o género por igual. Canto "Bitches ain´t shit", quero imprimir t-shirts e tudo com a frase.
E depois, apaixono-me, e passo uma amnistia a todas por igual.

Enfim, é isto. Agora, venha histeria, irritação e porrada para o otário.

3 comentários:

méli disse...

Considero este dia como um marco de muitas vitórias! Por outro lado, enquanto houver nem que seja só uma uma mulher vítima de discriminação temos de o ver como um aviso de que a defesa da igualdade direitos não pode baixar os braços!
Gosto muito de ser mulher!
Também gosto muito dos homens, mesmo quando são idiotas (como lhes chamas)...
E também gosto muito de ter amigos como tu... não sei porque te defendes tanto!!!
:)

Anónimo disse...

o dia da mulher é que é uma idiotice. dentro das nossas diferenças somos iguais e pronto.

Post-It disse...

De otário não tens nada.